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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
ECONÔMICO
Introdução à Ordem econômica 
internacional e à Integração Econômica
Livro Eletrônico
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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica
DIREITO ECONÔMICO
Sumário
A Ordem Econômica Internacional .............................................................................................. 3
Definição, Objetivo e Origem Histórica ...................................................................................... 3
A Nova Ordem Econômica Internacional .................................................................................... 4
Principais Características ............................................................................................................. 6
O Acordo de Bretton Woods .......................................................................................................... 7
Os Organismos Internacionais ..................................................................................................... 9
A Integração Econômica .............................................................................................................. 29
Conceito .......................................................................................................................................... 29
As Etapas da Integração Econômica ......................................................................................... 30
O Mercosul ...................................................................................................................................... 32
Histórico e Aspectos Gerais ........................................................................................................ 32
Principais Normas e Protocolos ................................................................................................ 33
Composição Atual .........................................................................................................................44
Órgãos ............................................................................................................................................. 45
Sistema de Solução de Controvérsias ...................................................................................... 53
A União Europeia ........................................................................................................................... 59
Introdução ...................................................................................................................................... 59
Tratados Relevantes no Âmbito da União Europeia ..............................................................60
Órgãos ..............................................................................................................................................61
Síntese das Negociações entre Mercosul e União Europeia................................................ 63
O Acordo Trips ................................................................................................................................ 69
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE ................. 69
Resumo .............................................................................................................................................71
Questões de Concurso .................................................................................................................90
Gabarito .......................................................................................................................................... 115
Bibliografia .................................................................................................................................... 116
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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica
DIREITO ECONÔMICO
A Ordem ecOnômicA internAciOnAl
definiçãO, ObjetivO e Origem HistóricA
A ordem econômica internacional está relacionada ao contexto histórico e econômico 
surgido no pós-segunda guerra mundial.
Nesse período, a preocupação com o surgimento de novas guerras a partir de ações in-
devidas em matérias como moeda e comércio e com o surgimento de novas crises econô-
micas em países menos desenvolvidos, tornou evidente que os dogmas e ideais propostos 
pelo liberalismo econômico seriam falhos e insuficientes quando transpostos para o plano 
internacional.
Portanto, no pós guerra, além da necessidade de reformulação das ordens econômicas 
nacionais, tornou-se urgente e necessário o estabelecimento de princípios, normas e insti-
tuições que orientassem as práticas econômicas internacionais e dispusessem acerca da 
resolução de conflitos entre os países.
João Bosco Leopoldino da Fonseca ensina que:
O Direito Econômico Internacional surge com a finalidade precípua de estabelecer o enquadramen-
to para a adoção, por todos os sujeitos internacionais, de políticas econômicas destinadas a um 
aprimoramento constante do nível de desenvolvimento.
Nesse contexto, juntamente com a regulação da economia, com a atuação de empresas 
e com a instalação de fatores de produção de procedência estrangeira (no âmbito nacional), 
surgiram tratados e acordos para regulamentar as relações entre as nações (no âmbito in-
ternacional).
A doutrina aponta outros pontos relevantes para o surgimento da ordem econômica in-
ternacional:
• o aumento vertiginoso das transações econômicas entre estados (comércio, investi-
mentos e empréstimos);
• o aumento de expectativas dos países quanto à responsabilidade de governos nacio-
nais por políticas econômicas adotadas.
A partir dos esclarecimentos acima, podemos concluir que a ordem econômica interna-
cional se fundou na necessidade de uma coexistência pacífica e na interdependência recí-
proca e cooperação econômica entre as nações (fruto do aumento das relações econômicas 
interestatais).
Além disso, suas instituições e normas foram criadas inicialmente para atender os se-
guintes objetivos:
• administração do comércio: garantia da liberdade econômica e comercial no plano in-
ternacional;
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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica
DIREITO ECONÔMICO
• estabelecimento de mecanismos de ajuda e estímulo para as economias necessitadas;
• contribuição para a estabilização das economias.
A nOvA Ordem ecOnômicA internAciOnAl
A nova ordem econômica internacional surge a partir do conjunto das seguintes normas 
elaboradas pela Assembleia Geral das Nações Unidas na VI Sessão Extraordinária (em 1974):
• Declaração de Estabelecimento de uma Nova Ordem Econômica Mundial (Resolução 
3.201, de 1º de Maio de 1974);
• Plano de Ação para o Estabelecimento de uma Nova Ordem Econômica Mundial (Reso-
lução 3.202, de 1º de Maio de 1974);
• Carta de Direitos e Deveres dos Estado (Resolução 3.281, de 12 de Dezembro de 1974).
De acordo com Cançado Trindade:
Esse. desenvolvimento ocorria paralelamente ao agravamento da chamada “crise mundial da ener-
gia”: a busca, no seio da ONU, das diretrizes conducentes a uma nova ordem econômica interna-
cional tinha por objetivo o estabelecimento de normas básicas de regulamentação das relações 
econômicas internacionais em vista dos problemas das matérias-primase do desenvolvimento, 
precipitado em parte pelo aumento do preço do petróleo e produtos derivados.1
1 TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. R. Inf. legisl. Brasília a. 21 n. 81 jan./mar. 1984 – SUPLEMENTO. Capí-
tulo XII- As Nações Unidas e a Nova Ordem Econômica Internacional (com atenção especial aos Estados lati-
no-americanos)
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Resolu%C3%A7%C3%A3o_da_Assembleia_Geral_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_maio
https://pt.wikipedia.org/wiki/1974
https://pt.wikipedia.org/wiki/12_de_dezembro
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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica
DIREITO ECONÔMICO
O principal objetivo era possibilitar uma maior equalização de poder nas relações econô-
micas entre países industrializados e países em desenvolvimento e por isso as reivindicações 
giraram em torno dos seguintes pontos:
• estabilidade de preços para commodities e matéria-prima;
• transferência de recursos de países ricos para pobres;
• industrialização e tecnologia;
• corporações transnacionais;
• acesso a mercados;
• reforma no Sistema Monetário Internacional;
• maior poder nas discussões internacionais.
Importante destacar algumas passagens da Carta de Direitos e Deveres Econômicos 
dos Estados:
• Princípios:
− Soberania, integridade territorial e independência política dos Estados;
− Igualdade soberana de todos os Estados;
− Não agressão;
− Não intervenção;
− Benefício mútuo e equitativo;
− Coexistência pacífica;
− Igualdade de direitos e livre determinação dos povos;
− Solução pacífica de controvérsias;
− Reparação das injustiças existentes por império da força, que privem uma nação dos 
meios naturais necessários para seu desenvolvimento normal;
− Cumprimento de boa-fé das obrigações internacionais;
− Respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais;
− Abstenção de todo intento de buscar hegemonia e esferas de influência;
− Fomento da justiça social internacional;
− Cooperação internacional para o desenvolvimento;
− Livre acesso ao mar e desde o mar para os países sem litoral.
• Previsão da soberania dos estados
Art. 1º Todo Estado tem o direito soberano e inalienável de escolher seu sistema econômico, assim 
como seu sistema político, social e cultural, de acordo com a vontade de seu povo, sem ingerência, 
coação nem ameaça externas de qualquer espécie.
Art. 2º Todo Estado tem e exerce livremente soberania plena e permanente, inclusive posse, uso e 
disposição, sobre toda a sua riqueza, recursos naturais e atividades econômicas.
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Commodities
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria-prima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Industrializa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transnacionais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_monet%C3%A1rio
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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica
DIREITO ECONÔMICO
• Necessidade de cooperação
Art. 11. Todos os Estados devem cooperar para robustecer e melhorar continuamente a eficácia 
das organizações internacionais na aplicação de medidas que estimulem o progresso econômico 
geral de todos os países, em particular dos países em desenvolvimento, e, para isso, devem coo-
perar para adotá-las, quando seja apropriado, às necessidades cambiantes da cooperação econô-
mica internacional. A interdependência econômica é também um princípio fundamental, garantidor 
da segurança econômica.
Art. 13.
(…) item 3 “cooperar com os países em desenvolvimento para o estabelecimento, fortalecimen-
to e desenvolvimento de suas infraestruturas científicas e tecnológicas e em suas investigações 
científicas e atividades tecnológicas, de modo a ajudar a expandir e transformar as economias dos 
países em desenvolvimento”.
• Interdependência e preservação do interesse de todos os países envolvidos
Art. 24. Todos os Estados têm o dever de conduzir suas relações econômicas mútuas de forma 
a levar em conta os interesses dos demais países. Em particular, todos os Estados devem evitar 
prejudicar os interesses dos países em desenvolvimento.
PrinciPAis cArActerísticAs
As principais características da ordem econômica internacional são resumidas na obra de 
Leonardo Vizeu Figueiredo2. Vamos conferir:
Aderência à realidade flutuante: busca a manutenção das relações comerciais, adequan-
do-se às dinâmicas mudanças de mercado.
Busca-se evitar uma brusca ruptura e os possíveis prejuízos dela decorrentes por meio 
da adoção de instrumentos que possibilitem a continuidade e a manutenção do equilíbrio da 
ordem econômica.
Maleabilidade/generalidade: utilização de normas abstratas e de um processo de altera-
ção mais célere para se adequar à realidade flutuante do Mercado.
Vale lembrar que uma das principais fontes de direito econômico internacional são os 
acordos entre países, que não possuem caráter cogente e sujeitam-se as constantes mudan-
ças em decorrência da realidade flutuante.
Reciprocidade: busca atender o interesse de todos os entes envolvidos, não há prevalên-
cia de vantagens de uma nação sobre a outra.
Assim, evita-se o enriquecimento demasiado ou o crescimento da desigualdade en-
tre as nações, buscando-se sempre o respeito mútuo e a harmonia e igualdade nas trocas 
comerciais.
Sanção/medidas compensatórias: têm caráter compensatório e não punitivo, buscando 
garantir a continuidade e harmonia das relações entre os entes soberanos.
2 FIGUEIREDO. Leonardo Vizeu. Lições de direito econômico. Forense, 7 edição.
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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica
DIREITO ECONÔMICO
Tendo em vista que os conflitos ocorrem entre entes soberanos, as sanções buscam a 
composição dos conflitos e a garantia de uma participação igualitária de todos.
Prospectividade: resolução de conflitos por meios alternativos e extrajudiciais de com-
posição de conflitos de interesses, oriundos do acordo de vontade entre os entes envolvidos.
De acordo com Leonardo Vizeu Figueiredo, no âmbito do direito econômico internacional, 
não há como submeter a resolução dos conflitos a uma estrutura derivada dos poderes cons-
tituídos do Estado, baseada na estrutura tripartite do poder de Montesquieu. Por essa razão, 
devem ser utilizados os mecanismos e instrumentos alternativos, frutos da convergência de 
vontades dos entes envolvidos.
Características
Aderência à realidade flutuante:
manutenção das relações comerciais.
adequação às dinâmicas mudanças de 
mercado.
Reciprocidade:
atende o interesse de todos os entes 
envolvidos
Prospectividade:
resolução de conflitos por meios 
alternativos
Sanção/medidas compensatórias:
têm caráter compensatório e não 
punitivo.
busca garantir a continuidade e 
harmonia das relações entre os entes 
soberanos.
Maleabilidade/generalidade:
normas abstratas.
adequação à realidade flutuante do 
mercado.
O AcOrdO de brettOn WOOds
Como já mencionei no início da aula, os efeitosdecorrentes da Segunda Guerra Mundial 
fizeram com que as principais potências do Ocidente vislumbrassem a necessidade de esta-
belecer uma nova ordem econômica mundial, com o intuito de conter as ameaças totalitaris-
tas e possibilitar sua entrada em mercados que se encontravam fechados.
A base política dessa nova ordem internacional foi a criação da ONU (Organização das 
Nações Unidas).
Já os contornos econômicos iniciaram-se com a Carta do Atlântico, documento que 
buscou afirmar a igualdade de acesso entre as nações ao comércio e às fontes de maté-
rias-primas.
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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica
DIREITO ECONÔMICO
A Carta, que resultou do encontro do Presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt, com o Pri-
meiro Ministro britânico, Winston Churchill, em agosto de 1941, tinha como principal garantir 
a liberdade de trânsito pelos mares, como meio de se viabilizar o comércio em caráter global.
Além disso, é considerada precursora do Acordo de Bretton Woods, que fundou os três 
pilares da nova ordem econômica: o Banco Internacional de Desenvolvimento – BIRD, Fundo 
Monetário Internacional-FMI, e a Organização Internacional do Comércio – OIC.
Vale lembrar que a OIC foi rejeitada pelos EUA e outros países e que em 1947 foi celebrado 
O Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio-GATT que regeu o sistema multilateral de comércio 
até a criação da OMC na rodada do Uruguai em 1994.
O acordo de Breton Woods originou-se da Conferência Monetária Financeira das Nações 
Unidas realizada entre delegados das quarenta e quatro nações aliadas, em Bretton Woods 
(New Hampshire).
Nessa ocasião, foram discutidas as repercussões econômicas, bem como os rumos das 
relações econômicas entre os países no pós-Segunda-Guerra Mundial, buscando-se assegu-
rar a governança prévia nas relações monetárias entre Nações independentes.
De acordo com Krugman e Obstfeld:
Mesmo com a continuidade da guerra, os representantes de Estado dos Aliados preocupavam-
-se com as necessidades econômicas mundiais após o fim do conflito. Escaldados pelo desastre 
econômico do período entre guerras, eles queriam planejar um sistema monetário internacional 
que levasse ao pleno emprego e à estabilidade dos preços e, ao mesmo tempo, permitisse que os 
países obtivessem o equilíbrio externo sem ter de impor restrições ao comércio internacional. O 
sistema elaborado pelo acordo de Bretton Woods exigia taxas de câmbio fixas em relação ao dólar 
norte-americano e um preço do ouro em dólar invariável (...) Os países membros mantinham suas 
reservas internacionais oficiais em grande parte na forma de ativos em ouro ou dólares, e tinham 
o direito de vender dólares para o Federal Reserve em troca de ouro ao preço oficial. Tratava-se, 
assim, de um padrão câmbio-ouro, tendo o dólar como principal moeda reserva (...)
As principais disposições de Bretton Woods foram:
• a obrigação de cada país adotar uma política monetária que mantivesse a taxa de câm-
bio de suas moedas dentro de um determinado valor indexado ao dólar (que estaria 
ligado ao ouro numa base fixa);
• a provisão pelo FMI de financiamento para suportar dificuldades temporárias de paga-
mento.
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DIREITO ECONÔMICO
Os OrgAnismOs internAciOnAis
Além dos Estados soberanos, os organismos internacionais também são considerados 
sujeitos da ordem econômica internacional.
Podemos defini-los como associações voluntárias de sujeitos de direito internacional, 
com personalidade jurídica internacional própria, constituídas por meio de tratado ou outro 
ato internacional, para consecução de objetivos comuns.
A criação dos organismos internacionais originou-se da necessidade de facilitar o pro-
cesso de negociações e a obtenção de vantagens recíprocas entre os diversos estados que 
ingressaram nas comunidades internacionais no pós guerra.
Vejamos suas principais características:
• manifestação multilateral de vontade dos estados
• pluralidade de nações que o compõem
• igualdade de participação entre os membros
• possuem personalidade jurídica internacional
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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica
DIREITO ECONÔMICO
A Organização das Nações Unidas – ONU
A ONU foi criada em 1945 na Convenção de São Francisco, por meio da carta das Nações 
Unidas e teve como principal antecedente foi a Liga das Nações (organização estabelecida 
durante a primeira guerra mundial, com base no Tratado de Versalhes, com objetivo de pro-
mover a paz e a cooperação entre as nações).
Ao introduzir seus princípios e objetivos, a Carta das Nações Unidas dispõe que:
Nós, os povos das Nações Unidas, decididos:
A preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra que por duas vezes, no espaço de uma vida 
humana, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade;
A reafirmar a nossa fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor da pessoa 
humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações, grandes e 
pequenas;
A estabelecer as condições necessárias à manutenção da justiça e do respeito das obrigações 
decorrentes de tratados e de outras fontes do direito internacional;
A promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de um conceito mais amplo de 
liberdade; e para tais fins:
A empregar mecanismos internacionais para promover o progresso econômico e social de todos 
os povos.
Explicitadas as finalidades pelas quais foi criada a nova sociedade de todas as nações, grandes e 
pequenas, a Carta expõe os objetivos e princípios que deverão nortear as ações:
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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica
DIREITO ECONÔMICO
Seguem abaixo os principais objetivos:
• Manter a paz e a segurança internacional e para esse fim: tomar medidas coletivas efi-
cazes para prevenir e afastar ameaças à paz;
• Desenvolver relações de amizade entre as nações baseadas no respeito do princípio da 
igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos;
• Realizar a cooperação internacional, resolvendo os problemas internacionais de cará-
ter econômico, social, cultural ou humanitário, promovendo e estimulando o respeito 
pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais para todos, sem distinção de 
raça, sexo, língua ou religião;
• Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução desses 
objetivos comuns. 
Outro conteúdo importante da Carta das Nações Unidas são as metas previstas no art. 55:
A elevação dos níveis devida, o pleno emprego e condições de progresso e desenvolvimento eco-
nômico e social;
A solução dos problemas internacionais econômicos, sociais, de saúde e conexos, bem como a 
cooperação internacional, de caráter cultural e educacional;
O respeito universal e efetivo aos direitos do homem e das liberdades fundamentais para todos, 
sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.
Embora o tema seja abordado de forma mais profunda em direito internacional ou direitos 
humanos, vamos tratar dos pontos mais relevantes:
• Estrutura
− Assembleia Geral (art. 9 e 18 da Carta);
− Conselho de Segurança (art. 27);
− Conselho Econômico Social (art. 62);
− Conselho de Tutela (art. 73 e 86);
− Corte Internacional de Justiça (art. 72) e Secretariado.
• Sede: Nova Iorque, com exceção da CIJ que se localiza em Haia (Holanda).
• Atuação: por meio de acordos, tratados, convenções, protocolos, resoluções e estatu-
tos.
• Alguns organismos vinculados à ONU: OIT, UNESCO, OMS, BIRD.
• Idiomas: chinês, árabe, russo, espanhol, francês, inglês.
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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica
DIREITO ECONÔMICO
ONU
Estrutura
Assembleia Geral (art. 9 e 18 da Carta) 
Conselho de Segurança (art.27), 
Conselho Econômico Social (art. 62) 
Conselho de Tutela (art. 73 e 86), Corte 
Internacional de Justiça (art. 72) e 
Secretariado.
Sede
Nova Iorque, com exceção da CIJ que se 
localiza em Haia (Holanda).
Atuação
Por meio de acordos, tratados, 
convenções, protocolos, resoluções e 
estatutos.
Alguns organismos vinculados à 
ONU
OIT, UNESCO, OMS, BIRD.
Idiomas
Chinês, árabe, russo, espanhol, francês, 
inglês.
O Banco Mundial ou Banco Internacional de Desenvolvimento – BIRD
Trata-se de uma instituição financeira, que busca prestar ajuda financeira aos países 
signatários.
Apesar de ter sido criada inicialmente para reconstrução da Europa no pós guerra, (na 
Conferência de Bretton Woods) continua atuando para redução da pobreza, reconstrução em 
casos de desastres naturais, reabilitação pós conflitos etc.
Principais pontos:
• Objetivo: fornece recursos financeiros, para fomentar o desenvolvimento, visando o sa-
neamento financeiro e fiscal dos países.
• Sede: Washington – EUA.
• Recursos: cobrança de juros de seus empréstimos, captação destes no mercado de 
capitais e disponibilidades oferecidas pelos estados que o compõem.
• Estrutura bicameral:
− Conselho de governadores (direção, formado por representantes dos estados-mem-
bros);
− Conselho de administração (executivo, formado por 22 membros: 5 nomeados dire-
tamente pelos países que detém a maior parte do capital e 17 eleitos pelo conselho 
de governadores em sistema de rodízio).
• Áreas de atuação: além de fomentar o desenvolvimento, passou a atuar em áreas diver-
sas como: educação e meio ambiente.
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BIRD
Objetivos
Fornecer recursos financeiros, para 
fomentar o desenvolvimento, visando 
o saneamento financeiro e fiscal dos 
países.
Sede Washington – EUA
Recursos
Cobrança de juros de seus empréstimos, 
captação destes no mercado de capitais 
e disponibilidades oferecidas pelos 
estados que o compõem
Estrutural bicameral
Conselho de governadores (direção, 
formado por representantes dos 
estados-membros).
Conselho de administração (executivo, 
formado por 22 membros: 5 nomeados 
diretamente pelos países que detém a 
maior parte do capital e 17 eleitos pelo 
conselho de governadores em sistema 
de rodízio.
Áreas de atuação
Fomentar o desenvolvimento, -áreas 
diversas como: educação e meio 
ambiente.
Fundo Monetário Internacional – FMI
É um fundo que busca viabilizar as trocas comerciais internacionais por meio da criação 
de um sistema monetário internacional.
• Principais objetivos:
− evitar desequilíbrio no balanço de pagamentos e nos sistemas cambiais de países 
membros, que possam prejudicar a expansão comercial;
− oferecer ajuda aos países-membros com dificuldades financeiras;
− promover a cooperação monetária internacional.
• Princípios:
− unidade de caixa de câmbio: cada estado deve utilizar uma única taxa de câmbio 
para sua moeda;
− fixidez da taxa de câmbio: impede modificações na paridade monetária dos estados 
membros, excetuando-se o dólar americano;
− proibição de desvalorizações competitivas: proíbe alterações cambiais que prejudi-
quem a concorrência das exportações dos outros mercados.
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DIREITO ECONÔMICO
• Fontes de recursos: depósitos feitos pelos estados fundadores e o pelos membros que 
aderiram posteriormente.
• Estrutura:
− Assembleia de governadores: órgão deliberativo máximo do FMI, composto por mi-
nistros da fazenda ou presidentes dos bancos centrais dos estados membros;
− Conselho de administração: órgão de direção, composto por 5 países com maior 
participação no fundo (EUA, Alemanha, Japão, França e Grã-Bretanha), 3 países no-
meados e 19 países eleitos, para mandato de 2 anos;
− Comitê interino: órgão político, que determina as medidas que servirão de auxílio 
aos países em desenvolvimento, composto por 5 países com maior participação no 
fundo.
• Formas de financiamento:
− acordo stand-by: é o tipo mais comum, abarca financiamento direto de 12 a 18 me-
ses; 
− contenção de choques externos: crises ou conflitos temporários que influenciem no 
comércio;
− financiamento ampliado: problemas estruturais na balança de pagamentos (médio 
prazo);
− financiamento de reserva suplementar: utilizado em problemas de curto prazo e de 
difícil resolução.
FMI
Finalidades
evitar desequilíbrio no balanço de 
pagamentos e nos sistemas cambiais de 
países membros, que possam prejudicar 
a expansão comercial;
oferecer ajuda aos países-membros com 
dificuldades financeiras e promover a 
cooperação monetária internacional.
Princípios
unidade de caixa de câmbio: cada estado 
deve utilizar uma única taxa de câmbio 
para sua moeda;
fixidez da taxa de câmbio: impede 
modificações na paridade monetária 
dos estados membros, excetuando-se o 
dólar americano;
proibição de desvalorizações 
competitivas: proíbe alterações cambiais 
que prejudiquem a concorrência das 
exportações dos outros mercados.
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DIREITO ECONÔMICO
FMI
Recursos
depósitos feitos pelos estados 
fundadores e o pelos membros que 
aderiram posteriormente.
Estrutural
Assembleia de governadores: órgão 
deliberativomáximo do FMI, composto 
por ministros da fazenda ou presidentes 
dos bancos centrais dos estados 
membros;
Conselho de administração: órgão de 
direção, composto por 5 países com 
maior participação no fundo (EUA, 
Alemanha, Japão, França e Grã-Bretanha), 
3 países nomeados e 19 países eleitos, 
para mandato de 2 anos;
Comitê interino: órgão político, que 
determina as medidas que servirão de 
auxílio aos países em desenvolvimento, 
composto por 5 países com maior 
participação no fundo.
Formas de financiamento
acordo stand-by: é o tipo mais comum, 
abarca financiamento direto de 12 a 18 
meses;
contenção de choques externos: crises 
ou conflitos temporários que influenciem 
no comércio;
financiamento ampliado: problemas 
estruturais na balança de pagamentos 
(médio prazo);
financiamento de reserva suplementar: 
utilizado em problemas de curto prazo e 
de difícil resolução.
O GATT
Em 1947, 23 países iniciaram negociações com o intuito de impulsionar o comércio e res-
tringir determinadas práticas protecionistas nos períodos pós-guerra.
Na primeira rodada de negociações denominada GATT-Acordo Geral sobre Tarifas e Co-
mércio, já foram estabelecidas normas e acordos multilaterais.
Ao estudarmos a Conferência realizada em Breton Woods, mencionei que foram criados o 
BIRD e o FMI e discutida a criação da OIC, no âmbito comercial.
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Também vimos que a OIC foi rejeitada pelos EUA e outros países (devido ao fracasso das 
negociações em torno do protocolo de Havana) e que o GATT continuou regulando as rela-
ções comerciais por mais algumas décadas.
Somente em 1994, na rodada do Uruguai, foi estabelecido um organismo de comércio in-
ternacional permanente: a OMC.
Seguem abaixo os princípios que nortearam o GATT e que são também adotados pela OMC:
• Cláusula da nação mais favorecida: não deve haver discriminação dentre os estados 
que atuam no comércio exterior, de modo que nenhum país pode conceder a outro van-
tagens especiais que não tenha concedido aos demais.
• Cláusula de habilitação: é uma exceção à cláusula anterior.
− Permite a concessão de benefícios a países periféricos ou em desenvolvimento, os 
quais não devem ser concedidos indevidamente aos países mais desenvolvidos.
• Proteção transparente: pode haver proteção a setores econômicos nacionais, mas so-
mente poderá ocorrer por meio de tarifa.
• Base estável para o comércio: consolidação das tarifas de importação que cada país 
poderá praticar a determinados produtos constam em lista que integram o acordo.
• Reconhecimento de acordos regionais: os estados podem estabelecer redução das bar-
reiras tarifárias entre si, com vistas a integrar a economia de uma determinada região.
− Pode constituir exceção ao cumprimento da cláusula da nação mais favorecida, des-
de que obedeça determinados requisitos.
• Adoção de medidas urgentes: possibilidade de isenção de compromissos ou obriga-
ções por parte do país que sofrer prejuízo grave aos produtos nacionais.
• Concorrência leal: coíbe práticas abusivas, como o dumping e a concessão de subsí-
dios sem qualquer justificativa.
• Cláusula de evolução: determinados benefícios podem ser suprimidos na medida em 
que as economias dos países em desenvolvimento forem evoluindo.
GATT – Acordo geral sobre tarifas e comércio: buscou
– impulsionar o comércio e restringir determinadas práticas 
protecionistas nos períodos pós-guerra;
– estabeleceu normas e acordos multilaterais.
Princípios
Cláusula da nação mais favorecida:
Não deve haver discriminação dentre 
os estados que atuam no comércio 
exterior.
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GATT – Acordo geral sobre tarifas e comércio: buscou
– impulsionar o comércio e restringir determinadas práticas 
protecionistas nos períodos pós-guerra;
– estabeleceu normas e acordos multilaterais.
Cláusula de habilitação:
Exceção à cláusula anterior
permite a concessão de benefícios 
a países periféricos ou em 
desenvolvimento, os quais não devem 
ser concedidos indevidamente aos 
países mais desenvolvidos.
Proteção transparente:
Pode haver proteção a setores 
econômicos nacionais, mas somente 
poderá ocorrer por meio de tarifa.
Base estável para o comércio:
Consolidação das
das tarifas de importação que cada 
país poderá praticar a determinados 
produtos constam em lista que integram 
o acordo.
Reconhecimento de acordos 
regionais:
Os estados podem estabelecer redução 
das barreiras tarifárias entre si, com 
vistas a integrar a economia de uma 
determinada região.
Adoção de medidas urgentes:
Possibilidade de isenção de 
compromissos ou obrigações por parte 
do país que sofrer prejuízo grave aos 
produtos nacionais.
Concorrência leal:
Coíbe práticas abusivas, como o 
dumping e a concessão de subsídios 
sem qualquer justificativa.
Cláusula de evolução:
Determinados benefícios podem 
ser suprimidos na medida em 
que as economias dos países em 
desenvolvimento forem evoluindo.
A Organização Mundial do Comércio – OMC
A OMC é um fórum permanente de negociação e concessões comerciais, solução de con-
trovérsias e combate a medidas arbitrárias, criada na oitava rodada do GATT, rodada do Uru-
guai, em 1994 (acordo de Marrakech).
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Atualmente, a OMC é a principal instância que administra o sistema multilateral de comér-
cio e conta com 164 membros.
Os princípios do GATT foram herdados pela OMC.
• Acordo constitutivo
ACORDO CONSTITUTIVO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO
As Partes do presente Acordo,
Reconhecendo que as suas relações na esfera da atividade comercial e econômica devem objetivar 
a elevação dos níveis de vida, o pleno emprego e um volume considerável e em constante elevação 
de receitas reais e demanda efetiva, o aumento da produção e do comércio de bens e de Serviços, 
permitindo ao mesmo tempo a utilização ótima dos recursos mundiais em conformidade com o 
objetivo de um desenvolvimento sustentável e buscando proteger e preservar o meio ambiente e 
incrementar os meios para fazê-lo, de maneira compatível com suas respectivas necessidades e 
interesses segundo os diferentes níveis de desenvolvimento econômico,
Reconhecendo ademais que é necessário realizar esforços positivos para que os países em de-
senvolvimento, especialmente os de menor desenvolvimento relativo, obtenham uma parte do in-
cremento do comércio internacional que corresponda às necessidades de seu desenvolvimento 
econômico.
Desejosas de contribuir para a consecução desses objetivos mediante a celebração de acordos 
destinados a obter, na base da reciprocidade e de vantagens mútuas, a redução substancial das 
tarifas aduaneiras e dos demais obstáculos ao comercio assim como a eliminação do tratamento 
discriminatórionas relações comerciais internacionais,
Resolvidas, por conseguinte, a desenvolver um sistema multilateral de comércio integrado, mais vi-
ável e duradouro que compreenda o Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio, os resulta-
dos de esforços anteriores de liberalização do comércio e os resultados integrais das Negociações 
Comerciais Multilaterais da Rodada Uruguai.
Decididas a preservar os princípios fundamentais e a favorecer a consecução dos objetivos que 
informam este sistema multilateral de comércio,
Acordam o seguinte:
Artigo I
Estabelecimento da Organização
Constitui-se pelo presente Acordo a Organização Mundial de Comércio (a seguir denominada 
“OMC”).
• Forma de adesão
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Obs.: � A adesão do Brasil ocorreu por meio do Decreto n 1.355/94, que promulgou a ata final 
que incorpora os resultados da rodada do Uruguai.
• Estrutura:
− Conferência de ministros: principal órgão deliberativo e instância máxima da orga-
nização, composta pelos ministros das Relações Exteriores ou de Comércio Exterior 
dos membros, que se reunirão aos menos uma vez a cada dois anos.
− Conselho geral: órgão que atuará na resolução de disputas e mecanismos de revisão 
comercial, composto pelos representantes permanentes dos membros em Genebra, 
que se reunirão quando cabível.
 ◦ É composto pelos seguintes órgãos subsidiários: Conselho para o Comércio de 
Bens, Conselho para os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual, Conse-
lho para o Comércio de Serviços, Comitê de Negociações Comerciais.
− Secretariado: dirigida pelo diretor-geral da OMC, que tem por função apoiar as ativi-
dades da organização.
• Outros órgãos:
− Conselho para o Comércio de Bens;
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− Conselho para o Comércio de Serviços;
− Conselho para os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao 
Comércio;
− Comitês de Acesso a Mercados, Agrícola e de Subsídios etc.
• Tomada de decisões: baseada no consenso, sendo que cada membro representará um 
voto.
• Funções:
− facilitará a aplicação administração e funcionamento do Acordo e dos Acordos co-
merciais multilaterais e promoverá a consecução de seus objetivos, além de consti-
tuir o quadro jurídico para a aplicação, administração e funcionamento dos Acordos 
Comerciais Plurilaterais;
− será o foro para as negociações entre seus Membros acerca de suas relações co-
merciais multilaterais em assuntos tratados no quadro dos acordos incluídos nos 
Anexos ao presente;
− administrará o entendimento relativo às normas e procedimentos que regem a solu-
ção de controvérsias;
− administrará o mecanismo de Exame das Políticas comerciais;
− com o objetivo de alcançar uma major coerência na formulação das políticas econô-
micas em escala mundial, a OMC cooperará no que couber com o Fundo Monetário 
Internacional e com o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento e 
com os órgãos a eles afiliados.
• Rodadas da OMC
Singapura (1996); Genebra (1998); Seattle (1999); Doha (2001); Cancun (2003); Hong Kong 
(2005); Genebra (2009 e 2011); Bali (2013), Nairóbi (2015) e Buenos Aires (2017).
• Sistema de solução de controvérsias
Foi concebido na rodada do Uruguai.
A controvérsia ocorre quando um estado adote medida que um ou mais membros da OMC 
reputem violadores dos acordos celebrados pela organização. Nesse contexto, estará apto a 
acionar o sistema de solução de conflitos, os estados que sejam signatários da OMC, poden-
do atuar como parte ou como terceiros interessados.
ANEXO 2
ENTENDIMENTO RELATIVO ÀS NORMAS E PROCEDIMENTOS SOBRE SOLUÇÃO DE CONTROVÉR-
SIAS
Os Membros pelo presente acordam o seguinte:
Artigo 1
Âmbito e Aplicação
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(...) 2. Nas controvérsias relativas a normas e procedimentos de mais de um acordo abrangido, 
caso haja conflito entre as regras e procedimentos especiais ou adicionais dos acordos em ques-
tão, e se as partes em controvérsia não chegarem a acordo sobre as normas e procedimentos den-
tro dos 20 dias seguintes ao estabelecimento do grupo especial, o Presidente do Órgão de Solução 
de Controvérsias previstos no parágrafo 1 do Artigo 2 (denominado no presente Entendimento 
“OSC”), em consulta com as partes envolvidas na controvérsia, determinará, no prazo de 10 dias 
contados da solicitação de um dos Membros, as normas e os procedimentos a serem aplicados. O 
Presidente seguirá o princípio de que normas e procedimentos especiais ou adicionais devem ser 
aplicados quando possível, e de que normas e procedimentos definidos neste Entendimento devem 
ser aplicados na medida necessária para evitar conflito de normas.
• Órgão de solução de controvérsias (OSC)
Artigo 2
Administração
1.(...) o OSC tem competência para estabelecer grupos especiais, acatar relatórios dos grupos es-
peciais e do órgão de Apelação, supervisionar a aplicação das decisões e recomendações e auto-
rizar a suspensão de concessões e de outras obrigações determinadas pelos acordos abrangidos. 
(...) Quando o OSC aplicar as disposições sobre solução de controvérsias de um Acordo Comer-
cial Plurilateral, somente poderão participar das decisões ou medidas adotadas pelo OSC aqueles 
Membros que sejam partes do Acordo em questão.
Procedimentos Previstos no Âmbito da OMC
• Consultas: proposta da parte demandante.
− O ex adverso deverá ter ciência sobre a possibilidade de disputa, devendo responder 
em 10 dias. Há o prazo de 30 dias para informações.
• Grupos especiais: primeira instância julgadora no âmbito da OSC.
− Se o membro não responder, não proceder as consultas no prazo ou se o resultado 
das consultas não foi satisfatório.
− É composto por 3 ou 5 especialistas. As partes devem indicá-los, de comum acordo, 
com base em nomes apresentados pelo secretariado.
• Apelação: quando umas das partes (envolvidas na disputa) discorda do relatório final.
− Grupo formado por 7 pessoas (3 em cada caso).
− O procedimento não pode ultrapassar 60 dias, em regra (máximo 90).
• Implementação: a conduta violadora deve ser modificada imediatamente.
− Caso não seja modificada, o país deverá oferecer compensação ou sofrer retaliação.
1.Os Membros afirmam sua determinação de fortalecer e aperfeiçoar a eficácia dos pro-
cedimentos de consulta utilizados pelos Membros.
(...)
3.Quando a solicitação de consultas for formulada com base em um acordo abrangido, o 
Membro ao qual a solicitação for dirigida deverá respondê-la, salvo se mutuamente acordado 
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de outro modo, dentro de um prazo de 10 dias contados a partir da data de recebimento da 
solicitação, e deverá de boa-fé proceder a consultas dentro de um prazo não superior a 30 
dias contados a partir da data de recebimento da solicitação, com o objetivo de chegar a uma 
solução mutuamente satisfatória. Se o Membro não responder dentro do prazo de 10 dias 
contados a partir da data de recebimento da solicitação, ou não proceder às consultas dentro 
de prazo não superior a 30 dias, ou dentro de outro prazo mutuamente acordado contado a 
partir da data de recebimento da solicitação, o Membro que houver solicitado as consultas 
poderá proceder diretamente a solicitação de estabelecimento de um grupo especial.
4.Todas as solicitações de consultas deverão ser notificadas ao OSC e aos Conselhos e 
Comitês pertinentes pelo Membro que as solicite. Todas as solicitações de consultas deve-
rão ser apresentadas por escrito e deverão conter as razões que as fundamentam, incluin-
do indicação das medidas controversas e do embasamento legal em que se fundamenta a 
reclamação.
(...)
6.As consultas deverão ser confidenciais e sem prejuízo dos direitos de qualquer Membro 
em quaisquer procedimentos posteriores.
7.Se as consultas não produzirem a solução de uma controvérsia no prazo de 60 dias con-
tados a partir da data de recebimento da solicitação, a parte reclamante poderá requerer o es-
tabelecimento de um grupo especial. A parte reclamante poderá requerer o estabelecimento 
de um grupo especial dentro do referido prazo de 60 dias se as partes envolvidas na consulta 
considerarem conjuntamente que as consultas não produziram solução da controvérsia.
8.Nos casos de urgência, incluindo aqueles que envolvem bens perecíveis, os Membros 
iniciarão as consultas dentro de prazo não superior a 10 dias contados da data de recebimen-
to da solicitação. Se as consultas não produzirem solução da controvérsia dentro de prazo 
não superior a 20 dias contados da data de recebimento da solicitação, a parte reclamante 
poderá requerer o estabelecimento de um grupo especial.
9.Em casos de urgência, incluindo aqueles que envolvem bens perecíveis, as partes em 
controvérsia, os grupos especiais e o órgão de Apelação deverão envidar todos os esforços 
possíveis para acelerar ao máximo os procedimentos.
10.Durante as consultas os Membros deverão dar atenção especial aos problemas e inte-
resses específicos dos países em desenvolvimento Membros.
Artigo 6
Estabelecimento de Grupos Especiais
1.Se a parte reclamante assim o solicitar, um grupo especial será estabelecido no mais 
tardar na reunião do OSC seguinte àquela em que a solicitação aparece pela primeira vez 
como item da agenda do OSC, a menos que nessa reunião o OSC decida por consenso não 
estabelecer o grupo especial 35
3 5 Se a parte reclamante assim solicitar, uma reunião do OSC será convocada com tal objetivo dentro dos 
quinze dias seguintes ao pedido, sempre que se dê aviso com antecedência mínima de 10 dias.
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DIREITO ECONÔMICO
2.Os pedidos de estabelecimento de grupo especial deverão ser formulados por escrito. 
Deverão indicar se foram realizadas consultas, identificar as medidas em controvérsia e for-
necer uma breve exposição do embasamento legal da reclamação, suficiente para apresentar 
o problema com clareza(...)
Artigo 17
Apelação
1.O OSC constituirá um órgão Permanente de Apelação, que receberá as apelações das 
decisões dos grupos especiais. Será composto por sete pessoas, três das quais atuarão em 
cada caso. Os integrantes do órgão de Apelação atuarão em alternância. Tal alternância de-
verá ser determinada pelos procedimentos do órgão de Apelação.
2.O OSC nomeará os integrantes do órgão de Apelação para períodos de quatro anos, e 
poderá renovar por uma vez o mandato de cada um dos integrantes. Contudo, os mandatos de 
três das sete pessoas nomeadas imediatamente após a entrada em vigor do Acordo Constitu-
tivo da OMC, que serão escolhidas por sorteio, expirará ao final de dois anos. As vagas serão 
preenchidas à medida que forem sendo abertas. A pessoa nomeada para substituir outra cujo 
mandato não tenha expirado exercerá o cargo durante o período que reste até a conclusão do 
referido mandato.
(...)
4.Apenas as partes em controvérsia, excluindo-se terceiros interessados, poderão recor-
rer do relatório do grupo especial. Terceiros interessados que tenham notificado o OSC sobre 
interesse substancial consoante o parágrafo 2 do Artigo 10 poderão apresentar comunica-
ções escritas ao órgão de Apelação e poderão ser por ele ouvidos.
5.Como regra geral, o procedimento não deverá exceder 60 dias contados a partir da data 
em que uma parte em controvérsia notifique formalmente sua decisão de apelar até a data em 
que o órgão de Apelação distribua seu relatório. (...). Quando o órgão de Apelação entender 
que não poderá apresentar seu relatório em 60 dias, deverá informar por escrito ao OSC das 
razões do atraso, juntamente com uma estimativa do prazo dentro do qual poderá concluir o 
relatório. Em caso algum o procedimento poderá exceder a 90 dias.
6.A apelação deverá limitar-se às questões de direito tratadas pelo relatório do grupo es-
pecial e às interpretações jurídicas por ele formuladas.
(...)
10.Os trabalhos do órgão de Apelação serão confidenciais. Os relatórios do órgão de Ape-
lação serão redigidos sem a presença das partes em controvérsia e à luz das informações 
recebidas e das declarações apresentadas.
11.As opiniões expressas no relatório do órgão de Apelação por seus integrantes se-
rão anônimas.
(...)
13.O órgão de Apelação poderá confirmar, modificar ou revogar as conclusões e decisões 
jurídicas do grupo especial.
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14.Os relatórios do órgão de Apelação serão adotados pelo OSC e aceitos sem restrições 
pelas partes em controvérsia a menos que o OSC decida por consenso não adotar o relatório 
do órgão de Apelação dentro do prazo de 30 dias contados a partir da sua distribuição aos 
Membros 48. Este procedimento de adoção não prejudicará o direito dos Membros de expor 
suas opiniões sobre o relatório do órgão de Apelação.
Artigo 20
Calendário das Decisões do OSC
Salvo acordado diferentemente pelas partes em controvérsia, o período compreendido en-
tre a data de estabelecimento do grupo especial pelo OSC e a data em que o OSC examinar a 
adoção do relatório do grupo especial ou do órgão de Apelação não deverá, como regra geral, 
exceder nove meses quando o relatório do grupo especial não sofrer apelação ou 12 meses 
quando houver apelação. (...)
Artigo 21
Supervisão da Aplicação das Recomendações e Decisões
(...)
6.O OSC deverá manter sob vigilância a aplicação das recomendações e decisões. A 
questão da implementação das recomendações e decisões poderá ser arguida por qualquer 
Membro junto ao OSC em qualquer momento após sua adoção. Salvo decisão em contrário 
do OSC, a questão da implementação das recomendações e decisõesdeverá ser incluída na 
agenda da reunião do OSC seis meses após a data da definição do prazo razoável conforme 
o parágrafo 3 e deverá permanecer na agenda do OSC até que seja resolvida. Ao menos 10 
dias antes de cada reunião, o Membro interessado deverá fornecer ao OSC relatório escrito do 
andamento da implementação das recomendações e decisões.
7.Se a questão tiver sido levantada por país em desenvolvimento Membro, o OSC deverá 
considerar quais as outras providências que seriam adequadas às circunstâncias.
8.Se o caso tiver sido submetido por país em desenvolvimento Membro, ao considerar a 
providência adequada a ser tomada o OSC deverá levar em consideração não apenas o alcan-
ce comercial das medidas em discussão, mas também seu impacto na economia dos países 
em desenvolvimento Membros interessados.
Nos últimos três anos os Estados Unidos se negaram aprovar a nomeação de novos juízes 
para o Órgão de Apelação. Assim, os magistrados que se aposentaram não tiveram suas 
vagas ocupadas e atualmente resta apenas um membro em função, apesar de o mínimo ne-
cessário três.
Essa situação fez com que o órgão deixasse de funcionar desde dezembro de 2019, gerando 
dúvidas sobre a credibilidade do sistema.
4 8 Caso não esteja prevista reunião do OSC durante esse período, será realizada uma reunião do OSC para tal 
fim.
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Obs.: � Principais casos em que o Brasil atuou como demandante na OMCM
 � Estados Unidos – Gasolina
 � O Brasil questionou as restrições impostas pelos EUA, sobre o pretexto de proteção 
do meio ambiente, à importação de gasolina. O Brasil conseguiu demonstrar que a 
gasolina importada era submetida a condições de venda menos favoráveis do que as 
oferecidas à gasolina doméstica, e que a medida americana não poderia ser justifica-
da por meio das exceções aos acordos da OMC.
 � Embraer-Bombardier
 � O embate entre Embraer e Bombardier iniciou-se em 1996, quando a empresa cana-
dense questionou junto à OMC os subsídios concedidos à Embraer por meio do “PRO-
EX-Equalização”. Em resposta, o Brasil iniciou disputa contra o Canadá em razão dos 
subsídios concedidos pela Província de Quebec à Bombardier. O Brasil logrou, assim, 
empatar o jogo: obteve autorização para retaliar o Canadá em montante semelhan-
te àquele que havia sido obtido pelo governo canadense contra o Brasil. Isso levou 
ambos os países à mesa de negociação, o que resultou, em 2007, na revisão das 
regras de crédito de exportação de aeronaves no âmbito da OCDE.
 � Comunidades Europeias – Açúcar
 � Em 2002, o Brasil recorreu à OMC contra os subsídios concedidos pelas Comunida-
des Europeias (CE) ao açúcar. Embora as CE fossem o maior exportador mundial de 
açúcar, o custo de produção de açúcar na Europa era 4 a 6 vezes maior do que no 
Brasil. As CE produziam açúcar a um custo altíssimo e vendiam no mercado interna-
cional a um preço muito mais baixo, o que só era possível em virtude dos vultosos 
subsídios pagos aos produtores. Como resultado da vitória brasileira no contencioso, 
as exportações europeias de açúcar passaram de quase 7 milhões de toneladas na 
safra 2000-2001 para 2,2 milhões de toneladas na safra 2011-2012, e as exportações 
brasileiras de açúcar dobram a partir do primeiro ano do contencioso.
 � Estados Unidos – Algodão
 � Em dos mais longos contenciosos da história da OMC (2002-2014), o Brasil questio-
nou, com êxito, os subsídios concedidos pelos EUA à produção doméstica e à expor-
tação de algodão no período 1999-2002 (US$ 12,9 bilhões). Em 2001, para um valor 
total de produção de US$ 3 bilhões, os subsídios chegaram a quase US$ 4,2 bilhões. 
Diante da recusa americana em cumprirem as decisões do Órgão de Apelação da 
OMC, o Brasil obteve o direito de retaliar os EUA, tanto em bens como em proprieda-
de intelectual, no valor de US$ 829 milhões para o ano de 2009. Com a determina-
ção do governo brasileiro de levar adiante as de retaliação, os EUA viram-se obriga-
dos a negociar com o Brasil uma solução de mutuamente acordada. Disso resultou 
Acordo Quadro nos termos do qual, como contrapartida para o fim do contencioso, os 
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DIREITO ECONÔMICO
EUA acordaram em pagar ao Brasil compensação superior a de US$ 800 milhões. Os 
recursos são destinados para projetos de desenvolvimento e modernização da coto-
nicultura brasileira empreendidos pelo Instituto Brasileiro do Algodão.
 � Indonésia – Carne Bovina
 � O Brasil solicitou, em abril de 2016, consultas à Indonésia em função de restrições 
impostas pelo país asiático às exportações de carne bovina brasileira. O contencio-
so diz respeito a uma série de medidas legais e administrativas indonésias que dão 
ensejo, de fato e de direito, ao banimento da carne brasileira daquele mercado, em 
desconformidade com as obrigações assumidas por aquele país asiático no âmbito 
dos acordos aplicados na OMC. O Brasil ainda não solicitou o estabelecimento de 
painel, pois o caso está em fase de análise e preparação.
 � Tailândia – Açúcar
 � Em 2016, o Brasil apresentou ao Órgão de Solução de Controvérsias da OMC pedido 
de consultas à Tailândia em que questionava prática do governo tailandês de conces-
são de apoio aos produtores de cana e de açúcar, elevando a produção e a exporta-
ção. O Brasil conseguiu identificar problemas relacionados a incentivos concedidos 
pela Tailândia para o setor, em particular o esquema tailandês de quotas (avaliado 
em US$ 775 milhões anuais), que, ao dividir o lucrativo mercado doméstico entre as 
usinas segundo sua produção total, estimula artificialmente a geração de excedentes 
exportáveis, mesmo que vendidos no exterior abaixo do preço de custo, em afronta 
às obrigações contidas nos Acordos da OMC, notadamente no Acordo de Subsídios e 
Medidas Compensatórias.
• Outros meios de solução de controvérsias: bons ofícios (good offices), conciliação, me-
diação e arbitragem.
Artigo 5
Bons Ofícios, Conciliação e Mediação
1.Bons ofícios, conciliação e mediação são procedimentos adotados voluntariamente se as partes 
na controvérsia assim acordarem.
2.As diligências relativas aos bons ofícios, à conciliação e à mediação, e em especial as posições 
adotadas durante as mesmas pelas partes envolvidas nas controvérsias, deverão ser confidenciais 
e sem prejuízo dos direitos de quaisquer das partes em diligências posteriores baseadas nestes 
procedimentos.
3.Bons ofícios, conciliação ou mediação poderão ser solicitados a qualquer tempo por qualquer 
das partes envolvidas na controvérsia. Poderão iniciar-se ou encerrar-se a qualquer tempo. Uma 
vez terminados os procedimentos de bons ofícios, conciliação ou mediação, a parte reclamante 
poderá requerer o estabelecimento de um grupo especial.
4.Quando bons ofícios, conciliação ou mediação se iniciarem dentro de 60 dias contados da data 
de recebimento da solicitação, a parte reclamante não poderá requerer o estabelecimento de um 
grupo especial antes de transcorrido o prazo de 60 dias a partir da data de recebimento da solici-
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DIREITO ECONÔMICO
tação de consultas. A parte reclamante poderá solicitar o estabelecimento de um grupo especial 
no correr do prazo de 60 dias se as partes envolvidas na controvérsia considerarem de comum 
acordo que os bons ofícios, a conciliação e a mediação não foram suficientes para solucionar a 
controvérsia.
OMC: fórum permanente de negociação e concessões comerciais, 
solução de controvérsias e combate à medidas arbitrárias.
criada na rodada do Uruguai em 1994 (acordo de Marrakech).
Estrutura
Conferência de ministros: principal 
órgão deliberativo e instância máxima da 
organização;
Conselho geral: órgão que atuará na 
resolução de disputas e mecanismos 
de revisão comercial, composto pelos 
representantes permanentes dos 
membros em Genebra, que se reunirão 
quando cabível;
Secretariado: dirigida pelo diretor-geral 
da OMC, que tem por função apoiar as 
atividades da organização.
Outros órgãos:
Conselho para o Comércio de Bens;
Conselho para o Comércio de Serviços;
Conselho para os Aspectos dos Direitos 
de Propriedade Intelectual relacionados 
ao Comércio;
Comitês de Acesso a Mercados, Agrícola 
e de Subsídios etc.
Tomada de decisões:
Baseada no consenso, sendo que cada 
membro representará um voto.
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DIREITO ECONÔMICO
OMC: fórum permanente de negociação e concessões comerciais, 
solução de controvérsias e combate à medidas arbitrárias.
criada na rodada do Uruguai em 1994 (acordo de Marrakech).
Funções
facilitar a aplicação administração e 
funcionamento do Acordo e dos Acordos 
comerciais multilaterais;
constituir o quadro jurídico para 
a aplicação, administração e 
funcionamento dos Acordos Comerciais 
Plurilaterais;
será o foro para as negociações entre 
seus Membros acerca de suas relações 
comerciais multilaterais em assuntos 
tratados no quadro dos acordos 
incluídos nos Anexos ao presente;
administrar o entendimento relativo às 
normas e procedimentos que regem a 
solução de controvérsias;
administrar o mecanismo de Exame das 
Políticas comerciais;
alcançar uma maior coerência na 
formulação das políticas econômicas em 
escala mundial;
cooperar, no que couber, com o Fundo 
Monetário Internacional e com o 
Banco Internacional de Reconstrução e 
Desenvolvimento e com os órgãos a eles 
afiliados.
Sistema de solução de 
controvérsias
concebido na rodada do Uruguai;
a controvérsia ocorre quando um estado 
adote medida que um ou mais membros 
da OMC reputem violadores dos 
acordos celebrados pela organização;
estará apto a acionar o sistema de 
solução de conflitos, os estados que 
sejam signatários da OMC, podendo 
atuar como parte ou como terceiros 
interessados.
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DIREITO ECONÔMICO
OMC: fórum permanente de negociação e concessões comerciais, 
solução de controvérsias e combate à medidas arbitrárias.
criada na rodada do Uruguai em 1994 (acordo de Marrakech).
Órgão de solução de controvérsias 
(OSC)
O OSC tem competência para 
estabelecer grupos especiais, acatar 
relatórios dos grupos especiais e do 
órgão de Apelação, supervisionar 
a aplicação das decisões e 
recomendações e autorizar a suspensão 
de concessões e de outras obrigações 
determinadas pelos acordos abrangidos.
Procedimentos previstos no âmbito 
da OMC
Consultas: proposta da parte 
demandante.
O ex adverso deverá ter ciência sobre 
a possibilidade de disputa, devendo 
responder em 10 dias. Há o prazo de 30 
dias para informações.
Grupos especiais: primeira instância 
julgadora no âmbito da OSC.
Se o membro não responder, não 
proceder as consultas no prazo ou 
se o resultado das consultas não foi 
satisfatório.
Apelação: quando umas das partes 
(envolvidas na disputa) discorda do 
relatório final.
Implementação: a conduta violadora 
deve ser modificada imediatamente.
caso não seja modificada, o país deverá 
oferecer compensação ou sofrer 
retaliação.
Outros meios de solução de 
controvérsias:
bons ofícios (good offices), conciliação, 
mediação e arbitragem.
A integrAçãO ecOnômicA
cOnceitO
A integração econômica busca promover o livre comércio por meio da celebração de acor-
dos bilaterais e multilaterais que permitem a livre circulação de mercadorias e a diminuição 
das taxas alfandegárias.
De acordo com Leonardo Vizeu Figueiredo:
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DIREITO ECONÔMICO
A integração econômica consiste em um processo de desagravação (redução de tarifas aplicadas) 
entre governos nacionais e soberanos, para reduzir as barreiras tarifárias e não tarifárias que limi-
tam o comércio recíproco.
Conforme vimos, o princípio da nação mais favorecida determina que as vantagens con-
cedidas a uma nação também sejam concedidas às demais.
A cláusula de habilitação excepciona o princípio, ao permitir que os membros formem 
blocos econômicos.
De acordo com o site da ALADI, a cláusula consiste:
Na Decisão das Partes Contratantes do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), adotada por 
ocasião da Rodada Tóquio (1979), através da qual é permitido celebrar acordos regionais ou gerais 
entre países em desenvolvimento com a finalidade de reduzir ou eliminar mutuamente as travas a 
seu comércio recíproco, excetuando-se da aplicação do princípio consagrado no Artigo I do GATT, 
sobre o Tratamento da Nação Mais Favorecida.5
As etAPAs dA integrAçãO ecOnômicA
Zona de Livre Comércio
Consiste na eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias entre os estados acordantes.
Importante ressaltar que a eliminação não atinge necessariamente todos os produtos co-
mercializados, já que alguns podem constar em uma lista de exceção.
Ex.: NAFTA (North American Free trade Association) formado pelos EUA, Canadá e México.
União Aduaneira
Consiste na adoção de uma tarifa aduaneira comum para importação de produtos oriun-
dos de países que não façam parte da união aduaneira (TEC).
Além de haver a eliminação das exações alfandegárias, ocorre a padronização da política 
tarifária.
Ex.: União europeia (até a assinatura do tratado de Maastrich, que a transformou em mercado 
comum).
5 disponível em http://www.aladi.org/nsfaladi/vbasico.nsf/vbusquedap/0629BF39832BC04C032568C-
D00447D7E)
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DIREITO ECONÔMICO
Mercado Comum
Possui todas as características da união aduaneira somadas à livre circulação de fatores 
de produção (pessoas e capitais).
As barreiras fundadas na nacionalidade são extintas e existe uma coordenação de políti-
cas macroeconômicas e setoriais.
Em síntese, o mercado comum tem as seguintes características:
• livre circulação de bens e serviços;
• política comercial comum em relação a terceiros países;
• livre circulação dos fatores de produção;
• livre circulação de capitais.
Em outras palavras, estão presentes as “quatro liberdades” do mercado: livre circulação 
de bens, serviços, pessoas e capitais.
Ex.: União europeia entre 1992 e 1999.
União Econômica ou Monetária
Possui todas as características do mercado comum somadas à busca da unificação das 
políticas sociais comuns, monetária, fiscal e cambial.
Também ocorre uma unificação monetária, por meio de um Banco Central independente 
(Banco Central europeu, sediado na Alemanha).
Ex.: União europeia a partir de 1999, com a entrada em vigor do euro.
Integração econômica
Zona de livre comércio
Eliminação das barreiras tarifárias e não 
tarifárias entre os estados acordantes.
Não atinge necessariamente todos os 
produtos comercializados, já que alguns 
podem constar em uma lista de exceção.
União aduaneira
Adoção de uma tarifa aduaneira comum 
para importação de produtos oriundos 
de países que não façam parte da união 
aduaneira (TEC).
Além de haver a eliminação das exações 
alfandegárias, ocorre a padronização da 
política tarifária.
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DIREITO ECONÔMICO
Integração econômica
Mercado comum
Livre circulação de bens e serviços.
Política comercial comum em relação a 
terceiros países.
Livre circulação dos fatores de 
produção.
Livre circulação de capitais.
União econômica ou monetária
Possui todas as características do 
mercado comum somadas à busca da 
unificação das políticas sociais comuns, 
monetária, fiscal e cambial.
Também ocorre uma unificação 
monetária, por meio de um Banco 
Central independente (Banco Central 
europeu, sediado na Alemanha).
O mercOsul
HistóricO e AsPectOs gerAis
A Carta da Jamaica de 1815 foi um importante marco na integração das Américas na me-
dida em que buscava um agrupamento de estados latino-americanos.
Também merece destaque o Congresso do Panamá, influenciado por Simon Bolivar, que 
buscou formar uma confederação de estados americanos.
Todos esses eventos decorreram do grande receio das Américas, agora independentes, 
serem novamente conquistadas pelos colonizadores.
As ideias defendidas por Simon Bolivar serviram de substrato teórico tanto para o proces-
so de integração política como para o processo de integração econômica que estaria por vir. 
Destacam-se a ALALC (Associação latino-americana de livre-comércio)) a ALADI (Associa-
ção latino-americana de desenvolvimento e integração) e a ALCA (Área de livre comércio das 
américas).
O movimento de integração econômica preconizado pelo art. 4, parágrafo único, da CF foi 
materializado com a criação do Mercosul:
(...)
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social 
e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana 
de nações.
No que se refere às etapas de integração estudadas anteriormente, o Mercosul é conside-
rado uma união aduaneira imperfeita.
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DIREITO ECONÔMICO
Isso porque apesar de adotar uma Tarifa Externa Comum, existem várias exceções 
a essa TEC.
Vale lembrar que o art. 1 do Tratado de Assunção estabelece, que o objetivo do MERCO-
SUL é constituir, até 31 de dezembro de 1994, um mercado comum, que permita:
A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre outros, da 
eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias à circulação de mercadorias e de 
qualquer outra medida de efeito equivalente;
O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em 
relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros 
econômico-comerciais regionais e internacionais;
A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes de comércio 
exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegárias, de 
transporte e comunicações e outras que se acordem, a fim de assegurar condições adequadas de 
concorrência entre os Estados Partes, e
O compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, nas áreas pertinentes, para 
lograr o fortalecimento do processo de integração.
PrinciPAis nOrmAs e PrOtOcOlOs
• 1985: Tratado de Iguaçu
− foi criada uma comissão mista de integração econômica.
• 1990: Ata de Buenos Aires
− fixou prazo para criação de um mercado comum entre Brasil e Argentina.
• 1991: Tratado de Assunção
− instituiu o Mercosul.
CAPÍTULO I
Propósitos, Princípios e Instrumentos
ARTIGO 1
Os Estados Partes decidem constituir um Mercado Comum, que deverá esta estabelecido a 31 de 
dezembro de 1994, e que se denominará “Mercado Comum do Sul” (MERCOSUL).
Este Mercado Comum implica:
A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre outros, da 
eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias à circulação de mercadorias e de 
qualquer outra medida de efeito equivalente;
O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em 
relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros 
econômico-comerciais regionais e internacionais;
A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes de comércio 
exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegárias, de 
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DIREITO ECONÔMICO
transporte e comunicações e outras que se acordem, a fim de assegurar condições adequadas de 
concorrência entre os Estados Partes, e
O compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, nas áreas pertinentes, para 
lograr o fortalecimento do processo de integração.
ARTIGO 2
O Mercado Comum estará fundado na reciprocidade de direitos e obrigações entre os Estados 
Partes.
(...)
ARTIGO 4
Nas relações com terceiros países, os Estados Partes assegurarão condições equitativas de co-
mércio. Para tal fim, aplicarão suas legislações nacionais para inibir importações cujos preços 
estejam influenciados por subsídios, dumping ou qualquer outra prática desleal.
Paralelamente, os Estados Partes coordenação suas respectivas

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