Buscar

Ilicitude e Culpabilidade - culpabilidade - parte final

Prévia do material em texto

Ilicitude e Culpabilidade 
Prof.: Valdecir Jr 
Culpabilidade
O que seria culpabilidade?
Juízo de reprovação social (especie de censura) que se faz sobre a
conduta.
Elemento integrante do conceito de crime para os adpetos da teoria
tripartida.
Conceito…
Elementos da culpabilidade
• Imputabilidade
• Potencial conhecimento da ilicitude
• Exigibilidade da conduta diversa
Obs: e o dolo e culpa??
• Teoria finalista
Causas de exclusão da culpabilidade ou Dirimentes
• Inimputabilidade - ausencia completa da capacidadade de entender o caráter ilícito do
fato. – artigo 26 do CP/40
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente
ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
• Coacao moral irresistível - A coação moral irresistível depende dos seguintes requisitos:
1) Ameaça do coator, ou seja, promessa de mal grave e iminente, o qual o coagido não é
obrigado a suportar: se o mal é atual, com maior razão estará excluída a culpabilidade.
Essa ameaça deve ser direcionada à pessoa do coagido ou ainda a indivíduos com ele
intimamente relacionados. Se for dirigida a pessoa estranha, pode até ser excluída a
culpabilidade, em face de causa supralegal fundada na inexigibilidade de conduta diversa.
2) Inevitabilidade do perigo na posição em que se encontra o coagido: se o perigo puder por
outro meio ser evitado, seja pela atuação do próprio coagido, seja pela força policial, não há
falar na dirimente.
3) Caráter irresistível da ameaça: além de grave, o mal prometido deve ser irresistível.
A gravidade e a irresistibilidade da ameaça devem ser aferidas no caso concreto, levando em conta as
condições pessoais do coagido. Trata-se, em verdade, de instituto relacionado com a culpabilidade, razão
pela qual não se considera a figura imaginária do homem médio, voltada ao fato típico e ilícito, mas o
perfil subjetivo do agente, que será então considerado culpável ou não.
4) Presença de ao menos três pessoas envolvidas: devem estar presentes o coator, o coagido e a vítima do
crime por este praticado.
No caso do diretor de uma empresa, que é obrigado por criminosos a entregar todos os valores que
se encontram guardados em um cofre que apenas ele pode abrir, sob a ameaça de seu filho, em
poder de outra pessoa ligada aos assaltantes, ser morto, os envolvidos são: os delinquentes
(coatores), o diretor da empresa (coagido) e a própria empresa, lesada em seu patrimônio (vítima).
Admite-se, contudo, a configuração da dirimente em análise com apenas duas pessoas envolvidas: coator e
coagido.
Nesse caso, o coator funcionaria também como vítima. Exemplo: em razão de tão grave e irresistível
ameaça para praticar crime futuro, o coagido, premido pelo medo e sem outra forma de agir, mata o
próprio coator. Essa situação não se confunde com a legítima defesa. De fato, estaria afastada a excludente
da ilicitude em face da inexistência de agressão atual ou iminente
• Obediencia hierárquica – caracteriza-se pela ordem de um superior
hierárquico a um subordinado para a prática de uma conduta
criminosa, não sendo essa ordem manifestamente ilegal.
Sobre os elementos da culpabilidade:
• Imputabilidade – capacidade de entender o carater ilícito
• Potencial conhecimento da ilicitude – é necessário que o agente conheça ou pelo
menos possa conhecer as circunstancias ligadas a antijuridicidade.
• Exigibilidade da conduta diversa – deve ser apurado se, diante do episodio
criminoso, era necessário exigir do agente um comportamento diverso daquele
que empregou.
Imputabilidade X Iniputabilidade 
• Imputabilidade:
Capacidade mental que toda pessoa deve possuir de entender o caráter ilícito do
fato. Nesse sentido, as condições psiquicas, cognitivas e mentais de compreender o
carater ilicito devem está efetivadas. (conceito doutrinário)
• Iniputáveis – artigo 26 do CP/40
É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento. (conceito legal)
Iniputáveis 
Critérios:
• Biológico 
• Psicológico 
• Biopsicológico ou misto 
Qual critério adotado pelo código penal?
Causas de inimputabilidade 
• Redução de pena (semi-imputabilidade) não exclui o crime, gera apenas uma diminuição da
pena.
• Artigo 26, Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude
de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
• Doença mental
• Desenvolmimento mental incompleto
• Desenvolmimento retardado
• Embriguez completa
• Menoridade
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis (presunção legal de iniputabilidade),
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. 
• Emoção e paixão
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão; pode servir apenas como atenuantes
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era,
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento. (exceção a regra)
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou
força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Espécies:
• Acidental
• Não acidental
• Quanto a teoria da Actio Libera in Causa – ação livre na causa
O agente que se embriaga com o fim de cometer o crime ou mesmo
prevendo a possibilidade de cometê-lo (embriaguez preordenada), não
pode no momento da ação alegar estado de inconsciencia ou mesmo
ausencia de doo, porque tinha o dolo antes da embriaguez.
Referências
• BRANCO, Emerson. Direito Penal para concurso. 2 ed. Editora: Alfacon. 
Cascavel-PR. 2020
• BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte geral. 17ª. ed. rev. 
ampl e atual. São Paulo: Saraiva, 2012.

Continue navegando