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Prof. MSc. Luiz Netto UNIDADE III Química Ambiental Aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada para processos, produtos e serviços a fim de aumentar a eficiência global e reduzir os riscos para os seres humanos e o meio ambiente. Nos processos de produção, a P+L aborda a economia de matérias-primas e energia, eliminando matérias-primas tóxicas e a redução da quantidade e toxicidade dos resíduos e das emissões. No desenvolvimento e no design de produtos, a P+L aborda a redução dos impactos negativos durante todo o ciclo de vida do produto, desde a extração de matérias-primas até o descarte. Nos serviços, a P+L incorpora considerações ambientais na concepção e na prestação de serviços. A P+L só terá sucesso se cada membro da empresa apoiar e promover o conhecimento de todas as operações de produção. A P+L é principalmente um estímulo de novas ideias. Produção mais limpa (P+L) Coleta de dados: quanto melhor se conhecem os processos e os dados reais, melhor é a aplicação de métodos apropriados de P+L. Reflexão: análise de onde e por que os resíduos são gerados e refletir sobre os princípios da P+L. Opções: surgimento de novas ideias para uma melhor implantação da P+L. Viabilidade: viabilidade das opções de P+L consideradas. Implementação: consideram-se as vantagens e a viabilidade da opção selecionada. Controle: resultados do controle que permitem estabelecer novas metas e objetivos para a implementação de melhoria contínua. Produção mais limpa (P+L) Elementos essenciais para aplicação de P+L. Fonte: Livro-texto. Fluxos de massa, fluxo de energia, custos, higiene e segurança Onde os resíduos são gerados? O que se pode fazer com os resíduos que são gerados? Como evitar/minimizar a geração de resíduos? É viável (tecnológica e/ou economicamente) evitar/minimizar a geração de resíduos? Qual o desempenho do sistema após a aplicação da opção de P+L selecionada? Aplicação da opção de P + L selecionada Coleta de dados Reflexão Opções Viabilidade Implementação Controle Os passos para a aplicação do controle de um programa de P+L podem ser utilizados em vários níveis (dentro e fora da empresa) e os resultados podem ser empregados para diferentes finalidades e públicos. Produção mais limpa (P+L) Os usos para um programa de controle de P+L. Fonte: Livro-texto. Documentos gerados A quem interessam Relatório de desempenho ambiental da empresa Análise de fragilidades ambientais/econômicas Plano de Controle Ambiental Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001 ) Relatório Ambiental Público Direção e gestores Direção Atendimento à legislação e gestão interna de resíduos Investidores e clientes Os resíduos e as emissões incluem todos os sólidos, gases e líquidos emitidos para a atmosfera, a água ou o solo, e podem englobar ainda o ruído e o calor residual. Esses materiais são matérias-primas e materiais de processo – a maioria comprada a um custo muito alto – que não são transformados em produtos comercializáveis ou em matérias- primas que possam ser usadas como entrada em outros processos de produção. Minimizar resíduos e emissões significa aumentar a utilização de materiais e energia utilizados na produção (aumento da ecoeficiência), sem esquecer de incluir atividades que muitas vezes são negligenciadas, como manutenção, reparação, limpeza e atividades da área administrativa. Em um caso ideal, a meta seria usar 100% dos materiais comprados, garantindo um processo sem emissões e aumentando a ecoeficiência da sua empresa. Dessa forma, para a empresa, a minimização de resíduos não será apenas uma meta ambiental, e sim um programa orientado para aumentar a utilização comercial de materiais. Resíduos e emissões Caso: melhoria no processo de aplicação de uma camada de pintura em uma bicicleta. Inicialmente temos um pintor sem treinamento, utilizando uma pistola de pintura mal regulada, e uma tinta convencional à base de solvente. Escolhendo uma tinta com menor teor de solvente volátil e empregando uma pistola de pulverização adequada (com bomba de dosagem) – ou seja, a melhor tecnologia disponível –, pode-se reduzir o consumo de matéria-prima necessária para a aplicação da mesma camada de tinta. Resíduos e emissões Minimizando resíduos e emissões na pintura de uma bicicleta: materiais. Fonte: Livro-texto. Quantidade de tinta aplicada Quantidade desperdiçada Quantidade de tinta Quantidade de solventes voláteis Quantidade de matéria-prima comprada 200 g 200 g 400 g 1.000 g 60% Treinamento do pintor Compra de pistola de pulverização adequada Compra de matéria-prima com menos solventes voláteis 200 g 50 g 250 g 20% 312,5 g Antes Ações Depois Considerando que a tinta convencional custa R$ 20 por quilograma e a tinta com menor teor de solvente, 40 R$/kg, pode-se calcular a economia com a minimização do uso de matéria-prima no processo. Apesar de a tinta aplicada “parecer” mais custosa com a mudança da tinta usada, as economias relativas às perdas de materiais voláteis e aos desperdícios causados pelo mau desempenho do pintor compensam o investimento. Com uma economia total de R$ 7,5 reais por bicicleta pintada, pode-se compensar um investimento de, por exemplo, R$ 1.000 para compra da pistola e treinamento, após aproximadamente 140 pinturas (R$ 1.000/R$ 7,50). Resíduos e emissões Minimizando resíduos e emissões na pintura de uma bicicleta: custos. Fonte: Livro-texto. Quantidade de tinta aplicada Quantidade de tinta Quantidade desperdiçada Quantidade de solventes voláteis Quantidade de matéria-prima comprada 200 g 200 g 400 g 60% 1000 g Antes Depois R$ 4 200 g R$ 8 - R$ 4,00 R$ 4 R$ 12 R$ 20 250 g 20 % 50 g R$ 2 R$ 2,50 R$ 12,50312,50 g R$ 7,50 R$ 9,50 R$ 2,00 Economia Processo final de tubo: trata dos problemas no final do processo de produção. Esse tipo de abordagem traz custos adicionais para a empresa e apenas muda o problema de lugar, por exemplo, filtrando os poluentes de emissões gasosas, mas gerando um resíduo sólido contaminado (filtro). Em comparação com a eliminação de serviços externos ou tecnologias de fim de tubo, a P+L tem várias vantagens: Apresenta possíveis soluções para melhorar a eficiência econômica da empresa, uma vez que ajuda a reduzir a quantidade de materiais e energia utilizados; Minimizando resíduos e emissões, geralmente induz a um processo de inovação dentro da empresa; Reduz os riscos da responsabilidade ambiental, eliminando e reduzindo resíduos; Auxilia a dar um passo em direção a um desenvolvimento econômico mais sustentável. O final de tubo não resolve? As questões levantadas pela P+L em qualquer processo são: De onde vêm nossos resíduos e emissões? Por que se tornaram resíduos? Devemos buscar a fonte dos resíduos. Portanto, a diferença essencial reside no fato de que a P+L não lida apenas com as consequências, e sim tenta chegar à fonte do problema. O final de tubo não resolve? Há produtos bastante comuns que, durante sua fabricação, geram uma grande quantidade de resíduos. Por exemplo, uma empresa que vende anéis vermelhos isolantes de borracha, de diâmetro 10 mm, e azuis de 6 mm. Na unidade da estamparia, descobre-se que os resíduos sólidos do corte de anéis de borracha correspondem a mais de 70% da matéria-prima comprada e que não há possibilidade de comercialização desses resíduos. O investimento em uma ferramenta de corte que permite o corte simultâneo dos dois tipos de anéis pode reduzir a quantidade de resíduos sólidos em aproximadamente 10%. O problema não é o que fazer com os resíduos sólidos, mas melhorar os processos de produção. O final de tubo não resolve? Processos de corte de anéis de borracha antes e depois da aplicação do programa de minimização de resíduos. Fonte: Livro-texto. Antes Depois A empresa pode também reduzir os custos com energia e manutenção, já que diminui o número de operações de cortes e o uso da máquina pela metade. A P+L considera a empresa como organismo. MP, energia, produtos, resíduos sólidos e emissões para a água e o ar estão intimamente ligados ao longo do processo de produção. O final de tubo não resolve? Minimizando os resíduos com o melhor aproveitamento da matéria-prima. Fonte: Livro-texto. Área de manta vermelha Área dos anéis Φ 10 mm Total de resíduos Área de manta azul Área dos anéis Φ 6 mm Total de resíduos Área total da manta verde Área dos anéis Φ 6 e 10 mm Total de resíduos 2.904 678 2.226 1.176 377 799 2.904 1.055 1.849 63,7% 68,0% 76,6% mm2 Perdas O fabricante ainda conta com um “resíduo” de anéis de 8 mm de diâmetro, que podem ser facilmente comercializados no mercado. 1.582 2.904 1.321 45,5% Área dos anéis Φ 6, 8 e 10 mm Área total da manta verde Total de resíduos Além dos argumentos em favor da P+L, outras vantagens podem ser citadas: Evita o aumento de custos por causa da gestão de resíduos; Menos suscetível a entraves (exemplo: licenças ambientais); Menos problemas em virtude das obrigações civis; Melhor imagem; Menor número de protestos de vizinhos. O final de tubo não resolve? Comparação entre as abordagens de final de tubo e P+L; Fonte: Livro-texto. Como tratar resíduos e emissões? Reage a um problema. Traz custos adicionais. Cumpre a legislação com filtros e unidades de tratamento. Só lida com a proteção ao ambiente no final do processo. A proteção ambiental é um problema para especialistas. A tecnologia é, em geral, comprada. Aumenta o consumo de material e energia. Final de tubo P+L De onde vêm os resíduos e as emissões? Atua no problema. Pode reduzir custos. Ajuda a cumprir a legislação, reduzindo os resíduos e a necessidade de tratamento. Lida com a proteção ao ambiente durante todo o processo. A proteção ambiental é um problema de todos. A tecnologia é, em geral, desenvolvida dentro da empresa (inovação). Reduz o consumo de material e energia. Em 1999, uma unidade de produção de celulose iniciou o projeto de Fechamento de Circuito para otimizar o uso de água e o aumento do reúso e reciclo de filtrados no processo produtivo, envolvendo tanto o processo de celulose quanto o de fabricação de papel. Foram gastos na implantação das tecnologias mais limpas relacionadas à parte hídrica US$ 46 milhões. A evolução dos indicadores ambientais obtidos entre 1997 e 2001 apresenta significativos ganhos ambientais, como redução na vazão específica de água utilizada no processo; redução da vazão específica de efluentes e redução de DQO (demanda química de oxigênio) do efluente tratado. A economia obtida somente com a redução dos gastos com o tratamento de água e de efluentes no período foi de US$ 3,8 milhões. Evolução dos indicadores ambientais obtidos entre 1997 e 2001. Interatividade Parâmetro Unidade 1997 2001 Vazão de água (captada) m3/t 68,3 45,0 Vazão de efluente m3/t 61,3 33,6 DQO (efluente tratado) kg/t 19,8 11,3 Da observação dos dados apresentados na tabela, pode-se afirmar que: a) A demanda química de oxigênio do efluente tratado não se altera. b) A economia obtida somente com a redução dos gastos com o tratamento de água e de efluentes não justifica a solução de produção mais limpa (P+L) aplicada ao processo. c) A vazão de água captada para os processos de produção foi reduzida em aproximadamente 35%. d) Os ganhos ambientais após a aplicação da produção mais limpa (P+L) só são observados no que se refere à vazão específica de água utilizada no processo. e) A redução da vazão específica de efluentes foi de 20%. Interatividade Da observação dos dados apresentados na tabela, pode-se afirmar que: a) A demanda química de oxigênio do efluente tratado não se altera. b) A economia obtida somente com a redução dos gastos com o tratamento de água e de efluentes não justifica a solução de produção mais limpa (P+L) aplicada ao processo. c) A vazão de água captada para os processos de produção foi reduzida em aproximadamente 35%. d) Os ganhos ambientais após a aplicação da produção mais limpa (P+L) só são observados no que se refere à vazão específica de água utilizada no processo. e) A redução da vazão específica de efluentes foi de 20%. Resposta Apenas as medidas tecnológicas não podem ajudar a desenvolver uma produção eficiente e limpa. Há uma infinidade de outras áreas a considerar. O objetivo principal é encontrar medidas para resolver o problema na fonte. Essas alterações incluem tanto o processo de produção como produto em si. As modificações de produtos podem facilitar a produção, o uso e o descarte. Pode-se realizar a substituição do produto por outro, usar diferentes materiais ou aumentar a vida útil do produto durante o projeto. Nesse contexto, o termo eco-design ganhou importância nos últimos anos. Começando a pensar de acordo com a P+L Algumas estratégias de P+L. Fonte: Livro-texto. P + L Minimizar resíduos e emissões Boas práticas Reciclagem interna Modificação do produto Modificação do processo Novos materiais Novas tecnologias Redução na fonte As modificações do processo podem ajudar a reduzir os resíduos e as emissões. Para o processo, o que abrange as matérias-primas diretas, mas também o uso de materiais auxiliares, materiais de limpeza, material de escritório, água e energia. Essas mudanças podem incluir treinamento e motivação de pessoal, alterações no funcionamento dos equipamentos, instruções de manuseio de materiais, recipientes etc. A substituição de matérias-primas e materiais tóxicos nos ajuda a reduzir os volumes de resíduos e as emissões. Já as mudanças tecnológicas podem variar de simples a grandes mudanças no processo de fabricação e incluem medidas de economia de energia, implantação de processos de reciclagem, aproveitamento de material para fabricar um novo etc. Temos como exemplo os nuggets, que são aparas de frango, sem valor comercial, prensadas e empanadas. Começando a pensar de acordo com a P+L A base para a P+L e para descobrir as medidas adequadas para sua aplicação, na maioria dos casos, parte da coleta de dados ou de banco de dados atualizado. Os dados representam a base para o planejamento. Antes de coletar os dados, é preciso ser capaz de responder às seguintes perguntas: Quais são os dados de que preciso? Onde posso obtê-los? Quais as fontes de informação que existem na empresa? Depois se estabelece uma fronteira em que se pode considerar a empresa como um todo ou uma determinada área. Coleta de dados Possíveis fronteiras do sistema. Fonte: Livro-texto. Emissões Materiais Energia Processo B Processo A Administração Produtos Após os balanços de massa e energia, todos os materiais e recursos energéticos podem ser monitorados em três pontos: Ponto de entrada: no momento em que são adquiridos. Aqui podem ser consultados documentos de contabilidade e custos, recibos de entrega, documentos de fornecedores sobre a composição de produtos, contabilidade interna de embalagens etc.; Ponto de saída: na forma de produto, de emissões, resíduos sólidos e/ou líquido e desperdícios de calor. Para isso, pode-se consultar a lista dos produtos, a composição, documentos internos sobre resíduos e emissões, recibos de venda, contas de empresas etc. Ponto de utilização: na máquina ou na unidade de produção. Aqui também, dependendo da estrutura organizacional, haverá medições de desempenho das máquinas e instalações, informação pessoal sobre o horário de trabalho e mudanças de turno, especificações do produto para as máquinas, identificação do modelo etc. Coleta de dados De início, a informação não pode ser completa em qualquer um desses pontos. Mas após a coleta de todos os dados, você deve ser capazde responder às seguintes perguntas: Quanto de matéria-prima e materiais auxiliares se usa no processo? Qual a quantidade de energia usada? Qual a quantidade/qualidade dos resíduos e emissões? Em qual parte do processo os resíduos e as emissões são gerados? Quais produtos geram, são resíduos perigosos ou controlados, por quê? Quanto da matéria-prima torna-se resíduo? Quanto da matéria-prima é perdido na forma de emissões voláteis? Quais são os custos incorridos por causa da eliminação de resíduos e da perda de matérias-primas? Coleta de dados O próximo passo é classificar os resíduos. Resíduos e emissões podem se originar a partir de diferentes matérias-primas e por várias razões. Os resíduos e as emissões podem ser classificados em categorias. Para cada categoria, diferentes estratégias podem ser aplicadas para evitar ou minimizar a geração de resíduos, desperdícios ou emissões. Coleta de dados Estratégias para evitar resíduos ou emissões. Fonte: Livro-texto. Resíduo Exemplos Estratégias Matéria-prima que não se torna produto Sobra de placas, rebarbas Resíduos de tintas e vernizes Resíduos em água de lavagem Mudança de tecnologia Automação Treinamento de pessoal Troca da matéria-prima Mudança no projeto do produto Impurezas ou substâncias secundárias Gordura Cascas de frutas Troca da matéria-prima Aproveitamento Subprodutos não descartados Lodo do tratamento de água Solvente evaporado Mudanças no processo Troca de matéria-prima Mudanças no produto Materiais auxiliares descartados Lubrificantes Solventes Pincéis Reciclagem interna Limpeza e manutenção Embalagens Vidros de produtos químicos Caixas de papelão ou madeira Pallets Reciclagem externa Reúso Retorno ao fornecedor Produtos não comercializados Peças com defeito Produto fora do padrão de qualidade Mudanças de tecnologia Mudança de produto Treinamento de pessoal Automação Controle de qualidade Resíduos de manutenção Panos de limpeza Filtros Lubrificantes Melhorar a vida útil Trocar os materiais Terceirizar o serviço Ferramentas que auxiliam no conhecimento de um processo, a identificar os fluxos de materiais e energia que atravessam o processo, a estabelecer os principais locais de geração de resíduos ou de desperdício de energia de forma quantitativa. Balanços energéticos são também utilizados na análise das várias fases de um processo, ao longo de todo o processo e também de toda a cadeia produtiva. Esses balanços podem ajudar a estudar os meios de reduzir o consumo de energia nos processos de transformação. Balanços de massa e energia Esquema de balanço de massa e energia. Fonte: Livro-texto. Energia Matérias-primas Produtos Resíduos Emissões Operação unitária Processo Empresa Materiais e energia armazenados As quantidades de material que são processadas nas indústrias podem ser descritas por balanços de massa, que obedecem o princípio da conservação de massa: “A massa não pode ser criada nem destruída, apenas transformada”. Se não houver um acúmulo ou armazenamento, o que entra em um processo deve sair. Por exemplo, em um processo, 120 g de enxofre estão contidos no carvão queimado diariamente em uma caldeira, essa quantidade de enxofre deixará a câmara de combustão por dia, de uma forma ou de outra (cinzas, fuligem). A soma das quantidades de enxofre presentes nas substâncias deve ser igual a 120 g. Balanços de massa Esquema geral: Matérias-primas = Produtos + Resíduos + Materiais armazenados Σmmp = Σmp + Σ mr + Σmar Balanços de massa Todos os materiais que entram em cada etapa do processo devem sair na forma de produto, resíduo ou emissões. Identifica-se todos os materiais empregados no processo e também os resíduos e as emissões. Balanços de massa Balanço de massa do processo de fabricação de solda. Fonte: Livro-texto. Fusão Forno de recuperação Cliente Aterro Empresa de recuperação Sucata Solda 273.000 kg Borra 68.100 kg C h u m b o 6 9 .5 0 0 k g E s ta n h o 1 1 8 .0 0 0 k g 53.800 kg 30.800 kg 44.000 kg 29.700 kg 13.200 kg Eficiência do processo: η = massa solda vendida/massa de matéria-prima η = (273.000)/(118.000 + 69.500 + 29.700 + 68.100) = 0,96 ou 96% A eficiência calculada é alta e indica que o fabricante, que já utiliza soluções de P+L, emprega eficientemente os materiais. Balanços de massa Caso o fabricante deixasse de recolher a borra dos clientes e usasse apenas sucata. A tabela mostra os benefícios econômicos da recuperação da borra. Balanços de massa Simulação do retorno de borra da solda 63 – Estanho 37/Chumbo. Fonte: Livro-texto. É fácil também observar na tabela que o aumento na captação de sucata leva à diminuição do custo total das matérias-primas. Quando se duplica a quantidade de sucata, por exemplo, obtém-se uma redução de custo de aproximadamente 6%, além daquela já obtida pela captação de borra. Simulação da captação anual de sucata da solda 63, – Estanho 37/Chumbo. Fonte: Livro-texto. Retorno da borra Total R$/ano Sem retorno de borra 6.179.729 5.866.785Atual Atual 5.301.785 5.454.246 5.125.825 4.949.865 Sem compra de sucata Sucata x2 Sucata x3 Captação de sucata Custo total das matérias-primas R$/ano A utilização de material na fabricação de soldas pode ainda ser melhorada de várias maneiras: Boas práticas de produção: manuseio cuidadoso das matérias-primas e materiais auxiliares (treinamento de pessoal, reutilização das embalagens, cuidados com emissões etc.); Substituição de matérias-primas: uso de borra e sucata pode reduzir a quantidade de material que vai para o aterro; Modificações no processo: automação de algumas etapas poderia reduzir o uso de materiais auxiliares no processo. O objetivo da análise pode ser o de melhorar o processo ou conhecer todos os principais fluxos de materiais que compõem o sistema. Entretanto, a análise pode ser direcionada a um determinado material de acordo com vários critérios (custo, risco, quantidade, toxicidade etc.) Balanços de massa Em um determinado processo de separação, uma mistura de benzeno (C6H6) e tolueno (C7H8), com vazão mássica de 2.000 kg/h, entra em uma torre de destilação. Considerando que, após a separação da mistura, na saída da torre de destilação, temos como produto final 25% de benzeno e 67% de tolueno. Há também uma perda de massa de percentual desconhecido. Desta maneira, as vazões mássicas de benzeno, tolueno e o percentual residual do processo, respectivamente, são: a) 2.000 kg/h; 0 kg/h; 0% b) 600 kg/h; 1.400 kg/h; 8% c) 1.340 kg/h; 500 kg/h, 10% d) 500 kg/h; 1.340 kg/h; 8% e) 300 kg/h; 1.340 kg/h; 8% Interatividade Em um determinado processo de separação, uma mistura de benzeno (C6H6) e tolueno (C7H8), com vazão mássica de 2.000 kg/h, entra em uma torre de destilação. Considerando que, após a separação da mistura, na saída da torre de destilação, temos como produto final 25% de benzeno e 67% de tolueno. Há também uma perda de massa de percentual desconhecido. Desta maneira, as vazões mássicas de benzeno, tolueno e o percentual residual do processo, respectivamente, são: a) 2.000 kg/h; 0 kg/h; 0% b) 600 kg/h; 1400 kg/h; 8% c) 1.340 kg/h; 500 kg/h, 10% d) 500 kg/h; 1.340 kg/h; 8% e) 300 kg/h; 1.340 kg/h; 8% → Benzeno 25% Benzeno 500 kg/h Tolueno → Tolueno 67% 1340 kg/h kg/h → ↓ Resíduos 8% 160 kg/h Torre de Destilação 2000 Resposta A base teórica para um balanço energético é a primeira Lei da Termodinâmica, segundo a qual a energia não pode ser criada ou destruída, apenas modificada na sua forma. Na Física, o balanço energético é uma apresentação sistemática dos fluxos de energia e das transformações em um sistema. Os balanços energéticos são utilizados para quantificar a energia utilizada ou produzida por um sistema e são muito semelhantes a um balançode massas, mas existem algumas diferenças: 1. Um sistema específico pode ser fechado em um balanço de massas, mas aberto para o balanço energético 2. Embora seja possível ter mais de um balanço de massas para um sistema, só pode haver um balanço energético. Entrada = Saída + Armazenado Balanços de energia Avaliam o uso de matérias-primas, energia e materiais auxiliares, a eficiência da conversão (matéria-prima + energia = produto), de produção e de perdas. Os balanços de massa e energia, usados em conjunto com um diagnóstico voltado à busca de soluções benéficas ao meio ambiente, são uma ferramenta poderosa para a melhoria dos processos de produção, tanto no que se refere à sua eficiência, como no que se refere à redução dos impactos ambientais causados pela indústria. Balanços de energia A análise dos fluxos de energia examina o consumo de energia de um sistema, um processo ou instalação, com a finalidade de: Determinar as formas de energia utilizadas; Analisar a utilização da energia; Verificar os dados atuais e investigar as práticas e os procedimentos operacionais; Identificar áreas de perdas e desperdícios de energia; Desenvolver as medidas possíveis para reduzir o consumo de energia. O levantamento visa identificar e corrigir: Vazamentos (óleo, vapor, gás); Superfícies que necessitam de isolamento; Ajustes de queimadores; Saídas de gases com alta temperatura; Movimentação desnecessária de materiais; Instrumentos de controle defeituosos ou descalibrados; Excesso de iluminação; Uso excessivo de aquecimento ou ar condicionado. Balanços de energia Balanço de energia da caldeira (produz vapor por meio de aquecimento de água): Balanços de energia Balanço de energia da caldeira antes das melhorias propostas. Fonte: Livro-texto. Perdas no gás de escape 18% Temperatura = 343 ºC 8% de oxigênio Perdas pelas paredes 4% Eficiência de 75% Energia 100% Vapor Calor armazenado 3% Caldeira Melhorias propostas: A. Instalação de sistemas de monitorização contínua automática dos gases de combustão: a análise do gás de escape mostrou 4% de excesso de oxigênio e temperatura do gás de saída de 329°C com a eficiência da caldeira calculada em 79,6%. Além disso, o uso de combustível na entrada caiu em 5,8%. B. Instalação de trocador de calor para elevar a temperatura da água de entrada: a análise do gás de escape mostrou 4% de excesso de oxigênio e temperatura do gás de saída de 194°C com a eficiência da caldeira calculada em 86,2%. Além disso, o uso de combustível na entrada caiu em 7,7%. Balanços de energia Todo ser vivo é caracterizado pelo seu metabolismo. O metabolismo de um indivíduo é uma complexa troca de materiais entre o indivíduo e o meio ambiente exterior (ambiente), compreendendo as seguintes etapas: Consumo → Processamento → Assimilação → Expulsão. Na natureza, as substâncias eliminadas por um indivíduo são utilizadas no metabolismo de outro ser vivo, como o dióxido de carbono produzido pela respiração humana, que é utilizado na fotossíntese das plantas, ou o álcool etílico produzido por leveduras, que é utilizado por bactérias para produzir ácido acético. Os materiais circulam. Metabolismo industrial Produtores: aqueles capazes de produzir seu próprio alimento por fotossíntese ou síntese química, como as plantas e algumas bactérias. Consumidores: aqueles que obtêm alimento das plantas (herbívoros), de outros animais (carnívoros) ou ambos (onívoros). Decompositores (fungos e algas): degradam a matéria orgânica de produtores e consumidores, produzindo substâncias inorgânicas que podem ser utilizadas como alimento pelos produtores. Metabolismo industrial Ciclos na natureza. Fonte: Livro-texto. Produtor Consumidor Reciclador O metabolismo industrial é um processo pelo qual o homem transforma matérias-primas e energia em produtos, bens e serviços, que são necessários para a vida, o desenvolvimento e, obviamente, para o seu bem-estar. Ele traça um paralelo entre os processos que ocorrem na natureza e aqueles controlados pelo homem. Metabolismo industrial O ciclo de materiais promovido pelo homem. Fonte: Livro-texto. Produtor Consumidor Reciclador Utilizando metáfora biológica, as atividades industriais podem ser classificadas em três componentes similares: Produtores – representados pelas atividades primárias de produção de energia e matéria- prima (extração de combustíveis, agricultura); Consumidores – representados por um sistema industrial; Decompositores – representados pelas atividades de reciclagem ou de tratamento de resíduos, efluentes e emissões. O processo industrial humano ou metabolismo industrial transforma os recursos da natureza (minérios, biomassa etc.) utilizando moléculas ricas em energia (combustíveis fósseis). O sistema industrial também produz resíduos, especialmente o dióxido de carbono, em quantidades significativas. O sistema industrial gera produtos e resíduos que são descartados no ambiente sem que haja decompositores e recicladores para eles. Há um acúmulo de material indesejado e, portanto, poluição. Metabolismo industrial O atual sistema de metabolismo industrial aparece, do ponto de vista ambiental, como um sistema de desperdício de poluição. Há muito desperdício porque esse sistema trabalha com grandes quantidades de matéria e energia, ameaçando os recursos não renováveis. O sistema é também altamente contaminante, pois gera substâncias que poluem o ar, a água e o solo, em todas as fases do metabolismo industrial. Há ainda a contribuição da poluição e dos resíduos produzidos pelos sistemas de transporte que operam esse metabolismo. O metabolismo industrial propõe um modelo produtor-consumidor-reciclador para representar o sistema industrial, baseado nos princípios de conservação de massa e energia, em que se deve considerar que a escolha de materiais para produção vai depender da disponibilidade de reservas, da demanda e do custo/possibilidade de reciclagem. Ele também visa otimizar os sistemas industriais, que devem ser projetados para operar de forma similar ao sistema natural: sem consumir reservas não renováveis, sem produzir resíduos inúteis ou tóxicos. Metabolismo industrial Para tanto, o metabolismo industrial trata dos fluxos de matéria e energia no sistema industrial com uma abordagem descritiva e analítica que visa ao entendimento da circulação de materiais e dos fluxos de energia, seguindo os fluxos de matéria e energia desde sua fonte inicial, por meio do sistema industrial, ao consumidor e ao seu descarte final. Metabolismo industrial Os fluxos acompanhados no metabolismo industrial. Fonte: Livro-texto. R e s e rv a s n a tu ra is E x tr a ç ã o S e p a ra ç ã o C o m b in a ç ã o F o rm a to M o n ta g e m U s o D e s c a rt e Matérias -primas Materiais puros Materiais combinados Manufatura Produto Resíduo Sistema industrial As primeiras tentativas de atenuar o impacto causado ao meio ambiente, por meio de medidas do setor, foram tomadas no final do processo de fabricação (final de tubo). Metabolismo industrial Comparando P+L, ecoeficiência e prevenção à poluição. Fonte: Livro-texto. P+L Ecoeficiência PP Fornece estratégias para melhorar continuamente produtos, serviços e processos. Combina eficiência econômica e ecológica (“fazer mais com menos”). O objetivo é produzir maior quantidade de produtos e serviços com menos energia e utilizando, o menos possível, reservas naturais de matérias- primas. Caráter mais normativo, estando vinculado a programas promovidos por agências de proteção ambiental. Consequente benefício econômico, redução da poluição e da geração de resíduos na fonte. Uma empresa ecoeficiente agrega grande valor a suas matérias-primas, gerando pouco resíduo e pouca poluição. Visa claramenteminimizar o impacto ambiental Tende a dar mais atenção, a tornar mais eficiente o uso de materiais, energia, processos e serviços. Focaliza o aumento da eficiência em quais e como são usadas as reservas naturais na produção de bens e serviços. Tende a dar mais atenção, a tomar menos poluente o uso de materiais, energia, processos e serviços. O consumo de reservas naturais é minimizado, assim como a poluição e a quantidade de resíduos, trazendo como consequências benefícios econômicos e ambientais. Há uma ligação direta entre o desempenho ambiental e a performance financeira, sendo o principal objetivo utilizar as reservas naturais de forma eficiente. Não se preocupa com as possíveis consequências financeiras que a poluição evitada pode causar nas empresas. Entre os vários métodos e ferramentas que permitem analisar e melhorar as interações e inter-relações entre os sistemas industriais e o ambiente, citam-se: Fluxo de análise de material (AFM) – quantifica as entradas e saídas de recursos em massa de um sistema; Fluxogramas – processos que ocorrem em uma empresa, instituição, região etc. São expressos como fluxos de matérias-primas, resíduos, emissões e descargas, bem como indicando as trocas de materiais e energia. Mercado (bolsa de resíduos) – promove a venda de resíduos e/ou subprodutos de vários fabricantes. Economia ambiental – quantifica os impactos econômicos de um produto ou serviço sobre o meio ambiente, com base nos custos de geração e exploração de recursos naturais e do posterior manuseamento e eliminação de resíduos. Análise do ciclo de vida (ACV) – quantifica todos os impactos ambientais de um produto ou serviço, desde a fabricação até o descarte. Metabolismo industrial O metabolismo industrial é um processo pelo qual o homem transforma matérias-primas e energia em produtos, bens e serviços, que são necessários para a vida, o desenvolvimento e, obviamente, para o seu bem-estar. Ele traça um paralelo entre os processos que ocorrem na natureza e aqueles controlados pelo homem. O metabolismo industrial associa os níveis tróficos de uma cadeia alimentar aos processos de uma cadeia produtiva. Analise as afirmações quanto ao conceito de metabolismo industrial: Interatividade I. O sistema industrial gera produtos e resíduos que são descartados no ambiente sem que haja decompositores e recicladores para eles. Há um acúmulo de material indesejado e, portanto, poluição. II. Os produtores são representados pelo sistema industrial. III. O metabolismo industrial visa otimizar os sistemas industriais para que não se consumam reservas não renováveis e não se gerem resíduos inúteis ou tóxicos. IV. Os decompositores são representados pelas atividades de reciclagem ou de tratamento de resíduos, efluentes e emissões. Estão corretas as afirmações: a) Todas. b) Somente I e IV. c) Somente I, III e IV. d) Somente II, III e IV. e) Somente I, II e III. Interatividade I. O sistema industrial gera produtos e resíduos que são descartados no ambiente sem que haja decompositores e recicladores para eles. Há um acúmulo de material indesejado e, portanto, poluição. II. Os produtores são representados pelo sistema industrial. III. O metabolismo industrial visa otimizar os sistemas industriais para que não se consumam reservas não renováveis e não se gerem resíduos inúteis ou tóxicos. IV. Os decompositores são representados pelas atividades de reciclagem ou de tratamento de resíduos, efluentes e emissões. Estão corretas as afirmações: a) Todas. b) Somente I e IV. c) Somente I, III e IV. d) Somente II, III e IV. e) Somente I, II e III. Resposta A partir da introdução de conceitos como prevenção da poluição, reciclagem, minimização de resíduos, P+L, ecoeficiência e metabolismo industrial surgiu, no final do século XX, uma nova abordagem, chamada de Ecologia Industrial, fundamentada no conceito de simbiose industrial. De acordo com essa abordagem, um fluxo de resíduos pode tornar-se matéria-prima para outra indústria, fechando o ciclo da matéria. No início dos anos 1990, o conceito de Ecologia Industrial estabeleceu uma nova forma de pensar e agir que pode conduzir à meta do desenvolvimento sustentável. Ecologia Industrial O caminho para a sustentabilidade. Fonte: Livro-texto. Desenvolvimento sustentável ECOLOGIA INDUSTRIAL Metabolismo industrial P + L e ecoeficiência Prevenção à população Minimização de resíduos Reciclagem Final de tubo Aplica-se a Ecologia Industrial para buscar o conhecimento dos sistemas industriais, com um comportamento semelhante ao dos ecossistemas naturais, transformando o modelo linear dos sistemas de produção em um modelo com interações cíclicas para impulsionar a economia e a sociedade, preservando o meio ambiente e aumentando a eficiência dos processos industriais. Ecologia Industrial Interações propiciadas pela Ecologia Industrial. Fonte: Livro-texto. O intercâmbio de materiais entre vários sistemas produtivos de maneira que o resíduo de um se torna matéria-prima de outro promove uma rede de empresas trabalhando em conjunto e gerando menos resíduos e emissões. O primeiro objetivo desse arranjo era puramente econômico, porém logo foram observadas as consequências ambientais e sociais positivas. Entre essas consequências positivas são observados três elementos principais: criação de uma rede de indústrias ou elementos relacionados com o seu ambiente; imitação do funcionamento dos ecossistemas naturais; inclusão dos três setores de desenvolvimento sustentável (social, econômico e ambiental). Ecologia Industrial O objetivo final é garantir o desenvolvimento sustentável em qualquer nível (global, regional ou local), relacionando os setores econômico, social e ambiental. Dessa forma, a Ecologia Industrial visa alcançar o desenvolvimento sustentável, proporcionando condições ideais para o desenvolvimento da humanidade e das futuras gerações. Ecologia Industrial Metas da Ecologia Industrial: os três elementos da sustentabilidade e as inter-relações entre seus componentes. Fonte: Livro-texto. Ambiente seguro e saudável Equidade socioeconômica Eficiência e redução do uso de recursos MEIO AMBIENTE MEIO/SOCIEDADE ECONOMIA Para a implementação da Ecologia Industrial é muito importante conhecer e aplicar os critérios para a transformação dos sistemas industriais em ecossistemas industriais. Entre esses critérios, citam-se: Fechar o ciclo do sistema de ciclo industrial; Economia na extração e no uso de recursos naturais; Produção de energia a partir de fontes renováveis; Ecoeficiência; Desmaterialização da economia; Inclusão dos custos ambientais no produto ou nos serviços; Geração de redes entre unidades industriais e o ambiente; Geração de empregos. Ecologia Industrial O projeto mais representativo e mais completo no que se refere à troca de subprodutos e resíduos está em Kalundborg, Dinamarca; Começou por casualidade, Empresas reduziram custos para cumprir com a legislação do país e otimizar o uso de água. Ecologia industrial Intercâmbios de Kalundborg (Dinamarca) em 2001. Fonte: Livro-texto. Petróleo mercado Petróleo importado arenito 1995carvão NH3 DS Produção de fertilizante (Statoil) STATOIL refinaria 1987 vapor 1982 1991 1961 1997 Lodo 1973 Lago 1989 Lodo tratado NOVO NORDISK NOVO ENZYMES biotecnologia Reservatório óleo 1993 cinzas gipsita recuperação calor cinzas 1981 GYPROC A/S Fabricação de gesso 1979 A ALBORG PORTLAND fabricação de cimento KALUNDBORG Tratamento de efluentes Iodo Água salgada Peixes Vapor 1982 Porcos biomassa Fazendas tratamento Leveduras (Novo Slam) 1976 ASNAES ENERGI E2 termoelétrica NI, V Água fresca Água biotratada (NH4)2S2O3 2000 Atualmente, os resíduos de Kalundborg são comprados evendidos por meio de contratos bilaterais, em três áreas: energia, água e fluxos de materiais, com benefícios para ambas as partes. Em 1994, havia dezesseis contratos no projeto de simbiose industrial de Kalundborg (investimento de 40 milhões de dólares e economia anual estimada em 7 milhões de dólares). Em 2000 já tinham sido investidos 75 milhões de dólares em dezenove projetos, com uma economia estimada em 15 milhões de dólares por ano. Ecologia Industrial Exemplos de Ecologia Industrial aplicada. Fonte: Livro-texto. EUROPA Mesval (Espanha, Itália e Grécia) Estíria (Áustria) Ora Ecopark (Noruega) Jyvaskyla (Finlândia) Progetto Closed (Itália) ÁSIA Bungagngam Baru (Indonésia) Naroda (Índia) Nandeseri (Índa) Thane-Pelapur (Índia) Calabarzon (Filipinas) AMÉRICA By-Produto Synergy (México) Burnside (Canadá) The Bruce Energy Center (Canadá) Brownsville (Estados Unidos) Devens (Estados Unidos) Análise do ciclo de vida (ACV) – consiste em quantificar impactos ambientais de um produto ou serviço, “do berço ao túmulo”. Análise de fluxo de material (AFM) – quantifica as entradas e saídas (em massa) de uma economia (região, país); Diagramas de fluxo – gráficos que expressam os processos que ocorrem em uma empresa, instituição, região etc., indicam as trocas de matérias-primas, energia, resíduos, emissões e efluentes; Ecoeficiência – definida como a prestação de bens e serviços a um preço competitivo, reduzindo progressivamente seu impacto ambiental, a intensidade e a utilização de recursos; Análise econômica ambiental – quantifica os impactos econômicos de um produto ou serviço sobre o ambiente, com base nos custos da exploração de produtos e nos recursos naturais para a sua preparação. Avalia, também, os impactos ambientais da eliminação como resíduo; Bolsas de resíduos – promovem a venda de resíduos e/ou subprodutos entre diferentes empresas. Ferramentas da Ecologia Industrial Prevenção da poluição (P2) – definida pela agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) como a redução ou eliminação de resíduos na fonte, por meio de processos de modificação da produção, promoção do uso de substâncias não tóxicas ou menos tóxicas, implementando técnicas de conservação e reutilização materiais. Existem fatores que podem promover o sucesso na implementação de critérios e sistemas de Ecologia Industrial em uma área. Alguns deles estão relacionados com o fator humano, como a motivação dos participantes. A implementação de novas sinergias envolve não só as empresas participantes, mas deve também obedecer às regras e à legislação local sobre a possibilidade de troca de resíduos e outros materiais entre indústrias. Há outros fatores contextuais, como a proximidade física entre as empresas participantes, pois, nesse caso, pode-se diminuir os custos associados ao transporte, à criação ou utilização de infraestrutura e à utilização dos serviços. Ferramentas da Ecologia Industrial A implementação da Ecologia Industrial em uma área pode trazer muitos benefícios. Economicamente, gera grandes oportunidades para crescimento da receita da indústria, com o aumento da eficiência na utilização dos recursos e no uso de tecnologia, a compra de resíduos e subprodutos, como matérias-primas (mais baratos que o material virgem) e a venda de resíduos e subprodutos, reduzindo os custos de descarte e tratamento. Ambientalmente, pode-se reduzir significativamente a quantidade de resíduos destinados à eliminação, as emissões de poluentes para a atmosfera e as descargas de águas residuais em corpos d’água. Também se pode promover a economia significativa dos recursos naturais e poupar energia por meio da ecoeficiência e do uso de energia renovável. Benefícios da Ecologia Industrial Socialmente, a recuperação de alguns resíduos pode dar origem a novos processos de transformação que poderão gerar empregos. Além disso, a redução do impacto no ambiente poderá evitar danos à qualidade de vida da sociedade. A Ecologia Industrial também pode promover o desenvolvimento científico, ligando a academia com o setor industrial. Essa ligação pode acelerar a busca por novas tecnologias para suprir deficiências na gestão dos recursos dentro dos sistemas de produção. Além disso, os princípios promovidos podem contribuir significativamente para que a sociedade e seus governantes possam encontrar caminhos para a sustentabilidade, estabelecendo políticas e regulamentos que orientem o planejamento de áreas industriais. Benefícios da Ecologia Industrial “____________________________________________ é a aplicação contínua de uma estratégia integrada de prevenção ambiental a processos, produtos e serviços, para aumentar a eficiência de produção e reduzir os riscos para o ser humano e o ambiente”. “______________________________________________ se define pelo trabalho direcionado a minimizar impactos ambientais devido ao uso minimizado de matérias-primas: produzir mais com menos”. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima: a) Final de tubo e ecoeficiência. b) Produção mais limpa e final de tubo. c) Produção mais limpa e ecoeficiência. d) Ecoeficiência e produção mais limpa. e) Prevenção à poluição e produção mais limpa. Interatividade “____________________________________________ é a aplicação contínua de uma estratégia integrada de prevenção ambiental a processos, produtos e serviços, para aumentar a eficiência de produção e reduzir os riscos para o ser humano e o ambiente”. “______________________________________________ se define pelo trabalho direcionado a minimizar impactos ambientais devido ao uso minimizado de matérias-primas: produzir mais com menos”. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima: a) Final de tubo e ecoeficiência. b) Produção mais limpa e final de tubo. c) Produção mais limpa e ecoeficiência. d) Ecoeficiência e produção mais limpa. e) Prevenção à poluição e produção mais limpa. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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