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Obstetrícia – Amanda Longo LouzadaSíndromes hemorrágicas da 1ª metade da gestação 4 quadro clínico global: · Dor abdominal em cólica · Hemorragia genital · Eliminação dos tecidos embrionários · Pode haver hemorragia feto-materna e isoimunização RH · Em casos selecionados (Rh negativo e coombs negativo), indica-se imunoglobulina anti-D\Rh 300 microgramas IM abortamento: definição; · Interrupção da gestação antes de 20 – 22 semanas ou feto com peso menor que 500g classificação: · Abortamento precoce: ocorre em até 12 semanas, corresponde a 80% dos casos · Abortamento Tardio: ocorre de 12 a 20\22 semanas · Espontâneo vs. Provocado incidência; · Complicação mais frequente na gravidez · 20% das gestações clínica · Ocorre em 1 a cada 5 gestações · Maior ainda em gestações químicas ou não diagnosticadas, ocorre em 64% dos casos etiologia: · Causas Fetais: · Alterações cromossômicas · Genéticas correspondem de 50 – 80% das causas de abortamento precoce · As trissomias autossômicas são as mais comuns, correspondendo a 50% dos casos · Causas Endócrinas: · Insuficiência de corpo lúteo · Diabetes materna mal controlada · Tireoidopatias · Síndrome do ovário policístico · Abuso de Substâncias: · Tabagismo · Drogas ilícitas · Álcool · Cafeína · Causas Infecciosas: · Virais: CMV, hepatites, sarampo e rubéola · Bacterianas: ITU, IST, clamídia e pneumonia · Protozoários: toxoplasmose · Trombofilia: · Adquirida · Hereditária · Trauma · Causas anatômicas: · ‘Síndrome de Asherman\ Sinéquias Uterinas: · Diagnóstico: histerossalpingografia e histeroscopia · Tratamento: lise de sinéquias por histeroscopia + DIU · Malformações Uterina: defeitos na fusão do ducto de Muller · Miomas: dependendo da localização, os que vão gerar mais abortos são os localizados no submucoso e intramural · Gera uma decidualização inadequada · Pólipos · Incompetência istmo cervical: incapacidade do colo do útero de se manter ocluído formas clínicaS: · Ameaça de aborto ou Abortamento Evitável: · Sangramento genital · Pode ou não haver cólicas · Colo uterino fechado\ impérvio ao TV · Volume uterino compatível com idade gestacional · Feto vivo à ultrassonografia (com BCF presente) · Conduta: · Abstinência sexual · Analgésico para dor (dipirona, paracetamol e Buscopan) · Imunoglobulina anti-D · Não há indicação de internação · Repouso não há evidências científicas · Progesterona não há evidências científicas · Encaminhar ao pré-natal de alto risco · Abortamento em Curso ou Inevitável: · Sangramento vaginal moderado ou intenso · Forte cólica · Especular: sangramento ativo ou restos ovulares · Toque vaginal: colo com dilatação · Volume uterino menor que o esperado · Completo: · Expulsão do produto conceptual · Dor melhora rápido · Colo uterino se fecha em poucas horas · USG: cavidade vazia ou com coágulos · Eco endometrial mínimo < 15 mm · Incompleto: · Sangramento uterino moderado ou intenso · Com cólica · Pode haver restos ovulares ao exame especular · Toque Vaginal: colo uterino aberto · Volume uterino menor que o esperado · USG: MS coloca como não obrigatório · Tratamento: AMIU ou curetagem · Abortamento Retido: · Regressão dos sinais e sintomas da gestação · Morte do produto conceptual com retenção dentro do útero · Sangramento ausente ou mínimo · Volume uterino menor que o esperado · Colo uterino fechado ao toque · USG confirma o diagnóstico amiu\ curetagem: · É feito para abortos após 12 semanas · Após 12 semanas, deve ser feito indução até eliminação do produto conceptual antes do procedimento · Pode ser feita com misoprostol · É feito esses procedimentos, pois os ossos fetais já formados podem causar perfuração uterina · Complicações: · Hemorragias: normalmente causado por misoprosol · Abortamento infectado abortamento infectado: · Causas: · Manipulações da cavidade uterina – provocado · Infecções: polimicrobianas (bactérias da flora vaginal) · Manifestações clínicas: · Febre · Sangramento genital com odor fétido · Dores abdominais · Secreção purulenta · Queda do estado geral · Exames Subsidiários: · Hemograma com contagem de plaquetas · Urina tipo I · Coagulograma · Hemocultura · Cultura da secreção vaginal e do material endometrial · Raio-x de abdome · USG pélvica e tomografia para pesquisa de coleções intracavitárias · Tratamento: · Medidas clínicas gerais · Esvaziamento uterino · Antibioticoterapia de amplo espectro: · Clindamicina + gentamicina · Ampicilina\penicilina + gentamicina + metronidazol · Cirurgia: · Drenagem de abscesso · Histerectomia total abdominal abortamento habitual\ de repetição\ recorrente: · Não existe consenso quanto á definição de abortamento habitual · O conceito clássico é de quando há 3 ou mais perdas espontâneas sucessivas · A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva já considera recorrente quando há duas perdas clinicamente reconhecidas (gestação confirmada por imagem ultrassonográfica ou por estudo anatomopatológico) · O risco de novo aborto chega a 40% após 3 perdas sucessivas · Sua causa é não identificável em 40 – 50% dos casos · Causas: · Malformações uterinas · Miomatose uterina · Insuficiência do corpo lúteo · Fatores imunológicos · Fatores endócrinos · Fatores infeccioso · Trombofiliais · Fatores genéticos · Incompetência istmocervical incompetência istmocervical: · Perda recorrente tipicamente no 2º trimestre, sendo a principal causa de aborto habitual tardio · Decorre na insuficiência do sistema de oclusão do colo uterino · Corresponde a 15 – 20% das causas de abortamentos habituais · O diagnóstico é retrospectivo pela história da paciente: · Parto prematuro · Abortamento tardio · Exames diagnósticos: · Histerossalpingografia · Passagem da vela de Hegar número 8 por OI · USG: ajuda, mas não define · Afunilamento, herniação das membranas amnióticas pelo canal cervical (sinal de dedo de luva) · Comprimento do colo < 25 mm é um preditor de prematuridade · Causas: · Trauma cirúrgico no colo uterino · Laceração cervical pós-parto · Amputação\conização do colo · Alterações do colágeno · Exposição intrauterina ao dieteltilbestrol · Tratamento: · Cerclagem uterina\circlagem uterina · Técnica de McDonald, via vaginal · Profilática: 12 – 16 semanas · Cerclagem de emergência: até no máximo 26 semanas · Via Abdominal: · Ausência de colo · Colo muito curto · Irregularidade acentuada no colo uterino · Retirada dos pontos com 36 ou 37 semanas, ou se, trabalho de parto prematuro incontrolável, amiorrexis prematura, corioamnionite e óbito fetal doença trofoblástica gestacional: · É uma proliferação tumoral do trofoblasto fecundação incorreta: · Completa: o espermatozoide fecunda um oócito anucleado, formando um produto de concepção diploide (2n) · Parcial: dois espermatozoides fecundam um óvulo normal, formando um embrião triploide (3n) mola completa: · Proliferação global do trofoblasto · Tem edema de vilosidades · Não tem feto mola incompleta: · Proliferação focal do trofoblasto · Embrião e saco gestacional podem estar presentes fatores de risco: · Idade precoce e tardia · História prévia quadro clínico: · Sangramento vaginal, que pode levar a anemia · Altura uterina maior do que o esperado para a idade gestacional · Ausência de BCF na mola completa · Náuseas e vômitos exacerbados · Aumento da função tireoidiana · Doença hipertensiva da gestação precoce (antes de 20 semanas) · Cistos tecaluteínicos diagnóstico: · Ultrassom: · Completa: imagem em tempestade ou flocos de neve tratamento: · Vácuo-aspiração uterina · Não usa misoprostol mesmo com colo fechado regressão: · Útero regride em 2 a 3 semanas · Cistos tecaluteínicos demoram 2 a 4 meses para regredir controle pós-mola: · Beta-HCG semanal · Tende a negativar em 8 a 10 semanas · Após 3 negativos, pode dosar mensalmente · Não pode engravidar por 6 meses, podendo ser utilizado pílula, mas não pode ser usado DIU sequela trofoblástica: · Aparece quando: · Aumento de 3 valores · 4 valores estacionários · Sangramento · Histopatologia de NTG · Evidênciade doença metastática · Mola invasora: sequela mais comum, é uma neoplasia maligna · Invasão miometrial · Clínica: sangrametovaginal · Tratamento: quimioterapia, caso não responda pode fazer histerectomia · Coriocarcinoma: tumor com alto potencial metastático · Podem ser sequelas de mola hidatiforme completa (50%), abortamento (25%), gestação normal (22%) e gestação ectópica (3%) · Tratamento: quimioterapia · Tumor do sítio placentário: muito raro, 1% dos casos · Pior prognóstico · Não é sensível à quimioterapia · Tratamento: histerectomia gestação ectópica: definição: · Qualquer tipo de gestação fora da cavidade uterina · 98% das gestações ectópicas são tubárias, mas pode ocorrer também no ovário, colo uterino e cavidade abdominal · Não é uma gestação viável · A maior parte das gestações tubárias ocorrem na região da ampola fatores de risco: · DIP prévia · Tabagismo · Procedimento tubário prévio · DIU · Laqueadura tubária · Falha da anticoncepção de emergência · Reprodução assistida · Gestação ectópica prévia (principal fator de risco) manifestação clínica: · Dor em fossa ilíaca · Atraso menstrual · Sangramento vaginal em borra de café · Exame Físico: · Sinais vitais estáveis se não rompeu, e se rompeu os sinais vão estar alterados · Abdome: · Pode ter dor a palpação da fossa ilíaca correspondente · Se já rompeu pode apresentar sinais de irritação peritoneal · Exame especular: colo arroxeado pela estase venosa · Toque vaginal: é possível palpar a gestação · Grito de Douglas: dor a palpar o fundo de saco de Douglas diagnóstico: · Ultrassom transvaginal · Beta-HCG CASOS DUVIDOSOS: · USG com massa anexial indefinida · Beta-HCG maior ou igual a 1500 + útero vazio = gravidez ectópica · Beta-HCG menor que 1500 + útero vazio: · Repetir em 48 horas, se aumentar menos de 50% = gestação ectópica diagnósticos diferenciais: · Doença trofoblástica gestacional · Corpo lúteo hemorrágico · Torção ovariana · Abscesso tubo-ovariano · Demais causas de abdome agudo tratamento: · Paciente Instável: salpingectomia · Paciente Estável: laparoscopia · Se já tiver rompido faz salpingectomia · Se não tiver rompido faz salpingostomia · Metotrexato: age sobre a produção de DNA, impedindo a duplicação do trofoblasto · Critérios para Indicação: · Massa anexial < 3,5 cm · Beta-HCG menor que 5.000 UI\L · Embrião sem BCF · Gestação ectópica íntegra · Provas de função hepáticas e renais normais · Esquema de uso: MTX IM · Quatro dias após dosa o beta-HCG se ele tiver diminuído mais de 15% vai repetindo semanalmente até ficar indetectável · Se tiver aumento do beta-HCG após 4 dias, deve ser indicado cirurgia devido à falência no tratamento · Se tiver queda menor que 15%, faz MTX IM novamente prognóstico: · Risco de óbito · Toxicidade · Gravidez subsequente · Infertilidade · Lembrar do fator RH
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