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Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 TRAUMA FECHADO ÓRGÃO INCIDÊNCIA Baço 40-55% Fígado 35-45% Intestino Delgado 5-10% Hematoma retroperitoneal 15% TRAUMA PENETRANTE - ARMA BRANCA ÓRGÃO INCIDÊNCIA Fígado 40% Intestino Delgado 30% Diafragma 20% Baço 15% Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 TRAUMA PENETRANTE - ARMA DE FOGO ÓRGÃO INCIDÊNCIA Intestino Delgado 50% Cólon 40% Fígado 30% Estruturas vasculares 25% Principal exame em trauma abdominal em paciente estável → TC com contraste; o FAST é para descobrir se tem líquido livre ou não; Paciente instável → láparo exploratória; o Exceção: trauma aberto em hipocôndrio direito com entrada e saída (bala) que pegue o fígado → tratamento conservador; Arma branca: o Mamilo até linha transpilórica: não explorar digitalmente; o Linha transpilórica até pelve: exploração digital; o Flanco: TC; Lesões por desaceleração brusca; Compressão de alças e mesentério; Sinais de alerta: hematoma em região correspondente ao cinto de segurança; Exames complementares: o TC de abdome com contraste; o RX de tórax AP; o REED → RX contrastado de estomago, esôfago e duodeno; Cuidado: USG e TC realizadas precocemente podem não diagnosticar lesões sutis. Jejuno Flexura duodenojejunal; Intraperitoneal; 2/5 de jejuno; Íleo Válvula ileocecal; Intraperitoneal; 3/5 de íleo; → Duodeno: é retroperitoneal, exceto primeira porção e final da quarta porção (extra → intra → extra); → Úlcera da parede posterior do duodeno NÃO causa pneumoperitônio; Hematomas retroperitoneais Zona 1: aorta, VCI, duodeno, pâncreas → explorar; Zona 2: rins, artérias renais, veias renais, cólons → explorar; Zona 3: região pélvica, vasos ilíacos → pode ter fratura de bacia → não explorar; Jejuno e íleo → Ressecção versus reparo: Lesões múltiplas: anastomose única em vez de múltiplas; Todas as lesões devem ser fechadas na orientação transversal para evitar o estreitamento do lúmen; Ressecção versus reparo primário dependerá da extensão da lesão; → Dicas e armadilhas: Todos os hematomas da parede intestinal devido a trauma penetrante devem ser descobertos e explorados. Um erro comum é a falha na exploração de hematomas na junção do intestino com o mesentério; Faça uma avaliação completa do intestino delgado antes de iniciar qualquer reparo ou ressecção. A presença de outras perfurações pode alterar o plano de manejo. Em casos com múltiplas perfurações do intestino delgado, uma única ressecção de um segmento maior é preferível a múltiplas ressecções menores. Ao planejar grandes ressecções do intestino delgado, tente preservar um mínimo de 100 cm de intestino delgado para evitar a "síndrome do intestino curto"; Considere anastomose costurada à mão em vez de grampeada na presença de edema intestinal; 2 2 3 1 Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 O intestino deixado em descontinuidade após o controle de danos pode estar em risco de isquemia; quando possível, realize a anastomose na operação; → Ressecção versus reparo: Lesões penetrantes do cólon: reparo primário é recomendado; o Feridas simples: desbridamento seguido por um reparo de uma ou duas camadas é aceitável usando uma corrida absorvível transmural ou camada interna interrompida; o Se usada, a segunda camada consistiria em suturas de Lembert interrompidas; Ressecção: necessária quando a lesão abrange >50% da circunferência ou quando resulta em um segmento desvascularizado. A anastomose pode ser costurada à mão ou grampeada; Um padrão de lesão comum é a desserosalização, geralmente do cólon sigmóide. A separação das camadas muscular e serosa ocorre com um tubo mucoso intacto. o Para reparar, estique a mucosa de volta sobre si mesma. Desbride as bordas musculares e serosas e, em seguida, reaproxime-as com uma camada de sutura interrompida ou contínua. o A mucosa interna se redistribuirá e não causará estenose ou obstrução. o A cicatrização ocorre sem a necessidade de abrir o lúmen, evitando contaminação. o Defeitos extensos, principalmente aqueles com lesão mesentérica associada, necessitarão de ressecção e anastomose. → Dicas e armadilhas: Todos os hematomas paracólicos decorrentes de trauma penetrante devem ser explorados; A tensão excessiva nas flexuras hepática e esplênica pode causar lacerações capsulares e sangramento adicional; Sempre que possível, o cólon deve ser seccionado obliquamente, com a borda mesentérica deixada mais longa que a borda antimesentérica para otimizar o suprimento de sangue para a parede intestinal; O desbridamento adequado de todos os ferimentos penetrantes, especialmente ferimentos à bala, é crítico antes de um reparo ser realizado. Em lesões destrutivas, a parede intestinal deve ser ressecada para bordas bem perfundidas e saudáveis; Embora seja improvável que o cólon se torne estreito, todas as lesões devem ser fechadas em uma orientação transversal para evitar essa complicação; Lesões na flexura esplênica podem ser difíceis de expor e a flexura deve ser retirada para permitir visualização adequada; Colostomia em alça com desvio fecal completo. Uma "ponte” é criada com uma haste de plástico colocada através do mesocólon perto da alça distal da colostomia. Lesões colônicas podem ser principalmente identificadas na laparotomia, e são resolvidas imediatamente devido à instabilidade hemodinâmica ou mecanismo penetrante apropriado; Sangue no exame de toque retal → colonossigmoidoscopia rígida pode visualizar o reto e o cólon sigmoide distal para auxiliar na determinação da presença ou ausência de lesão retal; Reparo cirúrgico → depende da gravidade da lesão na parede colônica e das condições gerais do paciente; Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Ressecção com a criação de uma colostomia diminui risco de deiscência anastomótica; Lesões <50% da circunferência da parede colônica → reparadas com uma ou duas camadas de sutura; imbricar a borda da mucosa; Lesões destrutivas (>50% da parede colônica) → ressecção; Lesões proximais à artéria cólica média → hemicolectomia direita com criação de ileocolostomia; Lesões distais à artéria cólica média → ressecção de segmento com anastomose do tipo colocolostomia; Em caso de choque: o Anastomose imediata pode ser associada a vazamento; o 1ª escolha: ressecção do segmento lesado + colostomia derivativa; o 2ª escolha: ressecção do segmento lesado do cólon, deixando a descontinuidade do trato gastrointestinal até o paciente ter sido adequadamente reanimado → posteriormente, anastomose primária tardia ou a criação de colostomia; Lesões retais resultantes de perfuração → derivação e drenagem pré-sacral até que a cicatrização ocorra → posteriormente, reversão da colostomia; Lesões de ceco de íleo terminal → cecotomia, ressecção de íleo terminal; Reto: 1/3 extraperitoneal; 2/3 intraperitoneal → irrigado pelo sistema porta-hepático Tumor de cólon: metástase em fígado; Tumor em reto: metástase em pulmão; Colón: medializar para examinar → abrir fáscia de Toldt para visualizar duodeno; Colón transverso → cuidado com ligamento gastrocólico; Hematoma com lesão penetrante nas proximidades do cólon → ressecar por risco de sepse!!! Lesões no reto → lesão por empalamento (trauma penetrante) geralmente lesiona parede anterior; Fígado, baço e rins; Sinais de alerta: o Choque, instabilidade hemodinâmica; o Evidência de hemorragia ativa; o Presença de sangue no lavado peritoneal; o FAST positivo; Exames complementares: o FAST; o Lavado peritoneal; o Aspirado peritoneal; Classificação das lesões esplênicas GRAU LESÃO DESCRIÇÃO I Hematoma Laceração Subcapsular, <10% superfície Laceração capsular, <1cm de profundidade no parênquima II Hematoma Laceração Subcapsular, 10%-50% superfície; intraparenquimatoso, ‹5 cm em diâmetro Laceração capsular, 1-3 cm profundidade que não compromete vasos trabeculares III Hematoma Laceração Subcapsular, > 50% superfície ou em expansão; ruptura subcapsular ou hematoma parenquimatoso ≥5 cm ou em expansão >3 om profundidade ou envolvendo vasos trabeculares. IV Hematoma Laceração Ruptura de hematoma intraparenquimatoso com sangramento ativo Laceração com comprometimento de vasos segmentares ou hilares produzindo desvascularização de >25% do baço V Laceração Vascular Baço pulverizado Lesão hilar com desvascularização esplênica Tratamento Conservador: graus I, II e III; Cirúrgico (esplenectomia): graus IV e V; → Vacinas pós-esplenectomia: Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae; → Imunoglulina tétano gama; → Complicação pós-esplenectomia: Hemorragia; Infecção (principalmente pneumonia) → por isso realizar vacinas + imunoglobulina para tétano; Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Tratamento Conservador: graus I, II e III; o Até grau III não há sangramento, ou seja, não lesionou a cápsula; Cirúrgico: graus IV e V; o Hemorragia se dissemina no abdome;
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