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Unidade 4 – Empreendorismo 5º período - Farmácia 
 
1 
 
Contextualizando 
 Entre os vários modelos de Seguimento 
Farmacoterapêutico (STF), o gestor farmacêutico deve 
optar por aquele que traga resultados clínicos e 
econômicos mais rápidos no atendimento a 
pacientes ambulatoriais. A decisão será, então, pelo 
método Dáder, que proporciona maior contato do 
farmacêutico com o paciente e traz retorno 
satisfatório a curto prazo. 
 
Apresentação 
 O seguimento Farmacoterapêutico (SFT) 
ultrapassa as ações e os objetivos clássicos da 
assistência farmacêutica. 
 Existem estratégias e recomendações 
internacionais voltadas para repensar o papel do 
farmacêutico no Sistema de Atenção à Saúde, antes 
simplesmente considerado o responsável pelo 
abastecimento de medicamentos e, atualmente, tido 
como o corresponsável pela terapia do paciente e 
promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM) 
– reuniões da OMS de Nova Deli (OMS, 1988), Tóquio 
(WHO, 1993), Vancouver (WHO, 1997) e Haia 
(WHO, 1998). 
 Alguns padrões de desempenho são essenciais 
para a prática clínico-farmacêutica. 
1. Competências técnicas: a) habilidades e 
competências técnicas e clínico-assistenciais; b) 
manejo de Problemas relacionados com Medicação 
(PRM); c) o praticante avalia sua atuação em relação a 
padrões de prática profissional e estatutos e 
regulamentos pertinentes; d) prescrição farmacêutica; 
e e) consulta farmacêutica. 
2. Ética – decisões éticas nos cuidados. 
3. Colegialidade – o praticante contribui para o 
desenvolvimento profissional dos colegas. 
4. Colaboração – o praticante contribui 
efetivamente para o paciente; 
5. Educação – o praticante adquire e mantém o 
conhecimento atual em farmacologia e farmacoterapia, 
e a prática de atenção farmacêutica. 
6. Pesquisa – o praticante utiliza rotineiramente 
resultados da investigação na prática e contribui com 
os resultados da investigação, quando apropriado. 
7. Alocação de recursos – o praticante considera 
fatores relacionados com eficácia, segurança e custo no 
planejamento e no fornecimento de assistência ao 
paciente. 
 Antes de seguirmos o estudo do STF, é 
necessário saber a diferença entre prescrição 
farmacêutica e consulta farmacêutica: 
1. Prescrição farmacêutica – é o ato pelo qual o 
farmacêutico seleciona e documenta terapias 
farmacológicas e não farmacológicas e outras 
intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, 
visando à promoção, proteção e recuperação da saúde, 
bem como à prevenção de doenças e de outros 
problemas de saúde. 
2. Consulta farmacêutica – é o atendimento 
realizado pelo farmacêutico ao paciente, respeitando 
os princípios éticos e profissionais, com a finalidade de 
obter os melhores resultados com a farmacoterapia 
e promover o Uso Racional de Medicamentos 
(URM) e de outras tecnologias em saúde. 
 
Seguimento Farmacoterapêutico (SFT) 
 Seguimento Farmacoterapêutico (SFT) 
ultrapassa as ações e os objetivos clássicos da 
assistência farmacêutica, inserindo o profissional 
farmacêutico no processo de cuidado do usuário de 
medicamento e em toda a equipe de saúde. 
 O SFT busca, de modo essencial, garantir o 
alcance de resultados terapêuticos positivos. 
Representa, para o gestor em serviços de Assistência 
Farmacêutica (AF), um serviço com grande potencial 
resolutivo e estratégico, cujas premissas possibilitam a 
ampliação dos mecanismos de gestão para além do 
ciclo da AF. 
 O SFT possibilita que se tenha alcance da 
qualidade da utilização dos medicamentos pela 
população e viabiliza as ações necessárias para que 
o Uso Racional de Medicamentos (URM) seja 
efetivamente praticado. Portanto, deve considerar: 
1. A atividade centrada no paciente/usuário de 
medicamentos, buscando os melhores desfechos de 
tratamento. 
2. O contexto histórico do desenvolvimento dessa 
prática farmacêutica, isto é, resgatar a profissão 
farmacêutica como parte de ações clínicas voltadas 
aos pacientes. 
3. As atividades necessárias para sua 
implantação nos sistemas de saúde, sejam estes 
públicos ou privados. 
1. O Conselho Brasileiro de Atenção 
Farmacêutica, afirma sobre o SFT – “É um 
Unidade 4 – Empreendorismo 5º período - Farmácia 
 
2 
 
componente da Atenção Farmacêutica e configura 
um processo no qual o farmacêutico é responsável 
pelas necessidades do usuário relacionadas ao 
medicamento, por meio da detecção, prevenção e 
resolução de Problemas Relacionados aos 
Medicamentos (PRM), de forma sistemática, 
contínua e documentada, com o objetivo de alcançar 
resultados definidos, buscando a melhoria da qualidade 
de vida do usuário”. 
 
Evolução histórica do SFT e da Atenção 
Farmacêutica (ATF) no mundo 
1. “A assistência que determinado paciente 
necessita e recebe, assegurando um uso seguro e 
racional dos medicamentos”. 
2. “[...] incluem as determinações das 
necessidades medicamentosas de um determinado 
indivíduo e o aporte não só de medicamentos, mas 
também dos serviços precisos (antes, durante e depois) 
para garantir um tratamento com uma eficácia e 
segurança ótimas”. 
3. “Uma relação adequada entre um paciente e um 
farmacêutico, na qual este último realiza as funções de 
controle do uso dos medicamentos (com conhecimento 
e experiência), baseando-se no conhecimento e 
compromisso com relação ao interesse do paciente”. 
4. “É a prestação responsável da farmacoterapia 
com objetivo de obter resultados definidos que 
melhorem a qualidade de vida dos pacientes”. 
 É importante ler também as consideração de 
Hepler e Strand (1990). De acordo com os autores: 
1. O profissional dedica um tempo para 
determinar os desejos, as preferências e as 
necessidades específicas dos pacientes em relação à 
sua saúde e qualidade de vida. 
2. O profissional compromete-se a prestar uma 
assistência continuada uma vez iniciada. 
 Importante – o SFT é inovador – consegue 
colocar o farmacêutico em contato direto com o 
processo do cuidado e, consequentemente, mais 
próximo dos resultados da farmacoterapia. 
 Saiba mais – A atenção farmacêutica (ATF) é 
um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no 
contexto da Assistência Farmacêutica (AF). 
Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, 
habilidades, compromissos e corresponsabilidades na 
prevenção de doenças, promoção e recuperação da 
saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a 
interação direta do farmacêutico com o usuário, 
visando uma farmacoterapia racional e à obtenção 
de resultados definidos e mensuráveis, voltados 
para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação 
também deve envolver as concepções de seus sujeitos, 
respeitadas as suas especificações biopsicossociais, sob 
a ótica da integralidade das ações de saúde. 
 
Métodos de SFT 
 Os mais conhecidos no Brasil são: SOAP, 
TOM, PWDT e Dáder. 
 
SOAP 
 SOAP – consiste em um formato de 
documento utilizado para documentar a situação de 
saúde dos pacientes, de maneira estruturada e 
organizada. Provem do acrônimo – Subjetive 
(Subjetivo), Objetive (objetivo), Assessment 
(Avaliação), Plan (Plano) – que está diretamente 
relacionado com um problema de saúde. 
a) Subjetivo – as informações coletadas não são 
objetivas, sendo assim, buscam-se dados sobre a 
farmacoterapia e quais os medicamentos 
envolvidos. Os dados obtidos colaboram para uma 
análise clínica com relação ao grau de severidade do 
paciente, por exemplo, o estágio da doença. Podemos 
citar como parte dessas informações: queixa 
principal, histórico familiar e medicamentos 
utilizados anteriormente. 
b) Objetivo – informações objetivas (do paciente) 
são informações coletadas como exames laboratoriais, 
avaliações físicas, sinais vitais, temperatura, pressão 
arterial e reações adversas a medicamentos. 
c) Avaliação – a avaliação (do problema) consiste 
na identificação de possíveis RAM e prováveis causas. 
Nesta etapa, serão realizadas intervençõesfarmacêuticas. 
d) Plano – plano de (atenção): momento em que 
são empregadas medidas educacionais, mudanças de 
hábitos de vida e alterações na farmacoterapia. 
 De olho – diferentemente dos outros métodos 
de SFT, o SOAP não foi desenvolvido originalmente 
para utilização por farmacêuticos, já era, portanto, 
usado por abordagem médica. O SOAP não dispõe 
de um formulário próprio para documentar as 
informações do SFT, o que exige mais experiências e 
conhecimento do farmacêutico. Não há exatamente 
um roteiro a ser preenchido. 
 
Therapeutic Outcomes Monitoring (TOM) – 
Monitoramento dos Resultados Terapêuticos 
 Trata-se de um método muito apropriado para 
ser utilizado em farmácias comunitárias, sendo 
Unidade 4 – Empreendorismo 5º período - Farmácia 
 
3 
 
considerado também sistemático, com boa 
estruturação e muito dinâmico, o que facilita seu uso. 
 O método TOM visa à melhoria contínua da 
farmacoterapia e é bastante usado em doenças 
específicas, necessitando da elaboração de 
formulários para cada tipo de atendimento. Esse 
sistema demanda, para sua realização, as participações 
do farmacêutico, do médico e do paciente. 
 Importante – seu objetivo principal é a 
correção de eventual PRM detectado. 
 A seguir as etapas desse método: 
1. Coleta, interpretação e registro de dados 
relevantes do paciente - Deve-se atentar para os 
históricos médico, terapêutico e social do paciente. 
Essas informações propiciam ao farmacêutico 
conhecer sobre a farmacoterapia e enfermidade, 
além de estimar a adesão e identificar prováveis 
PRM. 
2. Levantamento e registro dos objetivos 
terapêuticos do paciente – deve-se observar os 
objetivos clínicos (do ponto de vista profissional) e 
relacionados com a qualidade de vida (do ponto de 
vista do paciente). 
3. Verificação da aplicação do plano 
terapêutico – é importante verificar os medicamentos 
utilizados na terapia, observando PRM e 
peculiaridades do paciente. 
4. Elaboração de um plano de monitoramento 
– são coletadas e anotadas informações importantes 
para monitorar a evolução do paciente na busca do 
sucesso terapêutico. 
5. Dispensação do(s) medicamento(s) e 
orientação – deve-se conscientizar o paciente sobre a 
importância da adesão ao tratamento e o cumprimento 
dos objetivos terapêuticos. 
6. Implementação do plano de monitoramento 
– é desenvolvido o plano de monitoramento, com 
agendamento de novo encontro. As informações 
devem ser documentadas, e os PRM devem ser 
avaliados e tratados. 
 
Pharmacist’s Workup of Drug Therapy 
(PWDT) – Avaliação Sistemática da 
Farmacoterapia 
 Esse método consiste em: 
1. Pensar como um profissional – 
Pharmacotherapy Workup. 
2. Agir como um profissional – prática 
padronizada. 
3. Falar como um profissional – vocabulário da 
prática. 
 É comumente chamado de Pharmacist’s 
Workup of Drug Therapy (PWDT), embora após a 
publicação do livro "Pharmaceutical Care Practice; 
The Clinician’s Guide", de Robert J. Cipolle, tenha 
passado a ser denominado Pharmacoterapy 
Workup (PW). 
 Este método se baseia no desenvolvimento de 
raciocínio clínico e sistema de documentação 
adaptado à prática farmacêutica. Desse modo, contribui 
para a identificação de PRM específicos de cada 
paciente. O PW foi desenvolvido na Universidade de 
Minnesota, nos anos 1990, nos Estados Unidos. 
 Este procedimento dirige as decisões do 
farmacêutico sobre o uso de medicamentos e 
demonstra como o conceito de Atenção Farmacêutica 
(ATF) pode realmente ser aplicado a qualquer 
paciente, em qualquer cenário de prática. 
 Importante – O PWDT auxilia o farmacêutico 
a avaliar seu êxito e a identificar e resolver 
problemas do paciente relacionados com os 
medicamentos. 
 É dividido o PW em sete passos: 
1. Recolher e interpretar a informação relevante 
do paciente, para determinar se ele apresenta 
PRM. 
2. Identificar PRM; 
3. Descobrir as metas terapêuticas desejadas. 
4. Descobrir as alternativas terapêuticas factíveis. 
5. Selecionar e individualizar o regime 
terapêutico mais apropriado. 
6. Implementar as decisões sobre o uso de 
medicamentos; 
7. Desenhar um plano de seguimento para 
alcançar as metas terapêuticas desejadas. 
 De olho – PWDT – PRM: a) indicação: 
problema de saúde, b) efetividade: dose, posologia, 
uso real e resposta; c) segurança: RAM, alergias ou 
sobre dose; d) adesão ao tratamento. 
 
Método Dáder 
 Este método foi desenvolvido no fim da década 
de 1990 pelo grupo de investigação de atenção 
farmacêutica da Universidade de Granada (Espanha). 
 O termo Atenção Farmacêutica (ATF) no 
Brasil foi oficializado no Consenso Brasileiro de 
Atenção Farmacêutica (2002), como consequência de 
reuniões lideradas pela Organização Mundial de Saúde 
(OMS), Organização Pan-americana da Saúde (Opas) 
e pelo Ministério da Saúde (MS). A partir desse 
Consenso, definiu-se ATF como: 
Unidade 4 – Empreendorismo 5º período - Farmácia 
 
4 
 
 Um modelo de prática farmacêutica, 
desenvolvida no contexto da Assistência 
Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, 
comportamentos, habilidades, compromissos e 
corresponsabilidades na prevenção de doenças, 
promoção e recuperação da saúde, de forma 
integrada à equipe de saúde. É a interação direta do 
farmacêutico com o usuário, visando a uma 
farmacoterapia racional e à obtenção de resultados 
definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da 
qualidade de vida. Esta interação também deve 
envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas 
as suas especificidades biopsicossociais, sob a ótica da 
integralidade das ações de saúde (Consenso Brasileiro 
de Atenção Farmacêutica, 2002). 
 Atualmente, o método Dáder é utilizado em 
diversos países, como o Brasil e outros da América 
Latina. Este método consiste em: 
1. Baseia-se no acompanhamento 
farmacoterapêutico de um paciente, ou seja, procura 
avaliar os problemas de saúde e os medicamentos 
utilizados; 
2. Visa encontrar e resolver possíveis 
resultados clínicos associados ao uso dos 
medicamentos (Resultados Negativos Associados à 
Medicação – RNM) apresentados pelos pacientes. 
3. Após serem identificados, podem ser realizadas 
as intervenções farmacêuticas para solucionar os 
RNM e, em seguida, os resultados são analisados 
(Comitê de Consenso, 2007). A seguir um fluxograma 
de consulta farmacêutica no Dáder: 
 
 As características do método consiste em: 
1. Promover a prática profissional; 
2. Detectar PRM para evitar e resolver RNM; 
3. Implicar um compromisso; 
4. Apresentar-se de maneira continuada, 
sistematizada e documentada; 
5. Privilegiar colaboração com o paciente e os 
membros da equipe de saúde; 
6. Alcançar resultados concretos que melhorem a 
qualidade de vida dos pacientes. 
 No método Dáder, como qualquer profissional 
que intervém em uma atividade assistencial, o 
farmacêutico deve cumprir os deveres de 
informação e documentação clínica. A seguir os 
deveres: 
a) Motivos que levaram o paciente a procurar 
atendimento; 
b) Problemas de saúde e efeitos ou resultados do 
uso de medicamentos. 
c) Farmacoterapia do paciente; 
d) História farmacêutica; 
e) Planificação, evolução e resultados das 
intervenções farmacêuticas realizadas para 
melhorar ou preservar os resultados da 
farmacoterapia. 
f) Consentimento informado, informes ao médico 
ou a outros profissionais 
g) Dados de contato do paciente. 
 Abaixo, estão listadas a documentação do 
método Dáder: 
a) História farmacoterapêutica; 
b) Folhas de entrevista farmacêutica; 
c) Estado de situação; 
d) Folhas de plano de ação; 
e) Folhas de entrevistas sucessivas; 
f) Folhas de intervenção; 
 
 A respeito de resultados negativos associados 
à farmacoterapia (RNM), como levantado no 2º 
Consenso de Granada, os PRM são considerados 
resultados (clínicos) negativos, não devendo ser 
confundidos com aquelas falhas ou aqueles 
problemas que podem aparecer duranteo processo 
de uso de medicamentos, que poderiam ser causas 
de PRM. 
 Exemplo – um paciente recebe uma dose 
excessiva de um medicamento. A superdosagem pode 
ser a causa do aparecimento de um PRM, mas nunca 
um PRM como tal, uma vez que este é um elemento 
do processo de uso dos medicamentos, e não um 
resultados desse processo. 
 Importante – os RNM são problemas de 
saúde, mudanças não desejadas no estado de saúde 
do paciente atribuídas ao uso (ou não uso) dos 
medicamentos. 
Unidade 4 – Empreendorismo 5º período - Farmácia 
 
5 
 
 Para mensurá-los, utiliza-se uma variável 
clínica (sintoma, sinal, evento clínico, medição 
metabólica ou fisiológica, morte etc.), que não 
cumpre com os objetivos terapêuticos estabelecidos 
para o paciente. Como consequência, passam a se 
denominar PRM aquelas circunstâncias que 
causam ou podem causar o aparecimento de um 
resultado negativo associado ao uso dos 
medicamentos. Assim, os PRM passam a ser todas 
aquelas circunstâncias que predispõem o usuário de 
medicamento a um maior risco de sofrer um RNM. 
 É importante avaliar a história 
farmacoterapêutica do paciente, ou seja, problemas de 
saúde e os medicamentos que utiliza, a saber: 
a) Estado situacional para prevenção dos PRM; 
b) Intervenções farmacêuticas/resultados obtidos 
c) Faces: 
I. Oferta do serviço; 
II. Primeira entrevista 
III. Estado de situação; 
IV. Fase de estudo; 
V. Fase de avaliação; 
VI. Fase de intervenção; 
VII. Resultado da intervenção 
VIII. Novo estado de situação 
IX. Entrevistas sucessivas. 
 
Apresentação 
 Qual deve ser o papel do farmacêutico com 
relação aos serviços farmacêuticos? Antes de pensar 
em atuar nas atividades clínicas, o farmacêutico e os 
profissionais de Saúde devem: 
1. Transformar ideias em ações; 
2. Ter crédito entre colegas e outros profissionais; 
3. Possuir capacidade de ouvir e responder; 
4. Expressar-se por escrito; 
5. Fazer apresentações orais; 
6. Cooperar e ter iniciativa; 
7. Ter destreza para treinar e aconselhar; 
8. Atuar com pessoas de culturas e perfis 
diferentes; 
9. Saber estabelecer relações no local de trabalho 
e fora dele. 
 
Serviços farmacêuticos 
 O Conselho Federal de Farmácia (CFF), por 
meio da Resolução nº 499/2008, estabelece como 
serviços farmacêuticos: 
1. Elaboração do perfil farmacoterapêutico, 
avaliação e acompanhamento da terapêutica 
farmacológica de usuários de medicamentos; 
2. Determinação quantitativa de teor sanguíneo de 
glicose, colesterol total e triglicérides, mediante 
coleta de amostra de sangue por punção capilar, 
utilizando-se de medidor portátil. 
3. Verificação de pressão arterial. 
4. Verificação de temperatura corporal. 
5. Aplicação de medicamentos injetáveis. 
6. Execução de procedimentos de inalação e 
nebulização. 
7. Realização de curativos de pequeno porte. 
8. Colocação de brincos. 
9. Participação em campanhas de saúde. 
10. Prestação de assistência farmacêutica 
domiciliar. 
 
 Além destes serviços farmacêuticos 
relacionados, o profissional farmacêutico também 
poderá executar serviços clínicos, como o 
acompanhamento farmacoterapêutico, a consulta 
farmacêutica e eventualmente realizar prescrições 
farmacêuticas. Aliás, as atividades farmacêuticas 
voltadas para avaliar o perfil farmacoterapêutico e o 
acompanhamento da terapêutica farmacológica 
aproximam mais o farmacêutico da comunidade e, 
consequentemente, dos pacientes. 
 As atribuições clínicas dos farmacêuticos são 
variadas e complexas, exigindo deste profissional 
amplos conhecimentos e habilidades (Resolução CFF 
nº 585/2013). 
Unidade 4 – Empreendorismo 5º período - Farmácia 
 
6 
 
1. Prover a consulta farmacêutica em consultório 
farmacêutico ou em outro ambiente adequado, que 
garanta a privacidade do atendimento. 
2. Estabelecer e conduzir uma relação de cuidado 
centrada no paciente. 
3. Fazer a anamnese farmacêutica, bem como 
verificar sinais e sintomas, com propósito de prover 
cuidado ao paciente. 
4. Orientar e auxiliar pacientes, cuidadores e 
equipe de saúde quanto à administração de 
apresentações farmacêuticas, fazendo o registro das 
ações, quando couber. 
5. Dar suporte ao paciente, aos cuidados, à família 
e à comunidade, com vistas ao processo de 
autocuidado, incluindo o manejo de problemas de 
saúde autolimitados. 
6. Pactuar com o paciente e, se necessário, com 
outros profissionais da saúde, as ações de seu plano de 
cuidado. 
7. Participar e promover discussões de casos 
clínicos de modo integrado com os demais membros da 
equipe de saúde. 
8. Desenvolver, em colaboração com os demais 
membros da equipe de saúde, ações para promoção, 
proteção e recuperação da saúde, bem como para a 
prevenção de doenças e de outros problemas de saúde. 
9. Prescrever, conforme legislação específica, no 
âmbito de sua competência profissional. 
10. Elaborar o plano de cuidado farmacêutico do 
paciente. 
11. Elaborar uma lista atualizada e conciliada de 
medicamentos em uso pelo paciente durante os 
processos de admissão, transferência e alta entre os 
serviços e níveis de atenção à saúde. 
12. Fazer a evolução farmacêutica e registrar no 
prontuário do paciente. 
13. Organizar, interpretar e, se necessário, 
resumir os dados do paciente, a fim de proceder à 
avaliação farmacêutica. 
14. Solicitar exames laboratoriais, no âmbito de 
sua competência profissional, com a finalidade de 
monitorar os resultados da farmacoterapia. 
15. Determinar parâmetros bioquímicos e 
fisiológicos do paciente, para fins de acompanhamento 
da farmacoterapia e rastreamento em saúde. 
16. Realizar intervenções farmacêuticas e emitir 
parecer farmacêutico a outros membros da equipe de 
saúde, com o propósito de auxiliar na seleção, adição, 
substituição, no ajuste ou interrupção da 
farmacoterapia do paciente. 
17. Realizar e registrar as intervenções 
farmacêuticas junto ao paciente, à família, aos 
cuidadores e à sociedade. 
18. Realizar, no âmbito de sua competência 
profissional, a administração de medicamentos ao 
paciente; 
19. Participar do planejamento e da avaliação da 
farmacoterapia, para que o paciente utilize de maneira 
segura os medicamentos de que necessita em doses, 
frequência, horários, vias de administração e duração 
adequados, contribuindo para que ele tenha condições 
de realizar o tratamento e alcançar os objetivos 
terapêuticos. 
20. Monitorar níveis terapêuticos de 
medicamentos, por meio de dados de farmacocinética 
clínica. 
21. Identificar, avaliar e intervir nas interações 
medicamentosas indesejadas e clinicamente 
significantes. 
22. Prevenir, identificar, avaliar e intervir nos 
incidentes relacionados com medicamentos e outros 
problemas relacionados com a farmacoterapia. 
23. Acessar e conhecer as informações constantes 
no prontuário do paciente. 
24. Analisar a prescrição de medicamentos 
quanto aos aspectos legais e técnicos. 
25. Avaliar resultados de exames clínico-
laboratoriais do paciente, como instrumento para 
individualização da farmacoterapia. 
26. Avaliar, periodicamente, os resultados das 
intervenções farmacêuticas realizadas, construindo 
indicadores de qualidade dos serviços clínicos 
prestados. 
27. Avaliar e acompanhar a adesão dos pacientes 
ao tratamento, e realizar ações para a sua promoção. 
28. Realizar ações de rastreamento em saúde, 
baseadas em evidências técnico-científicas e em 
consonância com as políticas de saúde vigentes. 
 
Educação em saúde 
 É dever do farmacêutico estimular a 
educação continuada entre profissionais da equipe 
multidisciplinar e também promover oportunidades 
para que os usuários de medicamentos tenham acesso 
às informações sobre medicamentos, terapias, doenças 
etc. 
 As atribuições do farmacêutico na educação 
em saúde: 
a) Estabelecer processo adequado de 
comunicação com pacientes, cuidadores, família, 
equipe de saúde e sociedade, incluindo a utilização dosmeios de comunicação de massa. 
Unidade 4 – Empreendorismo 5º período - Farmácia 
 
7 
 
b) Fornecer informações sobre medicamentos à 
equipe de saúde. 
c) Informar, orientar e educar os pacientes, a 
família, os cuidadores e a sociedade sobre temas 
relacionados com a saúde e o uso racional de 
medicamentos (URM) e outros tecnologias em saúde. 
d) Desenvolver e participar de programas 
educativos para grupos de pacientes. 
e) Elaborar materiais educativos destinados à 
promoção, proteção e recuperação da saúde e à 
prevenção de doenças e de outros problemas 
relacionados. 
f) Atuar no processo de formação e 
desenvolvimento profissional de farmacêuticos. 
g) Desenvolver e participar de programas de 
treinamento e educação continuada de recursos 
humanos na área de saúde. 
 
Farmácia clínica e cuidados farmacêuticos 
 Filosofia do cuidado farmacêutico – os 
farmacêuticos trabalham para os pacientes otimizarem 
os resultados com as terapias medicamentos. Sendo 
assim, há: 
1. Necessidade social do farmacêutico para tratar 
de problemas relacionados com medicamentos; 
2. Abordagem centrada no paciente; 
3. Prática baseada no cuidado “sobre” e “para” os 
pacientes; 
4. Responsabilidade de detectar e responder aos 
problemas dos medicamentos. 
 A necessidade do cuidado farmacêutico está 
situada entre a busca de “praticantes” pela população 
em geral e os desfechos. Abaixo as necessidades do 
cuidado farmacêutico: 
1. Pacientes buscam vários “praticantes”; 
2. Muita informação sobre as drogas acessíveis 
3. Pacientes tem papel ativo na seleção e uso dos 
medicamentos; 
4. Aumento da complexidade quanto ao uso das 
drogas; 
5. Aumento do uso do autoatendimento; 
6. O alto nível de morbidade relacionada com a 
droga e mortalidade; 
7. Resultando em custos humanos e financeiros 
significativos. 
 Assim, são estes os requisitos para a prática do 
cuidado farmacêutico: 
1. Desenvolver uma relação terapêutica com cada 
um dos pacientes; 
2. Compreender cada uma das responsabilidades: 
a) identificar e responder a cada paciente; b) 
aprender o processo de cada paciente; 
3. Usar abordagem sistemática para as decisões; 
4. Ter uma base de conhecimento adequado e 
habilidades clínicas; 
5. Compreender padrões clínicos e éticos; 
6. Documentar todos os cuidados. 
 De olho – A relação terapêutica é uma 
parceria ou aliança entre o praticante e o paciente, 
formada com a finalidade de otimizar a experiência da 
medicação do paciente. 
 
Farmácia clínica e cuidados farmacêuticos 
 
 Farmácia clínica é uma área da farmácia 
voltada à ciência e prática do Uso Racional de 
Medicamentos (URM), na qual os farmacêuticos 
prestam cuidado ao paciente, de forma a otimizar a 
farmacoterapia, promover saúde e bem-estar e 
prevenir doenças. 
 O farmacêutico clínico está apto a identificar 
sinais e sintomas, implementar e monitorar a 
terapia medicamentosa, e orientar o paciente, 
atuando em conjunto com outros profissionais de 
Unidade 4 – Empreendorismo 5º período - Farmácia 
 
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saúde, visando à efetividade do tratamento. Exige um 
amplo conhecimento em práticas terapêuticas, 
aliado à capacidade de julgamento e à tomada de 
decisão (CRF-SP, s/d). 
 
Farmácia clínica 
 Descreve um enfoque centrado no 
paciente que nos permite satisfazer a necessidade 
social de controlar a morbidade e mortalidade 
relacionada com medicamentos, com objetivos de: 
1. Atender às necessidades relacionadas com 
medicamentos; 
2. Assumir a responsabilidade de garantir que 
todo o tratamento farmacológico do paciente é o mais 
efetivo disponível, o mais seguro possível e o mais 
indicado. 
 Importante – faz-se importante a 
identificação, resolução e prevenção de PRM que 
podem dificultar ou impedir que se alcance os 
objetivos terapêuticos de um paciente e os 
resultados positivos. 
 
Problemas relacionados à medicação (PRM) 
 Referem-se a situações nas quais, durante a 
farmacoterapia, os fármacos causem o aparecimento 
de Resultado Negativo Associado à Medicação 
(RNM). 
 De acordo com o Consenso de Granada, PRM 
é qualquer evento indesejável que apresente o 
paciente, que envolva ou suspeita-se de estar 
relacionado com a farmacoterapia e que interfere de 
maneira real ou potencial em uma evolução 
terapêutica eficaz. O PRM é real, quando manifestado, 
ou potencial, na possibilidade de sua ocorrência. 
 Importante – podemos considerar os PRM 
como causadores do RNM. 
 Os PRM mais comuns são classificados em 
seis categorias, distribuídas entre as três especificações 
de PRM. 
a) PRM de necessidade: 
1. O paciente sofre de um problema de saúde em 
consequência de não receber a medicação de 
que necessita. 
2. O paciente sofre de um problema de saúde em 
consequência de receber um medicamento de 
que não necessita. 
 
b) PRM de efetividade: 
3. O paciente sofre de um problema de saúde em 
consequência de uma ineficácia não 
quantitativa da medicação. 
4. O paciente sofre de um problema de saúde em 
consequência de uma ineficácia quantitativa 
da medicação. 
c) PRM de segurança: 
5. O paciente sofre de um problema de saúde em 
consequência de uma insegurança não 
quantitativa de um medicamento. 
6. O paciente sofre de um problema de saúde em 
consequência de uma insegurança 
quantitativa de um medicamento. 
 
Detecção e prevenção de reações adversas a 
medicamentos (RAM) 
 O farmacêutico é um dos profissionais de saúde 
mais importantes no monitoramento e registro das 
reações adversas a medicamentos (RAM). A OMS 
tem definido a RAM como: “Qualquer efeito 
prejudicial ou indesejável, não intencional, que 
aparece após a administração de um medicamento 
em doses normalmente utilizadas no homem para a 
profilaxia, o diagnóstico e o tratamento de uma 
enfermidade”. 
 
Classificação de RAM 
 Existem várias classificações propostas para 
as RAM. 
1. Quanto ao efeito/causa: superdosagem, 
efeitos colaterais inerentes à ação da droga, efeitos 
secundários em decorrência do uso, idiossincrasia: 
minoria, hipersensibilidade alérgica e tolerância 
repetição. 
2. Quanto à gravidade: 
a) Leve: não requer tratamentos específicos ou 
antídotos e não é necessária a suspensão da droga. 
b) Moderada: exige modificação da terapêutica 
medicamentosa, apesar de não ser necessária a 
suspensão da droga agressora. Pode prolongar a 
hospitalização e exigir tratamento específico. 
c) Grave: potencialmente fatal, requer a 
interrupção da administração do medicamento e 
tratamento específico da reação adversa, requer 
hospitalização ou prolonga a estada de pacientes já 
internados. 
d) Letal: contribui direta ou indiretamente para a 
morte do paciente. 
 
 
 
Unidade 4 – Empreendorismo 5º período - Farmácia 
 
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Prevenção e tratamento de RAM 
 Segundo Domeq et al. (1991), os 
procedimentos para prevenir e tratar RAM consistem 
em: 
a) Suspensão da administração do medicamento, 
temporária ou definitivamente 
b) Redução da dose; 
c) Administração de outros medicamentos ou 
medidas terapêuticas que reduzam ou anulem 
os efeitos adversos. 
d) Aceleramento da eliminação do medicamento 
administrado um sequestrante, como as resinas 
catiônicas, ou um adsorvente, como o carvão 
ativado, aumentando-se a diurese, alterando-se 
o pH urinário etc. 
e) Tratamento dos sinais e sintomas provocados 
pelo medicamento. 
f) Encaminhamento do paciente à hemodiálise ou 
diálise peritoneal. 
g) Administração de antagonista específico 
quando for o caso. 
h) Administração de medidas gerais de suporte 
(corrigir pH sanguíneo, eletrólitos, volume 
plasmático etc.) para manter um sinal vital. 
 
Papel do farmacêutico na farmacovigilância 
e no monitoramento de RAM 
1. Contato com as pessoas - O contato que o 
farmacêutico tem com as pessoas que acorrem à 
farmácia lhe permite conhecer os medicamentos que 
elas consomem (receitados ou não), seu estado de 
saúde,problema familiar etc. É provável que este 
contato dê ao farmacêutico a oportunidade de advertir 
certos efeitos não previstos, provocados por um 
medicamento em algum paciente. 
 Importante – um efeito não previsto pode ser 
uma RAM. Essas circunstâncias permitem que o 
farmacêutico ocupe um lugar relevante no programa de 
farmacovigilância. 
2. Suas atribuições no programa de 
farmacovigilância: 
a) Informar aos doentes os cuidados que eles 
devem ter com os medicamentos, para que se previnam 
de reações adversas; 
b) informar aos doentes para o procurarem ou o 
médico se surgirem reações adversas que não possam 
ser suportadas 
c) alertar os doentes para que se dirijam a um 
pronto-socorro hospitalar se surgirem reações adversas 
graves; 
d) colaborar com a identificação do 
medicamento responsável pela reação adversa. 
 De olho: 
a) toda atividade visa obter, aplicando indicadores 
sistemáticos, os vínculos de causalidade prováveis 
entre medicamentos e reações adversas de uma 
população; 
b) a farmacovigilância é o conjunto de 
procedimentos a detectar, registrar e avaliar, de 
maneira sistemática, as reações adversas a 
medicamentos; 
c) como é de conhecimento, os medicamentos, 
antes de sua comercialização, são submetidos a 
inúmeros testes e controles. Entretanto, alguns de seus 
efeitos somente passam a ser percebidos algum tempo 
após a sua utilização ou introdução no mercado. 
 
Estudos de Utilização de Medicamentos 
(EUM) 
 Diante do deságio de novos medicamentos, 
embora sejam poucos, e das alterações de padrões de 
tratamento e diagnósticos, têm sido bastante comum os 
estudos sobre Utilização de Medicamentos (EUM). 
a) Apresentam-se como uma estratégia 
diferenciada para a promoção da lista de 
medicamentos essenciais que levem ao Uso 
Racional de Medicamentos (URM). 
b) Precisam ser mais bem difundidos, pois 
representam a possibilidade de racionalizar o 
uso de medicamentos, tendo em vista a 
capacidade de fornecer informações em 
grande quantidade e variedade sobre os 
medicamentos. 
c) Podem ser considerados um complemento 
necessário às investigações de temática 
exclusivamente biomédica e clínica. 
 As áreas preferenciais para EUM são: 
psiquiátrica, cardiovascular, geriátrica, saúde da 
mulher, pediátrica. 
 Duas constatações confirmam com os EUM: 
1. Uma nova unidade de medida que permita 
uniformidade de expressão de resultados; 
2. Um sistema unificado de classificação que 
organize com clareza o arsenal terapêutico. 
 Os EUM apresentam-se como uma prioridade 
para a grande quantidade de farmacêuticos que 
observam, na garantia da qualidade da assistência 
farmacêutica e na abordagem de novos medicamentos, 
um promissor campo de atuação. 
Unidade 4 – Empreendorismo 5º período - Farmácia 
 
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 No modelo de Assistência Farmacêutica (AF) 
do Brasil, os EUM, entre os estudos 
epidemiológicos, são considerados prioridade.

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