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Dispneia A dispneia e uma sensaça o de desconforto respiratório, que pode ser relatada pelos pacientes de diversas maneiras: cansaço, falta de ar, sensaça o de aperto no peito, sufocamento e incapacidade de encher o pulma o de ar. OBS: e importante diferir a fadiga e astenia da dispneia, tendo em vista que muitos pacientes relatam estar “cansando muito” e na verdade esta o com um quadro de dispneia. No que se refere ao raciocí nio diagno stico e importante definir se a dispneia e de iní cio su bito (dispneia aguda ou subaguda), se vem aumentando gradativamente (dispneia crônica) ou se e uma dispneia crônica com episódios de reagudização. É importante destacar que ainda existe a dispneia fisiológica — sensaça o de falta de ar em indiví duos sauda veis que fazem esforços fí sicos intensos sem condicionamento para a realizaça o. Causas de dispneia aguda, subaguda e crônica Tipos de dispneia Tipos de dispneia Dispneia aos grandes esforços Surge apo s esforços acima do habitual para o paciente. Dispneia aos médios esforços Decorre de atividades habituais, antes realizadas sem dificuldades. Dispneia aos pequenos esforços Surge durante atividades rotineiras da vida. Dispneia de repouso Dificuldade respirato ria que surge mesmo em repouso. CAUSAS AGUDA SUBAGUDA CRONICA Doenças cardíacas Arritmia e insuficie ncia ventricular esquerda aguda Arritmia ICC Doenças brônquicas e pleuro- pulmonares Pneumoto rax, asma bro nquica e embolia pulmonar Asma bro nquica, exacerbaça o de DPOC, derrame pleural e pneumonia DPOC, pneumonites intersticiais, fibrose pulmonar, pneumoco- nioses e ca ncer bro nquico ou pulmonar Outras causas Corpo estranho, sí ndrome do pa nico, altitude elevada, cetoacidose e fratura de costela Intoxicaça o por a cido acetilsalicí lico, hipertireoidismo, miastenia gravis e insuficie ncia renal Cifoescoliose, anemia, doença do neuro nio motor e insuficie ncia renal Ortopneia Dispneia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar-se ou a ficar de pe para obter algum alí vio. Dispneia paroxística noturna Ocorre depois que o paciente ja dormiu algumas horas, sendo sugestiva de insuficie ncia ventricular esquerda. Trepopneia Dispneia que aparece em decu bito lateral, como acontece com pacientes com derrame pleural. Platipneia Tipo raro de dispneia que ocorre com o paciente em pe ou sentada, aliando em decu bito. Dispneia periódica A dispneia perio dica ou de Cheyne-Stokes caracteriza-se por perí odos de apneia, seguidos de movimentos respirato rios, a princí pio superficiais, mas que se va o tornando cada vez mais profundos ate chegar a um ma ximo, apo s o qual va o diminuindo paulatinamente de amplitude ate uma nova fase de apneia; e assim sucessivamente. As pausas de apneia te m duraça o varia vel de 10 a 30 segundos, podendo atingir ate 60 segundos. A dispneia pode ocorrer por diversos motivos, como: • Alterações atmosféricas → atmosfera pobre em oxige nio ou com pressa o parcial de oxige nio diminuí da, como ocorre em locais de elevada altitude. • Obstrução das vias respiratórias → obstruça o larí ngea, obstruça o da traqueia ou obstruça o dos bro nquios. • Alterações pulmonares → condiço es que reduzam a a rea de hematose de modo intenso podem provar dispneia, como condensaço es parenquimatosas (pneumonia, pneumonites intersticiais, pneumoconioses, sarcoidose, fibrose pulmonar difusa e enfisema) e embolias pulmonares. • Alterações da dinâmica toracopulmonar → reduça o da elasticidade pulmonar ou assimetrias entre os hemito rax podem provocar dispneia, como fratura de arcos costais, cifoescoliose e alteraço es musculares. • Alterações diafragmáticas • Alterações cardíacas → fale ncia do ventrí culo esquerdo ou lesa o valvar (mitral ou ao rtica), ale m de derrame perica rdico. Éssas condiço es afetam a hematose devido a congesta o passiva dos pulmo es. Vale ressaltar que a dispneia aos esforços devido a alteraço es cardí acas geralmente possui uma evoluça o mais ra pida quando comparada a dispneia por alteraço es pulmonares. • Alterações metabólicas e hematológicas → anemias, hipoxemia, cetoacidose, intoxicaça o por CO e acido acetilsalicí lico. • Dispneia relacionada com o sistema nervoso → hipertensa o intracraniana pode alterar o ritmo respirato rio. • Dispneia psicogênica → dispneia causada por transtornos emocionais como ansiedade e sí ndrome de hiperventilaça o. OBS: na dispneia aguda, a testagem do peptí deo natriure tico do tipo B e u til para distinguir a insuficie ncia cardí aca de outras causas de dispneia. Tosse A tosse pode ser considerada aguda, quando esta presente ha menos de 8 semanas, ou crônica, quando persiste por mais de 8 semanas. As causas mais comuns de tosse cro nica em adultos imunocompetentes sa o: sí ndrome do gotejamento po s-nasal decorrente de va rias doenças rinossinusais, asma bro nquica, doença do refluxo gastresofa gico, bronquite cro nica, bronquite eosinofí lica, bronquiectasia, uso de inibidores da enzima de conversa o da angiotensina (ÉCA) e tosse po s-infecciosa. Para todos os pacientes como tosse cro nica, deve ser solicitado uma radiografia de to rax, e a depender da anamnese + exame fí sico, outros exames podem ser solicitados, como radiografias dos seios paranasais, provocaça o com inalaça o de metacolina, determinaça o de pH esofa gico, esofagograma de ba rio modificado e broncoscopia. Hemoptise Hemoptise consiste na expectoração com sangue do parênquima pulmonar ou das vias respiratórias, podendo ser escassa, com raias de sangue vermelho vivo na expectoraça o, ou maciça — expectoraça o de pelo menos 600ml de sangue em 24 a 48 horas. É importante diferenciar a hemoptise da pseudo-hemoptise, tendo em vista que o sangue da u ltima na o e proveniente das vias respirato rias inferiores, por exemplo, sangue proveniente da cavidade oral, faringe ou narinas. A hemoptise maciça e mais frequentemente causada por infecça o, por exemplo, a tuberculose ou um abcesso pulmonar. A hemoptise na o maciça e causada, em mais de um terço dos casos, por bronquite, em 20% dos casos por carcinoma broncoge nico, em 7% dos casos por tuberculose, em 5% dos casos por pneumonia e em 1% dos casos por bronquiectasia. OBS: em pacientes com relato de viagens, algumas outras doenças devem ser excluí das: • Coccidioidomicose → e uma micose siste mica restrita a regio es secas do continente americano. Éssa doença acomete os pulmo es, podendo se apresentar como infecça o respirato ria leve, pneumonia adquirida na comunidade (PAC) ou quadro semelhante a tuberculose. • Ascaridíase → verminose que quando as larvas passam pelos pulmo es podem provocar tosse, febre, dor no peito e catarro com sangue. • Paragonimíase → infecça o pulmonar causada por um tremato deo, sendo que a forma de contaminaça o humana e a partir da ingesta o de crusta ceos de a gua doce, em conserva ou mal cozidos. A maioria das infecço es e assintoma tica, mas pode ocorrer sintomas pulmonares, incluindo tosse cro nica, dor tora cica, dispneia e hemoptise.
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