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TRAUMA abdominal TRAUMA ABDOMINAL Lembrando que lesões abdominais e pélvicas NÃO diagnosticadas continuam sendo uma causa de morte evitável! - A função do clínico geral é basicamente estabilizar o paciente NUNCA tirar qualquer objeto perfuro-cortante do paciente. - Iremos nesse caso realizar: 1. Acesso 2. Volume 3. Monitorização 4. Fixação do objeto (ficar estável - compressa com fita crepe). 5. Mandar para o cirurgião - O trauma pode ser aberto ou fechado. - O trauma fechado pode ser por impacto direto ao abdome ou por desaceleração (Ex: em um avião que está caindo - o abdome está sendo pressionado pelo cinto, por conta de uma desaceleração). Os órgãos abdominais são fixados por ligamentos - se há uma desaceleração grande, pode haver rotura de ligamentos sustentadores abdominais. Ao passar o caso - devemos falar para o responsável a onde que o paciente machucou EX: Facada em região de hipogástrio - Com os conhecimentos de anatomia iremos saber os possíveis danos sobre o TGI. NÃO esquecer de avaliar o retroperitôneo - sangramentos nesse local NÃO vão ir para o abdômen, eles irão ficar retidos atrás - E isso dificulta a visualização por Ultrassom. MECANISMO DO TRAUMA ABDOMINAL O trauma abdominal poderá ser: · Fechado - (Causado por impacto direto ou desaceleração) Um impacto direto, como o contato do abdome com o volante ou com a intrusão da porta em uma colisão de veículos, pode causar compressão ou esmagamento de vísceras abdominais e da pelve. Tais forças deformam os órgãos sólidos e vísceras ocas, podendo causar sua ruptura, acarretando hemorragia secundária, contaminação pelo conteúdo intestinal e, consequentemente, peritonite. · Aberto - Ferimentos por arma branca e projéteis de baixa velocidade causam danos aos tecidos por corte e laceração. Ferimentos por projéteis de alta velocidade transferem mais energia cinética às vísceras abdominais. Esse tipo de projétil pode aumentar os danos ao longo do seu trajeto devido a cavitação temporária (Aberto) Nesse tipo de trauma com evisceração iremos molhar uma compressa estéril e colocar por cima + Soro fisiológico e cirurgião Toda Evisceração tem que passar por cirurgia. (Fechado) Outro causador de trauma é o cinto de segurança, caso NÃO seja colocado adequadamente - isso irá causar isquemia mesentérica - causado por desaceleração. OBS: Ao atender esses pacientes sempre lembrar de seguir adequadamente o ABCDE. OBS: Nem todo paciente com Glasgow <9 deve ser intubado? NÃO! - EX: O paciente pode estar rebaixado por hipoglicemia // por uma taquicardia supraventricular. Nesse caso devemos mandar para a cirurgia (laparotomia exploratória) - E O cirurgião deve avaliar TODO o intestino do paciente e não deixar passar nada - se NÃO pode gerar peritonite. - Quanto mais mexe no intestino - mais chance de gerar íleo paralítico. HISTÓRIA Ao avaliar doentes vítimas de colisões automobilísticas é importante obter as informações sobre: · A velocidade do veículo · O tipo de colisão EX: Capotamento ou impacto frontal, lateral ou traseiro. · A intrusão de partes do veículo no compartimento de passageiros · Os tipos de dispositivos de contenção · Acionamento dos airbagas · Posição do doente no veículo e as condições dos passageiros (se houver). · Em casos de quedas devido ao potencial de lesão relacionada a desaceleração em grandes alturas. Além disso, temos as informações pode ser obtidas por: · Próprio doente · Outros passageiros · Policia · Integrantes da equipe de atendimento pré-hospitalar. OBS: Informações sobre os sinais vitais, lesões aparentes e resposta ao tratamento pré-hospitalar também devem ser fornecidas pelos prestadores de cuidados Pré-hospitalares. - TODAS essas informações devem ser escritas no relatório. Ao avaliar uma doente vítima de trauma penetrante, devem ser obtidas informações relacionadas: · Ao tempo de lesão · Ao tipo de arma (faca, revólver, rifle ou escopeta) · À distância do agressor (importante, particularmente, em ferimentos por cartucheira, pois a probabilidade de lesões viscerais graves diminui quando a distância é maior que 3 m) · Ao número de facadas ou tiros que o doente recebeu. · E também quanto ao volume de sangue perdido pela vítima na cena da agressão - E o tipo de sangue (venoso ou arterial). Se possível, deve-se obter do doente informações sobre a localização e a intensidade de qualquer dor abdominal. OBS: Ao atender um ladrão que tomou um tiro e o mesmo não quer solicitar a polícia após o atendimento Se o médico NÃO chamar, ele pode ser acusado de cúmplice. OBS: NUNCA esquecer de avaliar o dorso do paciente. C - CIRCULAÇÃO Investigar e controlar hemorragias, avaliando: · Nível de consciencia: - Ansioso - Confuso - Letárgico · Pele: - Tempo de enchimento capilar - Cor - Temperatura - Umidade · Pulsos: - Qualidade - Frequência - Ritmo · Pressão: - Hipotenso PELVE - PERÍNEO - TOQUE URETRAL - TOQUE VAGINAL · Na letra “E” fazemos a exposição do paciente Se observarmos hematoma/equimose perineal - Devemos fazer o toque retal. · Fazemos o toque retal porque iremos sondar o paciente - para avaliação da diurese. · Se há o hematoma - o paciente pode ter feito rotura de uretra - e a sondagem será ineficiente nesse caso. · Fazemos o toque retal - tentando achar a próstata (caso seja mulher) - se a próstata estiver “solta” como se fosse “flutuando” OU se ela estiver ALTA - Isso então sugere que houve rompimento de próstata Nesses casos fazemos o exame de uretrografia retrógrada (injeta o contraste pelo pênis e faz um Raio X). - Se houver ruptura de uretra - iremos fazer a pulsão suprapúbica. · NÃO pode fazer sondagem em suspeita de rotura de uretra. · Na mulher fazemos o toque vaginal Nesse caso procuramos espículas ósseas na parede vaginal, avaliamos como que está a parede vaginal. - Na presença de hematoma de períneo + dúvida de rompimento de uretra na mulher Fazemos uretrografia retrógrada. 1) INITAL ASSESSMENT Frente à hipotensão é mandatório descartar lesão abdominal como sua principal causa... Avaliando: 1. História e cinética do trauma 2. Atendimento pré-hospitalar 3. Presença de dor abdominal 4. Sempre obter os sinais vitais AUSCULTA - Verificar RHA (Ruidos Hidroaéreos) Se NÃO houver pode ter um ílio paralítico (indicação de um quadro inflamatório grande). - Possui sangue intraperitoneal livre OU conteúdo gastrointestinal - isso gera íleo com perda dos ruídos hidroaéreos (NÃO é um achado específico). - Significado clínico? OBS: Esses resultados são mais úteis quando são normais no exame inicial e alteram-se ao longo do tempo. PERCUSSÃO - A percussão abdominal causa um leve movimento do peritônio. - Se o abdômen estiver em tábua (rígido) Isso é sinal de peritonite. - A percussão pode provocar sinais de irritação peritoneal (Blumberg +) - Quando presente, nenhuma evidência adicional, como dor à descompressão brusca, precisa ser pesquisada. PALPAÇÃO - Defesa voluntária (Isso faz com que o exame abdominal seja pouco confiável) X Irritação peritoneal. - Útero gravídico Caso a mulher esteja grávida, nossa principal preocupação é estabilizar a mãe. - Tentar explicar ao paciente a necessidade da palpação e o pedir colaboração FERIMENTOS PENETRANTES - Cuidado ao explorar digitalmente (sempre paramentado - para avaliar a profundidade da lesão, por exemplo). - NÃO explorar ferimentos acima do rebordo costal Risco de pneumotórax. - 25 a 30% NÃO atravessam o peritônio. - NÃO retire os objetos perfuro-cortante da parede abdominal PALPAÇÃO - A presença de sangue no meato uretral sugere fortemente uma lesão uretral. - A presença de equimoses ou hematoma no escroto ou no períneo durante a inspeção também é sugestivo de lesão uretral. - Em doentes que sofreram trauma fechado, os objetivos do exame retal são AVALIAR: 1. O tônus do esfíncter 2. Integridade da mucosa retal 3. Determinar a posição da próstata (deslocamento cranial indica ruptura uretral). 4. Identificar quaisquer fraturas dos ossos da pelve. EXAME DO PENIS, RETO E PERIENO Fazemos o examedo pênis, reto e períneo nos seguintes casos: · Sangue no meato uretral · Hematomas períneo-escrotais (uretra) · Toque retal sempre Devemos avaliar: · Tônus do esfíncter - Para descartar lesão medular. · Presença de sangue no dedo de luva · Posição a altura da próstata · Exame vaginal (espículas ósseas, sangue). - Nesses casos sempre pedir a uretrografia retrógrada. ARMADILHA - Manipulação repetida de uma pelve fraturada pode agravar a hemorragia. SONDAGENS · Fazemos sondagem gástrica para evitar broncoaspiração - Sem contar que um estomago cheio dificulta a respiração. · Fazemos a sondagem após a resolução e/ou estabilização dos problemas respiratórios e circulatórios. · Gástrica: a descompressão facilita a ventilação e evita broncoaspirações. · Cuidado em pacientes com fraturas em face extensa e fraturas de base de crânio (SOG). · Vesical: descompressão e monitorização do débito urinário. · Cuidado com fraturas pélvicas, sangue no meato uretral, hematoma escrotal, equimose perineal, alterações ao toque retal, impossibilidade de urinar NÃO SONDAR! INDICAÇÕES DE LAPAROTOMIA - Instabilidade hemodinâmica de foco abdominal. - Evisceração - Peritonite - Trauma penetrante Pacientes instáveis com ferimento penetrante - dispensar exames de imagem e encaminhar direto para a laparotomia exploradora. )'�*"��013><8=0; TRAUMA ABDOMINAL Lembrando que lesões abdominais e pélvicas NÃO diagnosticadas continuam sendo uma causa de morte evitável ! - A função do clínico geral é basicamente estabilizar o paciente à NUNCA tirar qualquer objeto perfuro - cortante do paciente . - Iremos nesse caso realizar : 1. Acesso 2. Volume 3. Monitorização 4. Fixação do objeto (ficar estável - compressa com fita crepe). 5. Mandar para o cirurgião - O trauma pode ser aberto o u fechado . - O trauma fechado pode ser por impacto direto ao abdome ou por desaceleração (Ex: em um avião que está caindo - o abdome está sendo pressionado pelo cinto, por conta de uma desaceleração ). Os órgãos abdominais são fixados por ligamentos - se há uma desaceleração grande, pode haver rotura de ligamentos sustentadores abdominais . Ao passar o caso - devemos falar para o responsável a onde que o paciente machucou à EX: Facada em região de hipogástrio - Com os conhecimentos de anatomia iremos saber os possíveis danos sobre o TGI . TRAUMA ABDOMINAL Lembrando que lesões abdominais e pélvicas NÃO diagnosticadas continuam sendo uma causa de morte evitável! - A função do clínico geral é basicamente estabilizar o paciente NUNCA tirar qualquer objeto perfuro-cortante do paciente. - Iremos nesse caso realizar: 1. Acesso 2. Volume 3. Monitorização 4. Fixação do objeto (ficar estável - compressa com fita crepe). 5. Mandar para o cirurgião - O trauma pode ser aberto ou fechado. - O trauma fechado pode ser por impacto direto ao abdome ou por desaceleração (Ex: em um avião que está caindo - o abdome está sendo pressionado pelo cinto, por conta de uma desaceleração). Os órgãos abdominais são fixados por ligamentos - se há uma desaceleração grande, pode haver rotura de ligamentos sustentadores abdominais. Ao passar o caso - devemos falar para o responsável a onde que o paciente machucou EX: Facada em região de hipogástrio - Com os conhecimentos de anatomia iremos saber os possíveis danos sobre o TGI.
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