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Carla Bertelli – 5° Período Coluna Lombar 1 – Revisar a morfofisiologia da Coluna Lombar 2 – Explicar a fisiopatologia da síndrome de compressão radicular lombar 3 – Relacionar os sintomas apresentados com provável raiz comprimida e provável etiologia, incluindo tumores de coluna 4 – Entender a escala de tratamento da dor Coluna Lombar A coluna lombar é composta por cinco vértebras, denominadas L1 a L5, localizadas na região inferior das costas. Essas vértebras são responsáveis por fornecer suporte estrutural e permitir movimentos como flexão, extensão e rotação do tronco. Entre as vértebras lombares, estão os discos intervertebrais, que agem como amortecedores e auxiliam na absorção de impacto. Além disso, a coluna lombar abriga a medula espinhal e as raízes nervosas que se ramificam a partir dela. A coluna lombar é composta por 5 vértebras e está localizada entre a coluna torácica, superiormente, e o sacro, inferiormente. As vértebras lombares são as maiores e mais robustas de todas as vértebras, pois são responsáveis por suportar o peso de toda a parte superior do corpo. A coluna vista de frente deve ser retilínea, porém existem curvaturas naturais quando a coluna vertebral é observada de lado: cifose (coluna torácica) e lordose (curvatura côncava da coluna cervical e coluna lombar). O final da medula espinal é denominado cone medular, que geralmente está situado na topografia de L1. Abaixo dele, estão as raízes da cauda e quina (lesões nessa região podem afetar movimento dos MMII e de vísceras como bexiga e intestino) Cada disco intervertebral é uma almofada de amortecimento composta de uma esfera interna, o núcleo pulposo, e um colar externo com cerca de 12 anéis concêntricos, o anel fibroso. Cada núcleo pulposo é gelatinoso e age como uma bola de borracha, permitindo à coluna a absorção de estresse compressivo. No anel fibroso, as camadas exteriores consistem de ligamento e as internas consistem de fibrocartilagem. A função principal desses anéis é conter o núcleo pulposo, limitando a sua expansão quando a coluna é comprimida. As vértebras lombares (L I a L V) são os maiores e mais resistentes ossos não fundidos da coluna vertebral, porque a quantidade de peso corporal sustentada pelas vértebras aumenta em direção à extremidade inferior da coluna vertebral. Suas várias projeções são curtas e espessas. Os processos articulares superiores se dirigem medial e não superiormente e os processos articulares inferiores se direcionam lateral e não inferiormente. Os processos espinhosos têm forma quadrilátera, são espessos e largos e se projetam quase em linha reta posteriormente. Os processos espinhosos são bem adaptados para a fixação dos grandes músculos vertebrais. As cinco vértebras lombares, facilmente identificadas pelos seus corpos pesados e processos espinhosos espessos e rombos para fixação dos poderosos músculos do dorso, são as maiores vértebras da coluna vertebral. Os seus processos articulares também são característicos, já que as faces articulares do par superior são dirigidas medialmente em vez de posteriormente e as faces articulares do par inferior são dirigidas lateralmente em vez de anteriormente − Inervação: É responsável pela inervação da parede abdominal anterolateral, órgãos genitais externos e parte dos membros inferiores. É formado pelos n.e. L1, L2, L3, L4. A região lombar da coluna vertebral, a área comumente referida como a menor do dorso, recebe o maior estresse. A função maximizada para o suporte de peso Coluna Lombar Carla Bertelli – 5° Período das cinco vértebras lombares (L I –L V) reflete -se em sua estrutura robusta: em vista superior, seus corpos são maciços e reniformes. Suas outras características são as seguintes: • Os pedículos e as lâminas são mais curtos e mais espessos do que de outras vértebras. • Os processos espinhosos são curtos, planos e em forma de um pequeno machado e projetam -se diretamente na direção posterior. Esses processos são robustos para a inserção dos grandes músculos do dorso. • O forame vertebral é triangular. • As faces articulares superiores estão voltadas posteromedialmente (ou medialmente), enquanto as faces articulares inferiores estão voltadas anterolateralmente (ou lateralmente), orientadas aproximadamente no plano sagital. Tais articulações proporcionam estabilidade por evitar rotação entre as vértebras lombares, enquanto permitem flexão e extensão. A região lombar flexiona, por exemplo, quando você faz abdominais ou curva -se para pegar uma moeda no chão. Além disso, também a flexão lateral é permitida por essa região da coluna vertebral Dermátomos: área da pele inervada pelos axônios dos neurônios sensitivos que saem pela parte ventral da coluna vertebral Miótomos: área muscular inervada pelas raízes nervosas dos neurônios motores que saem da parte dorsal da coluna vertebral; DERMÁTOMOS área da pele em que são encontrados os nervos sensitivos e MIÓTOMOS são responsáveis pelos movimentos dos músculos dessa mesma região; Carla Bertelli – 5° Período Vértebras lombares específicas Primeira vértebra lombar (L1) − L1 está grosseiramente alinhada com a extremidade anterior da nona costela, no nível chamado de plano transpilórico (já que o piloro do estômago é encontrado neste nível). Quinta vértebra lombar (L5) − L5 é significativamente diferente em morfologia, com seu corpo sendo muito mais profundo anteriormente do que posteriormente, o que permite a articulação com as proeminências sacrovertebrais. O processo espinhoso é menor, existe um intervalo mais largo entre os processos articulares inferiores e os processos transversos são mais espessos e emergem do corpo, bem como dos pedículos. A medula espinhal se estende até a vértebra L2. Abaixo do nível de L2, o canal espinhal envolve um feixe de nervos conhecido como cauda equina, que chega inferiormente até os membros inferiores e os órgãos pélvicos. Nervos Lombar− 5 (L1−L5) Nervos T1−L5 atravessam os forames intervertebrais inferiormente às vértebras correspondentes Quando os nervos espinais se ramificam a partir da medula espinal, eles se projetam lateralmente para sair do canal vertebral por meio dos forames intervertebrais, entre vértebras adjacentes. No entanto, como a medula espinal é mais curta que a coluna vertebral, os nervos das regiões lombar, sacral e coccígea não saem da coluna vertebral no mesmo nível em que deixam a medula espinal. As raízes destes nervos espinais inferiores se angulam inferiormente junto com o filamento terminal no canal vertebral, como os pelos da cauda de um cavalo. Consequentemente, as raízes destes nervos são chamadas cauda equina, significando “rabo de cavalo”. Compressão Radicular Lombar • Lombalgia – dor lombar • Ciatalgia – dor no trajeto do nervo ciático • Radiculopatia – dor vinculada a uma doença na raiz de um ou mais nervos. • Lombociatalgia – dor lombar que irradia no trajeto do nervo ciático concomitante A maioria dos distúrbios da coluna vertebral está relacionada à espondilose, que resulta do desgaste que ocorre nas vértebras, discos intervertebrais, processos articulares e outras articulações da coluna, ligamentos associados e, secundariamente, músculos paravertebrais e outros músculos. Na coluna vertebral, as estruturas sensíveis à dor incluem o periósteo da coluna óssea (vértebras), a dura-máter, os processos articulares e outras articulações verdadeiras, o ânulo fibroso (mas não o núcleo pulposo), vasos sanguíneos, ligamentos e músculos paravertebrais. A queixa mais frequente associadaà espondilose é a dor na coluna axial que afeta a região lombar mais do que o pescoço e mais do que a região média do dorso. Com a compressão e a irritação dos nervos espinais, os pacientes podem desenvolver sensações de formigamento, picadas ou queimação (denominadas parestesias se ocorrem espontaneamente ou disestesias se provocadas por estimulação); perda de sensibilidade; fraqueza e, às vezes, disfunção autônoma (mais comumente a dificuldade com o controle do intestino ou da bexiga). Quando afeta um miótomo (o grupo de músculos suprido por neurônios motores de um único segmento da medula espinal), o déficit motor associado a um distúrbio de raiz espinal é do tipo de neurônio motor inferior. Os achados típicos são fraqueza, hipotonia, reflexos diminuídos ou ausentes, fasciculações e, se a síndrome persiste há pelo menos várias semanas, atrofia muscular No nível do nervo espinal, a sensibilidade é diminuída ou ausente para todas as modalidades, em um padrão de dermátomo característico.. A sensibilidade inferior e superiormente à raiz afetada é preservada. Por outro lado, distúrbios da medula espinal produzem um “nível” inferior ao qual a sensibilidade é anormal e os déficits motores são do tipo de neurônio motor superior, com fraqueza sem atrofia (a menos que causada por desuso), hipertonia e aumento de reflexos. No nível de uma lesão de medula espinal, os déficits motores podem ser do tipo de neurônio motor inferior por causa da lesão das células do corno anterior ou das raízes do nervo; mas, inferior a esse nível, uma síndrome de neurônio motor superior será predominante. Como ocorre com os acidentes vasculares encefálicos (AVEs) O conhecimento dos padrões usuais de inervação sensorial, motora e reflexa dos nervos espinais ajuda substancialmente no diagnóstico do paciente com Carla Bertelli – 5° Período possível radiculopatia. A história de perda sensorial ou fraqueza motora pode ser mais importante do que os achados no exame físico. O paciente deve ser questionado sobre isso, e o exame neurológico deve se concentrar nas funções sensorial, motora e reflexa. Comparações cuidadosas lado a lado podem ajudar a detectar déficits sutis. Todos os músculos recebem inervação de mais de um nervo espinal, e todas as raízes nervosas suprem múltiplos músculos, de modo que músculos individuais raramente se tornam demasiadamente fracos quando uma única raiz é afetada. Fraqueza funcional, na qual o paciente não faz esforço pleno, pode ser decorrente de dor, falta de compreensão, tentativa do paciente em ajudar o examinador, transtorno de conversão e simulação; nesse cenário, é melhor interpretar força, pelo menos, como equivalente àquela no momento da desistência, mas a presença ou ausência de alguma fraqueza não pode ser claramente identificada. A sobreposição de dermátomos sensoriais explica por que demarcações bem-definidas e perda sensorial completa raramente ocorrem. Toda perda sensorial é subjetiva, tornando, assim, o exame sensorial menos confiável. Sintomas e sinais típicos estão associados a radiculopatias cervicais e lombossacras A maioria dos casos de dor no pescoço e na região lombar é mecânica e atribuível aos elementos estruturais da coluna, que são as vértebras, discos, ligamentos, articulações verdadeiras, tendões e músculos. A dor referida para a coluna pode surgir de estruturas internas no pescoço, tórax superior, abdome ou pelve. A dor de origem espinal pode ser referida para os membros superiores ou inferiores. Nos membros inferiores, as situações que afetam a coluna lombar superior tendem a referir a dor para a virilha e/ou coxa anterior (desde o quadril até o joelho). As situações que afetam a coluna lombar inferior tendem a causar dor referida na nádega, na face posterior da coxa, na perna (do joelho até o tornozelo) ou no pé. A dor referida pode ser uni ou bilateral, e a dor que acompanha uma distribuição em dermátomos provavelmente é resultado de doença na raiz do nervo. Mais de 70% das pessoas sofrerão dor lombar suficientemente significativa para inibir sua participação nas atividades diárias em algum momento em suas vidas. A prevalência mais alta está no grupo etário de 45 a 64 anos, sem distinção de sexo. O tabagismo é um fator de risco associado. Fatores relacionados ao trabalho físico (p. ex., levantamento de peso, muito tempo sentado, torção repetitiva) aumentam o risco. Estudos prospectivos mostram que questões psicossociais, como monotonia, insatisfação com o trabalho e depressão, também representam fatores predisponentes importantes para a dor lombar crônica. A dor lombar e a dor no pescoço podem ocorrer com ou sem dor radicular. Na região lombar, a dor radicular no membro inferior geralmente afeta a raiz do nervo L5 ou S1. A dor radicular de membro superior ou inferior é, em geral, causada por compressão e irritação do nervo espinal, tipicamente por um disco intervertebral protruso ou uma alteração osteoartrítica. A causa da dor axial no pescoço e região lombar é mais difícil de se determinar. Acredita-se que o processo degenerativo da espondilose seja o responsável por ambas as dores de coluna axial aguda e crônica, e que o disco intervertebral seja responsável por minoria de sintomas. A degeneração de disco intervertebral tem predisposição genética, com estimativas de hereditariedade na faixa de aproximadamente 35 a 75%. A espondilose vem acompanhada por degeneração de disco, formação de osteófitos, hipertrofia ligamentosa, artropatia zigapofisária e subluxação vertebral (espondilolistese) de um corpo vertebral para a frente (anterolistese) ou para trás (retrolistese) em relação à vértebra inferior. A grande maioria das pessoas desenvolve espondilose, que inclui dessecação de disco intervertebral e perda de elasticidade do ânulo fibroso. Fraturas congênitas ou adquiridas da parte interarticular em ambos os lados de um nível vertebral lombar, denominadas espondilólise, promovem o desenvolvimento da espondilolistese, que é classificada segundo o desvio máximo em quartis, sendo 0 normal e 5, dissociação total do corpo vertebral da vértebra adjacente. A estabilidade da espondilolistese é estimada por radiografias simples da coluna com o paciente em flexão e extensão. Carla Bertelli – 5° Período A fisiopatologia da lombalgia com irradiação para membros inferiores está relacionada aos danos ou disfunções das estruturas músculo-esqueléticas ou neurais -> os possíveis eventos causadores de lesão neurológica na coluna lombossacra são: fatores mecânicos e bioquímicos, sendo os primeiros devido as protusões discais e os outros pela ação de citocinas inflamatórias; . As alterações induzidas por estes fatores levam a uma variedade de manifestações clínicas, que vão desde sintomas negativos, tais como déficits motores e perda da sensibilidade para os sintomas positivos como parestesias ou hiperalgesia com sensibilização central. Lesão radicular, entretanto, não ocorre somente com dor, mas também pode estar associada com sintomas graves sem evidências de compressão da raiz nervosa em estudos de imagem. Consequentemente, a dor não é um sinal essencial associado à lesão neural e nem como elemento relevante para diagnóstico. A fisiopatologia das radiculopatias, particularmente com relação às dores ciáticas já foi estudada. Existem os mecanismos periféricos relacionados à cascata na inflamação neurogênica, fatores mecânicos pela compressão da herniação do disco intervertebral, eventos centrais dados pela sensibilização dos neurônios do corno posterior da medular espinhal e alterações encefálicas corticaise subcorticais e por mecanismos locais relacionados a distúrbios músculo-esqueléticos da coluna. Devido à diversidade de mecanismos fisiopatológicos envolvidos nas dores ciáticas, há uma classificação em quatro categorias diagnósticas RAÍZES NERVOSAS- SINTOMAS E ETIOLOGIA L1: sintomas geralmente, dor, parestesia na região inguinal L3: dor e parestesia na região anterior e medial da coxa e do joelho, com fraqueza do quadríceps e diminuição do reflexo patelar; L4: dor e perda de sensibilidade na região medial do membro inferior; diminuição do reflexo patelar e diminuição da força do musculo tibial anterior, com redução de força na flexão dorsal do pé -> hérnia de disco; L5: dor e perda de sensibilidade no dorso do pé e lateral da perna; perda de força na extensão longa do hálux -> hérnia de disco; S1: dor e perda de sensibilidade na lateral e planta do pé, com diminuição da força nos fibulares curto e longo, tendo dificuldade na eversão e flexão plantar do pé, com redução do reflexo de aquileu; Etiologia Embora existam muitas etiologias da dor lombar, a maioria dos pacientes atendidos na atenção primária apresentará dor lombar inespecífica. Dor nas costas inespecífica - A grande maioria dos pacientes atendidos na atenção primária (> 85%) terá dor lombar inespecífica, sem causa provável identificável, ou apenas sugestiva. Muitos desses pacientes podem ter uma simples dor musculoesquelética e a maioria dos pacientes melhora em poucas semanas. Etiologias sistêmicas graves - Entre os pacientes que apresentam dor lombar, nos serviços de atenção primária, menos de 1% terá uma etiologia sistêmica grave (síndrome da cauda equina, câncer metastático e infecção da coluna vertebral). Quase todos os pacientes com essas condições apresentam fatores de risco ou outros sintomas que devem ser identificados no exame clínico. ● Compressão da medula espinhal ou cauda equina - Existem muitas causas da síndrome da cauda equina, Carla Bertelli – 5° Período sendo a mais comum a hérnia do disco intervertebral em 22,7%, espondilite anquilosante em 15,9%, punção lombar em 15,9%, trauma em 7,6%, tumor maligno em 7,2%, tumor benigno em 5,7% e infecção em 5,3%. A dor é geralmente o primeiro sintoma da compressão medular, mas os achados motores (geralmente fraqueza) e sensoriais estão presentes na maioria dos pacientes no diagnóstico. A disfunção intestinal e / ou da bexiga geralmente são achados tardios. O diagnóstico e tratamento precoces melhoram os resultados. ●Câncer metastático - o osso é um dos locais mais comuns de metástase. Uma história de câncer (excluindo câncer de pele não melanoma) é o fator de risco mais forte para dores nas costas por metástase óssea. Entre os cânceres sólidos, as doenças metastáticas dos cânceres de mama, próstata, pulmão, tireoide e rim são responsáveis por 80% das metástases esqueléticas. Aproximadamente 60% dos pacientes com mieloma múltiplo apresentam lesões líticas esqueléticas presentes no diagnóstico. A dor é o sintoma mais comum. Em pacientes com histórico de câncer, a dor repentina e intensa aumenta a preocupação com fraturas patológicas. Os pacientes também podem ter sintomas neurológicos de compressão da medula espinhal ou instabilidade espinhal. ●Abscesso epidural. ●Osteomielite vertebral Etiologias específicas menos sérias - Menos de 10% dos pacientes que se apresentam nos cuidados primários com lombalgia terão etiologias menos sérias, mas específicas para a dor. ●Fratura por compressão vertebral ●Radiculopatia ●Estenose espinhal Outras etiologias: • Espondilite anquilosante • Osteoartrite • Escoliose e hipercifose • Angústia psicológica Etiologias fora da coluna vertebral Existem também entidades clínicas que estão possivelmente associadas a sintomas de lombalgia: • Síndrome do piriforme • Disfunção da articulação sacroilíaca Entender a escala de tratamento da dor Os instrumentos para mensurar a dor podem ser unidimensionais ou multidimensionais -> escalas unidimensionais avaliam somente uma das dimensões da experiência dolorosa, e dentre as mais usadas, destacam- se as Escala Visual Numérica (EVN), graduada de zero a dez, nas quais zero significa ausência de dor e dez, a pior dor imáginável; e a Escala Visual Analógica (EVA), que consiste de uma linha reta, não numerada, indicando-se em uma extremidade a marcação de "ausência de dor", e na outra, "pior dor imaginável"; Carla Bertelli – 5° Período
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