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IST´s VULVOVAGINITES Vaginose Gardnerella, 3 de 4 critérios de Amsel, corrimento branco-acinzentado, odor fétido, pH >4,5, teste das aminas, Clue Cells. Tratamento: Metronidazol 500mg VO 12\12h por 7 dias. Não trata parceiro Candidíase Prurido, ardor, hiperemia, nata, pH <4,5, pseudo-hifas. KOH pode ser usado para visualizar melhor hifas. dx diferencial com vaginose citolítica. Tratamento Miconazol pomada 7 noites ou Nistatina 14 noites. Fluconazol VO 1cp para recorrência (>4 episódios em 1 ano) Tricomoníase Odor e reação inflamatória, corrimento amarelo esverdeado, colo em framboesa, protozoário móvel. Mesmo tto da Vaginose. Inespecífica +comum na infância, sem agente específico, dx de exclusão, EPF , parasitose, higiene. descamativa etiologia desconhecida, purulenta, crônica, ausência de processo inflamatório cervical, ph alcalino, flora vaginal do tipo 3 (sem lactobacilos), cocos positivos. Tto Clindamicina creme 7 dias. citolítica <ph e aumento dos lactobacilos, corrimento branco, grumoso, com prurido e ardor. Tto duchas com bicarbonato. CERVICITES gonococo e clamídia corrimento cervical, colo hiperemiado, friável, sinusorragia. Complicações: DIP, DPC, infertilidade, gravidez ectópica. Tratamento: Ceftriaxona 500mg IM + Azitro 1g VO SÍFILIS 1ria: Cancro duro, indolor, única, some- exame em campo escuro (MO) 2ria: Condiloma plano, roséola, madarose, palmo-plantar 3ria: Gomas, tabes dorsalis, aneurisma, artropatia. Sorologia treponêmica (fta-abs) e não treponêmica (VDRL) Tratamento 1ria\2ria\latente<1ano: 1 dose de 2,4 mi UI IM 3ria\duração indeterminada\latente>1 ano: 1 dose de 2,4 mi UI IM 1 vez por semana por 3 semanas. Controle de cura: VDRL trimestral. Se gestante faz mensal! Se a gestante for alérgica a Penicilina interna para dessensibilizar. ÚLCERAS SEXUAIS Cancro mole- Haemophilus, múltiplas, dolorosas, fundo sujo, adenopatia que drena em 1 orifício. Azitro 1g VO. Herpes genital: vesículas e úlceras dolorosas e limpas, adenopatia dolorosa que não fistuliza. Aciclovir 400mg TID por 7 a 10 dias. Se gestante- terapia supressiva a partir da 36 sem Linfogranuloma- clamídia L1,2 E 3. pápula\úlcera indolor. adenopatia que fistuliza em bico de regador. Doxiciclina 100mg VO 12\12 por 21 dias Donovanose- Klebsiella granulomatis, úlcera profunda, indolor e crônica, com corpúsculos de Donovan- dx diferencial com ca de vulva. Azitro 1g VO 1x sem\3 sem e Doxiciclina 100mg VO 12\12 por 3 sem DIP 3 CRITÉRIOS MAIORES (DOR): hipogástrica, anexial e mob. colo + 1 CRITÉRIO MENOR: febre, leucocitose, PCR\VHS, cervicite ou endometrite em bx, abscesso TO ou de fundo de saco, DIP na laparo. No HCPA: Mulher sexualmente ativa com um critério de dor há <30 dias sem outro diagnóstico. Dor >5 também interna e reavalia com 24. Se tiver algum critério reavalia em 48h Classificação de Monif 1. DIP não complicada (reavalia 48h) 2. DIP com peritonismo (interna) 3. Oclusão de trompa\abscesso (interna) 4. Abscesso > 10cm ou roto (cx) obs: internar gestantes, intolerância ao tratamento clínico e sem melhora após 72h. Tratamento ambulatorial: Ceftriaxona 500mg IM 1x Doxiciclina 100mg 2x/dia por 14 dias Metronidazol 500mg VO 12/12 h por 10 dias Orientar a retornar em 48-72h . Tratamento hospitalar: UpToDate Ceftriaxone (1 g intravenously every 24 hours) + doxycycline (100 mg orally or intravenously every 12 hours) + metronidazole (500 mg orally or intravenously every 12 hours). Ou Clindamycin (900 mg intravenously every eight hours) plus gentamicin (3 to 5 mg/kg intravenously daily or 2 mg/kg intravenously once followed by 1.5 mg/kg every eight hours). Tratamento Hospitalar EMER HCPA Clindamicina 2700 mg IV 1x/dia + Gentamicina 240mg IV 1x/dia (IV correr em 1h) https://www.uptodate.com/contents/ceftriaxone-drug-information?search=doen%C3%A7a%20inflamat%C3%B3ria%20p%C3%A9lvica&topicRef=7585&source=see_link https://www.uptodate.com/contents/doxycycline-drug-information?search=doen%C3%A7a%20inflamat%C3%B3ria%20p%C3%A9lvica&topicRef=7585&source=see_link https://www.uptodate.com/contents/metronidazole-drug-information?search=doen%C3%A7a%20inflamat%C3%B3ria%20p%C3%A9lvica&topicRef=7585&source=see_link https://www.uptodate.com/contents/clindamycin-drug-information?search=doen%C3%A7a%20inflamat%C3%B3ria%20p%C3%A9lvica&topicRef=7585&source=see_link https://www.uptodate.com/contents/gentamicin-drug-information?search=doen%C3%A7a%20inflamat%C3%B3ria%20p%C3%A9lvica&topicRef=7585&source=see_link NA PRESENÇA DE ABSCESSO TUBÁRIO: Acrescentar Ampicilina 2 g IV 6/6 h Complemento: Doxiciclina 100mg VO 12/12h + Metronidazol 500mg VO 12/12h até completar 14 dias de tratamento VIOLÊNCIA SEXUAL História, data, tipo, número, MAC em uso, se criança menor de 13 anos encaminhar para emergência pediátrica. Solicitar: hcg sanguíneo, VDRL, anti-HIV,anti- HCV, hbsag. Notificação SINAN. PROFILAXIAS Azitromicina 1g VO dose única (DU) Ceftriaxona 500 mg IM, DU Pen G Benz 2,4 milhões IM DU Levonorgestrel 750 mg, 2 cp VO, DU Kit de antirretrovirais (ARV) SE <72h: Lamivudina 300 mg+Tenofovir 300 mg 1cp via oral 1x/dia por 28 dias + Dolutegravir 50mg 1cp via oral 1x/dia por 28 dias. ANTICONCEPÇÃO ACOs O principal fator de risco para trombose é o componente estrogênico. O risco trombogênico pode ser potencializado em função do progestágeno associado. O de maior risco trombogênico é o desogestrel e, o de menor risco, é o levonorgestrel. Contraindicações (Categorias 3 e 4 da OMS) Dentre as contraindicações absolutas temos: AVC, enxaqueca com aura, sem aura com >35, tabagista>35 anos pelo menos 15 cig ao dia, ca de mama atual, complicada, cirrose descompensada, tumor hepático benigno ou maligno , amamentação com <6 sem parto, pós parto sem amamentar <21d com fator de risco para TVP, mutações trombogênicas, cx com imobilização prolongada.,história de TEP ou TVP em uso ou não de anticoagulação, doença cardíaca isquêmica, PAS >160 e PAD>100 ,HAS com doença vascular, doença valvular Recomenda-se que mulheres que estejam amamentando só iniciem o uso de ACO combinados a partir do término do aleitamento ou a partir do sexto mês pós-parto. Caso não esteja amamentando, pode iniciar seu uso a partir da terceira semana pós-parto se não apresentar outros fatores de risco para TVP. LESÕES PRECURSORAS E CA DE COLO HISTOLOGIA A endocérvice: camada única de células cilíndricas produtoras de muco (epitélio colunar simples) A ectocérvice: tecido de várias camadas de células planas (epitélio escamoso e estratificado) Entre esses dois epitélios, encontra-se a Junção Escamocolunar (JEC), que quando está na ectocérvice é chamada de ectopia ou eversão. É na zona de transformação que se localizam mais de 90% das lesões precursoras ou malignas do colo do útero. obstrução dos ductos excretores das glândulas endocervicais subjacentes - cistos de Naboth. EPIDEMIOLOGIA E FATORES DE RISCO Entre 50 e 60 anos, carcinoma de células escamosas (85 a 90%), seguido pelo tipo adenocarcinoma, infecção por HPV. Mais de 90% dessas novas infecções por HPV regridem espontaneamente em seis a 18 meses. Os sorotipos mais oncogênicos são 16 e 18. Tipo de HPV, carga viral comportamento sexual, status imunitário, tabagismo, lesões precursoras CÂNCER DE COLO UTERINO No estágio invasor da doença, os principais sintomas são sangramento vaginal (espontâneo, após o coito ou esforço), leucorreia e dor pélvica, que podem estar associados com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados. Ao exame especular, podem ser evidenciados sangramento, tumoração, ulceração e necrose no colo do útero. Vacinação: meninas e meninos menores de 15 anos- duas doses com intervalo de seis meses (0-6 meses). Para adolescentes com idade ≥ 15 anos, não imunizados anteriormente, o esquema é de três doses (0-1 ou 2-6 meses). A vacina quadrivalente: meninas de 9 a 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos. imunossuprimidas – HIV/aids, transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea ou pacientes oncológicos –, esquema de três doses (0, 2 e 6 meses) entre 9 e 45 anos. meninos de 9 a 26 anos. O câncerde colo pode se propagar diretamente – por continuidade/contiguidade (vagina, corpo uterino, paramétrios, bexiga e reto) – e, indiretamente, por via linfática ou hematogênica. COLPOCITOLOGIA A partir dos 25 anos com sexarca até 64 anos. Interrompidos com dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos. Regra 3,2,1: A periodicidade entre os exames pode ser de 3 anos, após 2 exames consecutivos negativos, com intervalo de 1 ano entre eles. HIV/ imunossuprimidas: CP pós sexarca: 6/6 m no primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão. CD4 < 200 6\6 até resolver. TESTE DE SCHILLER? lugol. A finalidade deste teste é identificar áreas de epitélio escamoso desprovidas de glicogênio, que assumiram tonalidade suave de amarelo. O teste é positivo quando o iodo é negativo (coloração amarelo-mostarda). Teste do ácido acético: atividade proteica Estratégia ver e tratar na colposcopia:HSIL >25 ANOS - EZT 1 OU 2 + achados maiores e ausência de invasão\lesão glandular CLASSIFICAÇÃO DE RICHART (1967) ● NIC I: presença de células atípicas em até 1/3 do epitélio; (LSIL) ● NIC II: presença de células atípicas em 1/3 a 2/3 do epitélio; ● NIC III: presença de células atípicas em mais de 2/3 do epitélio. Quando a atipia celular atinge toda a espessura do epitélio, mas não ultrapassa a membrana basal, a lesão é denominada de carcinoma in situ. Achado + suspeito para invasão são vasos atípicos ESTADIAMENTO 0: in situ (conização) excisão do tipo 3, é terapêutica e diagnóstica 1A1-<3mm (HT1 ou cone se quiser gestar) 1A2 - 3a5mm (HT2+linfadenec) 1B1 (5mm a 2cm) 1B2 (2cm a 4 cm) 1B3(>4cm) = (HT3+linfadenec) 2A1 invade vagina <4cm (Wertheim-Meigs) ou QT+RT 2A2 >4 cm invade vagina superior 2B paramétrios 3A vagina inferior 3B parede pélvica (hidronefrose) 3C linfonodo pélvico ou para aórtico 4A bexiga e reto 4B mtx à distância Estádio> 2A2= QT+RT Wertheim-Meigs ou histerectomia radical ou histerectomia tipo III histerectomia + 2\3 superiores da vagina + paramétrios e uterossacros + linfonodos pélvicos. Vale lembrar que essa cirurgia pode preservar os ovários, caso haja desejo de manutenção da função hormonal HIPERPLASIA E CA DE ENDOMÉTRIO estimulação crônica do endométrio por estrogênio, sem oposição da progesterona (obesidade, SOP, perimenopausa, iatrogenia, tumores funcionais), e imunossupressão. sangramento uterino anormal. As HE são responsáveis por aproximadamente 5% de todos os casos de sangramento na pós- menopausa. Dividem-se em HE benigna ou Hiperplasia Sem Atipia (HSA) e Hiperplasia Atípica ou Neoplasia Intraepitelial Endometrial (NIE). Aproximadamente 75% dos casos de câncer de endométrio são detectados no estádio I da doença. METRORRAGIA E CORRIMENTO VAGINAL A perda sanguínea na pós-menopausa é o sintoma mais comum do câncer de endométrio. A espessura endometrial máxima nas pacientes na pós-menopausa sem uso de terapia hormonal é de 4 ou 5 mm. A espessura endometrial máxima nas pacientes na pós-menopausa em uso de TerapiaHormonal (TH) é de 8 mm. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL as principais causas de SUA nesse período incluem: Estrogênios exógenos (TH) – 30%; Endometrite atrófica/vaginite atrófica – 30%; Câncer de endométrio – 15%; Pólipos endometriais ou cervicais – 10%; Hiperplasia endometrial – 5%; Outras causas (ex.: câncer de colo, sarcoma uterino, trauma) – 10%. TRATAMENTO DA HIPERPLASIA Na hiperplasia sem atipias (simples ou complexa) admitem-se três condutas distintas: expectante com biópsias em intervalos regulares, tratamento medicamentoso (progesterona) e tratamento cirúrgico (HT). HIPERPLASIA ATÍPICA : Nos casos de hiperplasia com atipias, o tratamento preferencial consiste na histerectomia, porém o emprego de progestogênios pode ser aceitável em condições específicas. CÂNCER DE ENDOMÉTRIO tipo I (adenocarcinoma endometrióide) e tipo II (carcinoma uterino seroso papilar, o carcinoma de células claras e outros tipos histológicos mais agressivos) SÍNDROME DE LYNCH II : Há tendência familiar entre os cânceres de cólon e endométrio INDICAÇÕES DE BIÓPSIA ENDOMETRIAL >45 anos com SUA ou Qualquer idade com SUA e fatores de risco, persistente ou endométrio heterogêneo. TIPO I 75 a 85% dos casos, mulheres mais jovens, na perimenopausa, com história de exposição estrogênica sem a oposição da progesterona. TIPO II não possui associação com hiperestrogenismo e hiperplasia endometrial. Origina-se a partir do endométrio atrófico. Tende a acometer mulheres mais velhas, magras e na pós-menopausa. O estadiamento do CE é eminentemente cirúrgico. O modo mais comum de metástase do câncer de endométrio é a linfática. Essa via de disseminação está muito associada com a presença de invasão miometrial e com o grau de diferenciação. O procedimento cirúrgico padrão seria uma histerectomia total extrafascial com salpingo-ooforectomia bilateral. Incontinência Urinária e Prolapsos Genitais Fisiologia da micção: Enchimento vesical: ação do sistema simpático (adrenalina). Contração do esfíncter vesical (alfa adrenérgicos) e relaxamento do detrusor (beta adrenérgicos) Esvaziamento vesical: ação do sistema parassimpático (acetilcolina). Contração do detrusor (muscarínicos M2 e M3) -Fatores de risco para incontinência e distopias: obesidade, hipoestrogenismo (menarca tardia, menopausa precoce), partos vaginais, multiparidade TIPOS DE INCONTINÊNCIA Incontinência urinária de urgência: bexiga hiperativa. Desejo miccional incontrolável, polaciúria, noctúria, urgência, urge incontinência. Urodinâmica: contrações não inibidas do detrusor (aumento da pressão vesical sem aumento da pressão abdominal) indicando hiperatividade detrusora. Incontinência urinária de esforço: precipitada por tosse, espirro, exercícios físicos,outras manobras de valsalva. Urodinâmica: classifica quanto ao subtipo a depender da pressão de perda: PPE > 90mmh2O: hipermobilidade uretral. PPE < 60mmH2O: defeito esfincteriano intrínseco. Incontinência urinária extra uretral: chamada de perda insensível. Perdas contínuas sem relação com esforço. Podem estar relacionadas a fístulas Tratamento Primeira linha são tratamentos não farmacológicos (fisio pélvica, perda de peso, reeducação vesical, redução da cafeína, parar tabagismo) 💊Tratamento farmacológico: são alternativas nos casos de IUU. Anticolinérgicos: oxibutinina, tolterodina, darifenacina, tróspio. Contra Indicações: glaucoma, cardiopatia, arritmia, HAS. Tricíclicos: imipramina. Agonistas beta adrenérgicos: mirabegrona. 🔪Tratamento cirúrgico: indicado para os casos de IUE sem resposta à primeira linha Colpossuspensão/Burch: fixação no ligamento de Cooper, menos usada hoje em dia pois é mais invasiva. Sling: atualmente é o padrão ouro para todos os tipos de IUE. No caso da abordagem retropúbica, é necessária realização de cistoscopia durante ou após o procedimento pelo risco de perfuração vesical. Já na abordagem transobturatória isso não é necessário. PROLAPSOS Aparelho de suspensão: ligamentos (pubicovesicouterinos, paramétrios, uterossacros) Aparelho de sustentação: músculos (diafragma pélvico- levantador do ânus; diafragma urogenital, fáscia endopélvica) Não há indicação cirúrgica caso a paciente seja assintomática 💊Tratamento não invasivo: fisioterapia pélvica, pessários, estrogênio tópico. 🔪Tratamento cirúrgico: histerectomia vaginal (em pacientes sem desejo gestacional), Manchester (encurtamento de paramétrios e amputação do colo), sacropromontofixação vaginal, LeFort (colpocleise, fechamento vaginal, impede atividade sexual) Prolapso vaginal anterior: cistocele. colpoperineoplastia anterior com correção da fáscia pubovesicocervical. Prolapso vaginal posterior: retocele. colpoperineoplastia posterior com correção da fáscia retovaginal. DOENÇAS DA MAMA FIBROADENOMA tumor benigno mais prevalente, 20 a 35 anos, tumor palpável de consistência fibroelástica, móvel, indolor, de 2 ou 3 cm em seu maior diâmetro, com rápido crescimento inicial, que posteriormente se estabiliza. Pode ser único, múltiplo ou subsequente a outro fibroadenoma,em uma mama ou em ambas as mamas. O tratamento conservador com acompanhamento quando a imagem apresenta características de benignidade e a paciente possui menos de 25 anos. Entre os 25 e 35 anos, a conduta deve ser individualizada. Após os 35 anos, a retirada dos nódulos está indicada quando estas lesões são palpáveis, quando apresentam crescimento rápido, quando há história familiar de câncer de mama e em caso de imagem ultrassonográfica ou mamográfica duvidosa. Tumor Phyllodes: relativamente raros. Terceira e quinta décadas de vida, crescimento rápido, grande volume e tendência à recorrência local. (estroma hipercelular).Raramente são bilaterais. Em torno de 20% dos casos sofrem transformação maligna. O tratamento habitual do tumor filoides consiste em excisão com margens livres. Papiloma Intraductal: acomete principalmente os ductos subareolares principais. É relativamente frequente. É solitário, normalmente não excede 2-3 mm e se localiza nos ductos terminais. Possui como apresentação clínica mais comum a presença de descarga papilar uniductal serossanguinolenta (50%) ou sanguinolenta (50%), muitas vezes espontânea ou à compressão do ducto dilatado a montante. A faixa etária mais acometida situa-se entre os 30 e 50 anos. Na presença de nódulo e derrame papilar predomina a investigação do nódulo. Mastite aguda: cefalexina 1g 12/12h 7d VO. Ectasia Ductal : Dilatação dos ductos e a estagnação de secreção, etiologia desconhecida. A idade é o principal fator de risco (quinta e oitava décadas de vida). Não exige tratamento, desde que o sintoma não seja espontâneo e abundante. Descarga amarelo-esverdeada e espessa. A exérese do sistema ductal terminal está indicada se a ectasia representa um incômodo para a paciente. Causa mastalgia acíclica. CÂNCER DE MAMA 🎗 Segundo tipo de tumor maligno mais frequente no Brasil e no mundo (somando mulheres e homens), mais comum entre as mulheres. Primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira. Fatores de risco: idade, menarca precoce (<12) e menopausa tardia (>55) (menacme longo), nuliparidade,primeira gestação após os 30 anos , uso de terapia hormonal na pós-menopausa por tempo prolongado, ACO (controverso), idade reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais (álcool, sobrepeso e obesidade pós menopausa, exposição a radiação, tabagismo) e fatores genéticos/hereditários (BRCA1 e BRCA2 são os mais frequentes) Cicatriz Radial ou Lesão Esclerosante Complexa: Pode simular um câncer de mama (e está associada a aumento de risco), tanto em exames histopatológicos (macroscopia e microscopia) quanto na mamografia. ACHADOS EM EXAMES DE IMAGEM USG: margens irregulares, hipoecogenicidade e textura heterogênea (achado inespecífico), ântero posterior maior do que o diâmetro laterolateral (nódulo “mais alto que largo”), presença de sombra acústica posterior, contornos micro lobulares. Resumão da MMG O: pede US 3: controle precoce (6m por 2 anos) A partir do 4 pede bx Rastreio: iniciar anual a partir dos 50 até 69 ou 10 anos antes da idade que parente de primeiro grau teve câncer. MMG: nódulos espiculados, de limites mal definidos com distorção do parênquima adjacente, presença de microcalcificações (< 0,5 mm) pleomórficas (i.e. de formatos diferentes) agrupadas. é o único exame capaz de identificar microcalcificações agrupadas. As axilas são também avaliadas na busca de linfadenomegalias. TIPOS HISTOLÓGICOS CDIS: Não precisa de adjuvância QT. é lesão precursora (aumenta 10x o risco). Microcalcificações pleomórficas agrupadas. Ressecção cx quase sempre indicada (com margens maiores que 2mm), RT também. CI: cél tumorais invadem tecidos adjacentes aos ductos e tem capacidade de mtx. CDI é o tipo histológico mais comum (80 a 90%). A avaliação histológica de 3 características (formação tubular, atipias nucleares e atividade mitótica) gradua o CDI em 3 graus de diferenciação CLI Segundo tipo histológico mais comum (5 a 15%), mais frequente em pós menopausa (forte relação entre TH e aumento da incidência), tendo maior tendência à multifocalidade e bilateralidade Carcinoma inflamatório: agressivo e rápida progressão, péssimo prognóstico. Aspecto de casca de laranja é comum Doença de Paget: Apresentação incomum das neoplasias malignas. Presença de epitélio maligno glandular no interior da epiderme da aréola ou mamilo, podendo ser assintomática ou associada a hiperemia e eczema. Para diferenciar do eczema: Unilateral, pode destruir mamilo, pouco prurido, evolução lenta, não responde ao corticoide tópico IMUNOHISTOQUÍMICA ESTADIAMENTO Diâmetro máximo do tumor (T), presença ou não de metástases para LNs regionais (N) e metástase à distância (M). A presença de linfonodos axilares positivos representa o principal fator de risco para recidiva sistêmica da doença. É recomendação da maior parte dos oncologistas que seja efetuada terapêutica sistêmica sempre que houver acometimento linfonodal. O prognóstico piora em função do número de linfonodos acometidos. Rastreio de mtx somente em estádios mais avançados (TC só a partir de 3A). Solicitamos TC de tórax, TC de abdome ou USG de abdome total, cintilo óssea e exames de função hepática. Tratamento Cirurgia: Consiste na abordagem do tumor primário e da axila, com ou sem associação da radioterapia. Indicada para as pacientes sem doença metastática à distância (até o estágio III.) Cirurgia conservadora: impõe sempre a realização da radioterapia adjuvante Contraindicações absolutas: MASTECTOMIA: Está indicada nos casos de tumores malignos infiltrantes que ocupam mais de 20% do volume da mama, tumores >3,5 cm ou em casos de tumores localmente avançados. ESVAZIAMENTO AXILAR: A abordagem axilar está indicada sempre que o tumor primário for infiltrante, independentemente de seu volume ou da cirurgia realizada. Utilizamos a técnica do LFS ou EA. A biópsia do linfonodo sentinela está indicada em todas as pacientes com carcinoma de mama invasor e axila negativa. Tratamento hormonal Tamoxifeno: modulador seletivo dos receptores de estrogênio, na mama é antagonista, recomendado nos casos de RE +. Nos outros órgãos é agonista, podendo desencadear aumento do risco de câncer de endométrio ,indução da ovulação , fogachos de difícil controle, aumento do risco para trombose e catarata . Pode ser profilaxia para mutadas. Inibidores da aromatase: anastrozol, letrozol e exemestano são utilizados durante cinco anos após a cirurgia, atuam por inibição da conversão de andrógenos em estrógenos nos tecidos periféricos. Possuem efeitos colaterais semelhantes ao tamoxifeno, porém em menor frequência. Além disso, podem causar redução da DMO. Em suma: Carcinoma subclínico: demarcação metálica, MMG transop em microcalcificações Carcinoma in situ: individualizado (exérese completa e seguimento rigoroso). Podemos pensar em mastectomia profilática e quimioprevenção. Em suma, o ideal seria tumorectomia com margens amplas + RT Carcinoma estádio 1 e 2: O fator mais importante é a relação do tamanho do tumor com o tamanho da mama, geralmente mais de 1\5 de ressecção precisa de mamoplastia oncológica. Ideal que dx seja feito por bx percutânea, sendo o tratamento conservador a escolha preferencial. Seria tumorectomia com margens amplas (setorectomia) + esvaziamento axilar ou LNS+ RT Carcinoma localmente avançado :Situações inoperáveis antes da QT neo: ca inflamatório, mtx a distância, fixação à parede torácica, edema do braço, lesões satélite, contraindicação anestésica. Recidiva local: nodulares (bem delimitadas) - passíveis de ressecção com margem de segurança. Mastectomia de resgate pós conservador. lifangíticas ou comprometimento de parede torácica - RT e HT ou QT Seguimento: USG e MMG 6\6 meses nos primeiros 2 anos depois revisão clínica semestral e MMG anual. DOENÇA DOS OVÁRIOS 3/4 das pacientes estão em estádio avançado da doença no momento do diagnóstico e até 80% das mulheres apresentam recidiva. Cistos funcionais: cistos foliculares-Lesões císticas simples, uniloculares e de pequenas dimensões (até 5 cm) podem ser controladasclinicamente e acompanhadas por ultrassonografia por dois a três meses. . Cisto de corpo lúteo: hemorragia excessiva do folículo, pode causar dor e simular torção. Rotura e hemorragia são mais comuns. Conduta conservadora se é estável. Tecaluteínicos: gravidez, bilateral, mola, podem atingir grandes dimensões e tendem a regredir espontaneamente Tumores proliferativos Cistoadenoma seroso: 15 a 25% dos tumores benignos e são bilaterais em 7 a 12% dos casos. Aproximadamente 20% dos cistoadenomas serosos são malignos e 5 a 10% dos tumores epiteliais são limítrofes. Cistoadenoma mucinoso: 15% dos tumores benignos. São bilaterais em 5 a 7% dos casos, grandes tumores abdominais, chegando até a 50 cm de diâmetro. pseudomixoma peritoneal, ascite (recidiva com frequência após o tratamento cirúrgicoū) Tumores de células germinativas Teratoma cístico benigno\cístico maduro ou cisto dermoide: 10 a 15%de todos os tumores ovarianos, normalmente unilateral, risco de malignização é muito raro. três folhetos germinativos. Se o tecido não sofreu infarto e teve torção, a torção pode ser desfeita e realizada cistectomia. Se houver necrose, deve ser realizada ooforectomia. TUMORES SÓLIDOS BENIGNOS Fibroma: tumor do cordão sexual mais comum. células estromais da granulosa, mas não apresenta atividade hormonal. Um aspecto curioso neste tumor é a associação com ascite (10 a 15%) e hidrotórax (1%), o que caracteriza a síndrome de Meigs. Tumor de Brenner: É identificado pela sua histopatologia incomum, com ilhotas de células cubóides claras, os chamados ninhos de células de Walthard. É um tumor epitelial benigno, constituído por epitélio transicional, mas vale salientar que tem seus equivalentes malignos e limítrofes. Raramente, ocorre uma transformação maligna. Trata-se de tumor sólido que pode estar associado à síndrome de Meigs. Luteoma da Gravidez : É um tumor raro, geralmente sólido, pode ser bilateral e levar ao aumento do ovário em até doze centímetros. Em aproximadamente 25% dos casos, associa-se com virilização, que tem início no segundo trimestre da gestação, produzindo testosterona, levando a níveis plasmáticos elevados. A masculinização de um feto do sexo feminino pode ocorrer. TUMORES FUNCIONANTES- TUMORES DO ESTROMA GONÁDICO FEMINILIZANTES Tecoma : estroma cortical dos ovários. É geralmente unilateral e raramente maligno, pós-menopausa, produz estrógenos, sangramento genital e hiperplasia endometrial na pós-menopausa. Tto é ooforec. VIRILIZANTES Gonadoblastoma: É um tumor misto, constituído por elementos germinativos (geralmente representado pelo disgerminoma) e elementos do cordão sexual (elementos das células da granulosa e de Sertoli). Logo, podem produzir androgênios e estrogênios. O tratamento recomendado é a ooforectomia. Pacientes com disgenesia gonadal e presença de cromossoma Y são consideradas de alto risco para o desenvolvimento deste tumor. Nestes casos, a conduta é a gonadectomia. Struma Ovarii: Representa uma variante do teratoma cístico maduro ,mais de 50% de tecido tireoidiano,tireotoxicose em 5%. TUMOR LIMÍTROFE baixo potencial maligno ou borderline, 10 a 15% dos tumores epiteliais, tende a permanecer limitada aos ovários por longos períodos, com baixo potencial de crescimento e invasão, bom prognóstico. DIAGNÓSTICO DE MALIGNIDADE O diâmetro do cisto está intimamente relacionado com o risco de malignidade, diâmetro maior que 8-10 cm apresentam risco elevado de malignidade. A bilateralidade à USG aumenta em três vezes o risco de malignidade. O antígeno cancerígeno (CA) 125 é o marcador tumoral mais sensível para os tumores epiteliais, especialmente os serosos. 82% das pacientes com câncer ovariano epitelial tem aumento de CA125 SÓLIDOS USG DOPPLER COM RESISTÊNCIA BAIXA SEPTADOS PAPILAS ESPESSAMENTO DE PAREDE IRREGULARES TAMANHO >8CM ANTES E DEPOIS DA MENACME Na infância, aproximadamente 80% das neoplasias ovarianas são malignas. O Rastreio não se mostrou efetivo. DOENÇAS MALIGNAS DOS OVÁRIOS FATORES DE RISCO: HF(fator mais importante), genética (BRCA1, BRCA2, Lynch II), idade >60, menacme longo, nuliparidade, raça branca, indutores da ovulação, dieta rica em gordura, endometriose, tabagismo, obesidade FATORES DE PROTEÇÃO: inibição da função ovariana- amamentação, ACO, LT, salpingo-ooforec profilática Os tumores primários podem ser classificados em três categorias: neoplasias epiteliais (65 a 70%) ; neoplasias germinativas; neoplasias do estroma e cordões sexuais. NEOPLASIAS EPITELIAIS: Os adenocarcinomas respondem por 80-90% dos tumores malignos ovarianos. Dos cânceres epiteliais, o tipo histológico seroso é o mais frequente e representa 42% dos casos. Os tipos menos comuns incluem o carcinoma mucinoso (12%), endometrióide (15%), de células claras (6%), de Brenner e indiferenciado (17%). Fisiopatologia: transformação maligna do epitélio da superfície ovariana (celomico), o qual é contíguo com o mesotélio peritoneal. Carcinoma seroso: corpos de Psammoma ou Psamomatosos (aderências e aprisionamento dos epitélios de superfície). Os cistoadenocarcinomas são os tumores malignos mais comuns (75%), com faixa etária mais alta. São bilaterais em aproximadamente 35% dos casos e, geralmente, não ultrapassam 25 cm de diâmetro. Carcinoma mucinoso: São tumores císticos com cavidades revestidas por epitélio secretor de mucina. 12% dos tumores epiteliais, maiores dimensões (até um metro de diâmetro), podendo ocupar toda a cavidade abdominal. Não é possível distingui-los do carcinoma metastático do trato gastrointestinal apenas com base na histologia (Krukenberg). Apresenta frequentemente elevação de CEA e resposta parcial à quimioterapia. O carcinoma maligno de células claras é o de pior prognóstico entre os epiteliais, pois produz metástases precoces TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS 1 a 2% de todas as malignidades ovarianas. Nas duas primeiras décadas de vida, aproximadamente 70% dos tumores ovarianos são de origem germinativa. Mulheres jovens e crianças. O tipo histológico maligno mais comum é o disgerminoma, seguido pelo teratoma imaturo e pelo tumor do seio endodérmico. Marcadores séricos são a Alfafetoproteína (AFP), a gonadotrofina coriônica humana (hCG) e a desidrogenase láctica (LDH). Disgerminoma: malignidade mais comum na gestação, crescimento rápido, unilateral, pode levar a abdome agudo. Em 5% dos casos, são encontrados em mulheres com alterações gonadais, como a disgenesia gonadal pura (46, XY) ou mista (45, X; 46, XY) e a síndrome da insensibilidade completa aos androgênios (síndrome de Morris; 46, XY). pacientes na pré-menarca com massa pélvica devem ser submetidas à determinação do cariótipo., sensibilidade à quimioterapia e radioterapia. O tratamento é basicamente cirúrgico. Teratoma imaturo puro do ovário: mulheres jovens, com maior frequência nas duas primeiras décadas. 50% deles ocorrem entre 10 e 20 anos de idade. Ele representa 10 a 20% de todas as neoplasias malignas observadas em mulheres com menos de 20 anos de idade, e 30% das mortes por câncer nesta faixa etária. Normalmente, é unilateral. Dividido em 3 graus. Tumor do seio endodérmico ou yolk sac- corpúsculos de Schiller-Duval, alfafeto proteína, é sempre unilateral e tem o pior prognóstico, QT adjuvante para todas. Carcinoma embrionário: bastante raro e extremamente agressivo que incide em pacientes muito jovens, com idade média de 14 anos. Pode secretar estrogênios e levar a um quadro de pseudopuberdade precoce e hemorragia genital irregular. Secreta alfa fetoproteína e hCG. salpingo-ooforectomia unilateral seguida de quimioterapia. Gonadoblastomas: elementos germinativos e elementos do cordão sexual, é um tumor misto, geralmente representado pelo disgerminoma e elementos das células da granulosa e de Sertoli. TUMORES DE CÉLULAS DOS CORDÕES SEXUAIS/ESTROMA GONADAL Representam 5 a 8 % de todos os tumores malignos ovarianos. Derivam do estroma (origem tanto a células femininas (granulosa e teca) quanto à masculinas Sertoli-Leydig) São benignos ou de baixo grau de malignidade e podem ser produtores dehormônios. TUMOR DA TECAGRANULOSA tumor maligno de baixo grau, qualquer faixa etária, corpúsculo de Call-Exner, capacidade de secretar grandes quantidades de estrogênio ( puberdade precoce, aumento do risco de hiperplasia endometrial, doença cística da mama e câncer de endométrio). salpingo-ooforectomia unilateral com avaliação minuciosa do ovário contralateral TECOMA E FIBROMA Raramente o tecoma e o fibroma têm características de malignidade. São tumores sólidos, geralmente unilaterais e ocorrem geralmente na perimenopausa. O tecoma frequentemente produz estrogênio, enquanto o fibroma não apresenta atividade hormonal. Curam-se pela remoção cirúrgica (salpingo-ooforectomia unilateral). O fibroma é o tumor do cordão sexual mais comum. Fibrossarcomas são raros, mas extremamente agressivos. TUMORES DE SERTOLI-LEYDIG ANDROBLASTOMA/ARRENOBLASTOMA São tumores malignos de baixo grau extremamente raros, representando 0,2% dos tumores ovarianos, unilaterais, 20 e 40 anos de idade., produção de androgênios (virilização em mais de 70% das mulheres acometidas). Os níveis plasmáticos de androstenediona e testosterona encontram-se elevados enquanto os de sulfato de dehidroepiandrosterona estão normais. A salpingo-ooforectomia unilateral com avaliação cuidadosa do ovário contralateral é o tratamento de escolha. GINANDROBLASTOMAS tumores benignos raros associados com a produção de androgênios e estrogênios. Raramente sofrem transformação maligna. O tratamento recomendado é a salpingo-ooforectomia unilateral. ESTADIAMENTO (é cirúrgico) Nos casos de tumores disseminados com malignidade confirmada, a melhor opção é a laparotomia, já que o resultado do tratamento laparoscópico do câncer ovariano avançado ainda não está bem estabelecido. o uso da laparoscopia tem sido indicado como a melhor modalidade para avaliar a distribuição do tumor e prever a ressecção cirúrgica para atingir o objetivo de citorredução ótima. CIRURGIA: histerectomia abdominal total com salpingo-ooforectomia bilateral e omentectomia, avaliação e biópsia do peritônio diafragmático, goteiras parietocólicas, peritônio pélvico, amostragem ou linfadenectomia pélvica e de paraaórticos, além de lavado peritoneal para pesquisa de células malignas. CX CONSERVADORA carcinomas epiteliais estádio IA G1-2 (ocasionalmente no grau 3 ou estádio IC), tumores borderline de ovário nos estádios I a III e tumores germinativos malignos (todos os estádios) QT ADJUVANTE SANGRAMENTO UTERINO AUMENTADO 1º LUGAR AFASTAR GRAVIDEZ. Em uso de medicamentos? Doença sistêmica? Coagulopatia? Risco de câncer? Doença benigna (sangramento disfuncional)? Quando há menção a uma causa hormonal, pressupõe-se que todas as outras causas estruturais já foram excluídas. TRATAMENTO TRATAMENTO DO SUA AGUDO EEC: O controle do sangramento é alcançado em até 10 horas da primeira dose. Pode-se associar um antiemético para controle das náuseas. Deve ser seguida por cobertura progestagênica. A manutenção pode ser realizada com anticoncepcional . Ao serem comparados AINEs e outras opções para tratamento de sangramento aumentado, SIU-LNG e ácido tranexâmico (antifibrinolítico) mostraram-se superiores aos AINEs. Sangramento+dismenorreia que piora no ciclo+miométrio heterogêneo (zona juncional >12mm) - pensar em adenomiose. Tto com histerec ou SIU-LNG. A adenomiose focal está associada à endometriose. DOR PÉLVICA CRÔNICA E ENDOMETRIOSE 37% GI 30% URINÁRIA 20% GINECO Duração >6 meses, fenômeno de centralização da dor dx diferencial com endometriose, miomatose, tumores, adenomiose, queixas urinárias e músculo-esqueléticas. ENDOMETRIOSE Fatores de risco: HF materna,malformações uterinas, menarca precoce, ciclos curtos, baixo IMC, primeira gestação tardia, consumo exagerado de café e álcool. Quadro clínico com dismenorreia progressiva, dispareunia, DPC e infertilidade. é estrogênio dependente. Os focos podem ser superficiais ou profundos (ponto de corte 5mm), além de adenomas e endometriomas, .Padrão ouro para diagnóstico é laparoscopia, desconfiar se ca-125>20 e PRL>15. Não é uma doença progressiva. Tratamento cirúrgico recomendado para edt intestinal sintomática, sistema urológico, nódulo vaginal, endometrioma com >3cm, umbilical, SNC ou pulmonar. Tratamento clínico é feito com bloqueio ovulatório- Progesterona, ACO contínuo ou DIU medicado. Em alguns casos refratários podemos pensar em agonista de GnRH(até 9 meses de uso). Para tratamento da dor podemos usar AINE, amitriptilina, gabapentina AMENORREIA E HIPERANDROGENISMO INVESTIGAÇÃO DE AMENORREIA PRIMÁRIA Os aspectos mais importantes a serem avaliados nas amenorréias primárias são a presença ou a ausência de caracteres sexuais secundários, a presença ou a ausência de útero e os níveis de FSH Se não há telarca as etiologias mais prováveis são atraso funcional do desenvolvimento puberal (FSH baixo ou normal) e disgenesia gonadal (FSH elevado). Se há telarca temos ação estrogênica, o problema poderia ser agenesia mulleriana, criptomenorréia ou resistência à ação androgênica. Se há desenvolvimento mamário e o útero é presente, as etiologias devem ser as mesmas das amenorréias secundárias Nas pacientes com vagina ausente ou curta, ou com útero ausente ou rudimentar, é aconselhável a realização de cariótipo. Caso o cariótipo seja normal (46,XX), está-se diante da síndrome de Mayer- Rokitansky-Küster-Hauser. No caso de ausência de útero e vagina, mas com cariótipo 46,XY, trata-se de insensibilidade completa aos androgênios (síndrome de Morris ou feminização testicular) INVESTIGAÇÃO DE AMENORREIA SECUNDÁRIA Das mulheres com amenorreia secundária que não estão grávidas (gravidez é a causa mais comum), cerca de 40% apresentam alterações ovarianas, 35%, disfunção hipotalâmica, 19%, alterações hipofisárias e 5%, patologias uterinas. A síndrome de Asherman (sinéquias uterinas) é a única causa uterina de amenorreia secundária. Perguntar sobre hemorragia pós-parto, infecção endometrial e manipulação uterina. Sintomas de deficiência estrogênica, como fogachos, secura vaginal, diminuição da libido e alterações no sono, podem estar associados a estágios iniciais de falência ovariana (<40);Se houver sinais de hiperandrogenismo, também devem ser solicitados sulfato de dehidroepiandrosterona (SDHEA), 17-hidroxiprogesterona (17-OHP) e testosterona. Um teste de progesterona positivo diagnostica como anovulação a causa da amenorreia. Causas genéticas de amenorreia: deficiência de 5a redutase,17a hidroxilase,disgenesia, savage, galactosemia. SANGRAMENTOS PRIMEIRA METADE DA GESTAÇÃO 👁ABORTAMENTO interrupção da gestação IG< 20 semanas ou <500 gramas. ANORMALIDADES CROMOSSÔMICAS:cerca de 50 a 80% dos abortamentos espontâneos clínicos ou subclínicos, sendo as aneuploidias a causa mais frequente. DESORDENS ANATÔMICAS a. Incompetência istmo cervical: causa de abortamento tardio. b. Miomas: especialmente os do tipo submucoso; c. Malformações uterinas: aborto tardio; d. Sinéquias uterinas: síndrome de Asherman. DOENÇAS ENDÓCRINAS a. Insuficiência lútea b. Doenças da tireoide c. Diabetes mellitus insulino dependente d. Síndrome de ovários policísticos DISTÚRBIOS IMUNOLÓGICOS, TROMBOFILIAS, INFECÇÕES SAF :AAS 100 mg/dia e heparina em doses profiláticas (0,5 mg/kg uma vez ao dia) sem HP de TVP. Nas pacientes com história anterior de trombose, a profilaxia de novos eventos deve ser realizada com AAS 100 mg/dia e doses terapêuticas de heparina não fracionada ou de baixo peso molecular, como a enoxaparina 1 mg/kg a cada 12 horas. MÉTODOS PARA ESVAZIAMENTO UTERINO Tratamentos Cirúrgicos ● Aspiração Manual Intrauterina (AMIU): menor risco de perfuração uterina, de necessidade de dilatação cervical e risco de sinéquias.É o procedimento de eleição em gestações com até doze semanas. ● Aspiração a vácuo: semelhante à AMIU, porém necessita de sistema de vácuo para sua realização. ● Curetagem uterina: deve ser reservada para situações nas quais a AMIU não esteja disponível ou a idade gestacional seja maior que 12 semanas. Usar misoprostol ou ocitócitos para posteriormenterealizar a curetagem. Microcesariana: consiste no esvaziamento do útero por via abdominal. Deve ser reservada aos casos infrequentes que não se resolveram por via vaginal e que apresentam hemorragias volumosas. Tratamentos Clínicos ● Ocitocina até a expulsão do feto, seguida de posterior esvaziamento uterino ou, paralelamente, ao tratamento cirúrgico, de forma a diminuir o risco de perfuração uterina e hemorragia. Apresenta melhor resultado para os casos com mais de 16 semanas e colo favorável ● Uso de comprimidos de misoprostol no fundo de saco vaginal: pode ser utilizado na tentativa de favorecer a expulsão fetal em quadros que se desenvolvem após 12 semanas. Isto pode ser obtido por diferentes protocolos, como a dose de 200 mcg a cada 4 horas, 400 mcg a cada 12 horas ou 800 mcg a cada 24 horas. SANGRAMENTOS DA SEGUNDA METADE DA GESTAÇÃO Descolamento Prematuro de Placenta (DPP) 🩸 separação intempestiva da placenta do corpo uterino em gestação com 20 ou mais semanas completas e antes da expulsão fetal, que implica em sangramento uterino e reduz o aporte de oxigênio e nutrientes ao feto. O risco para o feto relaciona-se com a área de descolamento e a idade da gestação na qual ocorreu o evento. Podem ocorrer complicações perinatais, como prematuridade, restrição de crescimento fetal, baixo peso ao nascer, sofrimento fetal e óbito perinatal. O DPP é descrito como a principal causa de óbito perinatal. Risco materno de CIVD. O diagnóstico é clínico! GRAU 0 (Assintomático) GRAU I (Leve) sangramento vaginal discreto, sem hipertonia, sem dor. Vitalidade fetal preservada. Diagnóstico pós por hematoma retroplacentário. GRAU II (Intermediário) sangramento vaginal moderado e contrações tetânicas (hipertonia uterina), dor abdominal, taquicardia materna e alterações posturais da pressão arterial e sinais de sofrimento fetal. GRAU III (Grave) Caracteriza-se pelo sangramento genital importante com hipertonia uterina, hipotensão materna e óbito fetal. Pode ser subdividido em: ● IIIA – sem coagulopatia instalada; ● IIIB – com coagulopatia instalada. Hemorragia decidual -> hematoma retroplacentário que tende a invadir a placenta formando uma "cratera" na sua superfície. -> extravasamento sanguíneo e aumento de volume do coágulo. É inevitável a morte fetal quando há mais de 50% da área da placenta descolada. Em 20% dos casos, não ocorre sangramento vaginal. Representa a chamada "hemorragia oculta". Coloração do sangue é escura. hipertonia uterina por taquissistolia: metrossístoles sobrepostas; Hipertonia autêntica (verdadeira): decorrente da ação irritativa do sangue sobre a fibra muscular Fatores de risco: O fator etiológico mais importante relacionado ao DPP é a hipertensão arterial, que responde por até 50% dos casos não traumáticos, ocorrendo por obstrução das artérias deciduais e infartos no sítio placentário. Também devemos considerar causas traumáticas, placenta circunvalada, idade, tabagismo, uso de cocaína, anemia, má nutrição, álcool, rotura prematura das membranas, corioamnionite, episódio anterior e Trombofilias. QUADRO CLÍNICO Em casos de placenta de inserção posterior, a dor é lombar. O principal diagnóstico diferencial de DPP é a placenta prévia A amniotomia, além de otimizar as contrações uterinas é uma conduta que sempre que possível deve ser instituída pelos seguintes motivos: Reduz a compressão da veia cava inferior; Dificulta a ampliação da área de descolamento; Melhora a hipertonia uterina; Coordena as contrações; Identifica o hemoâmnio pela exteriorização do sangue, que permite uma melhor avaliação da perda sanguínea; Diminui a pressão intrauterina pela descompressão do hematoma retroplacentário; Diminui o risco de coagulopatias ou as melhoras quando já instaladas, pela redução da passagem de tromboplastina para a circulação materna; Induz ou acelera o trabalho de parto. PLACENTA PRÉVIA = inserção viciosa da placenta. Implantação de qualquer parte da placenta no segmento inferior do útero após 28 semanas de gestação. TIPOS DE IMPLANTAÇÃO PLACENTÁRIA ● Implantação tópica: inserção da placenta em seu sítio habitual, no segmento corporal da cavidade uterina; ● Implantação heterotópica: inserção na matriz uterina, mas em local anômalo; ● Implantação ectópica: inserção fora do útero. EXPRESSÃO PRÉVIA: todo o elemento que se interpõe entre a apresentação fetal e o colo uterino. FATORES DE RISCO: idade, multiparidade, endometrite, abortamento provocado, curetagem prévia, cicatriz prévia (principal fator!), tabagismo QUADRO CLÍNICO Progressivo Repetição Espontâneo Vermelho vivo Indolor Ausência de hipertensão e sofrimento fetal Final do segundo trimestre ou ao longo do terceiro trimestre. O sangramento se exterioriza sempre e totalmente. Tônus uterino normal e estática fetal alterada: situações oblíquas e transversas (15%),apresentação pélvica (16%) e cefálicas altas, pela interposição da placenta entre a cabeça e o andar superior da bacia. Toque Vaginal Nunca deve ser realizado na suspeita de placenta prévia ATENÇÃO: A localização da placenta é obtida em praticamente todos os casos, mediante o emprego do transdutor vaginal, que é INÓCUO mesmo na placenta prévia. COMPLICAÇÕES: Atonia pós-parto e hemorragia Infecção puerperal, Lacerações de trajeto. Distócia de parto. Acretismo placentário. Parto prematuro. Amniorrexe prematura. Apresentações anômalas. Discinesias uterinas INSERÇÃO ANÔMALA DA PLACENTA FATORES DE RISCO: PP, cesarianas, idade >35, multípara, síndrome de Asherman, miomas submucosos,tabagismo. Acreta: vai até camada esponjosa. Há um plano de clivagem. Increta: Vai até o miométrio. Não há plano de clivagem Percreta: Alcançam a serosa. pode causar hemorragia intraperitoneal. Percreta com invasão vesical pode causar hematúria. A invasão miometrial no local de uma cicatriz de cesariana prévia pode levar à rotura. Conduta: balancear os riscos da prematuridade contra os riscos da cesariana de urgência. Cesariana eletiva 34 -37 semanas. PRÉ-ECLÂMPSIA PA> 140x90 + PROTEINÚRIA >300MG\24h OU 1+ na fita OU p\c>0,3 com mais de 20 semanas. Fatores de risco: PE anterior (pessoal ou familiar) , primigesta, muitas vilosidades (gemelar\mola) e vasculopatas. Fisiopatologia: falhas na segunda onda de invasão trofoblástica nas artérias espiraladas. Aumenta resistência vascular e tromboxano e diminui prostaciclina Causa endoteliose capilar glomerular. Diagnóstico de pré-eclâmpsia sem proteinúria: Edema agudo de pulmão, plaquetopenia <100 mil, sintomas neurológicos ou visuais, Cr >1,1, aumento de 2x das transaminases. Critérios de gravidade: PA >160X110, oligúria, EAP, cr>1,2, HELLP, plaquetopenia, iminência de eclâmpsia. HELLP Esquizócitos ou LDH >600 ou Cr>1,2 AST>70 Plaquetas<100 mil Sintomas de eclâmpsia: cefaléia, epigastralgia, escotomas, hiperreflexia. Alvo de PA : 140-155 E 90-100 CRISE: NIFEDIPINO VO, HIDRALAZINA IV, NPS MANUTENÇÃO: METILDOPA VO, NIFEDIPINA VO, PINDOLOL DMG é a complicação clínica mais comum do período gestacional PARTO Pré-termo <37 sem A termo 37-42 sem Pós termo >42 sem USG morfológica feita entre 20 a 24 sem: Colo curto se <20mm -> iniciar progesterona em 2º trimestre Se entrar em TPP: - Entre 24-34 sem: corticoide (betametasona 12mg IM 1 vez ao dia, por 2 dias) e tocólise. - >34 sem: Parto + GBS (atb se bolsa rota >18h, febre intraparto ou GBS desconhecido). - Administrar sulfato de magnésio para neuroproteção até 32 sem. - Não fazer tocólise se SFA ou corioamnionite. CONTRAINDICAÇÕES DA SEDAÇÃO NO TPP: morte fetal, anomalias, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, sangramento materno com instabilidade, corioamnionite, rupreme. Se TPP - NIFEDIPINA - não rolou? indometacina se <32 sem ou salbutamol se >32 sem. Nifedipina é a primeira escolha! Fazer profilaxia para GBS se TPP sem resultado do teste, bolsa rota>18h sem teste, febre, feto anterior colonizado, UCA + Prevenção da prematuridade: progesterona, nutrição, tratar bacteriúria assintomática, pessário, cerclagem. PERÍODO PRÉ PARTO descida do fundo uterino (2 a 4 cm), acomodação da apresentaçãoao canal do parto, amolecimento, apagamento e centralização progressivos do colo . Culmina na fase de pródromos (fase latente do trabalho de parto, que dura de 14 a 20h) FASES CLÍNICAS DO PARTO 1. dilatação 2. expulsão 3. secundamento 4. primeira hora PRIMEIRO PERÍODO (DILATAÇÃO) Contrações uterinas de frequência, intensidade e duração suficientes para produzir o apagamento e a dilatação do colo uterino. Fase ativa quando há presença de contrações uterinas regulares e de dilatação cervical com pelo menos 4 cm. BCF antes, durante e após uma contração, por pelo menos um minuto e a cada 30 minutos em baixo risco. O PARTOGRAMA As marcações são iniciadas na fase ativa do trabalho de parto (a partir de 3/4 cm). Iniciamos o preenchimento com duas a três contrações eficientes em dez minutos, dilatação cervical mínima de 3 cm. A taxa normal de dilatação do colo varia em torno de 1,2 a 1,5 cm/h. As linhas de alerta e de ação servem como auxílio na avaliação da evolução da dilatação cervical e não da descida da apresentação. ACHADOS ANORMAIS NO PARTOGRAMA 1. FASE ATIVA PROLONGADA (<1cm\h) 2. PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO (0cm em 2h) 3. PARADA SECUNDÁRIA DA DESCIDA (mesma altura em 1 h) 4. PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO 5. PARTO PRECIPITADO (tudo <4h) SEGUNDO PERÍODO (EXPULSÃO) BCF a cada 5 min. Os limites de tempo para o período expulsivo são de 0,5 a 2,5 horas em primíparas (uma a três horas com analgesia peridural) e até uma hora em multíparas (duas horas com peridural). Estudos sugerem que as posições verticalizadas e lateral se associam com melhora da contração uterina, redução da compressão da aorta e da cava e facilitam a descida do feto, porém possuem maior risco de sangramento pós-parto. Episio: Não é rotina! A episiotomia pode ser mediana (perineotomia) ou médio-lateral. A mediana é mais fisiológica e parece apresentar melhores resultados em relação à dor pós-operatória e dispareunia, porém existe risco maior de lacerações para o reto. A mais utilizada é a médio-lateral direita Indicações de episiotomia parto operatório (fórcipe ou vacuoextração), períneos rígidos, exaustão materna, feto grande, período expulsivo prolongado, variedades occipitoposteriores, distocia de espáduas, insuficiência cardíaca materna, sofrimento fetal agudo e apresentação pélvica. Outras indicações ocasionalmente citadas na literatura são a primiparidade, episiotomia prévia e prematuridade. Manobra de Ritgen modificada: compressão do períneo posterior e controle da deflexão da cabeça fetal com a mão oposta, visando evitar a deflexão rápida da cabeça -Devem-se evitar manobras de força durante o período expulsivo, inclusive a manobra de Kristeller (compressão do fundo uterino) -As circulares de cordão devem ser reduzidas ou, caso não seja possível, pinçadas e seccionadas antes da saída do feto. O cordão umbilical não deve ser clampeado antes de um minuto após o nascimento, exceto se houver necessidade de manobras de ressuscitação neonatal. Outras situações que justificam o clampeamento precoce são as gestantes vivendo com HIV e na doença hemolítica perinatal. Distocia de ombro A distócia de ombros ocorre pela impactação óssea do diâmetro biacromial fetal entre o púbis e o promontório sacral maternos, quando o intervalo entre o desprendimento da cabeça e o do ombro demora mais de 1 minuto. O sinal da tartaruga (visualização da retração da cabeça fetal contra o períneo materno durante contrações) com frequência pode ser observado. Durante o desprendimento dos ombros, deve ser usada suavidade ao abaixar e elevar a cabeça. Em casos de dificuldades (distocia de espáduas ou de ombros), a tração sobre o pescoço está associada a paralisias do plexo braquial (Erb-Duchenne) Fatores de risco: macrossomia fetal, diabetes gestacional materno descontrolado, primeiro e/ou segundo períodos do trabalho de parto prolongados, gestação prolongada, multiparidade, parto instrumentalizado, trabalho de parto precipitado, induzido ou prolongado, distócia de ombro em parto anterior. 1. Manobra de McRoberts (abdução e hiperflexão das coxas ): promove a rotação da sínfise púbica e retificação da lordose lombar. 2. Pressão suprapúbica e manobra de Rubin I: sentido vertical, comprimindo o ombro fetal, diminuindo o diâmetro biacromial. Pode ser realizada sobre a região do ombro fetal, com intuito de realizar pequeno movimento de flexão e rotação dos ombros, permitindo seu desprendimento (Rubin I) 3. Manobras rotacionais: Manobra de Woods (saca-rolha): pressão na face anterior (sobre a clavícula) do ombro posterior fetal com o auxílio de dois dedos, com o intuito de rodá-lo 180° 4. Remoção do braço posterior (Jacquemier) – introdução da mão do obstetra profundamente na vagina e retirada do braço fetal posterior, diminuindo o diâmetro impactado. 5. Manobra de Gaskin: (posição de quatro) e tentar realizar o desprendimento dos ombros na ordem inversa; iniciando-se pelo posterior, Neste momento, as manobras de rotação também podem ser realizadas. 6. Insucesso: Zavanelli, reintrodução da cabeça fetal na vagina, seguindo inversamente os movimentos fetais já realizados (rotação para OP, flexão e reintrodução da cabeça na vagina) e cesariana de emergência. Lesões graves maternas e/ou no feto TERCEIRO PERÍODO (SECUNDAMENTO) É considerado prolongado quando ultrapassa 30 minutos. A tração intempestiva do cordão umbilical é proscrita (risco de ruptura do cordão e inversão uterina), bem como a compressão vigorosa do fundo uterino (manobra de Credé). Risco de inversão uterina aguda, choque neurogênico e a perdas sanguíneas intensas. Recomenda-se o manejo ativo do terceiro período do parto, o qual se associa a menores perdas sanguíneas e risco de hemorragias puerperais. Uso de ocitocina profilática (10 U IM) imediatamente após a expulsão fetal, clampeamento tardio, tração controlada do cordão umbilical e massagem uterina. Manobras para verificar o descolamento da placenta: ● Pinçamento do cordão umbilical próximo à vulva, e com o descolamento da placenta o local de pinçamento se distancia (sinal de Ahlfeld); ● Tração intermitente discreta do cordão umbilical, a qual não será transmitida ao fundo uterino quando a placenta estiver descolada (sinal de Fabre ) ou inversamente, a percussão do fundo uterino não é propagada ao cordão umbilical (sinal de Strassmann); Elevação do corpo uterino através da palpação abdominal não acompanhada da movimentação do cordão umbilical (sinal de Kustner); Sinal da placenta: sensação de peso sobre o reto referida pela paciente. -Diagnosticado o descolamento da placenta, pode-se auxiliar na descida da placenta com compressão leve na região do segmento uterino inferior (manobra de Harvey ). As perdas sanguíneas maternas são constantemente avaliadas. Em caso de hemorragia ou retenção placentária, pode ser indicada a extração manual da placenta, preferentemente sob anestesia. Introduz-se a mão na cavidade uterina e procura-se descolar a placenta pelo seu plano de clivagem. Após a saída da placenta deve-se fazer a revisão do canal do parto para identificar se houve alguma laceração no trajeto do parto e no colo uterino, a qual deve ser realizada em todos os partos vaginais. Nesse momento, se foi efetuada a episiotomia, sutura-se a incisão (episiorrafia) por planos anatômicos e com fios absorvíveis Lesões perineais 1° grau: lesão da pele do períneo, fúrcula e mucosa vaginal; 2° grau: fáscia e músculo do períneo, sem lesão da camada muscular do esfíncter; 3° grau: lesão da camada muscular do esfíncter anal; 4° grau: lesão que atinge a mucosa retal, expondo a luz do reto. QUARTO PERÍODO (PERÍODO DE GREENBERG) Neste período ocorrem com mais frequência as hemorragias por atonia uterina ou por laceração do trajeto do parto. Também podem ocorrer sangramentos por retenção de restos placentários ou de membranas. A perda sanguínea média total no parto normal é de aproximadamente 500 ml e de 1.000 ml na cesariana. SOFRIMENTO FETAL Sofrimento Fetal Agudo (SFA) principalmente durante o TP. hipóxia, acidose e hipercapnia Sofrimento Fetal Crônico(SFC) gestações de alto risco. Alterações útero placentárias: aumento da atividade do útero (hiperatividade), hipovolemia materna e hipotensão materna. Alterações feto placentárias: posicionamento do cordão, compressão do cordão, circulares, prolapsos, procidências, nós verdadeiros ou trombose (oligoidrâmnio é fator de risco). Não há indicação de cesárea circular de cordão. SOFRIMENTO FETAL AGUDO Alterações de BCF e PBF ruim Avaliar: Movimentação fetal, microanálise de sangue, BCF (cardiotocografia é a primeira a alterar), PBF (líquido amniótico, mov fetal, mov respiratório, tônus) Alterações da cardiotocografia: linha de base, variabilidade, acelerações, desacelerações. Dizemos que o MAP é reativo com 2 acelerações (aumento de 15 bpm por 15 segundos) em 20 minutos. DIP 1. PRECOCE OU CEFÁLICO: Coincide com contração. Não é sofrimento. 2. TARDIO: Após a contração, asfixia. Sofrimento fetal agudo 3. VARIÁVEL OU UMBILICAL. Compressão de cordão, não é sofrimento, mas desconfiar se: recuperação lenta, sem retorno a linha de base, bifásica “w” CATEGORIAS 1. Variabilidade normal, sem DIP 2 ou 3, aceleração não precisa estar presente. 2. meio termo 3. Sem variabilidade, DIP 2 ou 3 recorrente ou bradicardia. SOFRIMENTO FETAL CRÔNICO Redução progressiva do aporte de oxigênio CIUR Peso<p10 para IG. 1 passo é calcular a IG corretamente, altura uterina (coincide com IG de 18 a 30s). Se nesse período AU < 3 pensar em CIUR e oligoidrâmnio. Achados na USG: ILA<5cm (normal de 8 a 18) ou maior bolsão <2cm. O indicador mais sensível é a circunferência abdominal por redução do depósito de gordura hepática. CCN em USG de 6-12 sem é a medida mais fiel para cálculo de IG Tipos de CIUR 1. SIMÉTRICO (tipo 1): Desde o primeiro trimestre, 5 a 10% 2. ASSIMÉTRICO (tipo 2): Alteração no 2 ou 3 tri, insuficiência placentária. 3. MISTO: Assimétrico precoce PERFIL HEMODINÂMICO FETAL O Doppler tem por objetivo a predição da ocorrência do CIUR e/ou pré-eclâmpsia, o diagnóstico de insuficiência placentária nos casos já identificados de CIUR e o seguimento de fetos acometidos por sofrimento crônico. Os vasos mais utilizados para avaliação de sofrimento fetal crônico são a artéria umbilical, a artéria cerebral média e o ducto venoso. Artérias uterinas: A avaliação da artéria uterina não tem valor na avaliação do sofrimento fetal. Seu uso fica reservado à avaliação de risco (rastreio) de pré-eclâmpsia e CIUR, quando realizada no segundo trimestre (após 24 e 26 semanas) e, segundo alguns, pode ser realizada inclusive no primeiro trimestre, através da pesquisa de incisura uterina bilateral ou avaliação da relação S/D. seu maior valor reside no valor preditivo negativo Artéria umbilical: o ideal é que reduza a resistência com a gestação. Reflete a circulação placentária. Alteração: aumento da resistência, diástole zero ou reversa (parto). Insuficiência placentária - resposta do feto a hipóxia- centralização. o feto prioriza o fluxo sanguíneo para tecidos nobres, como o coração, o cérebro e a glândula suprarrenal, Artéria cerebral média: o fluxo Umbilical (U) está menor que o Cerebral © nos casos de centralização Ducto Venoso: comunicação entre a veia umbilical e a cava inferior. O Doppler do ducto venoso reflete a função cardíaca fetal e vem sendo utilizado para avaliar fetos prematuros que já apresentam alterações do Doppler arterial, especialmente antes de 32 semanas. Normal onda S, D e A + Se onda A negativa ou inversa - IC direita e risco iminente de morte fetal. IP> 1,5= PARTO IMEDIATO A presença de pulsação na veia umbilical é o sinal dopplerfluxométrico mais grave de comprometimento fetal e o último que surge. ● Centralização fetal: em geral, interrompe-se a gravidez com idade gestacional > 34 semanas, apesar de alguns autores recomendarem aguardar até 37 semanas caso não haja outra alteração no exame, como oligodramnia ou alteração na CTG. A maioria recomenda a interrupção da gestação por cesariana RUPREME ruptura das membranas ovulares antes do início das contrações uterinas (trabalho de parto), independentemente da idade gestacional (IG). Rupreme pré-termo < 37 semanas de gestação. Associada com infecções, TPP prévio, tabagismo, drogas, doenças crônicas, colo curto, sangramento vaginal anteparto, trauma abdominal, rupreme prévia, uso crônico de corticoide, conização prévia, anormalidade uterinas, polidrâmnio, corioamnionite, gemelaridade. Curso clínico A duração do período de latência (tempo entre a Rupreme e o início do TP) é inversamente proporcional à IG. Nem infecção nem oligoidrâmnio são indicações de interrupção. Testes laboratoriais Teste da proteína microglobulina α-placentária (AmniSure®) Teste da IGFBP-1 (Actim PROM®) Também conhecido como proteína placentária 12 (PP12) Fibronectina fetal, a-Fetoproteína MANEJO IG ,fatores complicadores, rastreamento de infecção e avaliação de bem-estar fetal. Se conduta expectante: realizar o rastreamento de EGB. O uso de tocolíticos não é recomendado, No HCPA opta-se por utilizar progesterona profilática em gestações com história de parto pré-termo com ou sem Rupreme. Complicações: infecção intra amniótica, sepse neonatal, endometrite pós parto, oligoidrâmnio (hipoplasia pulmonar), compressão ou prolapso de cordão, DPP, parto pré termo
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