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HAM IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período Técnica de amamentação e posicionamento da criança para a pega correta COMPOSIÇÃO DO LEITE O leite produzido fica armazenado no sistema canalicular das mamas, para ser, então, excretado no momento da sucção. Há 3 tipos de secreção láctea no período puerperal: COLOSTRO: é um fluido cremoso, amarelado, mais denso que o leite, com composição altamente proteica e com baixo teor de gorduras. Sua excreção dura, em geral, 72 horas, mas pode variar de 1 a 7 dias. É de fácil digestão para o RN, além de conter grande quantidade de imunoglobulinas e células leucocitárias e epiteliais. LEITE DE TRANSIÇÃO: Entre o 6º e o 15º dia após o nascimento do bebê, o corpo da mulher passa a produzir um leite mais denso e volumoso (500ml/dia ao fim da primeira semana, e alcança rapidamente de 1 a 2L/dia). Ele é rico em gorduras e carboidratos, com redução relativa de proteínas. A quantidade de água contribui para 87% do volume de leite produzido e o teor calórico-energético varia de 600 a 750 kcal/dia. LEITE MADURO: O leite já maduro começa a ser produzido por volta do 25º dia e possui uma aparência consistente e esbranquiçada. Ele é composto por proteínas, gorduras, carboidratos e outros nutrientes. É importante lembrar que não existe leite fraco. O tipo e a quantidade de leite materno produzido pelo corpo da mulher são ideais e adequados para cada fase de vida do bebê. As mamas apresentam a capacidade de adaptação mediante situações fora do padrão habitual de lactação. Assim, em casos de gravidez múltipla, a produção de leite aumenta proporcionalmente à nova demanda estabelecida. Da mesma forma, a composição do leite é diferente em casos de RN pré-termo. O leite da puérpera que deu à luz recém-nascido pré- termo é 20% mais rico em proteínas, 50% mais rico em gorduras, apresenta níveis de imunoglobulina A (IgA) aumentados e possui 15% menos lactose, padrão este mais compatível com a imaturidade do sistema digestório dessas crianças TÉCNICA DE AMAMENTAÇÃO A técnica de amamentação, em especial o posicionamento da dupla mãe-bebê e a pega/sucção do bebê, são importantes para a retirada efetiva do leite pela criança e proteção dos mamilos. Uma posição inadequada da mãe e/ou do bebê dificulta o posicionamento correto da boca do bebê em relação ao mamilo e à aréola, podendo resultar em “má pega”. Esta, por sua vez, interfere na dinâmica de sucção e extração de leite, dificultando o esvaziamento da mama, com consequente diminuição da produção do leite e ganho de peso insuficiente do bebê, apesar de, muitas vezes, ele permanecer longo tempo no peito. Muitas vezes, o bebê com pega inadequada é capaz de obter o leite anterior, mas tem dificuldade de retirar o leite posterior, mais nutritivo e rico em gorduras. Além disso, a má pega favorece traumas mamilares. Toda dupla mãe/bebê em aleitamento materno deve ser avaliada por meio de observação completa de uma mamada. A OMS destaca 4 pontos-chave para posicionamento e quatro para pega, que caracterizam uma boa técnica: Posicionamento: Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz em oposição ao mamilo; Corpo do bebê próximo ao da mãe; Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido); Bebê bem apoiado. Pega: Aréola um pouco mais visível acima da boca do bebê; Boca bem aberta; Lábio inferior voltado para fora; Queixo tocando a mama. Sinais que são indicativos de técnica inadequada de amamentação: Bochechas do bebê encovadas a cada sucção; Ruídos da língua; Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada; Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama e dor durante a amamentação.
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