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ap2 2007 2 com gabarito

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AP2 – 2007/2
A seguir você vai encontrar os pontos importantes a serem discutidos nas
questões para obter a pontuação total. Não serão encontradas respostas
prontas para serem decoradas. É importante entender o assunto e perceber
que é preciso explicar de forma clara o que as questões estão pedindo. Se as
dúvidas permanecerem entrem em contato com a tutoria para esclarecê-las,
pelo telefone ou pela plataforma.
1) Qual a relação entre a variância da distribuição binomial e a deriva gênica?
Nessa questão muitos alunos disseram apenas que quanto maior a variação,
maior é o efeito da deriva. Isso está certo, mas não é a resposta adequada
para essa questão. Essa resposta fica incompleta desse jeito, portanto foi dado
apenas 1,0 para respostas similares a essa. Para conseguir a pontuação total o
aluno deveria explicar que os dois alelos de um determinado lócus apresentam
esse tipo de variação. Deveria também dizer que tipo de força é a deriva gênica
e porque ela é influenciada pela variância. E por fim deveria correlacionar o
efeito do tamanho da população na variância e na deriva gênica.
Você pode encontrar essas explicações na aula 11.
2) Em muitas espécies de gastrópodes a torção da concha (sua quiralidade)
pode ser feita no sentido horário ou anti-horário, sendo que essa característica
é comumente determinada por um lócus apenas. A quiralidade da concha é
profunda, e afeta inclusive a orientação dos órgãos internos, incluindo o
aparelho reprodutor. Dessa forma, a probabilidade de que o cruzamento de
dois caracóis que tem quiralidades diferentes seja bem sucedido é bem menor
do que entre caracóis de mesma quiralidade, apesar de fazerem a corte e
copularem normalmente. Imagine uma situação em que, em uma população de
1000 caramujos com concha torcida no sentido horário sejam introduzidos 10
caramujos da mesma espécie com a concha torcida no sentido anti-horário. O
que vai acontecer? Agora imagine o contrário, 1000 caramujos anti-horários e
10 migrantes horários. O que vai acontecer? Que tipo de seleção natural está
ocorrendo nestas populações?
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Nessa questão a resposta deveria dizer se os caramujos com concha torcida
no sentido horário e anti-horário iriam aumentar ou diminuir de freqüência em
cada situação. E por que. Também deveria conter o nome do tipo de seleção
natural. (Lembrando que deriva gênica, mutação e migração não são tipos de
seleção natural). Os tipos de seleção natural estão explicados e exemplificados
nas aulas 13 e 14.
Prestem atenção porque no enunciado vem explícito que os caracóis são da
mesma espécie e que ambos os tipos fazem a corte e copulam normalmente
(então não é seleção sexual), apesar disso o cruzamento não é bem sucedido
quando caracóis anti-horários e horários cruzam, ou seja, não deixam
descendentes tanto quanto cruzamento entre caracóis do mesmo tipo.
3) Quais as diferenças entre as teorias neutralista e selecionista da evolução
molecular?
Nessa questão muitos alunos responderam “a teoria neutralista está baseada
em um equilíbrio entre taxa de mutação e tamanho efetivo de população e a
teoria selecionista está baseada na seleção natural”. Essa resposta está
incompleta. Para obter pontuação completa o aluno deveria responder que
essas teorias discutem sobre os níveis de variabilidade, deveria especificar a
natureza da variabilidade (neutra ou genes codificantes) e as forças evolutivas
que geram e diminuem a variabilidade (seleção natural normalizadora, seleção
natural balanceada ...)
Para mais detalhes verifique a aula 16. Ao rever essa aula, também dê uma
olhada na atividade 1 que ajudará bastante.
4) Fitzpatrick et al (2007) analisaram os valores adaptativos (“fitness”) de larvas
de drosófila com os alelos S (“sitters” ou larvas lentas) e R (“rouvers” ou larvas
movimentadas) no loco for (de “foraging”, ou busca de comida). Eles testaram
os valores adaptativos do alelo S em três freqüências diferentes tanto em
ambientes ricos (fig a) como pobres (fig b), indicado por um triângulo, e o do
alelo R é indicado por um quadrado. No eixo do X estão três freqüências
iniciais diferentes do alelo S (“frequency of sitters”). Pelo resultado observado
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na figura responda: qual o regime seletivo está ocorrendo neste loco em
ambientes ricos em alimentos? E em ambientes pobres em alimentos?
Explique seu resultado.
Nessa questão o aluno deve ter bastante cuidado na interpretação dos
gráficos. (Observei que essa foi a maior dificuldade na questão). Esses gráficos
mostram os valores adaptativos e diferentes freqüências iniciais do alelo S.
Alguns alunos disseram que a freqüência do alelo S aumentou em tal situação
e diminui em outra... Mas isso não pode ser dito porque não é isso o que é
mostrado pelo gráfico.
No gráfico deve-se observar o valor adaptativo de cada alelo quando a
freqüência do alelo S é 0,25; 0,5; 0,75. Isso vai ser imprescindível na dedução
do tipo de seleção natural. Pois é possível observar no gráfico que no ambiente
pobre os valores adaptativos de cada alelo se modificam de acordo com a
freqüência inicial do alelo S.
Depois de conseguir interpretar o gráfico é só lembrar os tipos de seleção
natural (aulas 13 e 14) e ver qual se encaixa.
Não é necessário nem certo falar que o alelo S, por ser o alelo lento, faz com
que as larvas sejam mais lentas na disputa pelo alimento, ou coisas desse tipo.
5) Em uma população de borboletas existia um loco com dois alelos. Os
valores adaptativos dos três genótipos possíveis eram WAA=1, WAB=0,98,
WBB=0,95. Após 100 gerações, o alelo B havia se fixado. Esse não era o
resultado esperado. a) Por quê? b) O que pode ter acontecido?
Aqui o aluno deveria explicar porque não se esperava que o alelo B se fixasse,
baseado no valor adaptativo de cada genótipo. E deveria dizer o que era
esperado de acordo com os valores adaptativos de cada genótipo. Para
explicar o que deve ter acontecido o aluno deveria explicar a natureza
estocástica da deriva gênica que deve ter ocasionado esse resultado.
(Verifique a aula 11).
6) Na figura abaixo são apresentadas três curvas da variação da freqüência do
alelo A (eixo do Y) ao longo do tempo (eixo do X, “generation”=geração).
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Marque nas opções abaixo a qual deve corresponder cada linha (se não
corresponder a nenhuma escreva N):
Nessa questão o aluno deve escrever um número ou N entre cada parêntese.
Deve-se observar os valores adaptativos de cada genótipo, verificar se nas
condições apresentadas algum alelo tende a se fixar (curva 2) ou se nunca vai
se fixar (curva 1), ou se vai demorar pra se fixar (curva 3). Tudo depende da
combinação dos valores adaptativos apresentados nas opções. Lembre-se que
quando um genótipo tem W=1 significa que ele é favorecido em detrimento
daquele que tem W < 1. (Verifique a aula 13).
7) O nível de endocruzamento em uma população, devido à sua estruturação
em subpopulações pode ser medido pelo coeficiente Fst. Foi feito um estudo de
genética molecular de populações sobre duas espécies de árvore, que tinham
biologias semelhantes, exceto na maneira com que suas sementes eram
dispersas: na espécie A, as sementes dispersas por aves; na espécie B a
dispersão era feita por mamíferos. Os marcadores usados foram aloenzimas, e
o resultado observado foi: Fst da espécie A = 0,15; Fst da espécie B = 0,07. O
que você pode concluir a partir desses resultados? Qual deve ser o melhor
meio de dispersão para essas árvores, as aves ou os mamíferos?
Essa questão confundiu muita gente pelo fato de todo mundo pensar que as
aves devem dispersar mais porque voam. Mas o que se deve fazer é analisar
os valores de Fst.O Fst é um coeficiente de endocruzamento. Quanto maior o
valor de Fst mais endocruzamento ocorre, ou seja, mais estruturada é a
população. Portanto valores mais baixos refletem maior capacidade de
dispersão. (Verifique a aula 19).
Não era necessário tentar explicar o comportamento dos animais que levavam
as sementes mais longe que os outros.
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