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www.innoscience.com.br [E-BOOK] A Prática da Inovação: Compartilhando experiências em Gestão da Inovação www.innoscience.com.br Copyright 2010 Innoscience- Consultoria em Gestão da Inovação Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial deste livro, bem como a reprodução por apostilas, a partir desta obra, de qualquer forma e por qualquer meio ou processo eletrônico ou mecânico, especialmente por sistemas gráficos, fotográficos, reprográficos, xerográficos, de fotocopia, fonográficos e de gravação, videográficos, sem permissão e consentimento dos autores e da editora, e quando permitida deve ser citada a fonte. É vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte da obra em qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e sua editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime cf. Lei n° 6.895 de 17 de dezembro de 1980 (Código Penal), Artigos 184 e parágrafos 185 e 186. (Lei 5.988 de 14 de Dezembro de 1973). www.innoscience.com.br Desde 2007, a Innoscience Consultoria especializada em gestão da inovação alimenta um blog com notícias, cases e análises sobre o ambiente de inovação nacional e internacional. Ao longo desses anos de relacionamento com a comunidade do Innoblog que ampliou-se com a utilização do twitter, estabeleceu-se um canal interativo de discussão criativa sobre como ampliar a inovatividade das empresas brasileiras. O e-book “A Prática da Inovação” que você está lendo é a consolidação desses mais de 90 posts que traduzem prática, tentativa-e-erro e acertos sobre como tornar nossas empresas mais inovadoras. Nesse e-book mantivemos uma estrutura que utilizamos em nosso livro “Gestão da Inovação na Prática” dividindo conceitos e cases. A primeira parte do e-book aborda diferentes aspectos da gestão da inovação. A segunda parte apresenta cases que aprofundamos ao longo desses anos. O mais interessante, contudo, é que mesmo a parte de conceitos é absolutamente baseada em exemplos, notícias e análises de empresas e projetos inovadores. A parte inicial está dividida em capítulos que abordam desde conceitos fundamentais sobre inovação, aspectos do processo de inovação, da organização inovadora e da experimentação. Também destaca rankings de empresas, cidades e países inovadores bem como práticas de inovação aberta. A segunda parte apresenta os cases. Empresas como Apple, Google, Gerdau, Ford, Wal-Mart, Mercedes-Benz, Saraiva, Nestlé, Embraer e Itaú, que ao longo dessa caminhada foram objeto de discussão da comunidade do Innoblog. Esperamos que você utilize essas experiências, relatos e análises como atalhos para melhorar os resultados da inovação em sua empresa. As ideias e processos apresentados não são “receitas de bolo”, mas práticas a serem adequadas para cada situação. Boa leitura! Maximiliano Selistre Carlomagno Felipe Ost Scherer [APRESENTAÇÃO] www.innoscience.com.br Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscuence Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Innoscience Agradecimentos: Agradecemos todos os executivos que participaram de nossos programas de capacitação e Consultoria em Gestão da Inovação. Seus questionamentos, provocações e insights alimentaram nossa vontade de buscar, compartilhar e co-criar conhecimento. Também gostaríamos de fazer um agradecimento especial à Equipe da Innoscience que esteve conosco nessa trajetória. Djalma Azevedo, Lucianne do Canto, Mariana Wink, Andressa Espil, Ana Carolina Winck e Natália Alquati. As contribuições de vocês a esse processo estão vivas nessas páginas. www.innoscience.com.br SUMÁRIO Páginas 1) Conceitos Gerais 06 2) Tipos de Inovação 18 3) Organização Inovadora 38 4) Processo de Inovação 56 5) Experimentação 65 6) Open Innovation 77 7) Modelo de Negócio 89 8) Software de Inovação 96 9) Indivíduo Inovador 104 10) Bricnnovation 109 11) Rankings 115 12) Cases 122 www.innoscience.com.br 1. CONCEITOS GERAIS www.innoscience.com.br Q U I N T A - F E I R A , 1 3 D E S E T E M B R O D E 2 0 0 7 Invenção ou Inovação? Big Jump Bibi Olá, Você conhece o novo tênis da Bibi o Bg jump? Ele foi recentemente lançado como um produto de potencial inovador. A empresa pretende vender de 80 a 100 mil unidades do produto. Será que esse produto realmente pode revolucionar o mercado de Tênis? Será que ele é realmente um Tênis ou será que ele irá concorrer com os demais "brinquedos"? Os primeiros capítulos dessa saga poderão nos sugerir os resultados que poderão ser alcançados. Aparentemente o produto foi posicionado como um Tênis. Aguardemos... Mandem suas avaliações e análises sobre o Big Jump... Estamos esperando. Saudações especiais Max www.innoscience.com.br S E G U N D A - F E I R A , 1 5 D E O U T U B R O D E 2 0 0 7 O drible da Foca é uma inovação? Olá... Você viu o drible da Foca do jogador de futebol Kerlon do Cruzeiro? Soube da enorme discussão em torno da novidade introduzida pelo garoto? O jogador Kerlon do Cruzeiro, no último clássico Atlético-MG e Cruzeiro, levantou a bola com o pé e foi em direçãoà área do adversário equilibrando a bola com a cabeça. Num instante o jogador Coelho, do Atlético-MG acertou o jogador com e cometeu uma falta. Os defensores do "futebol arte" condenaram o zagueiro. Ele foi chamado de tirano para baixo. Os defensores do "futebol competitivo" argumentaram que o garoto queria "aparecer" e com isso humilhar seus adversários que nessa hora viram "colegas de profissão". Mas afinal de contas, o que essa discussão sobre o drible da Foca tem a ver com INOVAÇÃO? Utilizemos essa situação, num jogo de futebol, para aprender sobre o CONCEITO DE INOVAÇÃO. Os times que jogam partidas de futebol profissional têm como objetivo gerar resultado, no caso, vencer. No ambiente de negócios vencer é se manter à frente de seus concorrentes, ampliar receitas, aumentar lucratividade, diminuir custos... Para saber se o drible da Foca é uma inovação é preciso o fazer passar por dois testes básicos: 1) O drible da Foca é um rompimento com as práticas existentes? 2) O drible da Foca gera resultado acima da média (faz o time vencer)? Vamos nos aventurar a fazer essa análise: 1) O drible da Foca é um rompimento com as práticas existentes? Nos últimos anos surgiu pedalada, o elástico de Rivelino foi reinventado por Ronaldinho Gaúcho e os pênaltis passaram a ser batidos a lá Djalminha, como fez Zidane na final da COPA de 2006. Nesse sentido, SIM, o drible da Foca é algo que rompe com as práticas existentes. Ou seja, poucos, ou nenhum jogador, em nível profissional, utilizava desse artifício. Passado o primeiro teste, é hora do definitivo: 2) O drible da Foca gera resultado acima da média (faz o time vencer)? Precisamos pensar. Afinal, ele expulsou um jogador adversário, em um clássico numa falta perto da área. Mas e as outras vezes que ele utilizou desse artifício? Em alguma delas marcou pelo menos um Gol? Não. O time do Cruzeiro tem habitualmente ganho os jogos por causa do drible? NÃO. Por mais que seja belo, original, inusitado e novo, o drible da Foca não é uma inovação com potencial de TRANSFORMAR o RESULTADO do JOGO. Pode até ser uma melhoria www.innoscience.com.br que traz algum resultado. Mas, definitivamente, uma inovação radical ele está longe de ser. E a sua empresa? As últimas iniciativas de produto, processo, modelo de negócio, marca, cadeia de fornecimento, rompem com as práticas existentes? E, ao fazê-lo, gera resultados acima da média para sua organização? Cuidado. Seu projeto inovador pode virar Foca... Saudações, Max www.innoscience.com.br D O M I N G O , 2 7 D E J U L H O D E 2 0 0 8 Inovação se mede pelo Resultado Olá, A Apple novamente mostra seu poder de inovação. O IPhone 3G, novo lançamento da empresa, vendeu em três dias depois do seu lançamento 1 milhão de unidades. É mais um exemplo que nos ilustra a ideia de que inovação é algo que se mede não apenas pelo seu caráter de originalidade e ineditismo, mas também pelo resultado gerado. Olhe a sua volta e perceba como tantas coisas são "inovadoras" antes mesmo de terem sido... Ou seja, elas ainda não existem no mercado, na empresa, na sociedade e já são inovadoras. Antes do resultado podem ser boas ideias, criativas, de alto potencial, mas nunca inovadoras. Pense nisso! Abraços, Max Em três dias de vendas, a Apple consegue alcançar a marca de 1 milhão de iPhone 3G. A Apple atingiu a marca de 1 milhão de iPhone 3G vendidos em três dias depois do lançamento do aparelho, na sexta-feira da semana passada. O celular está disponível em 21 países - Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Hong Kong, Irlanda, Itália, Japão, México, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. Na França, o aparelho chegará ao mercado no dia 17. “O iPhone 3G teve um fim de semana excelente. Foram 74 dias para vender o primeiro 1 milhão do iPhone original. O novo iPhone teve claramente um bom início no mundo", declarou o executivo-chefe da Apple, Steve Jobs. Vale notar que, no ano passado, quando lançou o iPhone original, o aparelho estava disponível apenas nos Estados Unidos. Fonte: Valor Econômico www.innoscience.com.br Q U A R T A - F E I R A , 8 D E A B R I L D E 2 0 0 9 Gerdau em Inovação e Empreendedorismo Olá, Tudo bem? Segue nossa cruzada para melhorar a produtividade da inovação. Das áreas da gestão, a inovação é uma das de maior potencial, porém na qual se perde mais recursos. Precisamos abordar a gestão da inovação como abordamos a gestão financeira, de marketing, da produção. Renovar o negócio atual e criar os negócios do futuro é tarefa crítica para a sobrevivência e desenvolvimento de qualquer organização. Da mesma forma que gerenciamos a operação, também precisamos gerenciar a renovação. O Dr. Jorge Gerdau Johannpeter, Presidente do Conselho de Administração da Gerdau e do MBC (Movimento Brasil Competitivo), em artigo recente no Jornal Zero Hora de Porto Alegre, aborda a inovação e sua relevância para a competitividade de nossas empresas. Vindo de um dos maiores executivos Brasileiros a recomendação merece reflexão! Saudações especiais, Max O quanto somos inovadores?, por Jorge Gerdau Johannpeter* A capacidade de inovar define o futuro de qualquer empresa, governo ou nação. Em momentos de crise, quando muitas empresas e seus colaboradores buscam a sobrevivência no mercado, a inovação assume uma importância ainda maior. Entretanto, para adaptar-se rapidamente às oscilações do ambiente e desenvolver soluções criativas, é preciso constantemente perguntar-se o quanto somos inovadores em nosso dia-a-dia. Numa empresa, espera-se que todos se façam essa pergunta diariamente e as organizações precisam incentivar, cada vez mais, esse tipo de atitude. A inovação, muitas vezes, é vista como o lançamento de um novo produto, mas ela também pode ocorrer nas áreas do design e de processos. Na atividade industrial ou na prestação de serviços, por exemplo, a informática tem sido o principal fator de inovação, gerando ganhos de produtividade imensuráveis. Para grandes pensadores da gestão moderna, como Michael Porter, Robert Kaplan e David Norton, o uso de determinadas ferramentas ajuda a manter o ambiente criativo, essencial para que haja inovação. Um exemplo disso é a necessária conexão entre a estratégia e a operação dos negócios, de forma que todos os colaboradores saibam como podem contribuir para que a empresa atinja o patamar esperado, ou seja, ao compartilhar um desafio e prover as informações necessárias, há um maior envolvimento das pessoas. Adicionalmente, deve-se sempre buscar a melhoria contínua, por meio do PDCA, um instrumento já amplamente utilizado, tanto no nível operacional quanto no nível estratégico, que significa planejar, fazer, verificar e agir corretivamente.www.innoscience.com.br Para um país ser inovador, não basta apenas o esforço das empresas. É preciso que as suas instituições também estimulem esse comportamento, buscando minimizar a burocracia excessiva, a baixa confiança existente entre os agentes da sociedade e o conservadorismo, os quais destroem a iniciativa das pessoas. E os governos possuem um papel fundamental nessa caminhada. No Brasil, a cultura da inovação precisa ser incentivada, estimulando pesquisas acadêmicas e suas aplicações no desenvolvimento de novos produtos e serviços. Sem dúvida, o primeiro passo foi dado, por meio da definição de legislações sobre o tema nos níveis federal e estadual. Um indicador que mostra a realidade nacional é a recente pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP). Apesar de os brasileiros figurarem como 13º povo mais empreendedor entre 43 países, apenas 3,3% dos entrevistados no país consideraram seus produtos inovadores. Além disso, 85% deles afirmaram que suas tecnologias são utilizadas há mais de cinco anos, o que demonstra uma limitação competitiva importante. Num mundo cada vez mais ávido por novidades, a estagnação leva seguramente ao fracasso. Precisamos escolher se queremos ser uma sociedade repetitiva e, consequentemente, estagnada e medíocre, ou se vamos assumir uma atitude inovadora e empreendedora, buscando soluções para enfrentarmos a crescente concorrência no mercado internacional. www.innoscience.com.br Q U I N T A - F E I R A , 2 3 D E A B R I L D E 2 0 0 9 Planejamento Estratégico e Inovação Olá, Tudo bem? Ontem estivemos palestrando sobre "Os sete mitos da inovação na crise" junto a CIC Caxias do Sul. Depois de abordarmos o conceito e a relevância da inovação discorremos sobre os mitos da inovação na crise. Ao final do encontro, um participante fez uma pergunta que transcrevo adaptada abaixo: PERGUNTA: O fato de uma empresa ter um planejamento estratégico que leve em consideração seus diferentes públicos de interesse (stakeholders) quer dizer que ela é uma empresa inovadora? Resposta Innoscience: Não, de forma alguma. O fato de ter um planejamento estratégico é garantia de que a empresa tem um direcionamento explícito baseado numa análise de seus diferentes ambientes (econômico, social, tecnológico, político). No entanto, não há qualquer garantia de que o PRODUTO desse planejamento, ou seja, a ESTRATÉGIA da empresa será inovadora. Para um HABIBs, que transformou o varejo brasileiro de fast food, quantos imitadores existiram? Para um Diário Gaúcho, jornal popular do Grupo RBS no Rio Grande do Sul, que criou um novo mercado, quantos jornais iguais aos demais foram lançados e morreram no caminho? Realizar planejamento estratégico não é sinônimo de ser inovador, afinal muitas empresas já o fazem. Se, no entanto, a estratégia gerada a partir do planejamento estratégico ROMPER COM AS PRÁTICAS EXISTENTES ela pode se transformar numa inovação. No entanto, segundo nossa experiência, a maioria dos processos de planejamento estratégico é uma continuidade do status quo e não um ambiente aberto ao questionamento. Além disso, muitas empresas inovadoras não têm um processo de planejamento estratégico, mas mesmo assim geram continuamente um conjunto de inovações. Compartilhe suas experiências de planejamento estratégico e inovação conosco. O planejamento estratégico de sua empresa está adequado para gerar inovações? Abraços, Max www.innoscience.com.br Q U A R T A - F E I R A , 2 9 D E A B R I L D E 2 0 0 9 Ambiente Institucional e Inovação Olá, Tudo bem? Nossa visão de inovação coloca, sempre, a empresa como protagonista e dona de seu destino. É ela que tem que buscar as soluções para os desafios que enfrenta independentemente das condições que o mercado oferta. É a própria empresa que com a inovação tenta, ao invés de se adaptar, influenciar o mercado. Mudar a estrutura do setor. Criar um novo segmento de mercado (Diario Gaucho). Desenvolver uma solução mais completa (IBM). Desenhar uma nova cadeia de fornecimento (GM) ou redesenhar o PROCESSO (TOYOTA). No entanto, alguns elementos do contexto externo podem inibir ou alavancar a inovação de países, cidades e regiões. Pesquisas indicam que o grau de instrução educacional, solidez legal, abertura à livre iniciativa, incentivos fiscais entre outros aspectos podem auxiliar a inovação. A cidade de Porto Alegre-RS está desenvolvendo uma série de medidas junto à Prefeitura Municipal, coordenadas pelo COMCET - Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia no sentido de ampliar as condições para a Inovação e definir o foco da inovação na cidade de Porto Alegre. Na próxima segunda feira, 4 de maio, o Prefeito Jose Fogaça irá conduzir o painel: Visões, Percepções e Expectativas de Ciência, Tecnologia e Inovação. O evento ocorrerá no Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFRGS (Av. João Pessoa, 80) a partir das 10h. Apareça por lá! Estaremos acompanhando os trabalhos e monitorando os avanços de Porto Alegre para se tornar uma cidade inovadora e propícia à inovação. Abraços, Max T E R Ç A - F E I R A , 2 8 D E J U L H O D E 2 0 0 9 www.innoscience.com.br De volta aos trabalhos... Adequação x Inovação Olá, Tudo bem? Demoramos algum tempo, mas estamos de volta... O último mês foi uma correria na consultoria. Projetos e mais projetos. Na última semana participamos do 10° Congresso Internacional de Gestão do PGQP em Porto Alegre, e da Reunião Almoço da CICS em Canoas-RS, abordando o tema da INOVAÇÃO. No primeiro, eu e Felipe Scherer ministramos um programa de open innovation. Mostramos que essa é uma alternativa viável para empresas de diferentes portes, setores e culturas. Tivemos o prazer de contar com a participação da Miriam Cechin da Silva, Gerente Geral da Banricoop Cooperativa de Crédito, nossa cliente, relatando sua experiência com o projeto "Ideias de Futuro" que já relatamos aqui no blog. Na CICS apresentamos um panorama da inovação na crise a partir dos 7 mitos da inovação na crise. Tive o prazer de estar com o pessoal da Paviolli Massas e ser muito bem recebido. Nessas andanças, um tema tem me chamado atenção. Vemos que três aspectos minoram o desempenho da inovação nas empresas. Aprofundarei-me num deles: as dificuldades de entendimento do conceito. Lembremos: Inovação é a transformação de novas ideias em resultado. Aplique o seguinte teste: - é novo? - traz resultado? Quando realizamos programas de capacitação e consultoria, a dúvida persiste. - Qual resultado? Pra ser inovação deve ser um resultado expressivo seja ele econômico ou social. - Novo em relação ao que? Em relação ao mercado claro. Não basta ser novo para a empresa. Temos visto empresas que entendem que inovam quando elas adotam práticas que antes não utilizavam mesmo que tais práticas sejam amplamente difundidas nas demais empresas do mercado. A isso, nós chamamos de adequação. Inovação, seja um produto, processo ou práticade gestão deve ser comparada sempre com o mercado. Do contrário, não é inovação, mas equiparação. Pense nisso! Max S E X T A - F E I R A , 9 D E A B R I L D E 2 0 1 0 www.innoscience.com.br Inovação é Arte ou Ciência? Olá, A ideia de inovação nos remete à criatividade que naturalmente é associada com ARTE. Nossos projetos de consultoria de fomento da inovação nas empresas buscam diminuir a imprevisibilidade desse fenômeno e tornar o processo de inovação algo gerenciável. Isso quer dizer desconsiderar a criatividade necessária à inovação? De forma nenhuma. Essa discussão não é composta de duas opções excludentes. O Felipe Scherer sócio-fundador da Innoscience escreveu na coluna de Inovação do Jornal Brasil Econômico de hoje sobre o tema. "Inovação é a combinação da ciência com a arte. É ciência pelas regras, pelos processos e pelas ferramentas específicas. Porém, ela precisa de pessoas que pensem como artistas, que sejam criativas e que saibam utilizar o conhecimento para pensar o novo". Para ler a coluna completa acesse. Mande seus comentários. Abraços, Max T E R Ç A - F E I R A , 2 2 D E J U N H O D E 2 0 1 0 www.innoscience.com.br "Bate-papo" sobre inovação dentro de um Ford Olá, Conforme prometido, estamos postando os quatro vídeos com a nossa participação na ação "16 dias num Ford" desenvolvida pela agência Duplo M. Trata-se de uma conversa sobre Inovação e a Ford, em que comentamos as práticas inovadoras da empresa, o caso do Ecosport, o Método e o Alinhamento Estratégico da inovação. Vale conferir! Abraços, Max. www.innoscience.com.br Q U A R T A - F E I R A , 1 2 D E S E T E M B R O D E 2 0 0 7 2. TIPOS DE INOVAÇÃO 2. TIPOS DE INOVAÇÃO www.innoscience.com.br Fabricante japonesa de peças reinventa a bicicleta focando o lado de baixo da pirâmide Olá... Tudo bem? Já pensaram sobre o conceito de inovação? Durante esses cinco dias, desde a primeira postagem, já devo ter sido bombardeado por mais de 10 propagandas de produtos dito inovadores que ainda nem disseram a que vieram... Mas vamos lá! Hoje gostaria de enfocar o case da Bicicleta Coasting da Shimano. O texto abaixo publicado no Valor On Line apresenta detalhes de como a inovação foi criada e desenvolvida. Dois aspectos me chamam atenção nesse case que podem ser aproveitados por diferentes empresas cada qual com suas singularidades. O primeiro deles é o processo de convergência estratégica entre as empresas. Que movimento forte esse! Basta uma empresa criar uma estratégia exitosa que todas migram atrás copiando a proposta, o cliente alvo e a forma de se organizar dessa empresa. O mais preocupante é que mesmo quando o cenário externo mudou ou o modelo copiado já tenha se mostrado insuficiente em gerar resultado, as empresas mantêm suas escolhas inalteradas. O outro aspecto interessante é o aproveitamento do espaço que as líderes de mercado deixam "do lado de baixo da pirâmide”, como recomenda os trabalhos de Clay Cristense da Harvard Business School. Segundo o autor, fato que se comprova com esse case da Coasting, as empresas tendem a desenvolver produtos cada vez mais sofisticados para atender os consumidores mais exigentes de sua clientela. Normalmente, aqueles dispostos a pagar um preço "premium" pelo produto. Assim, como já aconteceu com vídeo cassetes, máquinas fotográficas e outros produtos, uma parcela significativa de consumidores fica "superservido" já que não se utiliza de todos os recursos que o novo produto apresenta. Essa situação abre espaço para que produtos mais básicos e simples de usar captem uma parcela representativa de consumidores. No caso da Bicicleta Coasting, todo o mercado enfocava um cliente que valorizava um conjunto X de atributos e por consequência se satisfazia por um produto com determinadas características. A ideia da Shimano foi repensar essa lógica e aproveitar aqueles antigos consumidores para os quais as atuais mega-ultra-sofisticadas bicicletas são mais amedrontadores do que os novos telefones celulares. Pense nisso: Convergência Estratégica e parte de baixo da pirâmide. As melhores experiências e o case em questão evidenciam a relevância de tais reflexões. Mande suas visões sobre o tema. Somente dessa forma poderemos qualificar o entendimento das práticas mais exitosas de gestão da Inovação. Saudações especiais Max Fabricante japonesa de peças reinventa a bicicleta www.innoscience.com.br Jay Greene 11/09/2007 Recentemente, ciclistas cruzaram o interior da França disputando a edição de 2007 do Tour de France. O vencedor, Alberto Contador, correu em uma Trek Madone 6.9 Pro que custaria ao consumidor US$ 8.249,99. Alice Wilkes também comprou uma Trek bike este verão, mas ela teve uma experiência bastante diferente. Wilkes comprou uma Trek Lime, cujas marchas mudam automaticamente, pára quando o ciclista pedala ao contrário (como nos velhos tempos) e tem um selim grande e confortável. Seu preço sugerido nas lojas é de US$ 589.99. Com sua bicicleta, a primeira em 40 anos, Wilkes faz trilhas perto de sua cidade e não se importa com velocidade ou desempenho. "Roupas apertadas de ciclista não são minha praia", diz essa avó de 55 anos. "Gosto de me sentir livre, com o vento batendo nas mangas da camisa. As novas bicicletas "Coasting" são uma tentativa ousada da indústria de levar de volta aos selins alguns dos 161 milhões de americanos que não dirigem automóveis. As vendas de bicicletas estão estagnadas nos Estados Unidos há quase uma década, ficando entre US$ 5,5 bilhões e US$ 5,9 bilhões desde 1999, segundo a National Sporting Goods Association (NSGA). E pior: o número de pessoas que andam de bicicleta está caindo. Segundo a associação dos fabricantes de artigos esportivos, 35,6 milhões de americanos com mais de sete anos andaram de bicicleta pelo menos uma vez no ano passado, número que foi de 43,1 milhões em 2005, e 53,3 milhões em 1996. "Perdemos muito mais ciclistas do que imaginávamos", diz David Lawrence, gerente sênior da Shimano America, a fabricante japonesa de peças de bicicletas que está por trás do conceito "Coasting". A indústria das bicicletas foi surpreendida por uma alta nas vendas das bicicletas de competição top de linha, de altas margens de lucro, depois da sequência de sete vitórias seguidas do americano Lance Armstrong na Tour de France. As vendas desses artigos de alta tecnologia estabilizaram as receitas, mesmo com a queda dasvendas unitárias. E essa foi a motivação da Shimano para criar o conceito "Coasting" e vender a ideia a fabricantes de bicicletas como a Trek e a Giant. A companhia é a Microsoft da indústria das bicicletas. Os fabricantes instalam os componentes Shimano - marchas, descarrilador e pedais - na vasta maioria das bicicletas produzidas. Para aperfeiçoar seu conceito, a Shimano recorreu à consultoria IDEO, de inovação e design. David Webster, da IDEO, notou que construir uma bicicleta melhor não era suficiente. A Shimano precisava construir uma experiência ciclística melhor. "Nosso interesse é no sentar, e não só na cadeira", diz Webster. A IDEO mandou pesquisadores até as casas de pessoas que não andam de bicicleta em Atlanta, Chicago, Phoenix e San Francisco para falarem sobre seus momentos de lazer. A Shimano descobriu, então, porque as pessoas abandonaram a atividade. Não era tanto por estarem fora de forma ou ocupadas demais ou serem preguiçosas. Era porque andar de bicicleta havia se tornado algo intimidador, para atletas fanáticos que adoram minúcias www.innoscience.com.br técnicas. "Tudo mudou no ciclismo", diz Lawrence, da Shimano. "Passou de diversão a esporte e ninguém percebeu." As bicicletas deixaram de ter quadro de aço e dez marchas, para serem fabricadas em fibra de carbono e titânio e ostentarem 30 marchas. Os custos subiram de poucas centenas de dólares para milhares de dólares. Guidões, pedais, pneus e até mesmo selins passaram a ter tanta variedade que os consumidores ficaram confusos. E as lojas de bicicletas, cheias de funcionários sempre discutindo detalhes técnicos, deixaram de lado os clientes interessados em uma simples bicicleta. Mesmo assim, havia esperança para a Shimano. "Todas as pessoas com quem falávamos, abriam um sorriso quando o assunto mudava para bicicletas", diz Webster. E essa nostalgia abriu uma brecha para a Shimano. ------------------------------------------------------------------------ O conceito "Coasting", criado pela Shimano, é voltado para quem gosta de pedalar por diversão, não para vencer torneio. ------------------------------------------------------------------------ Com a IDEO, a Shimano desenvolveu um conceito para uma nova bicicleta com uma aparência familiar, fácil e divertida de ser dirigida. Na verdade, os usuários das bicicletas "Coasting" nunca precisam mudar de marcha. Para simplificar as coisas, a bicicleta usa a tecnologia de mudança automática. Além dos freios acionados pelo pedalar ao contrário, há modelos com pneus resistentes a furos e uma proteção para impedir que a calça do ciclista seja suja pela graxa da corrente. As pesquisas também mostraram que as pessoas se preocupam com a segurança quando estão dirigindo suas bicicletas, especialmente em relação aos carros. Isso levou a Shimano a empreender esforços para aumentar as faixas exclusivas para ciclistas em todo o país. Criou um site na internet, o coasting.com, onde os ciclistas podem encontrar rotas seguras em suas comunidades. A empresa também se mexeu para melhorar a experiência de compra, oferecendo treinamentos para o varejo do setor. Para entender o quanto muitos clientes se sentem desconfortáveis em lojas de bicicletas, os gerentes do sexo masculino foram designados a comprar cosméticos na Sephora. Nem tudo funcionou como o planejado. Pesquisas mostraram que o preço ideal do mercado alvo estava entre US$ 300 e US$ 400. Mas o custo do mecanismo de mudança automática de marchas levou o preço das bicicletas mais baratas a US$ 450. Não é comum uma fabricante de peças incentivar seus clientes corporativos a entrarem num mercado novo. Inicialmente, a Shimano não impressionou os fabricantes com seu novo conceito. O primeiro protótipo era diferente de tudo que existia no mercado, com aros cromados nas rodas e quadro com caída curva. Embaixo do selim almofadado havia um compartimento para guardar um celular. "A Shimano pensou que aquilo seria a próxima sensação e nossa reação foi: “É mesmo?”, lembra Kyle Casteel, da Raleigh America. www.innoscience.com.br Executivos da Trek, a maior fabricante de bicicletas do mundo, também não ficaram entusiasmados. "Para dizer a verdade, foi um anticlímax", diz Chad Price, gerente de produtos da Trek. Mas Price queria apresentar a marca para quem não anda de bicicleta e achou que o conceito Coasting poderia ajudar nisso. Trek, Raleigh e Giant finalmente abraçaram o conceito "Coasting", ainda que não pelas características do protótipo. Desde a primavera, quando a Shimano lançou uma campanha de marketing em 15 cidades americanas, as três fabricantes venderam todas as cerca de 30.000 Coasting bikes produzidas. Elas estão fabricando mais unidades, enquanto a Shimano se prepara para entrar em novos mercados. No fim das contas, andar de bicicleta é sempre uma experiência. Lance Armstrong tem a sua. Agora, Alice Wilkes também tem. Fabricante japonesa de peças reinventa a bicicleta. Fonte: Valor On Line www.innoscience.com.br T E R Ç A - F E I R A , 2 5 D E S E T E M B R O D E 2 0 0 7 Depois do Bar da Boa é a vez do Bar da Schin! Caros leitores, Inovação não deve ser encarada somente como novos produtos. Lendo a reportagem abaixo (Schincariol estréia em sucos prontos para beber), achei interessante a nova estratégia adotada, não a do suco pronto, mas sim a do Bar da Schin! Resta saber se a empresa terá as competências necessárias para fazer o negócio decolar. Saudações, Felipe Scherer Schincariol estréia em sucos prontos para beber Valor Econômico 25/09/2007 A Schincariol anuncia hoje sua estréia no mercado de sucos prontos para beber. A nova linha de produtos - com diferentes sabores de frutas e embalagem longa vida - solidifica os planos da companhia de Itu (SP), que pretende trocar o rótulo de cervejaria pelo de empresa de bebidas, a exemplo das rivais AmBev e Femsa. Os sucos complementam a linha de não alcoólicos da Schincariol, que já produz refrigerantes e água mineral. A companhia não confirmou a informação, mas, segundo o Valor apurou, a empresa se prepara há mais de três meses para entrar no mercado. Com a nova linha, irá concorrer com Del Valle - comprada pela Femsa e Coca-Cola e ainda sob aprovação do Cade - Minute Maid Mais, Sú Fresh, além de novatos como Camp e Jandaia. O mercado de sucos prontos para beber é um dos que mais crescem em bebidas. Segundo dados Nielsen, em volume, teve uma evolução de 72,8% entre 2002 e 2006, contra 7,4% do setor de refrigerantes. Em valor, a alta do mercado de sucos foi de 133,1% nesse período e a de refrigerantes, de 55,1%. A Schincariol já atua no mercado de sucos com a marca Skinka no sabor laranja, com uma participação de mercado próxima a 6%. Mas o produto, mais popular, é diferente da nova linha. Em embalagem plástica, concorre com Tampico. Embora o volume de vendas e o próprio respaldo da marca ainda esteja muito concentrado em cervejas, a área de não alcoólicos é a que mais cresce na Schincariol: representava 16% em 2004 e saltou para 24% em 2006.www.innoscience.com.br A ampliação do portfólio faz parte da reestruturação que a companhia vem fazendo há cerca de dois anos e que também inclui a profissionalização da gestão - este ano, a companhia contratou para a presidência Fernando Terni, ex-Nokia. A Schincariol, inclusive, acaba de renovar contrato com a consultoria McKinsey, responsável pelo processo.A preocupação em aumentar a família de produtos está em todas as áreas de atuação da companhia. Em cervejas, só este ano, a Schincariol adquiriu três empresas: duas microcervejarias no sudeste, a Baden Baden e a Devassa, e em Pernambuco a Indústria de Bebidas de Igarassu (IBI), da marca Nobel. Com a compra da Devassa, que incluiu 13 bares no Rio de Janeiro e um em São Paulo, a Schincariol pretende aprofundar sua atuação no segmento de franquias. A empresa montou uma nova divisão para cuidar exclusivamente dessa área - separada do negócio de bebidas - e está contratando especialistas para montar um novo modelo de negócios e expandir a rede de franquias de Devassa, que poderia incluir Baden Baden. Com isso, a empresa passa a gerenciar o ponto-de-venda e se aproxima do consumidor das classes mais altas, que não é o público de Nova Schin. A história da empresa tem sido pontuada por problemas. Durante a Operação Cevada, em 2005, os dirigentes da empresa foram presos acusados de sonegação fiscal. Agora a empresa é citada em denúncias envolvendo o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O Conselho de Ética do Senado se reunirá na quinta-feira para discutir o relatório que investiga se Renan favoreceu, junto ao INSS, a Schincariol, que teria comprado uma fábrica do irmão dele, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), por preço superior ao de mercado. www.innoscience.com.br Q U I N T A - F E I R A , 4 D E O U T U B R O D E 2 0 0 7 Vinho Francês de Canudinho? Olá, Tudo bem? E quem pensava que inovação era privilégio das empresas de alta tecnologia... Sabe-se que a inovação é uma ferramenta poderosa de renovação de setores estáveis e conservadores. No entanto, acreditar que as vinícolas francesas de Bourdeux aproveitariam essa oportunidade seria pedir demais. Não foi. O case da Cordier evidencia a necessidade de mesmo negócios maduros e de sucesso questionarem seus formatos para manter seu potencial de crescimento. A Cordier a partir de uma inovação no segmento-alvo de clientes e na oferta possibilitou a criação de vinhos de qualidade em caixinhas com canudinhos para tomar e vendidos a menos de 2 euros. As perspectivas são bastante positivas. Resta saber como o público francês e do resto do mundo vai responder a essa iniciativa. Você está pronto para um vinho de Bordeaux com canudinho? Saudações especiais Max Canudinho é a nova arma do vinho francês Max Colchester 24/08/2007 00:00 A Cordier Mestrezat Grands Crus vende vinhos Bordeaux finos há mais de um século. Agora ela tem uma inovação enológica: vinho com canudinho. À medida que vinhos populares de países como a Austrália e o Chile roubam as vendas das marcas francesas, e com os jovens franceses cada vez mais trocando o vinho em favor de destilados e cerveja, algumas das vinícolas da França estão deixando a tradição de lado e inovando. Na América do Norte e na Europa, vinho vendido em embalagem de papelão estão disponíveis há alguns anos, mas são normalmente de qualidade e preço baixos. A Cordier, cujos vinhos mais caros saem por até 2.500 euros por garrafa, é a primeira produtora de vinho de alto padrão de Bordeaux - a região melhor conhecida por seus prestigiosos e caros vinhos tintos - a colocá-los numa caixinha. A vinícola anunciou no mês passado planos de vender a bebida, com a marca Tandem, numa caixinha de 250 ml que vem com um canudinho especial de quatro buracos, desenhados para espraiar o vinho na boca. A empresa diz que isso dá uma sensação parecida com beber no copo. As www.innoscience.com.br versões tinto, branco e rosé vêm em caixinhas de vermelho, verde e rosa brilhantes feitas pela fabricante suíça de embalagens Tetra Pak SA. Antes de lançá-lo na França no ano que vem, a vinícola está testando o Tandem em 600 supermercados belgas, a 1,90 euros por caixa. A Cordier diz que quer oferecer um vinho de primeira linha que atraia a geração mais jovem. "É um produto que pode ser vendido em estádios, hotéis e companhias aéreas", diz Vincent Bonhur, o diretor de marketing da empresa. Mas a Cordier reconhece que seu vinho em caixa pode ser radical demais para os franceses: "Na França, o mercado de vinho ainda é muito tradicional, mas em mercados como Canadá, Reino Unido e Norte da Europa, este novo formato deve ser um sucesso", dizia um comunicado à imprensa da vinícola. Atrair novos consumidores é crucial para uma indústria tão enraizada na economia francesa. A França é a maior produtora de vinho da Europa, fabricando 55 milhões de hectolitros por ano, e também a líder em consumo, de acordo com estatísticas da União Européia. Ainda assim, entre 1995 e 2005, o consumo anual de vinho dos franceses caiu de uma média de 60,8 para 54,9 litros por pessoa, segundo a Viniflhor, a organização do governo que supervisiona a agricultura no país. No começo, as grandes exportações de vinho compensavam o enfraquecimento da demanda interna. Nos últimos anos, contudo, as exportações caíram por causa da concorrência de vinhos de boa qualidade e preços moderados de países como Austrália, Argentina e África do Sul. Agora, há tanto vinho francês encalhado que a UE, que subsidia a produção da bebida na Europa, está discutindo uma lei que daria as vinícolas o incentivo a reduzir a produção. Para piorar os problemas das vinícolas francesas, as gerações mais novas estão bebendo menos vinho. Em 1980, quase um quarto dos franceses entre 20 e 24 anos bebia vinho todos os dias, segundo a Viniflhor. Em 2005, apenas 2,3% o faziam. "Precisamos mudar a imagem do vinho em nosso país", diz Pierre Leclerc, diretor do Comitê Econômico dos Vinhos do Sudeste da França. "Ignoramos os jovens e agora estamos pagando o preço." Uma lei que proíbe os comerciais de bebidas alcoólicas na televisão e exige que outdoors incluam advertências sobre os riscos à saúde complica ainda mais. Os fabricantes estão tentando persuadir o governo francês a dar um estatuto legal especial ao vinho, para evitar as rígidas restrições publicitárias. Por isso, algumas vinícolas estão tentando outras táticas para chamar a atenção dos jovens. A Omnivins SARL, outra comercializadora de Bordeaux, lançou recentemente um vinho chamado "Soif de Coeur", algo como "Sede de Paixão". As garrafas têm rótulos especiais - em azul para homens e rosa para mulheres - que quando retirados revelam um código de acesso a um site de paquera. A empresa, que compra seu vinho de um produtor do sudoeste da França, diz que quer "recrutar novos consumidores com conceitos comerciais www.innoscience.com.br e de marketing audaciosos". Desde março, ela vendeu 300.000 garrafas, a 3,25 euros cada nos supermercados. A Albera SARL investe em casas noturnas e bares com seu vinho espumante Nayandei em garrafas com rótulos singulares. A empresa patrocina comfreqüência eventos em clubes e competições de snowboard para ganhar mais projeção. A Toto Vino SARL, que tem sede em Névian, no sul da França, fabrica um refrigerante não-alcoólico com base em vinho, vendido em latas por 1,85 euro. Outro vinho não- alcoólico foi lançado no ano passado pela Société Icône. Fonte: Valor www.innoscience.com.br Q U I N T A - F E I R A , 1 8 D E O U T U B R O D E 2 0 0 7 Banda larga no Wal-Mart Caros, Segundo o professor Sahwney da Kellogg School of Management, oferecer produtos existentes em novos canais pode ser considerada uma inovação de presença. Pois isso é o que o Wal-Mart começa a fazer em 800 lojas nos Estados Unidos. A ideia é oferecer os serviços de internet banda larga via satélite nas lojas da rede americana. Pela reportagem publicada na Bussines Week, com essa iniciativa, a tendência é que todo o mercado seja afetado, já que os preços certamente irão cair. A pergunta que fica é: poderá o gigante varejista lidar bem com a prestação de serviço? Apesar de trabalhar com terceiros, a responsabilidade sobre o bom desempenho do serviço também será do Wal-Mart. O que acham? Felipe Scherer Wal-Mart's Latest Sale: Broadband The retail giant's ISP turn is likely to push down prices and squeeze out competition. Will other big-box stores follow suit? by Olga Kharif Broadband sellers, beware. A new provider is on the scene—and it's a known price cutter. Wal-Mart Stores (WMT) plans to announce Oct. 9 that it will resell high-speed Internet access from Hughes Communications (HUGH), the world's largest provider of broadband services via satellite. Granted, the market for satellite broadband is small, given the widespread availability of digital subscriber line access from phone companies and cable modem services from cable operators. Currently, satellite service tends to be more expensive and it's available mainly in hard-to-reach rural areas. Fewer than 500,000 Americans subscribe to satellite broadband access, according to consultancy Parks Associates. "It's still mainly for people who don't have a choice," says Michael Cai, an analyst at Parks. Only about 10% of Americans have no access to DSL or cable broadband. Emphasis on Services But Wal-Mart, which will provide satellite broadband in 800 stores, could make the service more appealing—and give existing providers cause for concern. Whenever Wal-Mart enters a new market, it tends to push down prices and squeeze out competition. Consider what happened when Wal-Mart began offering sub- $1,000 flat-panel TVs. After trying to match these prices, rival Circuit City (CC) had to close 70 stores (BusinessWeek.com, 4/23/07) and lay off 3,400 employees earlier this www.innoscience.com.br year. CompUSA had to shutter more than half of its stores. Wal-Mart could have a similar impact on sellers of broadband services, especially if the Hughes deal presages a bigger push into services related to high-speed Internet access. Retailers are stepping up their emphasis on services, partly in response to Wal-Mart's penchant for bargain-basement prices. To keep pace, Wal-Mart may need more than simply lower prices. Extra services can also be a way to combat high return rates. During last year's holiday season, "a lot of (Wal-Mart) consumers got their high-definition TVs home and didn't know how to set them up, and there were high return rates," says Nick McCoy, senior consultant at researcher TNS Retail Forward. Not so in cases of rivals, such as Best Buy (BBY), which dispatches its Geek Squad technicians to help set up newly purchased gear. And services can drive PC sales, too. In its first fiscal quarter ended in May, Best Buy reported "a strong double-digit increase in computer-services revenue," according to the company's filings. New Directions Wal-Mart is believed to be testing Geek Squad-like services, offered by third parties, in several stores. And it's unveiling the broadband offering partly in response to other retailers, which have begun offering a wider variety of high-speed Internet access options, from carriers like AT&T (T), Verizon Communications (VZ), Comcast (CMCSA), and others, in the past year. Evidence of this push came in March, when Best Buy bought Speakeasy, a provider of high-speed Web access, Web-calling services, and tech support. Now, Best Buy is rumored to be in talks to acquire Covad (DVW), a provider of Internet services to telcos like AT&T. Covad wouldn't comment on the rumors and Best Buy didn't respond to a request for comment. Internationally, broadband access is making its way onto more retail shelves as well. In Britain, supermarkets Waitrose and Tesco (TSCO.L) resell broadband services, and Tesco is already a top 10 broadband service provider in Britain. This spring, even the British Post Office announced it will resell BT Group (BT)'s broadband to its customers. Until today, Wal-Mart.com only distributed AOL (TWX) dial-up service, offering features like extra storage. Price Pressure If marketed well, broadband could spur sales of hardware such as PCs, Web-enabled TVs, and gear like Skype (EBAY) Web-calling phones, which Wal-Mart began carrying earlier this year. While nearly 64% of Americans already have cable or DSL broadband access, according to consultancy ABI Research, the remainder are mostly the elderly still making their transition into the digital age. "They need a lot of hand-holding, and the retailers selling them their PCs are more likely to offer that," says Stan Schatt, an analyst with ABI. Indeed, some who are less tech savvy may be more willing to buy a service from a retailer than a service provider. "They'd have a stronger affiliation to the retailer's brand than the technology service provider brand," says Jonathan Coham, an analyst at consultancy Ovum. "They are more inclined to go with a brand they've grown up with." www.innoscience.com.br Is Wal-Mart that brand? That remains to be seen, as Wal-Mart isn't exactly known for hand-holding and great service. Yet, it may have one advantage over other service providers: lower prices. And average prices consumers pay for high-speed Internet service have gone up in recent years; cable broadband prices, for instance, rose to $44 recently from $42 two years ago, according to ABI Research. Wal-Mart, with its dedication to lower prices, could apply pressure that reverses that trend. www.innoscience.com.br D O M I N G O , 1 0 D E A G O S T O D E 2 0 0 8 Óculos Mercedes? Olá, A busca pelo crescimento estimula as empresas a desenvolverem novos produtos, serviços, mercados e modelos de negócio. A Mercedes-Benz, uma das marcas mais luxuosas do mundo reconhecida pela produção de carros de luxo, está entrando num novo mercado. A empresa lançou óculoscom a marca Mercedes-Benz. Será que tal iniciativa tem potencial para se constituir numa inovação? Que aspectos deveríamos avaliar para identificar esse potencial? Será que a permite essa variação? Como a iniciativa deve ser conduzida? Na mesma estrutura da empresa mãe? Com a mesma equipe, processos, políticas e gestão da empresa mãe? Quando uma empresa deve conduzir uma iniciativa dessa natureza por intermédio de sua estrutura existente e quando deve separar num "spin out" para outra unidade? Compartilhe suas reflexões conosco! Abraços, Max Luxo nos óculos Grifes como Tiffany e Mercedes- Benz entram no mercado da moda e alcançam novo público. DANIELA MENDES: No mundo fashion, combinar a roupa com acessórios como bolsa e sapato sempre foi a regra. Agora, como a ordem é harmonizar a produção também com os óculos de sol, marcas de luxo que nada têm a ver com a fugacidade da moda resolveram entrar neste mercado. A Tiffany, de jóias, e a Mercedes- Benz, de carros, lançaram recentemente coleções de óculos, seguindo os passos de grifes como Cartier (jóias) e Mont Blanc (canetas). "É uma maneira de dar um toque de atualidade e modernidade, além de alcançar um novo público, que não tem dinheiro para adquirir os produtos tradicionais dessas marcas", diz a publicitária Heloísa Omine, professora de varejo e moda da Universidade Anhembi-Morumbi. Não que eles sejam baratos. Os óculos Tiffany ainda não são vendidos no Brasil, mas lá fora custam entre US$ 380 (R$ 600) e US$ 1.150 (R$ 1.815). Um par Mercedes-Benz custa entre R$ 800 e R$ 1.500 (por causa dos impostos, quase três vezes o preço cobrado no Exterior), mas atende ao desejo de quem gostaria de possuir o carro Mercedes-Benz e não pode. "Já que não tenho um na garagem, tenho no rosto", diz o consultor Nuno Duarte, dono de um Volvo, um Land Rover e um Gol. Com 14 modelos de óculos diferentes no armário - dos esportivos aos mais sofisticados -, ele decide qual usar www.innoscience.com.br de acordo com a ocasião, a roupa, a pasta e até o carro. "Antigamente, o brasileiro não cultuava o hábito de ter um leque de opções para usar. Mas ele começou a entender que não precisa ir ao casamento e à balada com os mesmos óculos", diz Francisco Ventura, dono das Óticas Ventura, de São Paulo, e professor do Istituto Europeo di Design e de moda em ótica no Senac. "E hoje há modelos para cada ocasião." O mercado premium, dos consumidores dispostos a desembolsar uma pequena fortuna por um par, também é promissor. "Temos uma edição limitada da Cartier, que custa R$ 15 mil, e existe até fila de espera", diz Ronaldo Pereira, diretor- executivo da General Optical. Na Ventura, em dezembro passado, foram confeccionados seis pares de um modelo em ouro, que custam R$ 23 mil cada. Quatro já foram vendidos. No Brasil, o conceito de novas coleções a cada temporada, com preços mais caros para os lançamentos e mais baratos para os mais antigos, começa a chegar agora. A empresária Priscila Saada adquiriu um Tom Ford, uma das grifes mais desejadas do momento, em uma recente viagem ao Chile e fez questão de comprar um da nova coleção. "O modelo clássico já está à venda nos camelôs aqui do Rio", diz ela. Nos Estados Unidos, os óculos estão roubando das bolsas o prestígio de acessório mais desejado pelas mulheres. Lá, nos últimos meses, os preços subiram de uma média de US$ 250 (R$ 395) para US$ 350 (R$ 552), mas o mercado continuou aquecido, cresceu 10% no ano passado - enquanto isso houve uma queda de 14% nas vendas de bolsas. É questão de tempo para a tendência chegar por aqui. Fonte: Istoé www.innoscience.com.br Q U I N T A - F E I R A , 1 6 D E O U T U B R O D E 2 0 0 8 Saraiva vai vender filmes online Olá, Seguindo o caminho de sucesso trilhado por sites de música on-line, tal qual o iTunes, agora a Saraiva busca romper o paradigma da locação de filmes. A ideia é criar uma locadora on-line, na qual os usuários poderão tanto locar, quanto comprar filmes. A ideia tem potencial para se tornar uma inovação caso traga os resultados esperados. E você, o que acha? Será que esse novo modelo vai dar certo? Você assiste filmes no computador? Deixe sua mensagem... Saraiva vai vender filmes online O CEO da Microsoft, Steve Ballmer, estará entre nós amanhã. Ele vai falar no Tech-Ed 2008, um evento voltado para desenvolvedores de software. E vai apresentar uma novidade muito empolgante para quem não vê a hora de colocar seu media center para funcionar: a Saraiva vai lançar um serviço de aluguel e venda de filmes sob demanda. O serviço, tratado internamente como Saraiva On Demand, ainda não tem um nome oficial nem uma data de lançamento, mas sabemos que a estréia deve acontecer ainda este ano. O protótipo do software já está em funcionamento e será exibido por Ballmer na apresentação de amanhã. É uma notícia supreendente, pois muita gente (e eu me incluo entre esses céticos) duvidava que veria tão cedo um serviço de venda digital de filmes aqui no Brasil. As tentativas de vender músicas online não são exatamente um sucesso. Além dos complicadores das travas digitais, a tecnologia conhecida pela sigla DRM (digital rights management), o preço das faixas é alto e muitas das lojas não vendem arquivos compatíveis com o onipresente iPod, da Apple. A própria Apple, diga-se, parece não ter o menor interesse em abrir sua loja de arquivos para os brasileiros, pelo menos por enquanto. A explicação é simples: a burocracia para obter a liberação das gravações é enorme. É preciso negociar com gravadoras, músicos e compositores. Num mercado dominado pela pirataria de CDs, fica difícil encontrar um porquê para investir. Mas o mundo do cinema é diferente. "Há menos partes interessadas", diz Marcilio Pousada, presidente da Saraiva. É claro que os estúdios estão preocupados com a proteção dos seus direitos. Mas a complexidade é bem menor, e Hollywood teve o benefício de poder aprender com as frustrações da indústria musical. Pousada diz acreditar em um modelo "legalizado para os donos de conteúdo e legal para os consumidores". www.innoscience.com.br Ainda não se definiram os preços nem os detalhes das regras de uso dos filmes. A Saraiva, que está conduzindo o projeto, ainda está em negociações com os estúdios. Mas sabe-se que todos os grandes estão envolvidos e já existem títulos aprovados para a venda pelas matrizes, em Los Angeles. Os filmes terão a mesma qualidade de imagem dos DVDs e contarão com os mesmos recursos dos discos: várias trilhas de áudio, legendas em mais de uma língua e eventualmente conteúdo extra. Como sabem todos os varejistas, e também a Saraiva, a venda de discos plásticos está com os dias contados. Vai demorar até que os CDs e DVDs sumam do mapa. Mas eles vão sumir -- ou pelo menos tornar-se irrelevantes. Nos Estados Unidos, a Apple passou a perna no varejo. Hoje, sua loja iTunes já a maior vendedora de música do mundo. O grupo Saraiva, que tem 94 anos de história e 100 lojas por todo o país, está tomando a dianteira no aprendizado dessa nova maneira de vender, e a ideia é que o sistema também sirva para vender músicas no futuro. A Saraiva OnDemand vai funcionar, é claro, com tecnologia da Microsoft. Os filmes poderão comprados ou alugados -- neste modelo, o cliente terá preços diferentes de acordo com o número de dias que terá para assistir o filme. Passada a data de validade, o arquivo pára de funcionar. É exatamente assim que operam os grandes serviços de filmes online nos Estados Unidos: iTunes, da Apple, Netflix e Vudu, para mencionar somente três. A infra-estrutura técnica, que inclui o desenho do programa que será utilizado para a compra dos filmes e a hospedagem e entrega dos arquivos, foi feita pela TrueTech, uma empresa de tecnologia de São Paulo (em nome da transparência: a TrueTech fornece tecnologia semelhante para os vídeos produzidos pelo Portal Exame). Existem algumas dúvidas importantes. Os filmes poderão ser vistos no computador, mas ninguém vai sentar na frente do PC com um saco de pipocas no colo. Não se sabe se haverá a possibilidade de queimar o arquivo num DVD. Uma alternativa provável é usar um computador conectado à TV para acessar os arquivos (o videogame Xbox 360, da Microsoft, cumpre esse papel, assim como o Playstation3, da Sony). Nos Estados Unidos, o movimento das empresas é sempre em duas frentes: criar uma plataforma de software para vender e fazer o marketing dos produtos e um hardware que fica na sala. Ainda não há sinal de que a Saraiva vá fazer algo do gênero. Mas o anúncio de amanhã já é uma notícia e tanto para quem gosta de cinema e comodidade. Quem não vai gostar provavelmente são os donos de videolocadoras. Fonte: Exame www.innoscience.com.br T E R Ç A - F E I R A , 1 1 D E N O V E M B R O D E 2 0 0 8 Inovação de Canal Olá, Tudo bem? Inovação é algo novo de alto impacto. Não basta ser novo. É preciso gerar resultado significativo. Do contrário pode ser uma importante melhoria, mas não uma inovação. Mesmo considerando as inovações, é preciso distinguir entre os diferentes tipos de inovação. Primeiro em relação a sua intensidade: Inovação incremental, substancial ou radical. Além da intensidade, podemos diferenciar os tipos de inovações pela localização no negócio onde ela ocorre. É um novo produto? Um novo processo? Um novo canal de distribuição? A combinação dessas duas questões INTENSIDADE e LOCALIZAÇÃO determinam o tipo de inovação numa empresa. O Prof. Mohan Sawhney elaborou o Radar da inovação que apresenta as doze dimensões (tipos) de inovação. Um destes tipos é a INOVAÇÃO NO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO que consiste em criar novos canais de distribuição ou locais em que os produtos ou serviços podem ser oferecidos. As lojas de conveniência AM PM nos postos de gasolina Ipiranga na Região Sul introduziram uma inovação desse tipo anos atrás criando um novo espaço de consumo. Agora a Casas Bahia, aprofundando sua liderança nas comunidades de menor poder aquisitivo, inaugura, segundo Agência Estado, nesse dia 12/11 a sua primeira loja dentro de uma favela na comunidade de Paraisópolis, que fica na zona sul de São Paulo e é a segunda maior favela da cidade e a quinta do País. A favela tem uma população de 80 mil pessoas e 20 mil domicílios, apresentando renda média na faixa de R$ 600 por mês (UMCP). O Bradesco também já tem uma agência na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, informa que estuda abrir uma unidade própria em Paraisópolis em função da baixa concorrência e grande mercado. O sucesso dessa ideia de novo canal dependerá de como as empresas viabilizam um modelo de negócios de baixo custo para manter as margens da operação. Com tecnologia, baixos custos fixos e uma proposta de valor sub-ótima, tais empresas podem transformar essa ideia numa inovação a ser aplicada não apenas em outras cidades do Brasil, mas em outros países do mundo que têm tais características. O que você acha? Ela pode se transformar numa inovação radical? Max P.S: Se quiser saber mais sobre os 12 tipos de inovação acesse nosso site em www.innoscience.com.br As informações são do jornal O Estado de S. Paulo www.innoscience.com.br Q U I N T A - F E I R A , 1 8 D E J U N H O D E 2 0 0 9 Inovação de Presença na Nestlé Olá, Uma dos tipos mais frequentes de inovação é a de Presença, desenvolver novos canais de distribuição para acessar e se relacionar com o cliente. A Nestlé Brasil criou há três anos um sistema de vendas porta-a-porta que agora, conforme reportagem do Valor Econômico está chegando ao Nordeste do país. O programa chama-se "Nestlé vai até você" e funcionava apenas em Estados da região Sudeste, principalmente em bairros onde se concentram consumidores das classes C, D e E. Segundo a matéria, "com 50 revendedoras no Recife, o sistema deve ser inaugurado na capital pernambucana ainda este mês e deve se expandir para outros Estados da região". O modelo, inspirado em cases consagrados como Avon e Natura, em seu primeiro ano de funcionamento formou um grupo de 800 revendedoras sendo que hoje somam 6 mil representantes. Esses representantes vão de casa em casa, vendendo produtos da companhia acondicionados em carrinhos com isolamento térmico. A reportagem destaca que "segundo a companhia, a área de negócios voltados aos consumidores emergentes cresceu 15% no Brasil em 2008 e teve mais de R$ 1 bilhão em vendas". Sem dúvida a criação de canais de distribuição eficientes e de baixo custo é um dos principais desafios para atendimento desse consumidor. A Nestlé Brasil parece adotar a experimentação como forma de consolidar esse modelo para futura utilização em larga escala. Você tem alguma experiência de inovação de presença para atender consumidores das classes C , D e E? Conte pra gente que iremos explorar aqui no Innoblog! www.innoscience.com.br T E R Ç A - F E I R A , 1 3 D E A B R I L D E 2 0 1 0 Inovação Social Por Max Olá, Tudo bem? Já pensou se inovação é arte ou ciência? Ou arte + ciência? Nos últimos anos temos trabalhado no fomento da capacidade de inovação no SESI, Serviço Social da Indústria. O SESI é uma organização enorme que desenvolve produtos e serviços nas áreas de saúde, educação, cultura, lazer e responsabilidade social para o trabalhador da indústria. Como parte de seu planejamento estratégico e novo posicionamento, o SESI comprometeu-se com o desenvolvimento de inovações sociais, um tipo específico de inovação para beneficiar seus clientes. O trabalho tem sido desafiador, mas também bastante criterioso e satisfatório. Recentemente o Gerente da UNITEP, unidade de tendências do SESI, Fabrizio Pereira deu entrevista para a Revista Amanhã. Selecionei algumas partes para destaque. Para acessar a versão completa acesse. Um estímulo à inovação “pró-trabalhador” Sesi e Senai reforçam a importância da chamada “inovação social”, conceito que prega a busca de resultados nas empresas por meio de melhorias nas condições de trabalho dos funcionário. Diferentemente da maioria dos programas públicos de financiamento da inovação, os projetos fomentados pelo Senai e pelo Sesi não envolvem apenas a concepção de um novo produto ou serviço. Segundo Fabrízio Pereira, gerente executivo da Unidade de Tendências e Prospecção do Sesi, um dos objetivosé difundir o conceito de "inovação social". Isso significa que as empresas devem agregar valor a seus produtos e serviços por meio de melhorias na rotina dos trabalhadores - ou da própria comunidade. "Não estamos falando em assistencialismo, mas algo que ajuda a vida do empregado e faz com que ele seja um gerador de competitividade em favor da empresa", explica Pereira. No ano passado, 63 projetos foram inscritos, mas apenas 23 foram aprovados. Cada empresa recebeu, no máximo, R$ 200 mil para colocar seus programas em prática. Uma delas foi a unidade da Coteminas localizada em Blumenau (SC). A companhia constatou que alguns funcionários sofriam de Desordens Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT) e Lesões por Esforço Repetitivo (LER). Para acabar com o problema, a Coteminas adotou um programa de prevenção que foi financiado pelas entidades ligadas ao Sistema S. O projeto também recebeu assessoria do Sesi na formatação de um caderno técnico com dicas de postura. Com ele, a fábrica catarinense da Coteminas conseguiu reduzir custos com afastamentos de trabalhadores que sofriam de Dort, Ler e outros problemas posturais. www.innoscience.com.br 3. ORGANIZAÇÃO INOVADORA www.innoscience.com.br Q U A R T A - F E I R A , 1 2 D E S E T E M B R O D E 2 0 0 7 Opção de funding para projetos inovadores. Olá, O governo brasileiro, através da Finep, vem buscando disponibilizar recursos para iniciativas inovadoras. Apesar dos recursos ficarem disponíveis para cinco áreas definidas como prioritárias, vale a pena dar uma olhada e até mesmo buscar novas oportunidades. O que não podemos é deixar de utilizar esses recursos a fundo perdido!!! Saudações, Felipe Scherer Finep tem R$ 450 milhões e corre atrás de bons projetos O governo corre para tentar gastar o dinheiro destinado à inovação tecnológica previsto para este ano. A preocupação do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, é de não conseguir empenhar até dezembro os R$ 450 milhões que seriam destinados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para novos projetos e pesquisas de inovação tecnológica. Se não for empenhado até o fim do ano, o dinheiro vai engordar o superávit primário e pagar os juros da dívida pública. Na última quinta-feira, o ministro da Ciência e Tecnologia pediu socorro ao presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, para ajudar a divulgar às empresas do setor que a Finep lançou um edital em 31 de agosto anunciando a liberação dos R$ 450 milhões para subvenção econômica, a fundo perdido, de projetos e pesquisas considerados estratégicos pelo governo. "Esse orçamento tem que ser executado neste ano, senão vai para o superávit primário", lamentou o ministro Sérgio Resende. O edital vai beneficiar projetos de cinco grandes áreas: tecnologia da informação, comunicação e nanotecnologia, biodiversidade, biotecnologia e saúde, inovações em programas estratégicos, biocombustíveis e energia e desenvolvimento social. O presidente da CNI comemorou o lançamento do edital porque mostra uma mudança no perfil de investimentos do governo, mas ponderou que os prazos são muito curtos. "Entendemos que o ministério e a Finep têm que assegurar os prazos para os recursos serem realizados neste ano. Mas, para os próximos editais queremos mais tempo e a participação da indústria na formulação dos editais", afirmou. Monteiro Neto assegurou, porém, que a CNI vai colocar todo o seu aparato no esforço de divulgar o edital. As empresas têm até 24 de setembro para enviar um formulário com as diretrizes do projeto para uma pré-qualificação. Quem tiver projetos selecionados terá até 22 de outubro para apresentar a proposta final. A divulgação dos contemplados com os recursos está prevista para 14 de novembro. O diretor da Finep, Luis Fernandes, está otimista com o empenho dos recursos, apesar do tempo curto. E diz acreditar que alguns dos escolhidos terão os recursos liberados ainda neste ano. "Vamos começar a operar ainda em 2007", garante. A pré-qualificação foi necessária porque no edital do ano passado 1.100 empresas mandaram projetos. A Finep teve dificuldades para avaliar quais receberiam os recursos, reconheceu Fernandes. Este ano, o programa prevê que pelo menos 30% dos recursos sejam destinados a empresas www.innoscience.com.br das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; e 40 % do total sejam para micro e pequenas empresas. Em 2007, 90% dos recursos ficaram com empresas das regiões Sul e Sudeste. O programa foi lançado no ano passado com R$ 510 milhões a serem distribuídos no triênio de 2006 a 2008. Do total, R$ 300 milhões foram para os programas de Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior do governo, dos quais foram contratados R$ 270 milhões para subvenção de 114 projetos nessas áreas. São iniciativas de desenvolvimento de fármacos e medicamentos, softwares, microeletrônica, bens e capital e arranjos produtivos locais. Outros R$ 150 milhões ainda estão em negociação, mas já foram contabilizados no Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas, operado pela Finep em parceria com agentes regionais, como fundações de amparo à pesquisa, secretarias de Estado e bancos de desenvolvimento. Essas instituições é que repassam os recursos financeiros para as empresas. Os R$ 60 milhões restantes serão direcionados à contratação de mestres e doutores pelas empresas para pesquisas e desenvolvimento de produtos. O ministério quer que os pesquisadores trabalhem diretamente nas empresas e não somente nas universidades. (Fonte: Gazeta Mercantil - 10/09/07) www.innoscience.com.br S E X T A - F E I R A , 2 8 D E S E T E M B R O D E 2 0 0 7 Mais um concorrente para a Embraer Caros leitores, Uma das empresas brasileiras mais inovadoras, a Embraer, terá a partir de agora mais uma concorrente no setor de jatos. Apesar disso, acredito que a empresa poderá manter- se competitiva frente à tradicional concorrente Bombardier e agora a Sukhoi. A Embraer utiliza, como poucos, os relacionamentos no desenvolvimento de suas aeronaves (open innovation). Grande parte dos componentes é desenvolvida em parcerias com as universidades, com os fornecedores e até mesmo com outras empresas do setor. O trecho abaixo retrata bem o espírito da utilização dos relacionamentos para a inovação na Embraer: "Embraer criou um novo padrão de organização empresarial, mais integrado e flexível, que se articula na forma de redes (networks) de desenvolvimento, aprendizado e inovação tecnológica, assim como para o financiamento de projetos desta natureza, diluindo, em parte, os riscos e as incertezas de mercado." Saudações, Felipe Scherer Companhia russa Sukhoi apresenta superjato de passageiros A Rússia apresentou hoje ao
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