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1 REFERENCIAL TEÓRICO
1 Síndrome Pré-Menstrual
Mulheres com Síndrome pré-menstrual apresentam sintomas afetivos ou somáticos que ocasionam grande preocupação na disfunção social e ocupacional. A variedade de sintomas associados a SPM é extensa, variando em gravidade de mulher para mulher. Entre eles podemos destacar os sintomas físicos: ganho de peso, edema, sensibilidade e inchaço mamário, problemas de estômago, dores nas costas, muscular e na cabeça, tontura, suando, acne ou outros problemas de pele , prisão de ventre ou diarreia. Sintomas psicológicos e comportamentais: insônia ou sonolência, ansiedade e tensão, diminuição do libido, humor deprimido , mudanças de disposição, estado de fadiga, raiva, estresse, irritabilidade (SIMINIUC;TURCANU,2023).
No entanto, o conceito de TPM é baseado na ciclicidade ou periodicidade, que está relacionada ao tempo da menstruação, e não aos sintomas. A compreensão da SPM é fundamental para que sejam desenvolvidas estratégias de prevenção e tratamento adequadas para as mulheres que sofrem com essa condição (BRILHANTE et al., 2010).
Mulheres com a SPM apresentam uma sintomatologia mais limitante para sua vida social que é denominado Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM), que frequentemente manifesta uma ampla gama de sintomas que podem ser categorizados em três áreas principais: sintomas físicos, sintomas de humor e distúrbios cognitivos. Na categoria de sintomas físicos, é comum observar o inchaço das mamas, mudanças no apetite, dificuldade para dormir, dores de cabeça e fadiga.
Já os sintomas de humor incluem irritabilidade, tensão, flutuações de humor, ansiedade e hipersensibilidade. Por fim, os distúrbios cognitivos podem levar à diminuição da concentração e da memória. Esses sintomas podem variar em intensidade, sendo classificados em níveis mínimo, leve, moderado e grave (TAMASHIRO et al., 2017).
Embora algumas mulheres experimentem sintomas muito intensos, outras não consideram esses sintomas como um obstáculo para sua rotina diária. Existem mais de 200 sintomas associados à SPM, mas os mais característicos incluem sensibilidade nas mamas, edema, depressão, irritabilidade e alterações de humor. A SPM pode afetar negativamente a qualidade de vida das mulheres, prejudicando a sua capacidade de realizar as atividades cotidianas. Por isso, é importante que as mulheres conheçam e compreendam os sintomas da SPM e busquem formas de gerenciá-los. Isso pode incluir mudanças na dieta, exercícios físicos, terapias alternativas e medicamentos prescritos por um profissional de saúde (OLIVEIRA et al., 2013).
Nessa perspectiva, é fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para identificar e tratar a SPM, a fim de melhorar a qualidade de vida das mulheres, sendo importante que as mulheres recebam informações precisas sobre a SPM, a fim de que possam tomar decisões informadas sobre sua saúde e bem-estar (OLIVEIRA et al., 2013).
 A síndrome pré-menstrual e o transtorno disfórico pré-menstrual são condições de saúde cujas causas não são totalmente compreendidas pela medicina. No entanto, sabe-se que as flutuações hormonais de estrogênio e progesterona, bem como fatores genéticos, desempenham um papel importante nos sintomas da doença. Fatores sociodemográficos como idade e nível de escolaridade, biológicos como idade da menarca e duração da menstruação, e comportamentais como estresse, sedentarismo e hábitos alimentares, têm sido investigados como possíveis fatores de risco para a maior prevalência da SPM ou TDPM (MARANHÃO, 2020).
Durante a fase lútea do ciclo menstrual, cerca de 80% das mulheres relatam pelo menos um sintoma físico ou psicológico. O grau dos sintomas da SPM varia de mulher para mulher. A forma grave e extrema da síndrome pré-menstrual (SPM) é o transtorno disfórico pré-menstrual (PMDD), que ocorre em 3-8% dos casos. Cerca de 30-50% das mulheres apresentam uma forma leve a moderada dos sintomas que englobam o transtorno disfórico pré-menstrual como, dores nas mamas, ansiedade, sonolência, irritabilidade, desejo de comida, desinteresse em atividades que geralmente faziam parte de seu cotidiano (NWORIE, 2018).
As mulheres têm necessidades diferentes e sofrem de forma diferente, especialmente durante a idade reprodutiva. Esses dados indicam que é fundamental que as políticas públicas de saúde levem em consideração as necessidades específicas de cada mulher em relação à saúde mental e aos problemas relacionados à menstruação. É necessário um maior investimento em pesquisa para aprofundar a compreensão dessas questões e para desenvolver tratamentos mais eficazes e acessíveis para as mulheres afetadas. Somente dessa forma será possível garantir a promoção da equidade de gênero e a melhoria da qualidade de vida para todas as mulheres (VALADARES et al., 2006).
De acordo com os estudos disponíveis, não existe um tratamento farmacológico específico para a SPM, uma vez que ainda não se conhece exatamente a causa dessa condição. No entanto, existem estudos que sugerem a eficácia das vitaminas D, E, B12 e D3, bem como do cálcio, no tratamento dos sintomas da SPM. Porém alguns medicamentos são utilizados que visam regular a atividade hormonal, principalmente através da repressão da ovulação, bem como ajustar os níveis de neurotransmissores no cérebro, como norepinefrina, dopamina e serotonina. Um exemplo de medicamento comumente usado nos Estados Unidos como tratamento primário para TPM são os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), que são considerados medicamentos psiquiátricos, mas também demonstram eficácia na redução dos sintomas físicos associados à TPM. (NWORIE, 2018).
 Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), como fluoxetina, sertralina, paroxetina, citalopram e escitalopram são muito eficazes no tratamento dos sintomas psicológicos associados à TPM. No entanto, esses tratamentos requerem um grande investimento de tempo e esforço por parte das pacientes, que precisam monitorar seus sintomas diariamente por pelo menos dois ciclos menstruais. Vários estudos têm confirmado que os ISRS são eficazes na redução dos sintomas psiquiátricos e alguns sintomas físicos da TPM (NWORIE, 2018).
Referências:
BRILHANTE. Aline et al, Síndrome pré-menstrual e síndrome disfórica pré menstrual: aspectos atuais. Feminina, julho de 2020, vol: 38 , n:07.
TAMASHIRO. Leiliane et al, Síndrome pré-menstrual e transtorno disfórico pré-menstrual : A terapia cognitiva comportamental como tratamento. Debates em psiquiatria, novembro de 2017.
OLIVEIRA. Dirce et al, Síndrome pré-menstrual e aspectos relacionados à antropometria e ao comportamento alimentar. O mundo saúde 2013, 37(30), pág: 280-28.
MARANHÃO. Daniele et al, Fatores associados à síndrome pré menstrual e ao transtorno disfórico pré-menstrual em estudantes da área da saúde. FEMININA 2020,48(4) pág:228.
VALADARES. Gislene et al, Transtorno disfórico pré-menstrual revisão - conceito, história, epidemiologia e etiologia. Psiquiatria clínica,(3), pág : 117-123, 2006.
SIMINIUC.R; TURCANU. D, Impacto da dietoterapia nutricional na síndrome pré-menstrual. Fronteiras da nutrição 2023,103389.
Nworie K. Premenstrual syndrome: etiology, diagnosis and treatment. A mini literature review. Journal of Obstetrics and Gynecological Investigations. 2018;1(1):41-46. Doi:10.5114/jogi.2018.78010.
2 Alimentação Saudável
 “A alimentação saudável é um conceito que se refere à escolha consciente de alimentos que possam contribuir para a manutenção do equilíbrio nutricional do organismo humano, promovendo a saúde e prevenindo doenças” (SOUZA et al., 2018).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma alimentação saudável é aquela que "fornece todos os nutrientes essenciais necessários para a saúde, o crescimento e o desenvolvimento adequados" (OMS, 2019). Alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, carnes magras, leite e ovos são exemplos de alimentos in natura que fornecem ao organismo os nutrientes essenciais para o seu bom funcionamento.
Por outrolado, existem os alimentos ultraprocessados que passam por diversos processos industriais, contendo aditivos químicos para melhorar o sabor, a textura e a durabilidade do alimento. Esses alimentos são ricos em gorduras saturadas, açúcares e sódio, e podem contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a obesidade e diabetes (MONTEIRO et al., 2019).
Vários estudos realizados em amostras representativas da população de diversos países, inclusive do Brasil, têm mostrado que o consumo de alimentos ultraprocessados ​​está correlacionado com dietas que, além de baixas em energia, são de alta densidade energética, ricas em açúcar e vitaminas insalubres. A quantidade de fibras, proteínas, vitaminas e minerais também são inferiores. Essas dietas, por sua vez, são associadas a um maior risco de doenças crônicas não transmissíveis (COSTA et al., 2020). Por outro lado, comer alimentos in natura ou minimamente processados ​​pode ajudar a prevenir essas doenças e promover a saúde (MONTEIRO et al., 2019).
 Um estudo publicado na revista “Lancet” em 2019 avaliou o impacto da alimentação na saúde de mais de 130 mil pessoas em 18 países. Os resultados mostraram que uma dieta rica em alimentos in natura foi associada a uma menor incidência de doenças crônicas não transmissíveis e mortalidade precoce (GBD et al., 2017).
A ingestão adequada de vitaminas, minerais e fibras alimentares é importante para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão, obesidade e doenças cardiovasculares. A deficiência de vitaminas, como a vitamina A, vitamina D e vitamina B12, pode aumentar o risco de doenças crônicas não transmissíveis. Os minerais, como o cálcio, ferro, zinco e selênio, são nutrientes essenciais para a manutenção da saúde óssea, imunológica, cardiovascular e neurológica. A deficiência de minerais pode levar a problemas de saúde, como anemia, osteoporose e disfunções do sistema nervoso (BRASIL,
2014).
As fibras alimentares, tanto solúveis como insolúveis, têm ação na regulação do trânsito intestinal e na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como a obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Além disso, as fibras solúveis contribuem para a redução do colesterol no sangue. Uma dieta equilibrada e variada contendo vitaminas, minerais e fibras suficientes para as necessidades individuais é importante para promover uma boa saúde e prevenir doenças (BRASIL, 2014).
Referências:
SOUZA, L. R. et al. Alimentação saudável e sustentável: uma revisão narrativa sobre desafios e perspectivas. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 4, p. 1261-1274, 2018. DOI: 10.1590/1413-812320182411.30572017.
Alimentação saudável – OPAS/OMS | Organização Pan-Americana da Saúde. Paho.org. Disponível em:https://www.paho.org/pt/topicos/alimentacao-saudavel. Acesso em: 22 abr. 2023.
Monteiro, C.A., Cannon, G., Lawrence, M., Costa Louzada, M.L. and Pereira Machado, P. 2019. Ultra-processed foods, diet quality and human health. Rome, FAO.
Costa CS, Sattamini IF, Martínez Steele E, Louzada MLC, Claro RM, Monteiro CA. Consumo de alimentos ultraprocessados e associação com fatores sociodemográficos na população adulta das 27 capitais brasileiras (2019). Rev 
Saude Publica. 2021;55:47. https://doi.org/10.11606/s15188787.2021055002833
GBD 2017 Diet Collaborators. Health effects of dietary risks in 195 countries, 1990-2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017. Lancet. 2019 May 11;393(10184):1958-1972. doi: 10.1016/S0140-6736(19)30041-8. Epub 2019 Apr 4. Erratum in: Lancet. 2021 Jun 26;397(10293):2466. PMID: 30954305; PMCID: PMC6899507.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a População Brasileira. 2. Ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2e.
Acesso em: 27 mar. 2023.
3 Relação entre alimentação saudável e a Síndrome Pré-Menstrual
A dieta pode desempenhar um papel fundamental na redução e controle dos sintomas associados à Síndrome Pré-Menstrual (SPM). Embora seja um fator modulador essencial, o efeito real dos alimentos e nutrientes em mulheres com distúrbios menstruais ainda não é bem compreendido devido à falta de estudos científicos rigorosos. No entanto, é amplamente recomendado seguir um modelo alimentar saudável, que enfatiza o consumo de alimentos frescos e não processados, e evitar alimentos ricos em carboidratos ou gorduras refinadas, sal, álcool e bebidas estimulantes (SIMINIUC; TURCANU, 2023).
Entretanto durante o ciclo menstrual, é comum que ocorram mudanças no comportamento alimentar das mulheres, principalmente durante a SPM. Essas mudanças incluem aumento do apetite, volume das refeições e preferência por alimentos calóricos e pobres em nutrientes. Essas compulsões alimentares podem levar a alterações no peso corporal e contribuir para o surgimento de anormalidades menstruais (GUEDES et al., 2021).
Apesar de não haver terapias nutricionais específicas para a SPM, é importante compreender as modificações causadas nos hábitos alimentares e no peso corporal durante o ciclo menstrual. Com isso, é possível desenvolver intervenções e acompanhamentos nutricionais por profissionais de saúde, a fim de garantir uma alimentação saudável e um estado nutricional adequado, melhorando a qualidade de vida da mulher (GUEDES et al., 2021).
Dessa forma, o objetivo deste trabalho é demonstrar como a SPM interfere no apetite, no consumo e nas preferências alimentares durante o ciclo menstrual, e como essas mudanças podem afetar a saúde da mulher. Por meio deste estudo, espera-se contribuir para a construção de intervenções nutricionais mais efetivas e personalizadas, visando diminuir os sintomas da SPM e aumentar a qualidade de vida da mulher..(GUEDES et al., 2021)
Referências:
SIMINIUC, Rodica; TURCANU, Dinu. Impact of nutritional diet therapy on premenstrual syndrome. Frontiers in Nutrition, v. 10, p. 118, 2023.
GUEDES. Thainá et al, A influência do comportamento alimentar e a utilização dos compostos bioativos na síndrome pré-menstrual. Brazilian journal/of development. Curitiba,v:7 n:11 pág:103060-103081/ nov-2021

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