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DOCUMENTOS LEGAIS


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DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS
AUTOR: PEDRO V.F. MEDRADO
- Notificações – são comunicações compulsórias feitas pelos médicos às autoridades competentes de um fato profissional, por necessidade social ou sanitária.
· Exemplo
· Doença de notificação compulsória;
· CAT;
· Comunicação de ocorrência de crime de ação penal publica incondicionada;
· Comunicação de ocorrência de morte encefálica;
· Ocorrências induzidas ou causadas por alguém não médico;
· Violência contra a mulher, tortura;
· Esterilizações cirúrgicas;
· Maus tratos contra criança, adolescente ou idoso.
- Quais as doenças de notificação compulsória?
· Doenças causadas por bactérias – Botulismo, carbúnculo ou “Antraz”, cólera, coqueluche, difteria, doença meningocócica, hanseníase, febre maculosa, febre tifóide, meningite por Haemophilus influenza, peste, sarampo, sífilis congênita, tétano, tularemia, tuberculose, varíola, sífilis em gestante, leptospirose.
· Doenças causadas por protozoários – chagas (agudos), esquistossomose (em áreas não endêmicas), leishmanioses, malária.
· Arboviroses – dengue, febre amarela, febre do Nilo Ocidental
· Príons – Creutzfeldt-Jacob
· Outros – hantavirose, hepatites virais, infecção pelo HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical, influenza humana por novo subtipo, eventos adversos pós-vacinação, poliomielite, rubéola, síndrome da rubéola congênita, AIDS, síndrome febril íctero-hemorrágica aguda, síndrome respiratória aguda grave, raiva humana, paralisia flácida aguda
- O que acontece com o médico que omite a notificação compulsória de uma doença?
· Art. 269. Deixar o medico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória. Pena – detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa.
ATESTADO
- Atestado – é a afirmação simples e por escrito de um fato médico e suas consequências
· CP Art. 302 – “Dar o médico no exercício de sua profissão, atestado falso”. Pena de detenção de 1 mês a 1 ano
· Parágrafo único: Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa
· Código de ética médica: É vedado ao médico. Art. 80 “Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade”.
RELATÓRIO
- Relatório 
· É a narração escrita e minuciosas de todas as operações de uma perícia médica determinada por autoridade e policial ou judiciária a um ou mais profissionais anteriormente nomeados e comprometidos na forma da lei.
· O relatório recebe o nome de auto quando é ditado pelo perito ao escrivão e denominado de LAUDO quando é redigido pelo(s) próprio(s) perito(s), posteriormente ao exame.
- Partes de um relatório: preâmbulo, quesitos, histórico, descrição, discussão, conclusão e resposta aos quesitos.
CONSULTA MÉDICO-LEGAL
- Consulta médico-legal
· É o documento que exprime a dúvida e no qual a autoridade, ou mesmo um outro perito, solicita esclarecimentos sobre pontos controvertidos do relatório, em geral formulando quesitos complementares. 
PARECER MÉDICO-LEGAL
- Parecer médico-legal
· É a resposta escrita de autoridade médica, de comissão de profissionais ou de sociedade científica, a consulta formulada com o intuito de esclarecer questões de interesse jurídico. 
· Divide-se em: Preâmbulo, Exposição, Discussão e Conclusão.
DEPOIMENTO ORAL
- É o depoimento do perito em Juízo
PRONTUÁRIO MÉDICO
BOLETIM MÉDICO
RECEITA MÉDICA
DECLARAÇÃO DE ÓBITO
- É o documento escrito e fornecido exclusivamente por um médico, que tem com a finalidade confirmar a morte, determinar a causa morte e satisfazer interesses jurídicos, estatísticos e epidemiológicos.
- Confirmar morte, definir a causa mortis e satisfazer o interesse médico-sanitário
- “Nenhum sepultamento será feito sem certidão de oficial de registro do lugar do falecimento, extraído após lavratura do assento de óbito, em visita de atestado médico, se houver no lugar, ou, em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte”
- Quem deve fornecer?
· Médico
· Testemunhas idôneas
- Partes – cartório, identificação, residência, nascimento/feto, condições e causas do óbito, médico, causas externas e localidade sem médico.
· Nascimento/feto
· Se a gestação tiver 20 semanas ou mais, peso de 500g ou superior e/ou estatura maior que 25 cm – vai ter D.O, mas não D.N
· Se o RN expressar qualquer sinal de vida após o nascimento e falece, independente do tempo de gestação – emitir D.N e D.O
· Condições e causas do óbito
· Cause base – é a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte, ou as circunstâncias do acidente ou violência que produziram a lesão fatal
- Aspectos éticos legais
· Declaração em branco ou incompleta
· Atestar sem verificar
· Honorários pela declaração
· Médico assistente
· Médico plantonista
· SVO e IML – morte violenta ou suspeita. SVO (Serviço ligado ao hospital universitário para necrópsia clínica)
· Diferente dos Institutos Médicos Legais (IML), que investigam óbitos por causas externas a pedido de autoridade policial, o SVO esclarece óbitos por causas naturais mal definidas por requisição médica, após consentimento de familiares.
· Único médico na localidade
· Ter sinceridade no diagnóstico de morte
· Ter verificado pessoalmente o óbito
· Ter assistido pessoalmente o paciente ou ter delegação legal para isto 
· Confirmar informações em juízo
- Causas de Morte – Natural (não exige necrópsia, exceto se a família exigir uma necrópsia clínica), violenta (não importa quanto foi, é obrigatório a necrópsia) e suspeita
· Violenta – é consequência de uma ação exógena e lesiva sobre o corpo humano (suicídio, acidente e homicídio), e inúmeros exemplos. 
· Suspeita – pessoas de aparente boa saúde, de forma inesperada, sem causa evidentes, ou com sinais de violência indefinidos ou definidos passível de gerar desconfiança de sua etiologia
· Morte subida – morte imediata
· Morte agônica – mediata
- Docimasia (exame complementar) – critérios para diferenciar MS de MA
· Tipos – Hepática e esplênica
- Destinos do cadáver
· Inumação simples
· Inumação com necropsia
· Imersão
· Destruição
· Cremação
· Peças de cadáver
COMO É A DO?
- Partes
I. Cartório
II. Identificação
III. Residência
IV. Ocorrência
V. Fetal ou menor que 1 ano
VI. Condições e causas do óbito
VII. Médico
VIII. Causas externas
IX. Localidade sem médico
Anotações da prática de documentos legais
Atestado Médico
Finalidade
CID-10 (Autorização do paciente) - a empresa não pode obrigar aceitar o atestado com CID, caso faça isso é Constrangimento Ilegal (púnivel)
A partir de 15 dias de atestado - perícia médica do INSS
A partir de 120 dias de atestado - junta médica do INSS (2 a 3 médicos)
- Relatório
· - Preâmbulo
· - Quesitos
· - Histórico
· - Descrição - visum et repertum
· - Discussão
· - Conclusão
· Resposta aos quesitos
- Mortes violentas - IML
· Quem preenche o D.O é o médico legista, o médico de plantão deve encaminhar para o IML
- SVO - suspeita de morte, é solicitado pelo médico, mas quem autoriza é a família