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Sinais e sintomas respiratórios Profa. Esp. Simone M. Watanabe Dispneia • É um sintoma descrito como desconforto respiratório ou dificuldade para respirar. • Essa sensação pode se manifestar de diferentes formas, como “sufocamento”, “sensação de aperto torácico”, “falta de ar”, entre outras. • A Dispneia pode ser secundária a manifestações que alteram a eficiência mecânica da respiração. • Exemplo: doença pulmonar obstrutiva crônica [DPOC], doença pulmonar restritiva e fraqueza dos músculos respiratórios), a condições que produzem taquipneia compensatória (hipoxemia, acidose), alterações na pressão diastólica final de ventrículo esquerdo, alterações psíquicas, entre outras condições. Dispneia • A dispneia é um sintoma frequentemente relatado por idosos, com prevalência estimada entre 20‐60%. • É o sintoma mais comum em pacientes com insuficiência cardíaca (IC), entretanto com baixa especificidade, porque também é referido em doenças clínicas prevalentes como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), depressão, obesidade, anemia e doença coronariana aterosclerótica. Avaliação da Dispneia • Inicio – em que hora do dia ocorre • Como começa - A dor torácica, que antecede a Dispneia, sugere isquemia coronariana e EP. • Fatores desencadeantes – exercício físico ou em repouso • Duração -A Dispneia relatada pelos pacientes durante crises de asma é a de sensação de incapacidade de fazer com que o ar entre nas vias aéreas. • Número de crises e periodicidade: crises recorrentes • Sintomas associados - Quando a febre está presente, a pneumonia é a causa mais provável • Fator de melhora ou piora: melhora ao repouso ou alteração de decúbito Sinais e sintomas associados • Utilização da musculatura acessória • https://youtu.be/XN2DIdXCnlc https://youtu.be/XN2DIdXCnlc Sinais e sintomas associados • Tiragem de fúrcula • https://www.youtube.com/watc h?v=p3HdZR8P4Kg https://www.youtube.com/watch?v=p3HdZR8P4Kg Sinais e sintomas associados • Respiração com os lábios semi fechados Tipos de dispneia • Dentre os vários tipos de dispneia, os mais frequentes são: • Dispneia aos esforços: • Sente falta de ar com o esforço? • Dispneia paroxística noturna (DPN): • Acorda no meio da noite, depois de aproximadamente quatro horas de estar dormindo, com falta de ar? • Ortopneia: • Sente falta de ar quando se deita? • Flexopneia- descrita como a dispneia presente na anteflexão do tórax: • Você tem dificuldade para curvar‐se, ajoelhar‐se ou dobrar‐se? Dispneia aos esforços • A dispneia ao esforço é a falta de ar associada a atividades físicas regulares, como subir escadas ou dar um passeio rápido. • Pode ser um sinal de doenças cardíacas ou respiratórias como: • Insuficiência cardíaca • Enfisema pulmonar • A atividade física moderada a intensa pode estar associada à falta de ar em pessoas geralmente saudáveis, que estão simplesmente fora de forma, mas a atividade física leve não deve causar dispneia, e é um motivo de preocupação. Escala de Avaliação do impacto da dispneia na atividade diária do paciente - Medical Research Council Classificação Dispneia paroxística noturna (DPN): • Para ser dispneia paroxística noturna (DPN), é necessário que a falta de ar demore vários minutos para melhorar depois que o paciente acorda (2-4horas) no meio da noite e assume a posição sentada ou em pé. • Caso ele se levante e refira melhora da dispneia após 1 ou 2 minutos, isso não é DPN. Dispneia paroxística noturna (DPN): • Ocorre devido insuficiência cardíaca, quando a reabsorção dos edemas gravitacionais leva a sobrecarga volêmica, o paciente melhora após 15 a 30 minutos sentado ou em pé. Dispneia de decúbito • Ocorre devido ao aumento do retorno venoso na posição horizontal, resultando no acumulo de líquidos nos pulmões (edema pulmonar) Dispneia de decúbito • Ortopneia – dispneia em decúbito dorsal que melhora na posição ereta ou sentado. • (ICC). Dispneia de decúbito • Platpneia – dispneia na posição ortostática (em pé)- • (síndrome hepatopulmonar – hipovolemia – mixoma atrial) Síndrome Hepatopulmonar • A síndrome Hepatopulmonar ocorre devido a níveis baixos de oxigênio no sangue, causados pelo alargamento (dilatação) das veias e artérias pulmonares. • Com o alargamento, mais sangue flui através dos pulmões do que pode ser adequadamente oxigenado pelos pulmões. Dispneia de decúbito • Treptopneia – dispneia em decúbito lateral, porém não sentido no decúbito contralateral • (derrame pleural) Causa da Dispneia - vias aéreas superiores • Corpos estranhos: achado de estridor expiratório. • Angioedema: usualmente ocorre hiperemia da pele, porém sem prurido. • Anafilaxia: Sintomas como chiado, estridor ou hipóxia sugerem comprometimento respiratório. Causas Pulmonares (25%): • Tromboembolismo pulmonar (TEP): Deve ser considerado em qualquer paciente com dispneia aguda. • Fatores de risco como TVP ou embolia pulmonar prévia, imobilização prolongada, trauma recente, gravidez, AVE ou parestesia, uso de ACO, tabagismo ou história de hipercoagulabilidade. • DPOC: Achados cardinais de tosse crônica produtiva, dispneia ao esforço e progressiva e exposição a fatores agudizantes (mais frequentemente infecções do trato respiratório). Pesquisar história de tabagismo. • Asma: Exacerbações geralmente se apresentam com chiado/sibilância e dispneia. • Infecções pulmonares: Bronquite ou pneumonia. Tosse produtiva, febre, e dor torácica do tipo pleurítica são sinais comuns. Causas cardíacas: • SCA – Síndrome coronariana aguda • IC descompensada: Isquemia miocárdica e arritmias são importantes fatores precipitantes. • Achados comuns incluem dispneia em repouso, DPN (dispneia ao deitar – mais específica), crepitações, distensão de veias jugulares, B3 e edema periférico. Causas neurológicas: • AVE – acidente vascular encefálico • Neuromuscular: Esclerose múltipla, Guillian-Barré, Miastenia gravis, ELA. Cursam com hipoventilação, levando ao aumento do CO2 (presente na gasometria). Causas metabólicas: • Intoxicações • Anemia Obstrução completa de vias aéreas • Agitação • Fácies de angustia • Mão no pescoço • Ausência de respiração • Incapacidade de falar ou tossir • Cianose progressiva • Perda de consciência • Causas: • Engasgamento por corpo estranho • Anafilaxia • Traqueomalácia • Discinesia de corda vocais Aspiração de corpo estranho • É uma condição potencialmente fatal. • Caracteriza-se por: • Dispneia aguda de início súbito com retrações intercostal e supra esternal, • Tosse ou estridor inspiratório, • Taquipneia, • Diminuição ou desaparecimento do murmúrio vesicular, • Expansibilidade torácica assimétrica, • Ansiedade, • Cianose, • Sudorese • Hipotensão Obstrução de vias aéreas Brônquio D é mais vertical e seu calibre é maior que o esquerdo Obstrução de vias aéreas Engasgo • https://www.youtube.com/watc h?v=L_YgOnE1qTY https://www.youtube.com/watch?v=L_YgOnE1qTY Anafilaxia • É definida como uma reação alérgica ou de hipersensibilidade grave, sistêmica e generalizada que pode ser fatal. • Sua instalação é aguda, iniciando dentro de minutos ou horas. • Ocorre rapidamente após exposição a um alérgeno Anafilaxia • Envolvimento de pele-mucosas (por exemplo, urticária generalizada, prurido-eritema facial, edema lábios-língua-úvula). • Comprometimento respiratório (dispneia, sibilos-broncoespasmo, estridor, hipoxemia). • Pressão arterial reduzida ou sintomas associados de disfunção orgânica (hipotonia, síncope) • Sintomas gastrintestinais persistentes (por exemplo, cólica abdominal persistente, vômitos). Traqueomalácia • É uma condição caracterizada por flacidez da cartilagem de suporte da traqueia que leva a colapso traqueal especialmente quando um aumento do volume respiratório é exigido. • https://www.youtube.com/watch?v=v_mR70G7ZzI&feature=emb_log o https://www.youtube.com/watch?v=v_mR70G7ZzI&feature=emb_logoDiscinesia das cordas vocais • Caracteriza-se pela fechamento anormal intermitente das pregas vocais na inspiração, levando à limitação do fluxo aéreo ao nível da laringe, na ausência de doença orgânica local, sendo precipitada por fatores psicogênicos. • Pode ocorrer isoladamente ou em associação com a asma. Causas respiratórias Derrame pleural • O derrame pleural é o acúmulo de líquido dentro do espaço pleural. • São detectados por exame físico ou radiografia de tórax; a toracocentese e a análise do líquido pleural costumam ser necessárias para determinar a causa. • Os transudatos assintomáticos não necessitam de tratamento. • Os transudatos sintomáticos e quase todos os exsudatos requerem toracocentese, drenagem torácica, pleurectomia, ou uma combinação destes procedimentos. Tipos de Derrame Pleural • Os derrames transudativos (menor quantidade de proteínas e células) são provocados por alteração nas pressões: • Aumento da pressão hidrostática • Diminuição da pressão oncótica na circulação pulmonar ou sistêmica. • A insuficiência cardíaca é a causa mais comum, seguida pela cirrose com ascite por hipoalbuminemia, geralmente em decorrência da síndrome nefrótica. Tipos de Derrame Pleural • Os derrames exsudativos (maior concentração de proteínas e células) são provocados por processos locais. • Causando aumento da permeabilidade capilar e resultando em exsudação de líquido, proteína, células e outros constituintes séricos. • As causas são diversas, como: pneumonia, câncer de pulmão, embolia pulmonar, infecções virais e tuberculose. Derrame pleural • A dispneia é gradativa e torna-se cada vez mais grave. • No exame físico pode-se encontrar o atrito pleural acompanhado de dor pleurítica que piora na tosse e na respiração profunda, tosse seca, percussão maciça, taquicardia, taquipneia, diminuição na amplitude dos movimentos torácicos, frêmito palpável, diminuição dos murmúrios vesiculares. • Se houver infecção o paciente pode apresentar febre Derrame Pleural Edema Pulmonar • Edema pulmonar é a insuficiência ventricular esquerda aguda e grave, com hipertensão venosa pulmonar e inundação alveolar. Edema Pulmonar • Os achados são dispneia grave de inicio súbito, diaforese(sudorese intensa), sibilos e, às vezes, escarro espumoso e sanguinolento, taquicardia, taquipneia, oliguria, pulso fino, hipotensão, ansiedade. • O diagnóstico é clínico com a ajuda de radiografia de tórax. Embolia pulmonar • É um distúrbio potencialmente fatal • Caracteriza-se por dispneia aguda, acompanhada de dor pleurítica de inicio súbito. • Podem estar acompanhado de febre baixa, taquipneia, tosse seca, ou produtiva com escarro com sangue. • Diminuição dos murmúrios vesiculares, sudorese, inquietação e ansiedade extrema. • A embolia maciça pode causar sinais de choque como hipotensão, pele fria e úmida. Tromboembolismo Pulmonar Enfisema Pulmonar • Doença crônica que cursa com dispneia progressiva aos esforços. • Esta doença progressiva pode ser causada por um processo inflamatório anormal nos tecidos pulmonares, após a exposição a partículas nocivas ou gases tóxicos (tabagismo, durante o trabalho ou em decorrência da poluição atmosférica), como também por fatores genéticos, como deficiência de alfa-1-antitripsina¹ (mais rara). Enfisema Pulmonar • O paciente pode apresentar tórax em barril, hipertrofia dos músculos respiratórios acessórios, diminuição dos murmúrios vesiculares, anorexia, emagrecimento cianose periférica taquidispneia, respiração com os lábios contraídos, expiração prolongada e tosse produtiva crônica, o baqueteamento digital é uma sinal tardio. Enfisema Pulmonar • Os alvéolos de um pulmão sadio possuem uma capacidade de extensão e contração durante a respiração, que permite as trocas de CO2 e O2 entre o ar e o sangue circulante. • Porém com a destruição gradual destes tecidos alveolares, ocorre diminuição da elasticidade e da capacidade de realizar estas trocas gasosas. • O alvéolo começa a aprisionar o ar inspirado, que não sai por completo e provoca um estado de hiperinsuflação. • A destruição do tecido elástico também dificulta a abertura adequada dos bronquíolos durante a respiração. Enfisema Pulmonar • Raio-X – interpretação radiológica: • pulmão com “excesso” de ar, bastante hiperinsuflado, com menos vasos, retificação dos arcos costais e aumento dos espaços intercostais. • Obs: podem aparecer “bolhas escuras” no Raio-X (de ar). Pneumonia • Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões. Pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). • São provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Pneumonia • A dispneia tem inicio súbito e geralmente está associado a febre, calafrios dor torácica pleurítica que se agrava na inspiração profunda e na tosse produtiva. Pneumonia • Outros sinais e sintomas podem estar presentes como: fadiga, cefaleia, mialgia, anorexia e dor abdominal, estertores, roncos, taquicardia, taquipneia, cianose, diminuição dos murmúrios vesiculares e sudorese Pneumotórax • Pneumotórax é a presença de ar entre as duas camadas da pleura (membrana fina, transparente, de duas camadas que reveste os pulmões e o interior da parede torácica), • Resultando em colapso parcial ou total do pulmão. Pneumotórax • Causa dispneia aguda. • A dor torácica é em pontadas e pode irradiar para os braços, face, dorso ou abdome. • Outros sinais e sintomas associados são: ansiedade, inquietação, tosse seca, cianose, diminuição do frêmito vocal, taquipneia timpanismo, diminuição do murmúrio vesicular do lado afetado, expansibilidade torácica assimétrica, utilização da musculatura acessória. Pneumotórax hipertensivo • Desvio de traqueia, hipotensão e taquicardia Pneumotórax hipertensivo Pneumotórax hipertensivo Pneumotórax hipertensivo Causas cardíacas Causas: • Cor Pulmonale é uma forma de insuficiência cardíaca, onde há diminuição da capacidade de funcionamento das câmaras direitas do coração, por doença pulmonar. • Doenças Cor Pulmonale Cor Pulmonale - Fisiopatologia • A metade direita do coração recebe o sangue venoso do organismo e o envia aos pulmões para oxigenação. • Quando existe um tipo de doença pulmonar que leva a aumento da resistência ao fluxo de sangue (Hipertensão pulmonar), progressivamente o coração direito, (ventrículo direito e átrio direito), vão sendo sobrecarregados. Mecanismo Cor Pulmonale 1. TEP – deslocamento de um trombo periférico até os vasos pulmonares, faz com que aumente a resistência vascular do pulmão pela obstrução. 2. Hipóxia – causada pela vasoconstrição ocasionada por altas altitudes e baixa concentração de O², hipoventilação da obesidade (paciente não consegue ter uma boa expansibilidade torácica 3. Fibrose pulmonar: ocorre a diminuição na quantidade de vasos sanguíneos com aumento da resistência vascular 4. Hipertensão pulmonar idiopática Cor Pulmonale - Fisiopatologia • Com a permanência ou piora da doença pulmonar, em determinado momento este mecanismo atinge seu limite e o coração começa a dilatar. • Ocorre aumento da pressão nas veias de todo o corpo e, em decorrência, dilatação das veias, hepatoesplenomegalia e edema nas pernas, além dos sintomas da doença pulmonar, como dispneia e cianose, sintomas de baixo débito. Causas: • Dispneia crônica começa gradativamente aos esforços e piora até ao repouso. • Sinais e sintomas associados tosse produtiva crônica, sibilação, taquipneia e distensão de jugular, edema gravitacional e hepatomegalia. • Cor pulmonale Distensão de Jugular Paciente posição de 45° Ascite Outras Causas Cardíacas de Dispneia: • Arritmia Cardíaca:• Inicio agudo ou gradativo, ocorre pela diminuição do debito cardíaco, o pulso pode estar acelerado, lenta ou irregular. • Pode estar associado a dor torácica, sudorese, tontura, fraqueza ou vertigem. Outras Causas Cardíacas de Dispneia: • Choque • Inicio repentino com agravamento progressivo. • Sinais e sintomas associados, hipotensão grave, taquipneia, taquicardia, diminuição dos pulsos periféricos, confusão mental e ansiedade, pele fria e pegajosa Causas neurológicas Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) • A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa do sistema nervoso. • Provoca a degeneração progressiva dos neurônios motores. Esses neurônios são células nervosas especializadas que perdem a capacidade de transmitir os impulsos nervosos. Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) • Causa dispneia de inicio lento que se agrava com o passar do tempo. • Outras manifestações clinicas estão presentes como: disfagia, disartria, fraqueza e atrofia muscular, fasciculações, respirações superficiais, taquicardia e labilidade emocional. Miastenia grave • A miastenia grave é uma doença autoimune em que a comunicação entre os nervos e os músculos é afetada, produzindo episódios de fraqueza muscular. • A miastenia grave é causada por disfunção do sistema imunológico. • As pessoas geralmente têm queda de pálpebras e visão dupla e os músculos geralmente ficam cansados e fracos depois de exercícios. Miastenia grave • Os nervos se comunicam com os músculos liberando um neurotransmissor, que interage com os receptores nos músculos (na junção neuromuscular) e estimula a contração dos músculos. • Na miastenia grave, o sistema imunológico produz anticorpos que atacam um tipo de receptor no lado muscular da junção neuromuscular – receptores que respondem ao neurotransmissor acetilcolina. • Como resultado, a comunicação entre a célula nervosa e o músculo é interrompida. Miastenia grave • Causa episódios de dispneia a medida que os músculos respiratórios ficam fracos. • O paciente pode apresentar dificuldade para mastigar e engolir, que pode causar a broncoaspiração. • Na crise miastênica o paciente apresenta angustia respiratória aguda e respirações superficiais e taquipneia Causas alérgicas Asma Brônquica • Sibilos e déficit de troca gasosa espontâneos ou após a exposição a estímulos específicos (ex., alérgeno, Infecção do trato respiratório superior, frio e/ou exercício) • Possivelmente pulso paradoxal • Frequentemente uma história preexistente de doença reativa das vias respiratórias Pulso paradoxal: • Pulso paradoxal é definido como uma queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica durante a fase inspiratória da respiração. Como mensurar: • O paciente deve ser colocado sentado, com ambos os pés encostando no chão e com as costas retas, apoiadas no encosto da cadeira. • Os braços devem ficar esticados, apoiados em uma mesa, mais ou menos na mesma altura do coração. • Coloque a braçadeira ao redor do braço do paciente (de preferência o esquerdo), cerca de 2 cm acima da fossa cubital. • Palpe a artéria braquial logo abaixo da fossa cubital e ponha o diafragma do estetoscópio sobre ela. Como mensurar: • Coloque o estetoscópio ao ouvido, comece a desinflar a braçadeira; • A partir de um certo momento, você começar a ouvir alguma pulsação da artéria, hora sim, hora não. Sempre na expiração. Marque este valor. Como mensurar: • Continue a esvaziar a braçadeira de forma bem lenta. Quando o som do pulso ficar constante, marque este valor, Esta é a pressão sistólica, • Se a diferencia entre estes dois valores: • Pressão sistólica na expiração • Pressão sistólica na inspiração • for maior que 10 mmHg – caracteriza-se o pulso paradoxal • Continue desinsuflando a braçadeira. Quando o som do pulso desaparecer de vez, veja qual é o valor que o aparelho está mostrando. Esta é a pressão diastólica, chamada popularmente de pressão mínima. Como mensurar: • Continue esvaziando a braçadeira. Quando o som do pulso desaparecer de vez, veja qual é o valor que o aparelho está mostrando. • Esta é a pressão diastólica, chamada popularmente de pressão mínima. Causa metabólicas Causas: Anemia • O termo “anemia” indica qualquer doença em que há uma redução de glóbulos vermelhos, esta medida se faz através da dosagem de hemoglobina, • Como estas células são responsáveis pelo transporte do oxigênio para os tecidos, esta redução leva a uma menor liberação de oxigênio para todos os órgãos. Causas: Anemia • Inicio gradativo, seguido de fadiga, fraqueza e sincope • Pode estar associado a taquipneia, taquicardia, inquietude, sede e ansiedade; • Incapacidade de concentrar-se e irritabilidade. Considerações gerais para o paciente com dispneia • Monitore atentamente • Atente-se para os sinais e sintomas associados • Amenize a ansiedade • Ajude-o a encontrar uma posição confortável • Administre oxigênio e medicações – conforme prescrição médica Orientações gerais • Informe o paciente que a oxigenoterapia não está necessariamente indicada para todos os casos de dispneia • Oriente o paciente com dispneia crônica a planejar suas atividades diárias de acordo com a sua capacidade. Orientações gerais • Ensine o paciente a respiração diafragmática com os lábios contraídos e a imobilização do tórax, se for o caso (enfisema, obesidade) • Oriente a evitar a exposição a irritantes químicos e poluentes e a manter-se afastado de pessoas com infeção respiratória. Tosse Tosse • A tosse é um importante mecanismo de defesa do sistema respiratório. Ela é responsável pela remoção de secreções excessivas, material estranho e organismos infecciosos das vias aéreas • A tosse constitui um sintoma de uma grande variedade de patologias, pulmonares e extrapulmonares, e por isto mesmo é muito comum, sendo, com certeza, uma das maiores causas de procura por atendimento médico. Tosse • Este sintoma produz impacto social negativo, • Intolerância no trabalho e familiar, • Incontinência urinária, constrangimento público • Prejuízo do sono, • Promovendo grande absenteísmo ao trabalho e escolar, • Gerar grande custo em exames subsidiários e com medicamentos. Classificação da tosse • Aguda: é a presença do sintoma por um período de até três semanas. • Subaguda: tosse persistente por período entre três e oito semanas. • Crônica: tosse com duração maior que oito semanas • Tosse seca – sem secreção • Tosse produtiva – com secreção Fisiopatologia da Tosse • Para que a troca de gases ocorra faz-se necessária grande mobilização de ar para o interior das vias aéreas, o que acarreta a inalação de partículas que dependendo do seu tamanho, podem alcançar regiões cada vez mais distais. Fisiopatologia da Tosse • Existem dois mecanismos de depuração para proteção das vias aéreas com relação à entrada de partículas procedentes do meio externo. • O primeiro é o clearance mucociliar, através do qual os movimentos ciliares impulsionam, no sentido cranial, uma fina camada de muco com partículas a serem depuradas. • O segundo mecanismo envolvido neste sistema de proteção das vias aéreas inferiores, ocorre por meio de reflexo (Tosse), podendo ser voluntário ou involuntário. Mecanismo da tosse Os principais benefícios da tosse são: • Eliminação das secreções das vias aéreas • Proteção contra aspiração de alimentos, secreções e corpos estranhos; Tosse seca • É causada pela saída ruidosa e vigorosa do ar proveniente dos pulmões sem a eliminação de secreção. • O Reflexo da tosse é ativado quando estímulos mecânicos, químicos, térmicos, inflamatórios ou psicogênicos ativam os receptores da tosse. • Pressões causadas por tumores ou irritações subdiafragmáticas também podem causar a tosse • Expirações voluntárias forçadas causadas por tiques nervosos, também podem provocar a tosse Anamnese • Quando iniciou a tosse • Tem relação coma posição • Hora do dia • Alguma atividade específica afeta o sintoma • Qual o tipo de tosse, áspera, metálica, seca ou em latido • Identifique se a tosse está relacionada com fumo ou substancia química • Se tem dor relacionada a tosse Anamnese • Doenças (cardíacas, infecciosas...) • Cirurgias e traumas • Hipersensibilidades a medicamentos, alimentos, animais e poeira • Uso regular de medicamentos • Exposição a fumaça vapores irritantes, substancias químicas. • Perda de peso, alteração do apetite, e na tolerância aos esforços Acalasia Esofágica • A regurgitação e a aspiração causam tosse seca . • Infecções pulmonares de repetição • Disfagia, pirose e dor torácica agravada após as refeições Acalasia • Acalasia é um distúrbio de motilidade esofágica congênito caracterizado por peristaltismo esofágico defeituoso e falta de relaxamento do esfíncter esofágico inferior durante a deglutição. Aneurisma de aorta torácica • O aneurisma de aorta torácica pode causar tosse metálica com dispneia, rouquidão, sibilos e dor subesternal com irradiação pra os ombros e a parte inferior do dorso (lombar) e abdome. • Pode apresentar também edema facial ou do pescoço, distensão das veias do pescoço e tórax, disfagia e estridor Aneurisma de aorta torácica • https://youtu.be/iqEN2VaWe8o https://youtu.be/iqEN2VaWe8o Asma • As crises de asma geralmente ocorrem a noite, com quadro de tosse seca, sibilação suave, que progridem para dispneia grave, sibilância audível, sensação de aperto no peito e posteriormente apresenta tosse com expectoração de muco espesso. Atelectasia • Quando os tecidos pulmonares colabam, eles estimulam os receptores da tosse. • Sinais e sintomas associados: • O paciente também pode apresentar dor pleurítica, ansiedade dispneia taquipneia e taquicardia Atelectasia – Exame Físico • Murmúrio vesicular pode estar diminuído ou ausente no lado comprometido, assim como o FTV. • Diminuição da expansibilidade torácica do lado comprometido • Pode apresentar retardo expiratório • Retração intercostal • Tórax apresenta macicez a percussão • Desvio da traqueia para o lado acometido Atelectasia • Deslocamento do mediastino para o lado acometido • Elevação do diafragma para o lado afetado • Diminuição dos espaços intercostais • Hiperinsuflação compensatória do pulmão oposto • Atelectasia https://www.msdmanuals.com/pt/pt/casa/multimedia/video/v37159 132_pt • Atelectasia Esquerda • https://www.youtube.com/watch?v=nutemvXkfeo https://www.msdmanuals.com/pt/pt/casa/multimedia/video/v37159132_pt https://www.youtube.com/watch?v=nutemvXkfeo Tosse Produtiva Tosse Produtiva • É o mecanismo que o corpo utiliza para remover das vias aéreas as secreções acumuladas que a ação mucociliar normal não conseguiu eliminar. • A tosse desse tipo caracteriza-se pela expulsão ruidosa e vigorosa do ar contendo escarro. Tosse Produtiva • A cor, a consistência e o odor do escarro fornecem subsídios sobre a doença. • A tosse produtiva geralmente é causada por uma desordem cardiovascular ou respiratória, decorrente de uma infecção, inflamação, edema ou produção exagerada de secreção das vias respiratórias. • A causa mais comum de tosse produtiva crônica é o fumo, que produz um escarro mucoide de coloração variada Anamnese • Determino o aspecto do escarro – volume, cor, odor, quantidade e consistência do escarro • Normalmente a arvore traqueobrônquica pode produzir escarro até 90ml/dia • Escarro de odor fétido pode ser causado por bactérias anaeróbicas • Em que hora do dia elimina mais escarro • A formação do escarro tem relação com o que o paciente ingere, ou os horários das refeições. • Pesquise se o escarro alterou de volume desde o inicio do sintoma Tosse Produtiva - Abscesso pulmonar • Tosse com expectoração em grande quantidade • Escarro purulento, fétido e possivelmente com raios de sangue. • Sinais e sintomas associados: febre, dor pleurítica, halitose, fadiga, dispneia, estertores, e macicez no hemitórax acometido. Tosse Produtiva - Asma • Tosse com expectoração mucoide e tampão de muco • Quadro inicia com tosse seca e progride para tosse produtiva com dispneia, sibilância, expiração prolongada e retração intercostal • Geralmente as crises acontecem a noite, quando o paciente está dormindo. Tosse Produtiva - Bronquiectasia • Tosse produtiva com escarro espumoso em grande quantidade • Escarro pode ser fétido ou adocicado, paciente tem halitose, • Hemoptise, estertores, dispneia aso esforços emagrecimento febre e fadiga Bronquiectasia Câncer de Pulmão Carcinoma broncogênico • Tosse crônica com expectoração de pequenas quantidades de escarro purulento com raias de sangue Câncer broncoalveolar • Grande quantidade de escarro espumoso. • Dispneia, emagrecimento, dor torácica, sibilos Edema pulmonar – Edema de Pulmão • Expectoração de escarro espumoso sanguinolento • Dispneia aos esforços, dispneia paroxística noturna • Ortopneia, diaforese, hipotensão e taquicardia Embolia pulmonar • Pode se manifestar com tosse seca ou com escarro tingido por sangue. • Dispneia grave acompanhada de angina ou dor torácica pleurítica, taquicardia, taquipneia, sudorese. • Diminuição dos murmúrios vesiculares Enfisema Pulmonar • Tosse produtiva crônica com pequenas quantidades de escarro mucoide branco acinzentado e translucido, posteriormente pode se tornar branco purulento. • Dispneia aos esforços, expiração forçada, diminuição dos murmúrios vesiculares, roncos, tórax em barril e emagrecimento Tuberculose Pulmonar • Tosse produtiva de branda a grave, pode ser escasso mucoide ou intenso e purulento. • Hemoptise, mal estar, dispneia, dor pleurítica. • Sudorese noturna, fadiga aos mínimos esforços, e emagrecimento. • Febre vespertina (no final do dia) • Macicez a percussão e estertores Orientações gerais • Não se deve suprimir a tosse produtiva porque a retenção do escarro pode prejudicar a troca gasosa • Usos de mucolíticos nestes casos é recomendado • Orientar o paciente a ingerir líquidos V.O • Oriente umidificar o ar Obrigada!!
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