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Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 SP 3.1 Tempos Difíceis Objetivos de Estudo: 1) Definir o metabolismo (catabolismo e anabolismo) 2) Citar e caracterizar macro e micro nutrientes 3) Descrever dieta balanceada (Guia alimentar para a população brasileira, cap 1 e 2) 4) Conceituar o IMC 5) Relacionar desequilíbrio entre ingestão e gasto energético como fator responsável pelo ganho ou perda de massa 6) Definir e classificar os tipos de carboidratos 7) Entender o processo de digestão, absorção e transporte de carboidratos 8) Estudar o processo de obtenção de energia pela degradação de carboidratos (glicólise anaeróbica e aeróbica, ciclo de Krebs, cadeia respiratório e fosforilação oxidativa) 9) Descrever o processo de síntese e utilização do glicogênio hepático e muscular 10) Compreender a utilização da glicose nas vias das pentoses e de que forma essas vias contribuem para o armazenamento do excesso de glicose (gordura de reserva) OBJ. 1: Definir o metabolismo (catabolismo e anabolismo) Metabolismo é o conjunto das reações químicas que ocorrem num organismo vivo com o fim de promover a satisfação de necessidades estruturais e energéticas. O metabolismo tem quatro funções específicas: ( 1 ) obter energia energia química química pela degradação degradação de nutrientes nutrientes ricos em energia oriundos do ambiente; (2) converter as moléculas dos nutrientes em unidades fundamentais precursoras das macromoléculas celulares; (3) reunir e organizar estas unidades fundamentais em proteínas, ácidos nucléicos e outros componentes celulares; (4) sintetizar e degradar biomoléculas necessárias às funções especializadas das células. Metabolismo é o nome dado ao conjunto de todas as reações que ocorrem no organismo. Essas inúmeras reações são reguladas e catalisadas por enzimas. Dentre as funções do metabolismo, podemos destacar a obtenção de energia. Existem dois grandes processos metabólicos, o catabolismo e o anabolismo. A seguir falaremos mais sobre o metabolismo, a sua importância e os seus processos. O que é o metabolismo? O metabolismo é o conjunto de todas as reações que ocorrem no organismo para controlar os recursos materiais e energéticos, de forma a suprir as suas necessidades estruturais e energéticas. Essas reações são catalizadas por diversas enzimas e têm como objetivos: obtenção de energia química; conversão das moléculas dos nutrientes em precursoras de macronutrientes, como aminoácidos, bases nitrogenadas, açúcares e ácidos graxos; produção de macromoléculas, como proteínas, ácidos nucleicos, polissacarídios e lipídios; síntese e degradação de biomoléculas especializadas. https://www.biologianet.com/biologia-celular/enzimas.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/aminoacidos.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/carboidratos.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/proteinas.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/lipidios.htm Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 A produção de ATP é uma das finalidades do metabolismo. O ATP é uma molécula que fornece energia para a realização de diversas reações. Tipos de metabolismo As reações do metabolismo estão reunidas em duas vias metabólicas, o catabolismo e o anabolismo. 1. Catabolismo: também chamado de via degradativa, é um processo contínuo e compreende as reações que promovem a degradação das moléculas complexas em produtos mais simples, com a liberação de energia. A energia liberada pela via catabólica é utilizada pelo organismo para a realização das mais diversas atividades. As vias catabólicas podem ser classificadas como metabolismo aeróbico e metabolismo anaeróbico, como veremos a seguir: Metabolismo aeróbico: As reações ocorrem na presença de oxigênio, que, nas cadeias respiratórias, funciona como aceitador final de elétrons e combina-se com o hidrogênio para formar água. No metabolismo aeróbico, os produtos finais das reações são água e gás carbônico. Metabolismo anaeróbico: As reações ocorrem na ausência de oxigênio. Os aceitadores finais de elétrons nesse tipo de metabolismo podem ser íons nitrato, sulfato, fumarato e também a amônia. Dentre os produtos finais dessas reações, podemos destacar o lactato (fermentação láctica) e o etanol (fermentação alcoólica). O saldo final de energia produzida no metabolismo aeróbico é maior do que no anaeróbico. Alguns dos hormônios envolvidos no processo catabólico são: Adrenalina; Cortisol; Glucagon; Citocinas. 2. Anabolismo: também chamado de via biossintética, compreende as reações nas quais moléculas complexas são produzidas a partir de moléculas simples. Para que as reações ocorram, é necessário o consumo de energia. O anabolismo é essencial, por exemplo, para o processo de crescimento e manutenção do organismo. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) As vias metabólicas são irreversíveis, distintas, entretanto, interligadas. A energia liberada no processo de degradação das moléculas (via catabólica ou degradativa) é utilizada para a síntese de biomoléculas (via anabólica ou biossintética) e outras reações. Além da energia, a quebra de moléculas orgânicas libera carbono, que pode ser utilizado na síntese de biomoléculas. Compostos intermediários de processos como o ciclo do ácido cítrico (um dos processo que ocorrem na respiração celular) também podem ser utilizados nas vias anabólicas como precursores para a síntese de biomoléculas. Alguns dos hormônios envolvidos no processo de anabolismo são: Insulina; Estrogênio; https://www.biologianet.com/biologia-celular/respiracao-celular.htm Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 Testosterona; Hormônio de crescimento Esteroides. Metabolismo energético O metabolismo energético compreende o conjunto de reações que envolvem trocas energéticas no organismo. Para que essas reações ocorram, são necessários substratos energéticos, que são provenientes da alimentação. As principais fontes de energia utilizadas nessas reações são os carboidratos, os lipídios e as proteínas. As moléculas provenientes do processo de digestão dos alimentos são encaminhadas para as células, onde são oxidadas, produzindo energia. No processo de digestão, os alimentos são quebrados em moléculas menores e absorvidos, indo para a corrente sanguínea. A partir da corrente sanguínea, são deslocados para vários tecidos e, nas células são oxidados, produzindo, assim, energia. Para que haja a completa degradação das moléculas obtidas por meio da alimentação em CO2 e H2O, com maior produção de energia, é necessária a presença de oxigênio. O excesso desses substratos, quando não utilizados, pode ser armazenado nas mais diversas formas pelo organismo. Os carboidratos, por exemplo, podem ser armazenados na forma de glicogênio no fígado e serem utilizados quando o organismo não consumir uma quantidade dessa substância suficiente para a produção de energia. Além de fornecer energia, os alimentos fornecem os precursores para a síntese de biomoléculas, como os aminoácidos essenciais. A produção de energia é responsável pela liberação de calor, que será utilizado para a manutenção da temperatura corporal, e pela produção de ATP (trifosfato de adenosina). O ATP é uma molécula que participa de inúmeros processos metabólicos, fornecendo energia para a sua realização. A liberação de energia ocorre pela conversão do ATP em ADP (difosfato de adenosina) e fosfato inorgânico. Metabolismo basal O metabolismo basal é a quantidade de energia que o organismo necessita para realizaras mais diversas funções. Cerca de 75% da energia produzida a partir da alimentação é utilizada para a realização das funções vitais do organismo, como a respiração, atividades do sistema nervoso e circulação. A taxa de metabolismo basal pode variar de acordo, por exemplo, com o sexo e a idade. Alguns fatores influenciam a quantidade de energia a ser gasta pelo organismo. Indivíduos mais jovens, por exemplo, apresentam um gasto maior de energia para o seu crescimento. As mulheres, em virtude da menor https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/digestao.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/o-que-celula.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/glicogenio.htm https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/figado.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/atp-adenosina-trifosfato.htm https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/sistema-nervoso.htm https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/circulacao-sistemica-pulmonar.htm Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 porcentagem de massa muscular e da ação dos hormônios femininos, apresentam menor taxa metabólica basal que os homens. Resumo sobre metabolismo O metabolismo é o conjunto de todas as reações que ocorrem no organismo, controlando os recursos materiais e energéticos, de forma a suprir as suas necessidades estruturais e energéticas; As reações do metabolismo estão reunidas em duas vias metabólicas, o catabolismo e o anabolismo; O catabolismo degrada moléculas complexas em produtos mais simples, com a liberação de energia; O catabolismo pode ser dividido em metabolismo aeróbico e anaeróbico; O anabolismo sintetiza moléculas complexas a partir de moléculas simples; O metabolismo energético compreende o conjunto de reações que envolvem trocas energéticas no organismo; A produção de energia é responsável pela liberação de calor e produção de ATP; O metabolismo basal é a quantidade de energia que o organismo necessita para realizar as mais diversas funções. https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/hormonios.htm Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 OBJ. 2: Citar e caracterizar macro e micro nutrientes. Os alimentos que comemos têm nutrientes que nos mantêm de pé para realizar nossas atividades diárias. Eles nos abastecem ao longo do dia e contribuem para a nossa saúde em geral. Você já deve ter ouvido falar de grupos de alimentos classificados como macronutrientes e micronutrientes. Ambos são essenciais para o nosso corpo, cada qual a sua maneira. São eles que garantem que você obtenha tudo o que o seu corpo precisa para ter equilíbrio e funcionar corretamente. Mas o que são macronutrientes? Os macronutrientes são "grandes" categorias de nutrientes e devem constituir a maior parte da dieta. São compostos por proteínas, carboidratos e gorduras. Os micronutrientes, por outro lado, são aqueles que o nosso corpo precisa em pequenas quantidades, como as vitaminas e os minerais (zinco, ferro, cálcio). Quando se trata de obter macro e micronutrientes na alimentação humana, é fundamental focar na variedade. QUAIS SÃO OS MACRONUTRIENTES? Os “macros”, como alguns atletas se referem aos “macronutrientes”, são comuns nos diversos planos alimentares e dietas. Afinal, no mundo dos esportes, há muito foco em obter o equilíbrio certo para atingir metas. Existem diversas maneiras de calcular a quantidade de proteínas e carboidratos que você deve consumir por dia. Mas é sempre preciso equilibrar os três grupos de macronutrientes: carboidratos, gorduras e proteínas. A recomendação do Departamento de Nutrição e Metabolismo da Sociedade Brasileira de Diabetes é que a quantidade total de calorias que devemos consumir seja adquirida da seguinte forma: • 50 – 75% do valor calórico total de carboidratos • 20 – 35% do valor calórico total de gorduras • 10 – 35% do valor calórico total de proteínas É essencial consultar profissionais de saúde antes de qualquer mudança, pois é possível que eles queiram ajustar seu consumo para adequa-lo à sua rotina, às suas necessidades e à sua prática de exercícios físicos, especialmente quando falamos de carboidratos e proteínas. CARBOIDRATOS Os carboidratos são uma fonte de energia essencial: o corpo realiza a quebra dos amidos e açúcares em glicose que, por sua vez, é absorvida pelas células do corpo para produzir moléculas de combustível. Quando você vai para a academia ou sai para correr, isso te fornece a energia necessária para você realizar essas atividades. Quando se trata de turbinar o seu treino, os carboidratos podem ser os seus maiores aliados, em conjunto com as proteínas. Não tenha medo! Mas não se esqueça de considerar a fonte dos carboidratos. Você pode desejar os "açúcares livres" encontrados em alguns doces e bebidas com açúcares ou xarope. Esses “açúcares livres" podem ajudar quando você precisa reabastecer sua energia durante um treino longo e intenso. Na maioria das vezes, no entanto, opte por outras fontes de carboidratos para abastecer seu corpo, especialmente aquelas ricas em fibras e micronutrientes. PROTEÍNAS Cada célula do corpo humano contém proteínas. Elas são componentes funcionais e estruturais de todas as células, tecidos e órgãos, como pele, cabelo, ossos e músculos — ou seja, são muito importantes mesmo! As proteínas são formadas por 20 aminoácidos, porém 9 deles não podem ser produzidos pelo corpo, por isso são chamados de aminoácidos essenciais.. As proteínas são encontradas em fontes animais, como carnes, peixes, ovos, laticínios, e em fontes vegetais, como leguminosas e cereais. São elas que auxiliam no crescimento e na manutenção dos músculos. Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 GORDURAS Para começar, todos nós precisamos de gorduras para o bom funcionamento do nosso corpo. As gorduras são compostas por diferentes tipos de ácidos graxos. Existem 4 tipos: gorduras saturadas, monoinsaturadas, poli-insaturadas e trans. As gorduras insaturadas são geralmente consideradas mais saudáveis. Você encontrará gorduras monoinsaturadas em abacates e nozes. Entre as poli-insaturadas estão os ácidos graxos ômega-3, ômega-6 e ômega 9. As gorduras são importantes para visão e ajudam a absorver as vitaminas lipossolúveis, ou seja solúveis em gorduras. COMO CALCULAR OS MACRONUTRIENTES A quantidade de macronutrientes que você ingere por dia depende de três fatores: peso corporal, frequência do treino e a intensidade do treinamento. Esteja você rumo a uma maratona, levantando pesos na academia ou correndo para cima e para baixo nas quadras, é essencial manter uma alimentação variada. Antes de dar início às mudanças, tente manter um diário alimentar e de treinos por um curto período de tempo - uma ou duas semanas - para ter em mãos esse mapeamento de performance. Confira aqui como calcular as quantidades certas de proteína e carboidratos diários certos para você. QUAIS SÃO OS MICRONUTRIENTES? Os micronutrientes são vitaminas e minerais essenciais para o funcionamento do nosso organismo e são incorporados por meio de uma dieta variada e equilibrada, com muitas frutas e vegetais coloridos e saborosos. VITAMINAS Apesar de essenciais para o funcionamento adequado do nosso organismo, o corpo não produz as vitaminas. Por isso, devemos adquiri-las por meio de uma dieta saudável e variada. A maioria das vitaminas se dissolve em água, como as vitaminas do complexo B e C, por exemplo, o que torna difícil seu armazenamento. Por isso, ao planejar uma deita com foco nos treinos, preste atenção se está com os níveis adequados.Afinal, as vitaminas são vitais para sintetizar energia. Existem também outros tipos de vitaminas, armazenadas nas gorduras, como as vitaminas D, A, E e K. MINERAIS Os minerais ocorrem naturalmente no solo e na água. Existem macro minerais, como cálcio e sódio, dos quais você precisa em maior quantidade, e oligoelementos, como ferro e zinco, dos quais o corpo precisa em quantidades menores. Mesmo os minerais-traço, necessários em pequenas quantidades, desempenham um papel muito importante para o corpo funcionar adequadamente. Se o seu treino é bem pesado, os minerais a serem observados com maior atenção são o potássio e o sódio, pois eles são perdidos com o suor durante os exercícios. Pegue pesado nos treinos, mas não se esqueça de que uma dieta variada, rica em todos os principais grupos de alimentos, em quantidades adequadas, ajudará o seu corpo a funcionar corretamente. Também procure sempre a orientação de um profissional de saúde para te ajudar em sua jornada! Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 OBJ. 3: Descrever dieta balanceada (Guia alimentar para a população brasileira, cap 1 e 2) Há milhares de anos, Hipócrates (Pai da Med) já afirmava: “que teu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja teu alimento”. A boa alimentação tem papel essencial na prevenção e tratamento de doenças. Ela é baseada no fornecimento de nutrientes - substâncias químicas que fazem parte dos alimentos - ao corpo a fim de manter o seu funcionamento. Contudo, não é um único alimento que possui todos os nutrientes que o corpo humano precisa, dessa forma é essencial que ocorra uma dieta balanceada. De acordo com a nutricionista Simone Carvalho, a dieta balanceada é composta por alimentos ricos em frutas, verduras, legumes, cereais integrais, carnes com poucas gorduras, peixes, ovos e MUITA ÁGUA (35ml a 50ml x peso em kg). Ela não provoca aumento ou perda de peso, mas é essencial para nos mantermos saudáveis. A primeira dica de Simone é evitar opções industrializadas ou ricas em açúcar. Isso porque, além de contribuírem no aumento de peso, consumi-las em excesso pode causar diversos outros problemas de saúde, como diabetes, hipertensão, obesidade, etc. Princípios da alimentação saudável (BRASIL, BVS) ■ Variedade: é importante comer diferentes tipos de alimentos pertencentes aos diversos grupos; a qualidade dos alimentos tem que ser observada. ■ Moderação: não se deve comer nem mais nem menos do que o organismo precisa; é importante estar atento à quantidade certa de alimentos. ■ Equilíbrio: quantidade e qualidade são importantes; o ideal é consumir alimentos variados, respeitando as quantidades de porções recomendadas para cada grupo de alimentos. Ou seja, “comer de tudo um pouco”. Assim, para obter a nutrição adequada, deve-se consumir a maioria de suas calorias diárias em: ● Frutas frescas; ● Vegetais frescos; ● Grãos integrais; ● Leguminosas; ● Oleaginosas; ● Gorduras boas, como azeite de oliva e salmão; ● Proteínas magras. Os 10 mandamentos da alimentação saudável (Guia alimentar, Ministério da Saúde) 1. Comer frutas e verduras. Por serem alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras. 2. Inclua diariamente seis porções do grupo de cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural. Porque são fontes de energia e importante fonte de fibra. 3. Para cada 2 colheres de arroz, comer 1 de feijão, pois as proteínas deles se complementam. 4. Evitar gorduras e frituras, a fim de evitar doenças como obesidade, cardiovasculares, hipertensão e diabetes. 5. Usar 1 lata de óleo para cada 2 pessoas da casa ao mês ou, se morar sozinho, a lógica é de que 1 lata de óleo dure ao menos 2 meses. Para se ter um controle da quantidade de óleo utilizado 6. Realizar 3 refeições principais e 1 lanche por dia, pois mantém o corpo satisfeito ao longo do dia 7. Comer com calma e não na frente da TV, pois é um tipo de distração que não nos permite perceber a quantidade de alimento que está consumindo. Além disso, propagandas alimentícias despertam a gula. Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 8. Evitar doces e alimentos calóricos, devido que ao comê-los exageradamente, favorece o surgimento de doenças. 9. Comer de tudo, mas capricha Dar preferência aos alimentos ricos em nutrientes, mas não é necessária uma dieta que seja sempre restritiva 10.Atividade física (funcionamento correto do corpo, órgãos, diminui ansiedade/estresse, perder peso ou ganhar massa…) Frutas Além de ser uma ótima fonte de nutrição (vitaminas, minerais e fibras), as frutas fazem lanches saborosos. São ricas em açúcar. Porém, como o açúcar é natural, ainda pode ser uma escolha melhor para você do que outros alimentos com açúcar adicionado e adoçantes. Vegetais Legumes e verduras são fontes primárias de vitaminas e minerais essenciais. Verduras escuras e folhosas, como couve e espinafre, geralmente contêm mais nutrição e podem ser consumidas em todas as refeições. Comer uma variedade de vegetais o ajudará a obter os nutrientes abundantes que eles fornecem. Grãos integrais Grãos integrais são selecionados usando todo o grão, incluindo a casca. Eles fornecem muito mais nutrição que sua versão processada. Assim, tente mudar de pães e massas feitos com farinha branca para produtos e ingredientes integrais. Proteínas Carnes e feijões são fontes primárias de proteína, um nutriente essencial para o desenvolvimento muscular e cerebral adequado. Carnes magras e com baixo teor de gordura, como frango, peixe e certos cortes de carne de porco e bovino são as melhores opções. Assim, remover a pele e aparar qualquer gordura visível é uma maneira fácil de reduzir a quantidade de gordura e colesterol nas carnes. Nozes e leguminosas são boas fontes de proteína e contém muitos outros benefícios à saúde, além de fibras e outros nutrientes. Portanto, tente comer também: Lentilhas, Feijões, Ervilhas, Amêndoas, Sementes de girassol, Nozes, Tofu e Tempeh. Gorduras boas Estamos acostumados a ouvir que as gorduras são grandes vilãs do aumento de peso, mas esse conceito está, aos poucos, ficando ultrapassado. É verdade que são calóricas e algumas podem causar malefícios para a saúde se ingeridas em excesso. No entanto, as gorduras desempenham funções importantes para o organismo. Assim, as gorduras boas são as que chamamos de insaturadas, provenientes da natureza. Como: Abacate, Ovo, Azeite de Oliva e Peixes Gordos. Pirâmide alimentar essencial para saber se estamos comendo a variedade de alimentos necessária para uma dieta equilibrada. Serve como guia geral sobre or nas verduras, legumes, frutas e cereais que comer no dia-a-dia. Foi baseada nas necessidades energéticas e nutritivas de indivíduos adultos, criada pelo Departamento de Agricultura dos EUA. Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 Pirâmide alimentar brasileira A pirâmide alimentar brasileira utilizou a antiga pirâmide norte-americana como base, e foi adaptada para os hábitos, os alimentos e a cultura do Brasil. Este ajuste à realidade brasileira foi importante, pois alimentos como o feijão, que é muito consumido no Brasil, precisaram ficar em um grupo separado, por exemplo. Além das recomendações dos tipos de alimentos, a pirâmide brasileira também sugere a prática de atividade física por, no mínimo, 30 minutos por dia, 7 vezes na semana e fazer 6 refeições por dia, com café da manhã,lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Com as novas adaptações, a divisão da pirâmide alimentar brasileira ficou em 4 níveis e 8 grupos de alimentos no total. Ao contrário da divisão da pirâmide norte-americana, que tinha 4 níveis e somente 6 grupos alimentares. ● Primeiro nível: contém o grupo dos cereais, tubérculos e raízes; ● Segundo nível: contém o grupo das hortaliças e o grupo das frutas; ● Terceiro nível: contém o grupo do leite e produtos lácteos, o grupo das carnes e ovos e o grupo das leguminosas; ● Quarto nível: contém o grupo dos óleos e gorduras e o grupo dos açúcares e doces. Exemplos de legumes e verduras Enquanto as verduras: são mais fáceis de identificar, pois são folhas, flores ou hastes como alface, couve, brócolis e agrião. Os legumes englobam um grupo maior, formado por 4 categorias: Leguminosas: feijão, vagem, soja, ervilha, grão-de-bico, amendoim; Cereais: arroz, trigo e milho; Oleaginosas: castanha-de-caju, castanha-do-pará, nozes e amêndoas; Frutas: laranja, maçã, banana, tangerina, etc. OBJ. 4: Conceituar o IMC IMC significa Índice de Massa Corporal e trata-se de uma medida do peso de cada pessoa, sendo uma relação entre a massa da pessoa e a sua altura ao quadrado. A partir desse cálculo é possível avaliar se a pessoa está com um peso ideal ou se está abaixo ou acima do peso. Tanto níveis abaixo, como níveis acima do peso ideal, podem oferecer riscos à saúde do indivíduo. Esta é uma medida de referência internacional reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde). É um cálculo simples para avaliar o peso, porém não mede diretamente a gordura corporal, já que não contempla a massa magra, massa gorda, líquidos e a estrutura óssea da pessoa em questão. Como calcular o IMC Para determinar o IMC, basta dividir o peso do indivíduo (massa) pela sua altura ao quadrado. A massa deve ser definida em quilogramas (kg) e a altura em metros (m). Vejamos um exemplo de cálculo do IMC: Uma pessoa que pesa 58 kg e mede 1,65 metros: IMC = 58 / 1,65 x 165 IMC = 24,1 Observando a tabela abaixo, constata-se que essa pessoa está dentro da faixa do peso ideal, mas está próxima da seguinte faixa, onde seria considerada acima do peso. Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 Tabela do IMC Classificação IMC(kg/m2) Muito abaixo do peso Menor que 18,5 Normal 18,5 - 24,9 Acima do peso 25 - 29,9 Obesidade grau I 30 - 34,9 Obesidade grau II 35 - 39,9 Obesidade grau III Maior que 40 A importância de saber o peso ideal Ainda que não diferencie a massa magra da massa gordurosa, o IMC é um teste rápido e prático que pode dar indícios sobre a saúde dos indivíduos. Quando a pessoa está abaixo do peso ideal, pode ser um indício de desnutrição. Uma pessoa pode estar desnutrida devido a alguma doença ou por uma alimentação insuficiente, por exemplo. Quando a pessoa está acima do peso ideal, é provável que haja excesso de gordura no organismo, o que eleva o risco de problemas de saúde, como obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão, colesterol, infarto e diabete. O excesso de gordura pode ser causado pelo sedentarismo e também por uma alimentação inadequada. O índice de Massa Corporal deve ser mantido entre 18,5 e 24,9, mas apenas essa informação não é suficiente para avaliar a saúde de uma pessoa. É preciso consultar profissionais da saúde para que façam um diagnóstico completo. Limitações do índice IMC O índice IMC não é válido em todos os casos. Para crianças, idosos, gestantes e pessoas muito musculosas, a avaliação do peso ideal deve ser feita considerando as especificidades dos organismos nessas situações. Crianças: o índice de gordura varia conforme os anos. Assim, é necessário que a avaliação considere os índices conforme a faixa etária; Idosos: os idosos têm uma proporção diferente de massa magra e gordura corporal devido à perda natural dos músculos, o que deve ser considerado na definição de seu peso ideal; Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 Gestantes: como o peso do bebê não é considerado no cálculo do IMC, uma gestante poderia ser considerada acima do peso ideal com a simples aplicação desse índice; Pessoa muito musculosa: como o teste não diferencia o tecido adiposo do tecido muscular, uma pessoa com muito músculo poderia ter o resultado de IMC semelhante ao de uma pessoa obesa. OBJ. 5: Relacionar desequilíbrio entre ingestão e gasto energético como fator responsável pelo ganho ou perda de massa Quanto de energia nutricional o corpo precisa? As necessidades nutricionais de energia variam em função da idade, do sexo, do estado de saúde e do estado fisiológico, nível de atividade física dos indivíduos e número de horas de trabalho. Para um adequado estado nutricional, no que se refere à energia, o consumo alimentar deve estar em perfeito equilíbrio com o gasto da energia do organismo, usada para manter as funções vitais e nas atividades físicas diárias. Qual é o conceito de balanço energético? As pessoas em equilíbrio energético não ganham nem perdem peso; é o que se denomina “balanço energético”: O balanço energético é o equilíbrio obtido a partir do total de energia ingerida e o total de energia gasta pelo organismo em suas atividades diárias. Caloria (kcal) é a unidade de medida da energia gasta pelo corpo humano em suas atividades metabólicas e físicas e do teor de energia encontrado nos alimentos (proteínas e carboidratos = 4 kcal/g; gorduras = 9kcal/g). Vitaminas, sais minerais e água não fornecem energia. Se a alimentação fornece mais energia do que é requerido pelo organismo, a energia excedente é acumulada na forma de gordura corporal. Isso significa que, se a pessoa não ingerir menos alimentos ou não aumentar a atividade física, irá ganhar peso, principalmente pelo acúmulo de gordura, o que poderá levar ao sobrepeso ou à obesidade, ao longo do tempo. Os homens brasileiros, em média, alcançam balanço energético com cerca de 2.400 calorias por dia; as mulheres, com cerca de 1.800 ou 2.200 calorias por dia. A média de 2.000 calorias atende também às necessidades de energia das pessoas mais jovens. Por exemplo: as mulheres pequenas e inativas, para manter o balanço energético, devem consumir um volume de alimentos menor por porções recomendadas para cada grupo de alimentos, principalmente relacionando os alimentos mais calóricos como os doces e as gorduras, se comparadas aos homens de mesma idade e nível de atividade física. O crescimento da incidência das DCNT observado nas últimas décadas relaciona-se, em grande parte, com os hábitos de vida quando jovens. Entre eles, destacam-se os comportamentos que desequilibram o balanço energético, induzindo a ganho excessivo de peso. Estima-se que, para cada 5% de aumento de peso acima daquele apresentado aos 20 anos de idade, ocorram um aumento de 200% no risco de desenvolver a síndrome metabólica na meia idade. A evolução de acordo com a idade À medida que envelhecemos o gasto metabólico se altera e acumulamos, em média, após os 40 anos de idade, meio quilograma de peso corpóreo por anos. Este excesso de peso está associado ao desenvolvimento do diabetes, das doenças cardiovasculares e de outras doenças crônicas não transmissíveis. Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 O princípio fundamental para manter um balanço energético é que as mudanças nos depósitos orgânicos de energia (tecido adiposo ou massa gorda) se equilibrem com a diferença entre consumo e gasto energético. Se a ingestão excede o gasto, ocorre um desequilíbrio positivo, com deposição energética (tecido gorduroso) e tendênciaao ganho de peso; quando a ingestão é inferior ao gasto, ocorre um desequilíbrio negativo, com diminuição dos depósitos de gordura e conseqüente perda de peso. O balanço energético X peso corporal O balanço energético ou do peso corporal, está associado a mecanismos fisiológicos múltiplos que determinam mudanças coordenadas entre ingestão e gasto energético, regulando o peso corporal em torno de um ponto de ajuste que mantém o peso estável. A ingestão energética total é proveniente da metabolização dos nutrientes energéticos, carboidratos, gorduras, proteínas, do álcool e de fibras. A ingestão diária é definida pelo Valor Energético Total =VET expresso em quilojoule (KJ) ou em quilocalorias (kcal): Valor calórico dos nutrientes: 1 g e gordura = 9kcal/g 1 g de carboidratos = 4 kcal/g 1 g de proteínas = 4kcal/g 1 ml de álcool = 7 kcal/g 1 g de fibras = 1,5 kcal/g (energia das fibras produzidas no cólon intestinal a partir da degradação bacteriana). A avaliação do gasto energético do indivíduo é composta por três elementos: A taxa metabólica basal: energia requerida para manutenção de todas as funções vitais do organismo, medida com indivíduo em total repouso; O gasto energético utilizado para metabolizar e armazenar o alimento, chamado de ADE = ação dinâmico específica dos alimentos; O gasto energético requerido para atividade física e para o trabalho que se modificará de acordo com a intensidade do trabalho ou atividade física. Também se considera que a termogênese adaptativa, que varia em resposta à ingestão energética crônica (sobe com o aumento da ingestão energética), determinada para o gasto energético de um indivíduo. Como é o cálculo de peso saudável? Para o cálculo do peso saudável a tendência é utilizar o Índice de Massa Corporal – IMC, que relaciona o peso dividido pela altura ao quadrado de um indivíduo, para estabelecer a faixa de peso saudável. IMC = peso / (altura)2 A OMS recomenda para a população um IMC entre 21 e 23kg/m2. Para indivíduos, a faixa recomendada é de 18,5 a 24,9kg/m2, evitando ganhos de peso maiores do que 5 kg na vida adulta. Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 Para a manutenção do peso saudável e do balanço energético, dois fatores precisam ser avaliados para uma mudança significativa: O aumento do consumo de alimentos industrializados, normalmente ricos em gorduras hidrogenadas e carboidratos simples e pobres em carboidratos complexos. O declínio do gasto energético associado à falta de atividade física. Dois fatores que muito contribuem para o aumento do peso corporal. As recomendações para mudanças de comportamentos ligados a essa problemática na prevenção da obesidade são considerar o balanço energético e a atividade física. O excesso de peso e a obesidade estão entre os maiores problemas de saúde pública no mundo. Estima-se, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que em 2025 tenhamos cerca de 2,3 bilhões de adultos com sobrepeso e mais de 700 milhões obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo pode hegar a 75 milhões, caso nada seja feito. A população brasileira sofre uma transição nutricional na infância, com redução da desnutrição e crescimento do excesso de peso e obesidade. Além disso, mais da metade da população adulta brasileira apresenta excesso de peso. Buscamos constantemente os vilões para o controle deste peso e a redução de percentual de gordura. Não existe apenas um vilão. A questão é muito complexa e está relacionada com o estilo de vida, o desequilíbrio entre ingestão alimentar (má qualidade na escolha e combinação dos alimentos) e gasto energético - prática regular de exercício físico. Observa-se redução no consumo de frutas, hortaliças, leguminosas e cereais, e aumento na ingestão de produtos industrializados, processados e ultraprocessados. A população brasileira possui grande variedade de alimentos e grande consumo de carboidratos ao longo do dia. Nas últimas décadas, preparações mais elaboradas e industrializadas, que antes eram consumidas apenas em dias especiais ou no fim semana, passaram a ser ingeridas durante a semana. Acrescentamos muita gordura (margarina, óleos, manteiga, creme de leite, queijos) através da adição de molhos, cremes e frituras. Além disso, nós aumentamos a quantidade de carboidratos no prato (arroz, batata, pães e farinhas) em todas as refeições. A associação "bombástica" de carboidratos e gorduras promove pratos de alta densidade energética. O excesso de carboidratos na dieta leva a estímulos constantes à insulina. Após uma refeição rica em carboidratos os níveis de glicose sanguínea se elevam e o corpo tenta reduzir estas concentrações produzindo insulina pelo pâncreas. A insulina acelera o transporte de glicose para os tecidos (cérebro, tecido adiposo, músculo, trato gastrointestinal, rins) reduzindo os níveis glicêmicos. Estudos demonstram que a alimentação rica em carboidratos e os estímulos elevados e constantes à insulina estão relacionados ao aumento da fome, redução da saciedade, aumento dos triglicerídeos, redução do HDL colesterol, esteatose hepática (gordura no fígado), doenças cardiovasculares, resistência à insulina, diabetes e adiposidade. Não existe a melhor dieta (low carb, cetogênica, contagem de calorias ou paleolítica). Cabe ao profissional de nutrição após entrevista com seu paciente, de acordo com os objetivos e durante as consultas, avaliar e reavaliar as melhores Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 estratégias nutricionais. Excluir grupos alimentares pode trazer prejuízos á saúde e performance esportiva. As dietas com redução na proporção de carboidratos são benéficas para redução do peso e do percentual de gordura. Entretanto, determinar a quantidade de carboidrato que cada indivíduo deve ingerir dependerá dos objetivos e fase do tratamento, modalidade esportiva, tipo, volume, intensidade de treinamento, história clínica e estilo de vida do paciente. Algumas atitudes podem contribuir para menor estímulo insulínico, melhor controle do peso e promoção da saúde: - aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes - reduzir o consumo de alimentos industrializados, processados e ultraprocessados - dar preferência por alimentos integrais: maior teor de fibras, maior saciedade, menor estimula á insulina - realizar refeições mistas e reduzir o índice glicêmico das refeições, associando por exemplo carboidratos e proteínas nos lanches intermediários. - aumentar o consumo de gorduras monoinsaturadas: abacate, azeite, castanhas - dar preferência a preparações assadas, grelhadas, cozidas e levemente refogadas. - Para os refogados ou preparações que precisem utilizar "gorduras" utilizar azeite ou óleo de coco - Praticar exercício regularmente e manter-se ativo (exemplo de alguns dos benefícios: melhora a composição corporal e possui efeito "hipoglicemiante"). - na grande refeição, maior atenção quanto à montagem do prato e escolha dos alimentos: metade do prato com hortaliças A e B verduras e legumes, e a outra metade com proteína animal ou vegetal e cereais, grãos ou hortaliças C (batata, aipim, inhame) OBJ. 6: Definir e classificar os tipos de carboidratos Carboidratos Os carboidratos são macromoléculas importantes para os seres vivos e apresentam, entre outras funções, a função energética e estrutural, além de funcionarem como reserva. Os carboidratos são encontrados em todos os alimentos de origem vegetal Os carboidratos, genericamente chamados de glicídios ou açúcares, são as macromoléculas que estão presentes em maior quantidade em nosso planeta e destacam-se como a principal fonte de energia do nosso organismo. Os animais são incapazes deproduzir essas moléculas, sendo necessária, portanto, a sua ingestão. Carboidratos são as principais fontes de energia dos seres vivos. São as moléculas orgânicas mais numerosas da Terra e são formadas por carbono, oxigênio e hidrogênio. Também podem ser chamadas glicídios, hidratos de carbono ou açúcares. Os carboidratos participam também da formação de estruturas de células e de ácidos nucleicos. Quando ingeridos e absorvidos, são responsáveis por liberar glicose, fornecer energia para as células por ser a primeira fonte de energia celular, e fazer a manutenção metabólica glicêmica para que o organismo continue funcionando bem. → Estrutura química dos carboidratos Podemos definir os carboidratos como poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou substâncias que liberam esses compostos no processo de hidrólise. Os carboidratos são constituídos por moléculas de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O) e, por isso, também são chamados de hidratos de carbono. Vale destacar, no entanto, que alguns carboidratos apresentam outros átomos constituindo suas moléculas. A fórmula geral dos carboidratos é (CH2O)n https://www.biologianet.com/zoologia/ Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 → Classes de carboidratos Os carboidratos podem ser classificados em três classes principais: monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Monossacarídeos: são as unidades mais simples de carboidratos e são constituídos por apenas uma unidade de poliidroxialdeídos ou cetonas. Podem ser classificados, de acordo com o número de átomos de carbono que possuem, em: triose (3 carbonos), tetrose (4 carbonos), pentose (5 carbonos), hexose (6 carbonos), heptose (7 carbonos) e octose (8 carbonos). Os dois monossacarídeos mais abundantes na natureza são a glicose e a frutose; Oligossacarídeos: São monossacarídeos unidos por ligações glicosídicas e destacam-se por serem cadeias curtas. Como exemplo de oligossacarídeos, podemos citar a sacarose e a lactose. Esses dois carboidratos podem ser denominados também de dissacarídeos, pois são compostos por dois monossacarídeos; Polissacarídeos: São monossacarídeos também unidos por ligação glicosídica, mas, diferentemente dos oligossacarídeos, apresentam milhares de monossacarídeos unidos. Considera-se polissacarídeo um carboidrato com mais de 20 unidades. Como exemplo de polissacarídeo, podemos citar a celulose, o amido e o glicogênio. → Funções dos carboidratos Os carboidratos apresentam diferentes funções nos organismos vivos. Destacam-se: Função energética: Os carboidratos são utilizados pelas células para a produção de ATP, fornecendo, portanto, energia para a realização das atividades celulares. A glicose é o principal carboidrato utilizado pelas células para produzir energia; Função estrutural: Alguns carboidratos destacam-se por seu carácter estrutural. Esse é o caso da celulose, que é o principal componente da parede celular dos vegetais, e a quitina, um carboidrato encontrado no exoesqueleto de artrópodes; Função de reserva energética: Além de fornecer energia de maneira imediata, os carboidratos podem ser armazenados de diferentes formas. Nos vegetais, o carboidrato de reserva é o amido; nos animais, o carboidrato de reserva é o glicogênio. → Fontes de carboidratos Quando falamos em fontes de carboidratos, logo pensamos em pães, massas, arroz e cereais. Entretanto, apesar de serem ricos nessas macromoléculas, não são os únicos que as contêm. Todos os produtos de origem vegetal possuem carboidratos, sendo assim, frutas, verduras e legumes são fontes desse nutriente. Vale destacar também que o mel, apesar de ter origem animal, é um exemplo de carboidrato. Curiosidade: As necessidades diárias de carboidratos ficam em torno de 6 g a 7 g por quilo. Cerca de 50% a 60% de todo o valor calórico de nossa dieta deve ser proveniente de carboidratos. CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS Monossacarídeos São os carboidratos de composição mais simples, pois não sofrem o processo de hidrólise. Possuem a fórmula química geral (CH2O)n, onde “n” é o número de átomos de carbono. Geralmente, possuem sabor adocicado e podem ser trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou heptoses, quando constituídos de três, quatro, cinco, seis ou sete átomos de carbono, respectivamente. https://www.biologianet.com/biologia-celular/amido.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/glicogenio.htm https://www.biologianet.com/zoologia/artropodes.htm Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 Principais monossacarídeos Dissacarídeos São moléculas que provém da união de dois monossacarídeos por uma ligação glicosídica. Quando ocorre esse evento, há a liberação de uma molécula de água (desidratação). Principais dissacarídeos Sacarose: É formada pela soma dos monossacarídeos frutose e glicose. A sacarose possui um tipo de função energética, e está presente nos vegetais, especialmente na cana de açúcar; Lactose: É constituída pela soma entre os monossacarídeos glicose e galactose. A lactose também possui função energética e pode ser facilmente encontrada no leite; Maltose: É soma de uma molécula de glicose com outra glicose. A maltose possui função energética e pode ser encontrada principalmente nos vegetais. Polissacarídeos São formados pela união de 10 ou mais monossacarídeos. Possuemcadeias longas e podem apresentar moléculas de nitrogênio ou enxofre. Não são solúveis em água. Principais tipos de polissacarídeos Celulose: A celulose está presente principalmente nos vegetais, atuando na formação da parede celular das plantas. Quando ingerimos vegetais (folhas, legumes, frutas e etc.), nosso organismo é capaz de fazer a digestão da celulose. Porém, ela é muito importante para o bom funcionamento dos intestinos e composição do bolo fecal. Amido: O amido é um polissacarídeo presente em inúmeras espécies de vegetais. Ele também é importante para nosso organismo, atuando como reserva de energia. Pode-se encontrar grandes quantidades de amido no milho, trigo, batata, arroz, mandioca e cenoura. Quitina: A quitina é um polissacarídeo encontrado no exoesqueleto de animais artrópodes e nas paredes das células de fungos. A quitina é composta por grande quantidade de moléculas de glicose e por grupos de amina (composto químico orgânico que possui nitrogênio em sua composição). Glicogênio: Está presente nos animais e nos fungos. Nos seres humanos o armazenamento e a síntese do glicogênio ocorrem no fígado e nos músculos. Tipos de Carboidratos Carboidratos simples São formados pelos monossacarídeos ou dissacarídeos. Os principais representantes são a glicose, a frutose e a sacarose. A digestão e a absorção são bem rápidas, por isso eles podem aumentar muito a glicose no sangue. Os carboidratos simples podem ser utilizados na produção de energia na hora em que são ingeridos, ou podem ser armazenados pelo organismo para uso posterior. Esse armazenamento está localizado principalmente no fígado e nos músculos. Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 Carboidratos complexos São formados pelos polissacarídeos. Possuem digestão e absorção mais lenta, e são formados por uma cadeia longa de monossacarídeos, gerando fibras que dão maior sensação de saciedade. Estão presentes nos grãos integrais e por serem absorvidos de forma mais lenta, não causam grandes alterações no índice de glicemia do sangue. A energia fornecida por eles dura mais. Importância do Carboidratos Os carboidratos são a principal fonte de energia do organismo humano. Eles são responsáveis pelas atividades do nosso cotidiano como andar, correr e trabalhar. O consumo dos carboidratosé essencial para a nossa existência. Os carboidratos exercem diversas funções em nosso organismo, como a nutrição das células do sistema nervoso central. Se a taxa de carboidratos diminuem, o organismo começa a utilizar as proteínas armazenadas para produzir energia, dando causa a uma possível perda da massa muscular. A ingestão correta de carboidratos evita a utilização da proteína muscular. Os carboidratos devem ser ingeridos de maneira eficaz, por meio de alimentos ricos em amido associados às fibras como, por exemplo, o pão integral. Para a prática de atividades físicas, o carboidrato é o nutriente mais importante na dieta. O carboidrato é o responsável por elevar o armazenamento antes das atividades, fornecer energia durante os exercícios e também possui um papel essencial no período de recuperação após as atividades. OBJ. 7: Entender o processo de digestão, absorção e transporte de carboidratos DIGESTÃO = Transformações físicas e químicas dos alimentos para se tornarem cada vez menores e tornarem absorvíveis para o corpo. Digestão mecânica: Mastigação, pelos dentes, língua e mov. peristálticos Digestão química: Depende, frequentemente, das enzimas (que são proteínas) degradando substratos. Sucos digestivos: saliva, suco gástrico (estômago), suco pancreático, suco entérico (intestino delgado) e o suco biliar. ● Saliva: Permite que os alimentos sejam insalivados, ou seja, torna-os mais fácil de digerir, por ficarem mais úmidos, mediante à mistura do alimento com a saliva e produz a enzima ptialina (amilase salivar). Essa enzima funciona melhor no pH neutro (7). E, após a ação enzimática, ocorre a deglutição do bolo alimentar. ● Suco gástrico: Quando o bolo alimentar chega ao estômago, há a interrupção da amilase salivar, devido à acidificação brusca do pH para 2. Composto pelo ácido clorídrico (HCl) - que é produzido pelas glândulas gástricas após, estas, serem estimuladas pelo hormônio gastrina e pela enzima pepsina (digestão de proteínas) - que é oriunda do pepsinogênio, enzima que se torna ativa na presença do HCl. ● Intestino delgado: Acontece digestão de carboidratos, lipídeos e proteínas, além da absorção de nutrientes, principalmente devido às vilosidades e microvilosidades dos seus enterócitos. Depende do suco pancreático e das enzimas. O Suco pancreático ou amilase pancreática: Produzido pelo pâncreas, mas age no intestino delgado, pH em torno de 8, devido à liberação de bicarbonato de sódio (NaHCO3), contém a tripsina e quimiotripsina, enzimas que agem sobre as proteínas. O Suco entérico: Produzido no intestino delgado e lançado pelo duodeno (porção inicial do intestino delgado), cuja função é digerir carboidratos, proteínas e lipídeos. Possui dissacaridases - maltase, sacarase e lactase - (que quebram maltose, sacarose, lactose), lipase e nucleosidase. Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 ● Bile ou suco biliar: Produzida pelo Fígado e armazenada na vesícula biliar, é um fluido essencial à digestão de gordura e é conhecido como “detergente biológico”. Digestão de Carboidratos = A enzima ptialina (amilase salivar) se liga ao substrato amido e, mediante reação química, o transforma em maltose (que são 2 glicoses). O amido digerido, é acompanhado pela ptialina até chegar ao intestino delgado, portanto não é digerido no estômago. Com a chegada do quimo no intestino delgado, a amilase pancreática quebra o amido em oligossacarídeos (clivado pela glicoamilase), maltose (clivado pela maltase) e isomaltose (clivado pela isomaltase), mediante a hidrólise, originando a glicose. Além dessas moléculas, a sacarose (que libera frutose) e a lactose (que libera galactose) são quebradas por ação da sacarase e lactase. ABSORÇÃO = A absorção da maior parte dos nutrientes ocorre no intestino delgado, enquanto a absorção de água se dá principalmente no intestino grosso, que é a parte final do trato intestinal. Isso acontece porque no estômago as células estão mais unidas, não havendo tanto espaço - como há no intestino - para a absorção. Além disso, ela ocorre quando os alimentos, durante a digestão, são decompostos em moléculas menores para, assim, atravessarem do meio externo (paredes do tubo digestivo, geralmente o intestino delgado) para o meio interno (sangue e linfa, que atuam no transporte e remoção de substâncias em diversas partes do corpo). Absorção de nutrientes no intestino delgado O intestino delgado é onde ocorre a maior parte da digestão e da absorção dos nutrientes. Está dividido em 3 partes: duodeno, jejuno e íleo, que absorvem os seguintes nutrientes: Gorduras; Colesterol; Carboidratos; Proteínas; Água; Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 Vitaminas: A, C, E, D, K, complexo B; Minerais: ferro, cálcio, magnésio, zinco, cloro. Os alimentos ingeridos demoram cerca de 3 a 10 horas para percorrer todo o intestino delgado. Além disso, é importante lembrar que o estômago participa do processo de absorção do álcool, alguns remédios e é responsável pela produção do fator intrínseco, substância necessária para a absorção de vitamina B12 e prevenção de anemias. Absorção de nutrientes no intestino grosso O intestino grosso é responsável pela formação de fezes e é onde se encontram as bactérias da flora intestinal, que ajudam na produção das vitaminas K, B12, tiamina e riboflavina. Os nutrientes absorvidos nessa parte são principalmente água, biotina (vitamina B7 ou H, relacionada à produção de glicogênio e de proteínas), sódio e gorduras feitas com ácidos graxos de cadeia curta. As fibras presentes na dieta são importantes para a formação das fezes e ajudam a passagem do bolo fecal através do intestino, sendo também a fonte de alimentos para a flora intestinal. TRANSPORTE = Pode se dar, também, pelo transporte via corrente sanguínea, que carrega os nutrientes aos seus destinos. As membranas biológicas são permeáveis apenas a moléculas solúveis em lipídios, como ácidos graxos e esteroides, a moléculas pequenas como as dos gases oxigênio, CO2 e nitrogênio, e à água. A maioria das moléculas solúveis em água não pode atravessar livremente as membranas por simples difusão, devido ao caráter hidrofóbico da bicamada lipídica. Apesar disto, íons (H+, Na+, K+, Ca2+, Cl–) e metabólitos polares (lactato, açúcares, nucleotídeos, aminoácidos) estão em fluxo constante através das membranas celulares, graças a sistemas de transporte, constituídos por proteínas integradas. O cerne (parte interna) apolar das membranas biológicas as torna altamente impermeáveis à maioria das substâncias iônicas e polares, de forma que essas substâncias atravessam as membranas pela ação de proteínas transportadoras específicas. Tais proteínas são necessárias na mediação de todos os movimentos transmembrana de íons, como Na+, K+, Ca2+ e Cl-, bem como de metabólitos (produto do metabolismo), como piruvato, aminoácidos, açúcares, e nucleotídeos, e mesmo água. A difusão de uma substância ocorre semelhante ao equilíbrio químico no qual, devido à diferença de concentração do lado interno para o externo, ocorre uma diferença de potencial químico. Um sistema de transporte são os canais, formados por proteínas com subunidades ou motivos em α-hélice ou folha β pregueada, que se organizam de modo a formar um tubo, preenchido por água, possibilitando a livre passagem de íons ou moléculas polares. A proteína que constitui o canal não se liga aos compostos transferidos. Outras proteínas transportadoras, denominadas permeases ou translocases, ligam-se reversivelmente a um composto específico de um lado da membrana e transportam-no para o outro. 1. Transporte mediado passivo ou difusão facilitada, (SEM GASTO ENERGÉTICO) no qual uma molécula específicaflui da região onde está em alta concentração para onde está em baixa concentração, de modo a equilibrar seu gradiente de concentração. O sistema que transporta glicose através da membrana do eritrócito (hemoglobina, glóbulo vermelho) é um exemplo bem caracterizado do transporte mediado passivo: a glicose é transportada invariavelmente a favor de seu gradiente de concentração. ● Transporte Passivo: Difusão = passagem de soluto do meio hipertônico ao hipotônico Simples: pela bicamada fosfolipídica Ex: respiração Facilitada: por proteínas Ex: glicose entrando nas células pelos GLUT Osmose = passagem de solvente do meio hipotônico ao hipertônico, para diluir a alta concentração do hiper. Acontece pela bicamada ou por proteínas Ex: transporte de água Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 2. Transporte ativo, (COM GASTO ENERGÉTICO) no qual moléculas específicas são transportadas da região onde estão em baixa concentração para onde estão em alta concentração, isto é, contra seus gradientes de concentração. Esse processo endergônico deve estar acoplado a um processo suficientemente exergônico que o torne favorável. ● Transporte Ativo por Proteína: (Gasto de ATP, contra o gradiente de concentração) Ex: Bomba de Sódio e Potássio nos neurônios 3. Transporte por vesículas: Endocitose e Exocitose para macromoléculas. (Marzzoco) O transporte de macromoléculas (proteínas, ácidos nucleicos, polissacarídeos) e partículas através das membranas celulares não é feito por permeases devido ao seu tamanho; esses componentes são englobados em vesículas delimitadas por membranas, que podem ser internalizadas ou exteriorizadas em processos denominados endocitose e exocitose, respectivamente. A exocitose ocorre por fusão de vesículas intracelulares com a membrana plasmática; na endocitose, formam-se vesículas a partir de segmentos da membrana plasmática que sofrem invaginação, englobando parte do fluido extracelular, juntamente com os solutos nele presentes. Ex: Na endocitose do colesterol LDL. OBJ. 8: Estudar o processo de obtenção de energia pela degradação de carboidratos (glicólise anaeróbica e aeróbica, ciclo de Krebs, cadeia respiratório e fosforilação oxidativa) GLICÓLISE ANAERÓBICA A glicólise é um processo anaeróbio, ou seja, sem a presença de oxigênio, que ocasiona a degradação da glicose (C6H12O6) que ocorre no hialoplasma da célula. Nessa via metabólica, que ocorre no citoplasma das células de todos os seres vivos, acontece a formação de ácido pirúvico (C3H4O3) e de moléculas de ATP. A molécula instável de glicose, quando se quebra, forma duas moléculas de ácido pirúvico e gera quatro moléculas de ATP. Como no início do processo são utilizados fosfatos provenientes de duas moléculas de ATP, o saldo líquido é de duas moléculas. Além disso, no processo de glicólise, ocorre a liberação de quatro elétrons e quatro íons H+ . Das quatro moléculas H+ , duas ficam livres no citoplasma, enquanto as outras duas, juntamente aos quatro elétrons, são capturadas pelo dinucleotídio de nicotinamida-adenina (NAD+ ) e formam o NADH. Em razão da capacidade de receber elétrons e os íons H+ , o NAD+ é considerado um aceptor de elétrons. O ácido pirúvico formado no processo de glicólise, com a presença de oxigênio, é usado na mitocôndria no processo de respiração celular. Quando, no entanto, não há oxigênio suficiente, o piruvato é transformado em ácido lático ou etanol (fermentação) Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 CICLO DE KREBS O ciclo de Krebs, também chamado de ciclo do ácido cítrico ou ciclo do ácido tricarboxílico, é uma das etapas da respiração celular, um processo aeróbio para obtenção de energia que ocorre nas células de diversos organismos. No ciclo de Krebs, ocorre a oxidação completa das moléculas que são fontes de energia, como carboidratos e ácidos graxos. Na oxidação da glicose, o ciclo de Krebs apresenta, ao final do processo, um saldo de seis moléculas de NADH (nicotinamida adenina dinucleotídeo reduzido), duas moléculas de FADH2 (flavina adenina nucleotídeo reduzido), duas moléculas de ATP (adenosina trifosfato) e quatro moléculas de CO2 (dióxido de carbono). O ciclo de Krebs inicia-se com a entrada do acetilCoA produzido anteriormente. O grupo acetil da acetil-CoA reage com o oxaloacetato, um ácido constituído por quatro carbonos, formando o citrato (forma oxidada do ácido cítrico), que é constituído por seis carbonos. A coenzima-A é, então, liberada para se ligar a um novo grupo acetil. A seguir ocorrem reações que causam a degradação do citrato gradualmente. Nesse processo, ocorrem a remoção e a oxidação de dois de seus átomos de carbono, formando CO2.O oxaloacetato é regenerado e pode reagir com outro acetil-CoA, iniciando novamente o ciclo. É importante destacar que cada etapa do ciclo de Krebs é catalizada por uma enzima específica. À medida que ocorre a oxidação do citrato, energia é liberada e utilizada na produção de moléculas carreadoras de energia. Em cada ciclo, para cada grupo acetil, uma molécula de ADP é convertida em ATP; 3 NAD+ são reduzidas a NADH; a FAD recebe dois elétrons e dois prótons, formando FADH2. Algumas células animais podem formar também GTP (trifosfato de guanosina). Essa molécula assemelhase ao ATP, podendo ser utilizada para a produção de ATP ou diretamente pela célula. Considerando que cada molécula de glicose produz dois acetil-CoA, ao final do ciclo de Krebs, terão sido produzidos 6 NADH, 2 FADH2 e 2 ATP CADEIA RESPIRATÓRIA Cadeia respiratória é a etapa da respiração celular que ocorre no interior das mitocôndrias, precisamente em sua membrana interna pregueada. Também chamada de fosforilação oxidativa, a cadeia respiratória é a terceira etapa da respiração celular ou aeróbica. Nessa etapa, os elétrons obtidos na quebra do átomo de hidrogênio são transportados através do NADH e FADH 2 até o oxigênio. Também denominada de cadeia transportadora de elétrons, realiza o transporte de átomos de hidrogênio energizados, ou seja, elétrons, a partir de substâncias aceptoras intermediárias (NAD e FAD) provenientes da glicólise e do ciclo de Krebs. Essas substâncias carregam os prótons H+ até a membrana interna da mitocôndria, onde são liberados na cadeia respiratória formada por proteínas transmembranares chamadas proteínas transportadoras. A partir desse ponto são liberados elétrons e o próton é gradativamente processado e armazenado no espaço entre as membranas interna e externa. Onde será forçado a transpor por difusão uma última proteína (sintetase ATP), que gera fluxo capaz de promover energia suficiente para ser absorvida na reação de conversão de ADP (Adenosina Difosfato) em ATP (Adenosina Trifosfato), molécula energética utilizada no metabolismo celular. Os eletros resultantes da cadeia respiratória são captados por moléculas de oxigênio, funcionando como aceptores finais de elétrons, produzindo água FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA A fosforilação oxidativa é um processo em que a energia obtida por meio da degradação das moléculas provenientes dos alimentos, como a glicose, é convertida em ligações nas moléculas de adenosina trifosfato (ATP). Trata-se da etapa final da respiração celular – um processo de obtenção de energia realizado por alguns organismos na presença de oxigênio (processo aeróbio) – e onde ocorre a maior produção de ATP na maioria das células Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 Processos da fosforilação oxidativa Transporte de elétrons Nessa etapa, as moléculas carreadoras de elétrons NADH (nicotinamida adenina dinucleotídeoreduzido) e FADH2 (flavina adenina nucleotídeo reduzido) transferem seus elétrons, provenientes do processo de degradação da glicose nas etapas anteriores da respiração celular, para a cadeia transportadora de elétrons. A cadeia transportadora de elétrons é constituída por moléculas carreadoras de elétrons enfileiradas na membrana interna da mitocôndria (em eucariontes) e da membrana plasmática (em procariontes). As moléculas de NADH transferem seus elétrons para a primeira molécula, uma flavoproteína denominada flavina mononucleotídeo. Já as moléculas de FADH2 transferem seus elétrons para uma quinona denominada ubiquinona ou coenzima Q, o único composto não proteico da cadeia, em um nível energético mais baixo. Estão presentes na cadeia também outras moléculas carreadoras, as proteínas ferro-enxofre e citocromos. Já na cadeia transportadora, os elétrons passam de molécula a molécula, fluindo em direção a um nível de energia mais baixo. Nesse processo, ocorre também o bombeamento de prótons da matriz mitocondrial, em eucariontes, para o espaço intermembranoso, formando um gradiente. Nos procariontes, o gradiente é formado por meio da membrana plasmática. Esse gradiente apresenta uma energia potencial armazenada, que é utilizada na produção de ATP. Em seguida, os elétrons ligamse ao oxigênio e a íons H+ (prótons), formando água. Em organismos eucariontes, a fosforilação oxidativa acontece na membrana interna das mitocôndrias. Quimiosmose Na membrana interna da mitocôndria (eucariontes) e na membrana plasmática (procariontes), está presente um complexo enzimático, a ATP-sintase, que atua na produção de ATP. A ATP-sintase promove o retorno dos prótons no gradiente citado anteriormente, liberando energia, e utiliza essa energia para a produção de ATP, por meio da fosforilação do ADP. A fosforilação oxidativa produz um saldo energético de cerca de 26 a 28 moléculas de ATP. OBJ. 9: Descrever o processo de síntese e utilização do glicogênio hepático e muscular SÍNTESE O glicogênio é um homopolissacarídeo, o que significa que sua molécula é composta por monômeros de um mesmo monossacarídeo, no caso a glicose. Ele é o principal carboidrato de armazenamento energético nas células animais. O glicogênio é sintetizado quando os níveis de glicose no sangue são altos e a demanda energética é menor. Este processo é chamado de glicogênese. Ele é um polímero ramificado que se forma a partir de unidades de glicose unidas por ligações glicosídicas (α1→4) e entre as ramificações as ligações (α1→6). A cada 6 a 8 resíduos de glicose surgem as ramificações. Por ser altamente ramificado, sua estrutura não forma hélice. Seus grânulos são hidratados, uma vez que as cadeias possuem hidroxilas expostas, que se ligam às moléculas de água. GLICOGENIO HEPÁTICO A função do glicogênio hepático é manter a glicemia do corpo entre as refeições. Ele é a forma de se armazenar glicose que poderá ser exportada para qualquer lugar do corpo com necessidades energéticas. Por exemplo, o cérebro é um órgão que depende exclusivamente de glicose na obtenção de energia para suas células. GLICOGENIO MUSCULAR Já o glicogênio muscular não pode ser exportado, ele é utilizado em casos de necessidade, por exemplo, atividade física intensa, apenas pelas fibras musculares. O glicogênio muscular é o elemento que permite o bom funcionamento do corpo humano. Originado em moléculas de glicose, ele armazena a energia do músculo e tem como função central atuar como uma reserva energética O glicogênio muscular é a principal fonte de energia para os músculos durante as atividades físicas, não está disponível para corrente sanguínea e outros órgãos. Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023 OBJ. 10: Compreender a utilização da glicose nas vias das pentoses e de que forma essas vias contribuem para o armazenamento do excesso de glicose (gordura de reserva) A via das pentoses contribui para o armazenamento do excedente de glicose em gordura de reserva por ter como produto o NADP reduzido, que é um dos responsáveis pela síntese de ácido graxo e colesterol. Portanto, o excedente é armazenado em gordura. Aparecida Pereira Viana, estudante de Medicina UNIFG, 1º Semestre de 2023
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