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Tecnologia de Biocombustíveis Biodiesel –Parte II Ana Cláudia Freitas Margarites Faculdade de Engenharia e Arquitetura Engenharia Química Biodiesel - Métodos de produção Biodiesel - Métodos de produção Métodos combinados -híbridos Transesterificação Esterificação Hidroesterificação Métodos isolados Transesterificação Esterificação Interesterificação Transesterificação - um mol de triacilglicerídeo reage com três mols de um álcool de cadeia curta para produzir três mols de monoésteres graxos e um mol glicerina (principal coproduto) Transesterificação Óleo vegetal Ésteres alquílicos BIODIESEL Mono di e triacilglicerós residuais Transesterificação Transesterificação Transesterificação – Preparo da matéria-prima Óleos Umidade Ácidos graxos livres Produtos saponificados Eficiência de conversão Reação de transesterificação de triglecerídeos Transesterificação - Reação Álcool – Metanol Adicionado em excesso RM 12:1 - Permiti separação do glicerol -Desloca equilíbrio para formação do biodiesel 1 mol 3 mol 3 mol Comparação entre as rotas metílicas e etílicas da síntese de biodiesel via catálise alcalina. Reação de transesterificação de triglecerídeos Transesterificação - Reação Catalisador - Ácido (HCl ou H2SO4 ) - Base (NaOH, KOH, carbonatos) - Enzimas (lipases) Básico (KOH ou NaOH - 0,3% a 1,0%) – reação mais eficiente (maior rapidez) - Sem problemas de corrosão 1 mol 3 mol 3 mol Transesterificação – Separação das fases Contaminação das fases Álcool Catalisador Água Transesterificação – Separação das fases Glicerina Decantação ou centrifugação Recuperação do Álcool Destilação - Reutilizado Transesterificação – Lavagem do Biodiesel Biodiesel Lavagem Retirada do catalisador + glicerol + álcool Desumidificado Transesterificação – Purificação da Glicerina Glicerina Purificação Maior valor agregado Retirada da água+ álcool + impurezas matéria-prima Transesterificação – Purificação da Glicerina Transforma sabão em ácido graxo livre Reação caráter básico Adição de ácido Processo de neutralização Glicerina + sais Mais densa Ácido graxo livre Menos densa Decantação ou centrifugação Glicerina – Pureza de 84% Destilação à vácuo Glicerina – Pureza de 99% Transesterificação Processo não atrativo Quando teor de ácidos graxos livres > 1% - Parte de matéria-prima não forma produto; - Elevada formação de sabão – uso de catalizador básico – dificuldade de purificação do biodiesel; Esterificação Aplicação - Matérias-primas com teor de ácidos graxos livres superior a 1% Ácido graxo Álcool Éster monoalquílico Reduz a acidez livre do lipídeo antes do processo ou para recuperar o ácido graxo formado durante a transesterificação. Esterificação Adição de HCl ou H2SO4 oxigênio carbonílico é protonado Favorece a reação Transesterificação Esterificação Catálise enzimática Década de 1990 resposta aos aspectos negativos da catálise alcalina homogênea altos teores de água e de ácidos graxos livres e o apelo ambiental decorrente da utilização de processos mais brandos Transesterificação Esterificação Catálise enzimática Lipases material de partida não precisa ser livre de umidade ou de ácidos graxos livres triacilglicerídeo hidrolases podem catalisar reações de esterificação e de transesterificação, em presença de água, em um mesmo processo de síntese. Transesterificação Esterificação Catálise enzimática Lipases triacilglicerídeo hidrolases Catalisam a hidrólise dos triacilgliceróis em ácidos graxos, diacil gliceróis, monoacil gliceróis e glicerol. Transesterificação Esterificação Catálise enzimática Transesterificação Esterificação Catálise enzimática Lipases -Recuperação simples do glicerol; -Transesterificação total dos ácidos graxos livres; -Uso de condições brandas no processo; -Inexistência de resíduos aquosos alcalinos; Hidroesterificação Matérias-primas com elevada acidez e alto teor de água Ao invés de submeter a matéria-prima a etapas de purificação, de modo a possibilitar o processamento por esterificação ou transesterificação acidez da matéria-prima e a contaminação por água não são relevantes Hidroesterificação Hidroesterificação Processo de hidroesterificação 1 2 Hidroesterificação 1 Etapa de hidrólise 2 Esterificação Catalisadores: ácidos, enzimas Hidroesterificação 1 Etapa de hidrólise 2 Esterificação Independente da acidez e da umidade da matéria-prima, o produto final da hidrólise possui acidez superior a 99%. Portanto, ao invés de diminuir a acidez através de um refino, a hidrólise aumenta propositadamente a acidez da matéria- prima. Além disso, obtém-se uma glicerina muito mais pura que a glicerina advinda da transesterificação. Hidroesterificação 1 Etapa de hidrólise 2 Esterificação O biodiesel é gerado com elevada pureza, sem necessidade de etapas de lavagem que geram efluentes e elevado consumo de compostos químicos. Na reação também se obtém, como subproduto, a água, que retorna para o processo de hidrólise Hidroesterificação Matérias-primas: materiais graxos de menor valor agregado - Borras de ácidos graxos obtidas como subprodutos no processamento de óleos vegetais; - Óleos após fritura; - Materiais graxos captados em caixas de gorduras Hidroesterificação Fluxograma simplificado do processo de hidroesterificação de materiais graxos de elevada acidez Interesterificação Produção de biodiesel e como subproduto, o glicerol já quimicamente modificado, sem a necessidade de processos complementares. Interesterificação Triacetina líquido oleoso -plastificante do acetato de celulose contido nos filtros para cigarros, -agente fixador em perfumaria, -solvente para especialidades químicas, -como fungicida, -na manufatura de cosméticos -para o recobrimento de comprimidos de aplicação farmacêutica, -melhorar as propriedades de combustíveis como diesel e biodiesel, tais como o ponto de fluidez e o perfil de emissão de materiais particulados. Pirólise - Craqueamento Conversão de uma estrutura química orgânica em outra por meio de calor, em deficiência de oxigênio e na presença ou na ausência de catalisador. Triacilgliceróis Pirólise Decomposição térmica Hidrocarbonetos e compostos oxigenados Pirólise - Craqueamento Quebra de ligações formando uma mistura de compostos constituída principalmente de hidrocarbonetos e, em menor quantidade, compostos oxigenados Pirólise - Craqueamento Aquecimento em ausência de oxigênio (pirólise) de compostos orgânicos provoca a quebra das cadeias originalmente presentes, resultando em uma mistura de moléculas com cadeias menores e alguns produtos de elevada massa molar. As diversas moléculas menores formam uma mistura de hidrocarbonetos com características físico-químicas muito semelhantes àquelas dos combustíveis fósseis, constituindo um ótimo substituinte para geração de energia. Pirólise - Craqueamento Óleos Pirólise Entre 300 °C e 500 °C Pressão atmosférica 1 h Biocombustível
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