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Doenças-Psicossomáticas

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1 
 
Tipos de Doenças Psicossomática e análise clínica 
 
Organizado por Prof. Alessandro Euzébio1 
 
As doenças psicossomáticas surgem como consequência de processos psicológicos e 
mentais do indivíduo desajustados das funções somáticas e viscerais e vice-versa. 
Caracterizam-se as possibilidades de distúrbios de função e de lesão nos órgãos do corpo, 
devido ao mau uso e ao efeito degenerativo, e descontroles dos processos mentais. 
Diferenciam-se neste ponto das doenças mentais, em que o mau desempenho não é 
opcional. Distúrbios emocionais desempenham papel importante, precipitando início, 
recorrência ou agravamento de sintomas, distinguindo das doenças puramente 
orgânicas. Porém, elas podem se transformar em doenças crônicas ou ter com um curso 
fásico. 
Tendem a associar-se com outros distúrbios psicossomáticos. Isso pode ocorrer numa 
família, em diferentes períodos da vida de um paciente ou em certos ambientes de 
trabalho e até de lazer. Mostram grande diferenças de incidência nos dois sexos. Assim, 
asma é duas vezes mais frequente nos meninos do que nas meninas, antes da puberdade, 
depois, é menos comum nos homens do que nas mulheres. A úlcera do duodeno 
manifesta-se mais em homens, e a doença de Basedow, mais em mulheres. 
Doença de adaptação 
 A todo instante estamos fazendo atividades de adaptação, ou seja, tentativas de nos 
ajustarmos às mais variadas exigências, seja do ambiente externo, seja do mundo interno, 
atingindo este vasto mundo de ideias, sentimentos, desejos, expectativas, sonhos, 
imagens, que cada um tem dentro de si. Selye demonstrou, em trabalhos publicados a 
partir de 1936, que o organismo quando exposto a um esforço desencadeado por um 
estímulo percebido como ameaçador à homeostase, seja ele físico, químico, biológico ou 
mesmo psicossocial, apresenta a tendência de responder de forma uniforme e 
 
1 Professor Universitário, Psicanalista, Doutorando em Psicologia, Mestre em Educação (Pesquisa em 
Formação Psicanalítica e Educação). Coordenador do Núcleo de Formação de Psicanalistas e Mestres em 
Psicanálise. Co-coordenador da Clínica Social de Psicanálise – Instituto GAIO. Contato: 
consultoriodr.aeuzebio@gmail.com ou Instagram: https://www.instagram.com/aeuzebio.psi 
mailto:consultoriodr.aeuzebio@gmail.com
https://www.instagram.com/aeuzebio.psi
2 
 
inespecífica, anatômica e fisiologicamente A esse conjunto de reações inespecíficas na 
qual o organismo participa como um todo, ele chamou de Síndrome Geral de Adaptação. 
Esta síndrome consiste em três fases: Reação de Alarme, Fase de Resistência e Fase de 
Exaustão. Não é necessário que a fase se desenvolva até o final para que haja o estresse 
e é evidentemente só nas situações mais graves que se atinge a última fase, a de 
exaustão. 
A Reação de Alarme subdivide-se em dois tempos: choque e contrachoque. Parte dessa 
reação assemelha-se à Reação de Emergência de Cannon. Ele percebeu que quando um 
animal era submetido a estímulos agudos ameaçadores da homeostase, inclusive medo, 
raiva, fome e dor, o animal apresentava uma reação em que se preparava para a luta ou 
fuga. Esta reação caracteriza-se por: 
a) aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, para permitir que o sangue 
circule mais rapidamente e portanto, para chegar aos músculos esqueléticos e cérebro 
mais oxigênio e nutrientes e facilite a mobilidade e o movimento; 
b) contração do baço, levando mais glóbulos vermelhos à corrente sanguínea, 
acarretando mais oxigênio para o organismo particularmente nas áreas estrategicamente 
favorecidas; 
c) o fígado libera glicose armazenado na corrente sanguínea para que seja utilizado como 
alimento e, consequentemente, mais energia para os músculos e cérebro; 
d) redistribuição sanguínea, diminuindo o fluxo para a pele e vísceras, aumentando para 
músculos e cérebro; 
e) aumento da frequência respraivatória e dilatação dos brônquios, para que o organismo 
possa captar e receber mais oxigênio; 
f) dilatação pupilar e exoftalmia, isto é, a protuberância do olho para fora do globo ocular, 
para aumentar a eficiência visual; 
 g) aumento do número de linfócitos na corrente sanguínea, para reparar possíveis danos 
aos tecidos por agentes externos agressores. 
3 
 
Os pequenos acontecimentos estressantes, chamados de problemas do cotidiano 
constituem a segunda categoria e acontecem com maior frequência na vida das pessoas. 
Na terceira categoria encontram-se os conflitos contínuos da vida: problemas de casais, 
desemprego prolongado, dificuldade de educar os filhos, etc. Entretanto, as pessoas 
diferem quanto à sua forma de reagir aos desafios impostos pela vida. Enquanto algumas 
são capazes de superar uma perda altamente significativa, outros podem dar início a um 
transtorno psiquiátrico diante de um acontecimento estressante de menor gravidade. 
Assim, as variáveis individuais desempenham um papel decisivo na formação de um 
problema psicopatológico. 
Relação com doenças digestivas 
O sistema gastrointestinal é especialmente sensível ao estresse geral. A perda de apetite 
é um dos seus primeiros sintomas, devido à paralização do trato-gastrointestinal sob ação 
simpática, e pode ser seguido por vômitos, constipação e diarreia, no caso de bloqueios 
emocionais. Sinais de irritação e perturbação dos órgãos digestivos podem ocorrer em 
qualquer tipo de estresse emocional. 
É geralmente sabido que as úlceras gástricas são registradas com maior frequência em 
pessoas que são desajustadas em seu trabalho e que sofrem de tensão e frustração 
constantes. O Dr. Gray demonstrou que pacientes sob estresse secretam uma quantidade 
considerável de hormônios digestivos pépticos na sua urina, isso indica que os hormônios 
do estresse aumentam a produção de enzimas pépticas, ou seja, a úlcera parece ser 
produzida com o aumento do fluxo dos sucos ácidos, causado pelas tensões emocionais, 
no estômago, que se encontra desprotegido do muco protetor secretado em estado de 
homeostase, sob ação do sistema nervoso autônomo parassimpático. 
Relação com câncer 
Cada um tem sua própria participação na saúde ou na doença, a todo o momento. Os 
doentes participam de sua própria recuperação." Essa forma de pensar não pretende 
desfazer, de forma alguma, dos médicos; ela apenas ensina o que pode ser feito em 
conjunto, entre médico e paciente para a recuperação da saúde. Os Simonton, dirigem o 
Cancer Counseling and Research Center de Dallas, Texas. Carl é um médico 
radioterapeuta, especializado no tratamento do Câncer. Stephanie é formada em 
4 
 
Psicologia. Eles defendem a idéia de que as doenças somático-viscerais sofrem grande 
influência psicológica. Ao tratarem de vários casos de doentes com Câncer, eles puderam 
observar que a vontade de viver influencia na espectativa de vida de seus pacientes. 
Pacientes que, por algum motivo particular, achavam que teriam que viver mais tempo 
do que o previsto pelos médicos, realmente o viviam, provando que tinham certa 
influência sobre o curso de sua própria doença. O casal Simonton parte da premissa de 
que uma doença não é só um fato físico, e sim, um problema que diz respeito à pessoa 
como um todo; corpo, emoções e mente. As emoções e a mente têm uma certa função 
na suscetibilidade ao Câncer e na sua recuperação. O Câncer, por exemplo, surge como 
uma indicação de problemas em outras áreas da vida da pessoa, agravados ou compostos 
de uma série de estresses que surgem de 6 a 18 meses antes de aparecer o Câncer. Foi 
observado que as pessoas reagraivam a esses estresses com um sentimento de falta de 
esperança, desespero, desistindo de lutar por uma vida melhor. Acredita-se que essa 
reação emocional dispara um conjunto de reações fisiológicas que suprimem as defesas 
naturais do corpo, tornando-o suscetível à produção de células anormais, devido a um 
desequilíbrio profundo mental, hormonal, orgânico e psicológico. 
Relação com crescimento 
Os denominadoshormônios de adaptação ou hormônios do estresse, são também 
importantes reguladores do crescimento em geral. ACTH e COL são poderosos inibidores 
de crescimento e o STH ativador que é realmente denominado hormônio do crescimento. 
Estes hormônios tem efeitos opostos tão poderosos. Portanto, se uma criança é exposta 
a estresse excessivo, seu crescimento é prejudicado, sendo tal inibição, pelo menos em 
parte, consequência do excesso de secreção de ACTH e COL. 
Relação com sono 
O fato de dormir bem ou não dependerá muito do que fazemos durante o dia. Não 
devemos nos deixar levar por impulsos, nem pela tensão, além do ponto necessário para 
aplicar-nos da melhor forma possível ao exercício que desejamos fazer. Deixando-se 
dominar pela tensão, especialmente nas últimas horas do dia, a reação de estresse por 
via hormonal poderá processar-se durante toda a noite. Devemos tentar não 
sobrecarregar desproporcionalmente o corpo ou a mente pela repetição das mesmas 
5 
 
ações exaustivas e evitar a repetição inútil da mesma tarefa, quando já se está exausto. 
Então, para dormir bem precisamos nos resguardar melhor ainda contra o estresse à 
noite. Não somente reduzindo o excesso de luz, barulho, frio ou calor mas, 
especialmente, não nos entregando, durante o dia, ao tipo de estresse que nos manterá 
acordados à noite. Esse estresse, que tende a se perpetuar, pode ser resultado de 
refeições pesadas, bebidas, perturbações emocionais e muitas outras coisas. 
O desgaste da vida 
Podemos considerar o estresse como um grau de desgaste do corpo, como um todo. 
Assim, a estreita relação entre o envelhecimento e o estresse torna-se evidente. O 
estresse é a soma de todo o desgaste causado por qualquer tipo de reação vital através 
do corpo, a qualquer momento. Por isso ele é uma espécie de velocímetro da vida. 
Portanto, a verdadeira idade (não a cronológica, mas a fisiológica) depende muito do grau 
de desgaste, do ritmo do autodesgaste. A vitalidade é como um tipo especial de depósito 
bancário que você pode usar para fazer retraivadas, mas não para fazer depósitos. O 
único controle sobre essa fortuna é o ritmo com que você faz 10 suas retraivadas. A 
solução evidentemente, não é suspender as retraivadas, pois isso resultaria na morte. 
Nem é retraivar apenas o suficiente para a sobrevivência, pois isso permitiria somente 
uma vida vegetativa. O processo inteligente é gastar convenientemente a vitalidade, mas 
nunca malbaratar. Muitas pessoas pensam que, depois de se terem exposto a atividades 
que resultam em grande estresse, um repouso pode fazer com que se restabeleçam 
completamente suas condições. Isto, porém é falso, uma vez que cada experiência deixa 
uma cicatriz indelével, pois ela exige tanta adaptabilidade forçando o organismo como 
um todo até o nível de exaustão, que não podem ser restabelecidas. É verdade que após 
certas experiências exaustivas, o repouso pode fazer com que voltemos quase às 
condições anteriores, pela eliminação da fadiga mais grave. Mas a ênfase fica no termo 
quase. Desde que passamos constantemente por períodos de estresse e repouso, através 
de toda a vida, um pequeno déficit de energia de adaptação vai sendo acumulado dia a 
dia e resulta no que denominamos envelhecimento. 
Hipotálamo e estado de estresse 
6 
 
Nosso organismo é dotado de mecanismos adaptativos, nos quais todos os órgãos e 
tecidos exercem funções que ajudam a manter as condições do organismo, como um 
todo, estáveis. Nosso organismo possui uma capacidade de equilíbrio que mantém suas 
condições estáticas, ou constantes, no meio interno. O hipotálamo é a área do sistema 
nervoso central que tem sob sua responsabilidade várias funções que são básicas para a 
manutenção e sobrevivência do organismo. Através do sistema nervoso autônomo e do 
sistema endócrino, o hipotálamo promove uma série de mudanças orgânicas necessárias 
para a conservação do equilíbrio durante estados de grande atividade física e/ou mental 
e através de mecanismos próprios, como o mecanismo da fome, da sede e da regulação 
térmica corporal, produz subsídios que possibilitam o funcionamento integrado, 
mantendo a harmonia orgânica durante todo o período em que o indivíduo estiver sob a 
influência do estressor. 
O funcionamento global do hipotálamo é o grande responsável pela gênese das 
condições orgânicas para que o sujeito "estressado" possa, dentro de certos limites, se 
adaptar e superar as mudanças responsáveis pelo estresse. Todo tipo de questionamento 
relacionado com a situação que se apresenta (estressora) está acontecendo no cérebro 
e todas estruturas ligadas a ele estão sofrendo a influência da ansiedade, do desconforto, 
da insegurança, geradas no seu interior. A isso se deve a grande responsabilidade do 
hipotálamo nos estados de estresse em suprir o cérebro com todos os elementos 
necessários para a sua importante atividade, não deixando de lado as necessidades 
globais do organismo, principalmente nos casos de estresse físico, onde a restauração 
tecidual é o marco das necessidades. 
Podemos ter uma causa única para as doenças psicossomáticas? 
Não há uma regra que prevaleça, mas sim uma predisposição pessoal orgânica de como 
seu corpo e o seu psicológico estão respondendo e reagindo às suas condições de vida e 
saúde. Em geral, mudanças significativas na vida de um indivíduo/sujeito, podem ser 
fatores fundamentais para análise por parte de um psicoterapeuta, é claro que o 
processo analítico poderá ser compreendido dentro da subjetividade e do próprio 
processo de elaboração entre analista e analisando, mas deixamos aqui algumas 
orientações para análise o quanto segue: 
7 
 
 
Analisar o histórico de problemas profissionais: seja por excesso de trabalho ou pela falta 
dele, em situações de desemprego, o lado profissional mexe muito com o psicológico de 
todos nós. Além disso, a transição de carreira ou insatisfação com a carreira ou o 
emprego, também são fatores comuns nesses casos; 
 
Traumas e eventos marcantes: conflitos familiares e traumas de infância, costumam nos 
deixar mais angustiados, ansiosos e desmotivados com a vida; 
Violência psicológica: abuso e conflitos nos amorosos (relacionamentos abusivos), 
bullying na escola e violência doméstica, também são fatores a serem considerados; 
 
Ansiedade e tristeza: muitas pessoas não controlam esses sentimentos e, geralmente, 
buscam se isolar e deixam de tentar superar esses problemas. 
 
Deixamos aqui alguns sintomas que devem ser observados pelo analista 
quando falamos de psicossomática: 
Os principais sintomas psicológicos e físicos são: 
Sintomas Psicológicos/psíquicos 
✓ Estresse; 
✓ Ansiedade; 
✓ Impaciência; 
✓ Problemas de concentração. 
Sintomas Físicos/orgânicos: 
✓ Taquicardia; 
✓ Dores de cabeça frequente; 
✓ Redução das defesas imunológicas; 
✓ Queda de cabelo; 
✓ Insônia; 
✓ Tensão muscular; 
 
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Há diversos tipos de doenças psicossomáticas e suas manifestações e distúrbios físicos 
variam de pessoa para pessoa. O mais importante é entender que essas doenças podem 
afetar a qualquer pessoa, tudo depende do momento psicológico que ela esteja 
passando. Abaixo, você poderá reconhecer doenças físicas que surgem a partir de um 
problema psicológico ou que já existem e se agravam por conta disso: 
• Sistema nervoso: como enxaqueca, dores na vista, dormência, formigamentos e 
simulação de doenças neurológicas; 
• Pele: irritações, coceira e problemas dermatológicos provocados pelo sistema 
nervoso; 
• Músculo e articulação: dores, tensão e contraturas; 
• Dor de garganta: inflamação nas amígdalas e sensação de nó, como se a garganta 
ficasse fechada; 
• Sistema Circulatório: dor no peito, palpitações, pressão arterial alta e sintomas 
parecidos com os do infarto; 
• Sistema Respiratório: falta de ar e sufocamento; 
• Estômago: dor, queimação, náuseas, gastrites e úlceras gástricas; 
• Intestino: prisão deventre ou diarreias; 
• Sistema urinário: dor e dificuldade para urinar e doenças urológicas; 
• Dificuldades sexuais: diminuição do desejo sexual, alterações no ciclo menstrual, 
impotência e dificuldade para engravidar. 
Na somatização a pessoa apresenta sintomas físicos, mas após vasta investigação não há 
uma doença orgânica, apontando como causa desse sintoma a emocional. Um bom 
exemplo seria a síndrome do pânico, na qual a pessoa relata um grande mal-estar físico, 
como taquicardia, dores no peito, náuseas, desconforto abdominal, tontura, falta de ar, 
entre outros, e o médico não encontra nenhuma patologia. 
Ao ser diagnosticado com tal doença, o indivíduo não pode somente cuidar dos 
problemas físicos, mas principalmente, dos fatores psíquicos que favoreceram o 
surgimento da doença e das causas que a mantém, sendo necessário um trabalho em 
9 
 
conjunto do médico especialista na doença que foi se manifestou fisicamente e do 
psicólogo que dará conta do lado emocional, com o intuito de uma abordagem 
psicossomática privilegiar o doente, e não a doença, e tenta compreender seu significado, 
relacionando um sintoma físico a um problema emocional que requer cuidado, paciência 
e que raramente se consegue numa primeira consulta. 
REFERENCIAS 
Alexander, F. (1950/1989). Medicina psicossomática: princípios e aplicações. Porto Alegre: Artes 
Médicas. 
 Ávila, L. A. (2012). O corpo, a subjetividade e a psicossomática. Tempo psicanal.,44(1), 51-69. 
Barbosa, R. F., Duarte, C. A. M. & Santos, L. P. (2012). Psicossomática, gestação e diabetes: um 
estudo de caso. Psicol. cienc. prof., Brasília, 32, 472-483. 
 Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70. 
Breuer, J. & Freud, Sigmund. (1895). Estudos sobre a histeria. In: Freud, S. (1990) Edição standard 
brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol 2, pp.15-297) Rio de Janeiro: 
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