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MODULO2_Planejamento tributario

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Planejamento Tributário Essencial 
para os Negócios 
Elaborado por:
Arnóbio Neto Araújo Durães
O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor(a)
CRCSP - Material exclusivo para uso nas atividades promovidas por este Regional
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MÓDULO II
SIMPLES NACIONAL
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A ME - Microempresa e a EPP - Empresa de Pequeno Porte são, hoje,
indiscutivelmente, figuras fundamentais na economia do País. Conhecer o
funcionamento legal dessas empresas é, por isso mesmo, indispensável
para aqueles que atuam nas áreas contábil, jurídicas e de assessoria
empresarial de modo amplo.
Além disso, posteriormente à instituição do Simples Nacional, foi criada a
figura do MEI - Microempreendedor Individual, que caracteriza como um
estímulo para que o pequeno empregador mantenha-se regular perante a
legislação tributária. Essa nova figura de contribuinte foi criada pela Lei
Complementar nº 128/2008, que incluiu dispositivos á Lei Complementar nº
123/2006.
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1. Enquadrar-se na definição de Microempresa ou de Empresa de
Pequeno Porte;
2. Cumprir os requisitos previstos na legislação; e
3. Formalizar a opção pelo Simples Nacional.
Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das
seguintes condições:
INGRESSO NO SIMPLES NACIONAL
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO REGIME DO SIMPLES 
NACIONAL:
1. Ser facultativo;
2. Ser irretratável para todo o ano-calendário;
3. Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, IPI, ICMS,
ISS e a CPP Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência
Social a cargo da Pessoa Jurídica;
4. Recolhimento dos tributos abrangidos mediante DAS - Documento Único de
Arrecadação;
INGRESSO NO SIMPLES NACIONAL
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5. Disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do
cálculo do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de
2012, para constituição do crédito tributário;
6. Apresentação de declaração única e simplificada de informações
socioeconômicas e fiscais - 31/03 ano subsequente;
7. Prazo para recolhimento do das até o dia 20 do mês subsequente àquele
em que houver sido auferida a Receita Bruta;
8. Possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função da
respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses
Estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão
recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Município.
SUBLIMITE
A partir de 2018, o limite de receita bruta anual do Simples Nacional passou a
ser R$ 4,8 milhões, no entanto, os limites para recolhimento do icms e do
iss na forma do simples nacional permaneceram em r$ 3,6 milhões.
Sendo assim, uma empresa com faturamento entre R$ 3,6 milhões e R$ 4,8
milhões poderá ser optante pelo Simples Nacional e, ao mesmo tempo, ter que
cumprir suas obrigações relativas ao ICMS e ao ISS no respectivo Estado,
Distrito Federal ou Município.
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EXEMPLO - SUBLIMITE
1. A empresa XPTO, cuja abertura ocorreu em 12/09/2019 e localizada em
Estado com sublimite de R$ 3,6 milhões, auferiu receita bruta total no ano
de 2019 de R$ 1,3 milhão.
Como seu sublimite proporcional é de R$ 1,2 milhão (R$ 300.000,00 × 4
meses), ela o ultrapassou o limite em até 20%, razão pela qual está
impedida de recolher o ICMS ou ISS a partir de 01/01/2020.
2. A empresa PHD cuja abertura ocorreu em 20/09/2019, localizada em Estado
com sublimite de R$ 3,6 milhões, ao apurar o período de apuração de
10/2019, verificou que sua receita bruta acumulada (receita de setembro e
outubro) é de R$ 1,5 milhão.
Como seu sublimite proporcional é de R$ 1,2 milhão (R$ 300.000,00 × 4
meses), ela o ultrapassou em mais de 20%, razão pela qual está impedida
de recolher o ICMS ou ISS a partir de 17/09/2019, ou seja, retroagiu a data
de abertura.
EXEMPLO - SUBLIMITE
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I. No caso das ME , o empresário, a
Pessoa Jurídica, ou a ela
equiparada, que aufira, em cada
ano-calendário, receita bruta igual
ou inferior a r$ 360.000,00
II. No caso das EPP, o empresário, a
Pessoa Jurídica, ou a ela
equiparada, que aufira, em cada
ano-calendário, receita bruta
superior a R$ 360.000,00 e igual
ou inferior a r$ 4.800.000,00
Consideram-se ME ou EPP a Sociedade Empresária, a Sociedade Simples, a
Empresa Individual de responsabilidade limitada e o Empresário a que se refere
o art. 966 da lei no 10.406, de 10/01/2002, devidamente registrados no
Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, e a sociedade de advogados registrada na forma prevista no
art. 15 da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, desde que:
EMPRESAS NO INÍCIO DE ATIVIDADE
No ano-calendário de início de atividade, cada um dos limites será de R$
400.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o início de
atividade e o final do respectivo ano-calendário, CONSIDERADA A FRAÇÃO DE
MÊS COMO MÊS COMPLETO.
Considera-se Receita Bruta, o produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas
operações em conta alheia, NÃO INCLUÍDAS as vendas canceladas e os
descontos incondicionais concedidos.
CONCEITO DE RECEITA BRUTA
Base Legal: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 2º.
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I. O custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos bens
ou serviços ou destacado no documento fiscal;
II. As gorjetas, sejam elas compulsórias ou não;
III. Os royalties, aluguéis e demais receitas decorrentes de cessão de
direito de uso ou gozo; e
IV. As verbas de patrocínio.
COMPOSIÇÃO DA RECEITA BRUTA
I. A venda de bens do ativo imobilizado;
II. Os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos
em decorrência do atraso no pagamento de operações ou prestações;
III. A remessa de mercadorias a título de bonificação, doação ou brinde,
desde que seja incondicional e não haja contraprestação por parte do
destinatário;
IV. A remessa de amostra grátis;
IV. Os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão
contratual, desde que não corresponda à parte executada do contrato;
NÃO COMPÕE A RECEITA BRUTA
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V. Para o salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592, de 01/2012, os valores
repassados ao profissional-parceiro, desde que este esteja devidamente
inscrito no CNPJ;
VI. Os rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa
ou variável.
Nota: As receitas decorrentes da venda de bens ou direitos ou da prestação de
serviços devem ser reconhecidas quando do faturamento, da entrega do bem ou
do direito ou à proporção em que os serviços forem efetivamente prestados, o
que primeiro ocorrer.
Base Legal: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º e art. 18, § 3º.
TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES NO SIMPLES NACIONAL
1 IRPJ == > Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica;
2
IPI == > Imposto sobre Produtos Industrializados, observado o disposto no inciso XII do § 1º art 13º LC123/06 (Tem
que recolher o IPI incidente sobre importação);
3 CSLL == > Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
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COFINS == > Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, observado o disposto no inciso XII do § 1º do
Artigo 13º; (Recolher sobre importação)
5 PIS/PASEP == > Observado o disposto no inciso XII do § 1o do Artigo 13º; (Recolher sobre importação)
6
CPP == > Contribuição Patronal Previdenciária para Seguridade Social a cargo da pessoa jurídica, de que trata o
art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso das PJ que se dediquem às atividades de prestação
de serviços previstas nos incisos XIII a XXVIIIdo § 1o e no § 2o do art. 17º desta Lei Complementar;
7
ICMS == > Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação;
8 ISS == > Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.
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Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a
receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do
período de apuração.
Em caso de início de atividade, os valores de Receita Bruta acumulada
constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar
devem ser proporcionalizados ao número de meses de atividade no
período.
BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTAS
EXEMPLO DE PROPORCIONALIZAÇÃO
EXEMPLO DE CÁLCULO RBT12 EM INÍCIO DE ATIVIDADE
1º Mês == > Faturamento do mês x 12 Meses = 
RBT12
2º Mês == > RBT12 = RBT12
3º Mês == > (RBM 1 + RBM 2 ) x 12 = (média aritmética)
2
4º Mês == > (RBM 1 + RBM 2 + RBM 3) x 12 = (média 
aritmética) 3
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1º Mês == > $ 30.000 x 12 meses = RBT12 $ 360.000 (Localizar Faixa 
na Tabela)
3º Mês == > ($ 30.000 + $ 40.000 ) x 12 = RBT12 de $ 420.000
2
4º Mês == > ($ 30.000 + $ 40.000 + $ 50.000) x 12 = RBT12 de $ 
480.000 3
2º Mês == > ($ 30.000 ) x 12 = RBT12 de $ 360.000
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ALÍQUOTAS E BASE DE CÁLCULO DO SIMPLES 
NACIONAL
Sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a alíquota determinada nas
tabelas dos Anexos I a V, podendo tal incidência se dar, à opção do
contribuinte, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita
recebida no mês, sendo essa opção irretratável para todo o ano-
calendário.
Regime de Caixa 
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TABELAS DO SIMPLES 
NACIONAL
TABELA 1 – COMÉRCIO
RECEITA BRUTA EM 12 MESES (EM R$) ALÍQUOTA
VALOR A DEDUZIR 
(EM R$)
1a Faixa Até 180.000,00 4,00% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00
VIGENTE A PARTIR 01/01/2018
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Faixas
PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS
IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS
1ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%
2ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%
3ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
4ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
5ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
6ª Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% -
REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS – TABELA 1 - COMÉRCIO
TABELA 2 – INDÚSTRIA
RECEITA BRUTA EM 12 MESES (EM R$) ALÍQUOTA
VALOR A DEDUZIR 
(EM R$)
1a Faixa Até 180.000,00 4,50% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.500,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00
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TABELA 3 – RECEITAS DE LOCAÇÃO BENS MÓVEIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
DESCRITOS NO INCISO III DO § 1º DO ART. 25, E SERVIÇOS DESCRITOS NO INCISO V
QUANDO O FATOR “R” FOR IGUAL OU SUPERIOR A 28%
RECEITA BRUTA EM 12 MESES (EM R$) ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$)
1a Faixa Até 180.000,00 6,00% –
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% 9.360,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 13,50% 17.640,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00% 35.640,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00% 125.640,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 648.000,00
TABELA 4 – RECEITAS DECORRENTES DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
RELACIONADOS NO INCISO IV DO § 1º DO ART. 25
RECEITA BRUTA EM 12 MESES (EM R$) ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$)
1a Faixa Até 180.000,00 4,50% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% 8.100,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% 12.420,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00% 39.780,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 22,00% 183.780,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 828.000,00
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As atividades de prestação de serviços seguintes serão tributadas na forma do
Anexo 4 desta Lei complementar nº 123/2006, hipótese em que não estará
incluída no simples nacional a CPP – Contribuição Patronal Previdenciária
prevista no inciso vi do art. 13º da lc nº 123/2006, devendo ela ser recolhida
segundo a legislação prevista para os demais contribuintes ou responsáveis:
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NO ANEXO 4
1. Construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a
forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de
paisagismo, bem como decoração de interiores;
2. Serviço de vigilância, limpeza ou conservação.
3. Serviços advocatícios.
Faixas
PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS
IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ISS (*)
1ª Faixa 18,80% 15,20% 17,67% 3,83% 44,50%
2ª Faixa 19,80% 15,20% 20,55% 4,45% 40,00%
3ª Faixa 20,80% 15,20% 19,73% 4,27% 40,00%
4ª Faixa 17,80% 19,20% 18,90% 4,10% 40,00%
5ª Faixa 18,80% 19,20% 18,08% 3,92% 40,00%
6ª Faixa 53,50% 21,50% 20,55% 4,45% -
REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS – TABELA 4 – SERVIÇOS
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TABELA 5 – RECEITAS DECORRENTES DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DESCRITOS NO
INCISO V DO § 1º DO ART. 25 QUANDO O FATOR “R” FOR INFERIOR A 28%
RECEITA BRUTA EM 12 MESES (EM R$) ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$)
1a Faixa Até 180.000,00 15,50% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% 4.500,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% 9.900,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50% 17.100,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23,00% 62.100,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50% 540.000,00
ENQUADRAMENTO DAS ATIVIDADES INTELECTUAIS NO FATOR “R”
Anexo III == > Inicia com 6,00%
Anexo V == > Inicia com 15,5%
Aumento de == > 158,33%
Nota: Todas as atividades intelectuais (RIR/2018) estão dispostas no Fator
“R”, com exceção de contabilidade (anexo III) e advocacia (anexo IV)
FOPA 12 MESES
RBT12 
Fator 
“R”
Se maior de 28% == > Anexo III = 
6,00%
Se menor de 28% == > Anexo V = 
15,50%
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COMPOSIÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO
REMUNERAÇÃO:
 Salário Base
 Insalubridade
 Periculosidade
 Pró-Labore
 Recibo Pagamento
Autônomo
ENCARGOS:
 INSS
 CPP
 FGTS
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RBT12: === > Receita Bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de
apuração;
Aliq: === > Alíquota nominal constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar;
PD: === > Parcela a deduzir constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar.
RBT12 x Aliq - PD
RBT12
FORMULA DE CÁLCULO DA ALÍQUOTA EFETIVA
TABELA 1 – COMÉRCIO - VIGÊNCIA A PARTIR DE 01/01/2018
RECEITA BRUTA EM 12 MESES (EM R$) ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR-R$)
1a Faixa Até 180.000,00 4,00% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00
EXEMPLO A PARTIR DA NOVA METODOLOGIA DE CÁLCULO 
Faturamento do mês de Jan/2019 – R$ 130.000,00.
Receita Bruta Acumulada de Jan/2018 até Dez/2018 R$ 1.950.000,00
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CÁLCULO DA ALÍQUOTA EFETIVA 
R$ 1.950.000,00 X 14,30% - R$ 87.300,00 x 100= 9,82%
R$ 1.950.000,00
SIMPLES DEVIDO EM JAN/2019: == > R$ 130.000,00 X 9,82% = R$ 12.766,00 
APLICANDO A FÓRMULA, TEREMOS:
RBT12 x Aliq - PD
RBT12
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DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS NO SIMPLES NACIONAL
Conforme o artigo 1.179, do Código Civil, toda empresa é obrigado e ter
contabilidade, inclusive Micro e Pequenas Empresas optantes no Simples
Nacional.
Porém, caso a empresa não possua escrituração contábil regular por qualquer
motivo ainda assim poderá distribuir valores, a título e lucro, isentos do
pagamento de imposto de renda.
Nesse caso, o valor será determinado a partir da aplicação dos percentuais de
presunção de lucros (lucro presumido) definidos pelo art. 15 da lei
9249/1995, sobre a Receita Bruta da empresa, subtraindo ao final o valor
pago nas guias do simples nacional a título de IRPJ.
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS NO SIMPLES NACIONAL
Deve-se somar toda a Receita da empresa no ano e aplicar o percentual
relativo a Presunção do Lucro, ou seja, 8% para vendas e 32% para
serviços, e depois reduzir o que a empresa pagou a título de imposto
de renda dentro da guia do simples nacional.
Para saber o quanto a empresa pagou de IR dentro do Simples, a forma
mais fácil é consultar o extrato do Simples da empresa mensalmente para
todo o ano calendário.
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EXEMPLO :
Imagine que uma autopeças, optante pelo Simples Nacional, faturou durante o ano
anterior 830 mil reais e não tenha a contabilidade em dia para fazer a sua
distribuição de lucros.
Neste caso, a empresa poderá apurar o Lucro aplicando a alíquota de 8% sobre
esses 830 mil, resultando em R$ 66.400,00. Deste valor, deverá deduzir ainda o
que foi pago à título de IR dentro da guia do Simples, supondo que este valor
fosse de R$ 7.500,00, a empresa poderia distribuir aos sócios o valor de R$
58.900,00 à título de Lucros, que deverão ser informados nas declarações de
Imposto de Renda de Pessoa Física dos sócios, sem gerar qualquer imposto a
pagaR – no caso, se fosse uma empresa de serviços, invés de aplicar 8%, dever-
se-ia aplicar o percentual de 32%, obedecendo a mesma lógica.
BIBLIOGRAFIA:
Brasil, Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988.
Brasil, Decreto nº 9.580 de 23 de novembro de 1988, Regulamenta a tributação, a fiscalização, a
arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.
Brasil, Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, Institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Brasil, Lei nº 9.249 de 26 de dezembro de 1995, Altera a legislação do imposto de renda das pessoas
jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido, e dá outras providências.
Brasil, Lei nº 9.430 de 27 de dezembro de 1996, Dispõe sobre a legislação tributária federal, as
contribuições para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras providências.
Brasil, Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976, Dispõe sobre a sociedade por ações.
Brasil, Lei nº 5.172 de 25 de outubro de 1966, CTN - Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios.
Projeto de Lei nº 2.337 de 26 de junho de 2021. Altera a legislação do Imposto sobre a Renda e
Proventos de Qualquer Natureza das Pessoas Físicas – IRPF e das Pessoas Jurídicas – IRPJ e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, e dá outras providências.
Comitê de Pronunciamentos Contábeis, Interpretação Técnica ICP 22, Incerteza sobre tratamento de
tributos sobre lucros.

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