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PARTIDOS POLÍTICOS NO BRASIL AULA 6 Profª Karolina Mattos Roeder 2 CONVERSA INICIAL Vimos na aula passada a consolidação do sistema pluripartidário no atual regime democrático, seu retorno após 21 anos de ditadura militar – 25 se considerarmos a realização da primeira eleição presidencial direta em 1989, como o exato fim da transição. Dividimos esta aula de acordo com as mudanças na legislação de partidos e suas consequências na fragmentação do sistema, ponto central na discussão sobre o sistema partidário brasileiro. Nesta aula veremos como a legislação foi modificando o sistema, a importância da Lei dos Partidos Políticos e das Eleições, que regulamentou boa parte das questões normativas colocadas na Constituição Federal de 1988. Além disso, consideraremos as reformas e minirreformas no sistema partidário que acabam por diminuir ou aumentar a formação de novos partidos políticos no Brasil. Os estudos de partidos mostram a importância da institucionalização dessas organizações. A institucionalização é um processo que ocorre ao longo do tempo, daí o problema de uma grande fragmentação de partidos, de vida curta e fracos organizacionalmente. Nesta aula iremos analisar as mudanças no sistema partidário brasileiro e ver a partir das cadeiras ocupadas na Câmara dos Deputados e do Executivo Nacional as modificações na distribuição de poder entre os partidos políticos brasileiros e o atual quadro partidário. TEMA 1 – A LEI N. 8.713 E AS ELEIÇÕES GERAIS DE 1994 A legislação eleitoral foi modificada em 1993 com a Lei n. 8.713/2013, a qual permitiu a contribuição de pessoas jurídicas às campanhas e obrigou que os partidos identificassem a origem e quantia de cada contribuição. O mandato foi reduzido de cinco para quatro anos e as eleições para o Congresso, governadores e legislativos estaduais passaram a acontecer com a do presidente da República (Fleischer, 2007, p. 319). Uma cláusula de barreira foi introduzida nessa lei eleitoral, em que apenas os partidos que tivessem 3% de representação na Câmara dos Deputados (15 deputados federais ou mais) poderiam lançar candidatos à presidência da República, e a filiação partidária devia ser definida até janeiro de 1994. A primeira restrição imposta pela lei foi derrubada pelo Superior Tribunal Federal, que alegou sua inconstitucionalidade após contestação judicial pelo PSC. Assim, este e outros dois partidos pequenos (o Prona e o PL) puderam lançar candidatos ao Executivo nacional. 3 Prevendo uma cláusula de barreira mais rigorosa, o PDS e PDC se fundiram em 1993, criando o PPR (Partido Progressista Renovador), da mesma forma que o PST com o PTR, surgindo então o PP (Partido Progressista). O PPR se fundiria com o PP em 1995 e viraria o Partido Progressista Brasileiro (Fleischer, 2007). As eleições para a Câmara dos Deputados em 1994 representaram um aumento substancial nas bancadas do PSDB e PT, em 67,6% e 40%, respectivamente, em que o PSB e PFL tiveram ganhos mais modestos e o PMDB permaneceu no mesmo patamar, entretanto, ainda com a maior bancada. Nesse mesmo pleito ocorreu a eleição para a presidência da República, na qual se encontraram no segundo turno o candidato da coligação PSDB-PFL-PTB, senador e ex-ministro das Relações Exteriores e da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, e o já ex-deputado federal Luiz Inácio Lula da Silva, sustentado pela coligação de esquerda PT-PSB-PPS-PCdoB-PV-PSTU. O primeiro se elegeu e a surpresa daquelas eleições foi o terceiro colocado do Partido da Reedificação Nacional, Enéas Carneiro, que bateu Orestes Quércia do PMDB e Leonel Brizola do PDT (Fleischer, 2007). No Legislativo nacional o PDT, PRN (partido liderado por Collor), PTB e PL sofreram perdas. Um dado interessante trazido pelo cientista político David Fleischer é a existência naquelas eleições de altos índices de voto em legenda entre o Prona (81,7%), PT (33%), PRN (28,1%) e PSDB (10,9%), quando eleitores votaram no partido em vez do candidato, algo possível em nosso sistema de representação proporcional com lista aberta. Quando essa proporção é alta, indica uma identificação maior do eleitor aos partidos políticos em vez de candidatos individuais (Fleischer, 2007, p. 320-322). TEMA 2 – A LEI N. 9.096/1995, A LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS Os princípios gerais acerca de partidos, colocados no texto da Constituição Federal de 1988, foram regulamentados a partir da Lei n. 9.096 de 19/09/1995, a Lei dos Partidos Políticos. Tiveram confirmados o estatuto de pessoa jurídica de direito privado, e não mais público, além de determinar a responsabilidade de cada partido pela elaboração do próprio estatuto. Além disso, a lei dos partidos estabeleceu que a ação parlamentar dos deputados deve seguir os princípios doutrinários e programáticos dos partidos. 4 O mecanismo que exigia o caráter nacional dos partidos políticos, ponto tão difícil de ser atingido como vimos em nossas aulas, foi finalmente regulamentado e passou a ser bastante exigente: o TSE somente tem autorização de conceder registro a novas agremiações que sejam apoiadas por assinatura de, no mínimo, 0,5% do eleitorado votante na última eleição para a CD. Esses eleitores precisam estar distribuídos por ao menos 1/3 dos estados e em nenhum deles podem ser em número inferior a 0,1% (Schmitt, 2005). Os partidos já registrados em 1995 não precisariam passar por essa exigência. Esperava-se que os partidos não se proliferarem com a mesma velocidade em que vimos até agora. Outro ponto abordado pela LPP e que seria colocada em vigor apenas em 2006 foi a cláusula de desempenho, de 5% dos votos apurados em 1/3 dos estados, com um mínimo de 2% do total de cada um deles, para assim obter representação parlamentar. Na prática, todos os partidos mantiveram integralmente sua atividade parlamentar. O sistema partidário sofre um encolhimento em 1995 e um intenso realinhamento a partir de 1996, ano que o nosso sistema partidário conta com a existência de dezoito partidos políticos representados na Câmara dos Deputados (Schmitt, 2005). TEMA 3 – A LEI N. 9.504/1997 (LEI DAS ELEIÇÕES) E AS ELEIÇÕES GERAIS DE 1998 Apesar de haver uma redução no número de partidos no nível federal, após as exigências legais, o mesmo não ocorria com os municípios, nos quais 23 partidos conquistaram alguma prefeitura e 27 elegeram vereadores, nas eleições municipais de 19961. A Lei n. 9.504, de 30 de setembro de 1997, conhecida como Lei das Eleições, estabeleceu e regulamentou as normas gerais para todo o calendário eleitoral brasileiro. Tratou sobre a propaganda eleitoral, o voto eletrônico, as pesquisas eleitorais e o financiamento das campanhas (Schmitt, 2005). Reformou a decisão judicial sobre coligações, liberando os partidos coligados em um pleito majoritário realizarem alianças diferentes para as eleições 1 Vão desde os maiores, como o PMDB, PFL, PSDB, PPB, PT, PDT, aos medianos, como o PTB, PSB, PSD, e menores, como o PSC (Partido Social Cristão), PSL (Partido Social Liberal), PRP (Partido Republicano Progressista), PMN (Partido da Mobilização Nacional), PV (Partido Verde), PSDC (Partido Social Democrata Cristão), PT do B (Partido Trabalhista do Brasil), PTN (Partido Trabalhista Nacional), entre outros. 5 proporcionais. Junto da lei das eleições, o Congresso aprovou a emenda da reeleição, que possibilitou aos governadores e presidentes concorrer a um novo mandato em 1998 e prefeitos que se candidatariam em 2000. Embalado pelo sucesso do plano real, Cardoso vence a eleição presidencial de 1998 e é reeleito ao cargo (Schmitt, 2005). Ainda em 1998, nas eleições gerais, o PSDB aumenta a sua bancada na Câmara dos Deputados de 62 para 99 cadeiras e, da mesma forma, o PFL, partido coligadoao do presidente, aumenta de forma vertiginosa sua bancada, indo para o primeiro lugar entre todos os partidos, com 105 deputados. O PMDB encolheu de 107 para 83 deputados, o PDT de 33 para 25, e o PSB aumentou de 15 para 18 deputados. Já o PT e o PPB continuaram com 59 e 60 deputados, respectivamente. Apesar de 30 partidos terem lançado candidatos nas eleições à Câmara baixa em 1998, dezoito elegeram deputados federais (SCHMITT, 2005), um número considerado alto para o Executivo coordenar com êxito a coalizão em nosso presidencialismo brasileiro (Abranches, 1988). Rogerio Schmitt (2005) sintetiza na tabela exposta a seguir (Tabela 1) os partidos e seu percentual de cadeiras conquistadas na Câmara dos Deputados de 1986 a 1998. Tabela 1 – Representação dos partidos políticos na Câmara dos Deputados de 1986 a 1998 Fonte: Schmitt, 2005. 6 Importa aqui identificarmos que de doze partidos representados em 1986 na Câmara dos Deputados esse número salta para 19 em 1990, 18 em 1994 e se mantém nesse número em 1998. A alta fragmentação dificulta a formação de maiorias que garantem a governabilidade aos presidentes, como dissemos anteriormente, e, além disso, colabora com a dificuldade do eleitor em identificar e responsabilizar os partidos políticos, uma vez que a fragmentação é alta e o conteúdo programático de todos os partidos representados, desconhecido (Rebello, 2015). Outro dado que nos importa observar é a predominância e o estabelecimento dos cinco maiores partidos políticos brasileiros da década de 1990: PMDB, PFL, PSDB e PT. TEMA 4 – OS ANOS 2000 E A ALTERNÂNCIA DE PODER Após o crescimento dos partidos de esquerda nas eleições municipais de 2000 e o desabamento da coligação do PSDB em 2002, que perdeu o PFL, que se envolveu em problemas com a justiça no Maranhão e se absteve da candidatura, o PSDB lança o senador José Serra. O PT decide abandonar o programa aprovado no Congresso de 2001 e lança uma estratégia de campanha “centrista”, atraindo para sua coligação o Partido Liberal (PL) que escolheu o empresário José Alencar (PL-MG) como vice de Lula. A campanha sem tons de radicalismo e “paz e amor” atraiu o apoio de empresários brasileiros. Lula venceu no segundo turno recebendo o apoio dos partidos dos outros candidatos (PSB, PPS, PDT, PTB), obtendo 62,48% dos votos válidos. A Câmara dos Deputados seguiu a mesma tendência, o PT obteve a maior bancada, com 91 deputados – 32 a mais que em 1998. Os partidos ligados a Fernando Henrique Cardoso tiveram suas bancadas diminuídas – o PSDB, de 99 para 71, o PMDB, de 83 para 74, o PFL, de 105 para 84, e o PPB, de 60 para 49. O PT e seus partidos de sustentação – PTB, PSB e PL – aumentaram significativamente o número de prefeituras conquistadas em 2004 (de 790 para 1.257), enquanto houve uma diminuição das prefeituras conquistadas pelo PMDB, PSDB e PFL (Fleischer, 2007). Apesar das condições adversas (Ação penal 470 – “Mensalão” que atingiu dirigentes centrais do PT em 2005), em 2006 Lula retoma a liderança 7 nas pesquisas e Lula é eleito vencendo seu concorrente, Geraldo Alckmin, do PSDB. Já na Câmara dos Deputados, inicialmente apenas sete partidos conseguiram ultrapassar a cláusula de barreira que estava em vigor em 2006. Ao menos 5% dos votos válidos em nível nacional e 2% em pelo menos 9 estados. O PAN se incorporou ao PTB, o PL se fundiu com o Prona e PT do B, virando assim o Partido da República, e o PPS se fundiu com o PMN e PHS para virar o Movimento Democrático. No total, dez partidos ultrapassaram a cláusula e poderiam representar seus deputados na Câmara dos Deputados, enquanto outros seis partidos ficariam sem lideranças naquela casa. O STF interferiu novamente nessa questão legislativa e declarou inconstitucional “discriminar” os partidos pequenos, a cláusula de barreira (de desempenho) – que fora colocada em prática apenas nessas eleições de 2006 – para a diminuição da fragmentação partidária, era assim, excluída judicialmente da legislação eleitoral. Os partidos como o PMN e PPS desfizeram a fusão e a Câmara dos Deputados passou a ter 21 partidos em 2006 (Fleischer, 2007). TEMA 5 – AS MUDANÇAS NO SISTEMA E O ATUAL QUADRO Em 2010 a primeira mulher foi eleita presidente do Brasil, pelo Partido dos Trabalhadores, tendo como vice o PMDB, mas a representatividade feminina não se manteve no legislativo, que não passou de 10% nas eleições de 2014 para a Câmara dos Deputados nas eleições de 2014. No que se refere aos partidos eleitos naquele ano para a Câmara dos Deputados, os maiores partidos se consolidaram em cinco: o PT, com a maior bancada na Câmara, seguido do PMDB, PSDB, PP e PSD. Houve a diminuição dos partidos tradicionais de direita, representados pelo antigo PFL, que virou DEM (Democratas), PP, PR e o PSC, e um aumento considerável em partidos pequenos que podem ser classificados como “fisiológicos” por não terem um conteúdo programático sólido em seus documentos partidários, tais como o PT do B, PTC, PTP, PAN, SD, PRP (ROEDER, 2016). Em 2016, as eleições municipais deram pistas sobre a atual configuração na alternância de forças partidárias, sob reflexo do processo da Lava Jato, que minou muitos dos correligionários petistas e de sua base aliada. Houve uma queda vertiginosa no número de prefeituras eleitas pelo Partido dos Trabalhadores (de 630 em 2012 para 256 em 2016, diminuição de 59,4%) e 8 aumento no número de prefeituras conquistadas pelo PSDB (de 686 para 793) (TSE, 2006). O PMDB e o PSDB tornaram-se os mais fortes partidos do atual sistema partidário que conta, agora, com 35 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral, todos recebendo dinheiro público por meio do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, o “fundo partidário” como é mais conhecido, é distribuído aos partidos através dos duodécimos que são determinados pelo TSE e aprovado pela Lei 9.096/95, 5% destinado em partes iguais para todos os partidos registrados no TSE e 95% são dados proporcionalmente de acordo com a votação que cada partido obteve na eleição anterior (Bolognesi, 2016). A interferência do judiciário nas decisões acerca das reformas políticas que estabelecem cláusula de barreira e a dificuldade do Congresso em levar a cabo uma fórmula ponderada para diminuir o número de partidos fez com que atingíssemos um número exorbitante de 22 partidos eleitos em 2010 e 28 eleitos em 2014 (TSE, 2014), impensável para o exercício da governabilidade. Segundo uma pesquisa do Departamento de Ciência Política da Universidade de Trinity, da Irlanda, publicada no jornal Estadão no dia 8 de fevereiro de 2015, o Brasil possui o maior número de partidos efetivos do mundo, 13, isso significa que dos 28 partidos representados, treze possuem algum peso político para “se fazer notar nas votações” (Estadão, 2015). Algumas mudanças são defendidas desde muito antes de chegar nesse ponto, por cientistas políticos que pensam as reformas políticas no Brasil. Lista fechada, fim das coligações em eleições proporcionais são algumas propostas que estão entre as aventadas, além da mudança de financiamentos eleitorais, ponto que foi alterado em 2016, com a proibição do financiamento de pessoa jurídica para aquelas eleições, depois da sequência de escândalos de corrupção envolvendo os maiores partidos brasileiros. NA PRÁTICA Você saberia dizer qual o partido político que mais se aproxima de sua ideologia e interesses? Os partidos têm o papel de canalizar as vontades da população e transformá-las em políticas. Pedimos que você entre no site do Tribunal Superior Eleitoral e veja no campo “partidos políticos” e observe os nomes e conteúdo dos partidos políticos brasileiros e localize, assim, aquele 9 que está em acordo com suas orientações políticas. Depois disso, lembre-se emquais partidos você votou nas últimas eleições, se se tratava desse determinado partido ou se você votou por simpatia pessoal ao candidato. FINALIZANDO São duas as correntes de opinião no interior da Ciência Política que tratam sobre o número eficaz de paridos em nosso sistema político. O primeiro valoriza a governabilidade do Executivo e coloca que mais de 20 partidos no Congresso inviabilizam a governabilidade e geram tensões irremediáveis nas relações entre o Executivo e Legislativo, vide processo de impeachment de Collor em 1992 e de Dilma Rousseff em 2016, ambos os governos com coalizão minoritária no Congresso. A outra corrente defende que quanto mais partidos no Congresso, melhor será a representação de opiniões existentes na sociedade (Fleischer, 2015). Além das diferenças entre a forma de governo em um regime democrático, presidencialista ou parlamentarista, o sistema proporcional (não freia a formação de partidos) e o sistema majoritário (incentiva a fusão de partidos) colabora para as mudanças na configuração partidária nacional. Proibição de coligações eleitorais nas eleições proporcionais e outras formas de barreira impediriam a alta fragmentação que temos hoje em nosso sistema, de 18 partidos eleitos em 1998 para 28 em 2014, uma altíssima fragmentação partidária que além de causar os prejuízos nas relações entre o Executivo e o Legislativo, confunde os eleitores no momento de escolher os partidos políticos que mais representam seus interesses. Dos 35 partidos hoje existentes, podemos dizer que se dividem entre esquerda, centro, direita e fisiológicos, partidos pequenos que possuem pouco conteúdo programático. 10 REFERÊNCIAS ABRANCHES, S. H. H. de. (1988). Presidencialismo de coalizão: o dilema institucional brasileiro. Dados – Revista de Ciências Sociais, 31, 5–34. BOLOGNESI, B. Dentro do estado, longe da sociedade: a distribuição do Fundo Partidário em 2016. Newsletter. Observatório de elites políticas e sociais do Brasil. NUSP/UFPR, 3(11), 1–15. Disponível em: <http://observatory-elites.org/wp-content/uploads/2012/06/newsletter- Observatorio-v.-3-n.-11.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2017. BRAMATTI, D. Brasil tem a Câmara mais fragmentada em todo o mundo. O Estado de S. Paulo, 8 fev. 2015. Disponível em: <http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-tem-a-camara-mais- fragmentada-em-todo-o-mundo-imp-,1631324>. Acesso em: 19 jul. 2017. FLEISCHER, D. Os partidos políticos. In: Sistema político brasileiro: uma introdução. Rio de Janeiro: Editora Unesp, 2007. _____. Por que o Brasil tem 35 partidos políticos registrados. Zero Hora. Disponível em: <http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/proa/noticia/2015/10/por- que-o-brasil-tem-35-partidos-politicos-registrados-4866877.html>. Acesso em: 19 jul. 2017. REBELLO, M. M. A dificuldade em responsabilizar: o impacto da fragmentação partidária sobre a clareza de responsabilidade. Revista de sociologia e política, 23(54), 69–90. Disponível em: <http://doi.org/10.1590/1678- 987315235405>. 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