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SOI V - APG 1 - Dores tecnológicas e dor que irradia

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APG – SOI V Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/5º Período 
 1 
@emilly.lorenaa 
 APG 1 – Dores tecnológicas e dor que irradia 
1) REVER A MORFOFISIOLOGIA DA COLUNA E MUSCULATURA 
CERVICAL E LOMBAR (OS PRÓXIMOS RESUMOS DO 5º 
PERÍODO SOMENTE PELO DRIVE) 
 A coluna vertebral, também chamada de espinha ou coluna 
espinal, constitui cerca de 2/5 da altura total e é composta 
por uma série de ossos 
chamados vértebras. 
 É composta de osso e 
tecido conjuntivo. 
 Com aproximadamente 
71 cm no homem adulto 
médio e cerca de 61 cm 
na mulher adulta média, 
a coluna vertebral atua 
como uma forte haste 
flexível com elementos 
que podem promover 
movimentos em direção 
anterior, posterior, 
lateral e ainda de 
rotação. 
 Além de encerrar e proteger a medula espinal, a coluna 
vertebral sustenta a cabeça e serve de ponto de fixação 
para as costelas, o cíngulo dos MMII e músculos do dorso e 
MMSS. 
 O número total de vértebras durante o desenvolvimento inicial 
é de 33, conforme a criança vai crescendo, várias vértebras 
nas regiões sacral e coccígea se fundem. Dessa forma, a 
coluna vertebral adulta, normalmente, possui 26 vértebras. 
 7 vértebras cervicais na região do pescoço; 
 12 vértebras torácicas posteriores à cavidade torácica; 
 5 vértebras lombares que sustentam a parte inferior da 
coluna; 
 1 sacro que consiste em 5 vértebras sacrais fundidas; 
 1 cóccix que, em geral, é composto por 4 vértebras 
coccígeas fundidas. 
 As vértebras nas diferentes regiões da coluna vertebral 
variam de tamanho, forma e detalhes, porém são similares o 
suficiente para permitir a discussão das estruturas gerais (e 
suas funções) de uma vértebra. Tipicamente, as vértebras 
consistem em um corpo vertebral, um arco vertebral e 
diversos processos. 
 
 
 
 CERVICAL 
 Os corpos das vértebras cervicais (C1 a CVII) são menores 
que os das outras vértebras, exceto aquelas que formam o 
cóccix. No entanto, seus arcos cervicais são maiores. 
 Todas as vértebras cervicais apresentam três forames: um 
forame vertebral (são mais largos porque alojam a 
intumescência cervical da medula espinal) e dois forames 
transversos (de cada processo transverso, passam a artéria 
vertebral e sua veia acompanhante, além de fibras nervosas). 
 Os processos espinhosos de CII a CVI são muitas vezes bífidos, 
ou seja, se ramificam em duas projeções pequenas nas 
extremidades. 
 As duas primeiras vértebras cervicais são consideradas 
diferentes das outras: 
 C1 (ATLAS): é a 1ª vértebra cervical abaixo do crânio, 
sendo um anel ósseo 
com arco anterior e 
arco posterior e 
grandes massas 
laterais; 
 Não apresenta 
corpo vertebral nem processo espinhoso; 
 As superfícies superiores das massas laterais, 
chamadas faces articulares superiores, são 
côncavas e se articulam com os côndilos occipitais 
do occipital para formar o par de articulações 
atlantoccipitais = movimento de anuência; 
 As superfícies inferiores das massas laterais, as 
faces articulares inferiores, se articulam com a 
segunda vértebra cervical. 
 Os processos transversos e os forames 
transversos do atlas são bastante grandes. 
 C2 (ÁXIS): apresenta corpo vertebral, um processo 
chamado dente do áxis, que se projeta superiormente 
pela porção anterior do forame vertebral do atlas, e 
serve de eixo em torno do qual a cabeça faz rotação. 
 A articulação formada entre o arco anterior do 
atlas e o dente do áxis, e entre suas faces 
articulares, é chamada de articulação atlantoaxial. 
 APG – SOI V Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/5º Período 
 2 
@emilly.lorenaa 
 
 A 3ª, 4ª, 5ª e 6ª 
vértebras cervicais (CIII a 
CVI), correspondem ao 
padrão estrutural de uma 
vértebra cervical típica 
previamente descrita. 
 A 7ª vértebra cervical (VII) chamada de vértebra 
proeminente, é um tanto diferente, revelando um 
processo espinhoso grande e não bífido que pode ser 
percebido e palpado na base do pescoço, mas, sob outros 
aspectos, é típica. 
 Os músculos cervicais e trapézio têm duas funções principais: 
apoiar e fornecer movimento e alinhamento para a cabeça e 
o pescoço e proteger a medula espinhal e os nervos espinhais 
quando a coluna vertebral está sob estresse mecânico. 
 Existem 8 nervos espinhais cervicais, cada um resultante da 
medula espinhal e constituído por uma raiz ventral e uma 
dorsal. 
 A raiz ventral contém fibras eferentes dos neurônios 
motores alfa no corno ventral da medula espinhal. 
 A raiz dorsal transporta fibras aferentes sensoriais 
primárias das células no gânglio da raiz dorsal. 
 O plexo cervical é formado pelas raízes (ramos 
anteriores) dos 
primeiros quatro nervos 
cervicais (C1–C4), com 
contribuições de C5. 
Existe uma raiz de cada 
lado do pescoço, junto 
com as primeiras quatro 
vértebras cervicais. 
 O plexo cervical supre a 
pele e os músculos da cabeça, do pescoço e das partes 
superiores dos ombros e do tórax. Os nervos frênicos 
originam-se dos plexos cervicais e fornecem fibras 
motoras que inervam o diafragma. Ramos do plexo 
cervical também apresentam trajetória junto a dois 
nervos cranianos, o acessório (XI) e o hipoglosso (XII). 
 LOMBAR 
 As vértebras lombares (LI a LV) são os maiores e mais 
resistentes ossos não fundidos da coluna vertebral, porque a 
quantidade de peso corporal sustentada pelas vértebras 
aumenta em direção à extremidade inferior da coluna 
vertebral. 
 Suas várias projeções são curtas e espessas. 
 Os processos articulares superiores se dirigem medial e não 
superiormente e os processos articulares inferiores se 
direcionam lateral e não inferiormente. 
 Os processos espinhosos têm forma quadrilátera, são 
espessos e largos e se projetam quase em linha reta 
posteriormente. 
 Os processos espinhosos são bem adaptados para a fixação 
dos grandes músculos vertebrais. 
 
 As raízes (ramos anteriores) dos nervos espinais L1 a L4 
formam o plexo lombar. De cada lado das quatro primeiras 
vértebras lombares, o plexo lombar se projeta obliquamente 
para fora, entre as 
cabeças superficial 
e profunda do 
músculo psoas 
maior e 
anteriormente ao 
músculo quadrado 
do lombo. 
 Entre as cabeças 
do músculo psoas maior, as raízes dos plexos lombares se 
separam em divisões anterior e posterior, as quais dão origem 
aos ramos periféricos dos plexos. 
 O plexo lombar supre a parede abdominal anterolateral, os 
órgãos genitais externos, e parte dos membros inferiores. 
 As raízes (ramos anteriores) dos nervos espinais L4–L5 e 
S1–S4 formam o plexo sacral. Este plexo está situado, em 
sua maior parte, anteriormente ao sacro. O plexo sacral 
inerva as regiões glúteas, o períneo e os membros inferiores. 
 O maior nervo do corpo, o nervo isquiático ou ciático, se origina 
deste plexo. 
2) COMPREENDER A EPIDEMIOLOGIA, ETIOLOGIA, 
FISIOPATOLOGIA, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO, 
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DA CERVICALGIA E LOMBALGIA 
 CERVICALGIA 
 APG – SOI V Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/5º Período 
 3 
@emilly.lorenaa 
 A cervicalgia é uma das queixas mais frequentes no dia a dia 
da prática clínica. Sendo observada em cerca de 25% dos 
indivíduos na faixa etária de 25-29 anos e em até 50% da 
população com mais de 45 anos de idade. 
 Estudos epidemiológicos revelaram prevalência no decorrer de 
toda a vida, superior a 70%. É uma condição mais frequente 
em mulheres e aumenta com a idade. 
 A cervicalgia e a cervicobraquialgia são sintomas que 
traduzem, na maioria das vezes, um processo degenerativo 
ou um distúrbio funcional das estruturas ligamentares, 
musculares, discais e osteocartilaginosas da região cervical. 
 FISIOPATOLOGIA 
 É muito difícil, na prática clínica, estabelecer com exatidão qual 
a estrutura anatômica responsável pela cervicalgia crônica 
comum. 
 Na teoria,a irritação do disco intervertebral, as articulações 
facetarias, as articulações uncovertebrais, os ligamentos e os 
enteses podem causar dor. 
 Ao contrário, a simples compressão da raiz nervosa não é 
suficiente para causar dor, dessa forma, é que preciso que, 
além da compressão, haja inflamação para o desenvolvimento 
de dor radicular. 
 As cervicalgias estão com frequência associadas à 
sensibilidade focal e “pontos-gatilho” na musculatura do 
pescoço. 
 Por fim, as artérias vertebrais carregam consigo fibras 
simpáticas que podem estar envolvidas nas alterações 
simpático-reflexas da síndrome de Barré-Lieou. 
 As cervicalgias agudas 
podem ocorrer como um 
sintoma de patologias 
subjacentes 
inflamatórias, 
infecciosas ou mesmo 
tumorais. 
 Estas são menos 
frequentes, porém seu diagnóstico precoce é de 
extrema importância no prognóstico desses doentes, em 
razão da gravidade do acometimento cervical. 
 Na artrite reumatoide, o comprometimento cervical pode 
até ser fatal, já que uma sinovite reumatoide pode se 
desenvolver nas primeiras vértebras cervicais 
ocasionando ruptura ligamentar e consequente 
subluxação atlantoaxial. 
 Mais frequentemente, as cervicalgias ocorrem em razão de 
distúrbios mecânicos e musculoesqueléticos inespecíficos. 
 Tratam-se de situações clínicas benignas, na maioria das 
vezes com evolução para a cura em alguns dias ou semanas. 
 Os fatores relacionados com uma evolução para cronicidade 
das cervicalgias são pouco conhecidas. Sendo traumas e 
fatores ocupacionais envolvidos na maioria dos casos. 
 Fatores posturais, principalmente hiperflexão prolongada 
da coluna cervical, também podem desencadear 
cervicalgia em consequência do estiramento das 
articulações zigoapofisárias posteriores. 
 Um achado quase universal na população com mais de 65 anos 
de idade é a prevalência de processos degenerativos da 
coluna cervical envolvendo discos (espondilose), articulações 
facetárias e unciformes (osteoartrite) aumenta com a idade. 
 Com o processo de envelhecimento normal, o disco 
intervertebral cervical desidrata e sofre um processo 
de fragmentação e fissuração posterior. 
 Traumas repetidos podem contribuir para o desenvolvimento 
deste processo, bem como o desenvolvimento de osteoartrite 
prematura das articulações zigoapofisárias e unciformes. 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Podem ser agudas (menos de 6 semanas duração), subagudas 
(entre 6 e 12 semanas) e crônicas (mais de 12 semanas). 
 A principal manifestação clínica é a dor. 
 A dor sentida na região cervical se origina no estímulo de 
qualquer das estruturas inervadas pelos nervos espinais 
cervicais. 
 Em casos agudos, com etiologia mecânico-postural, além da 
dor, os achados usuais são restrição de movimentos e 
contratura muscular. 
 Torcicolo: dor cervical de intensidade variada associada à 
atitude viciosa do pescoço. Entra no quadro das 
cervicalgias comuns. Tem início abrupto, geralmente 
durante a noite, com uma dor intensa que impede o 
movimento. 
 A cura ocorre de maneira espontânea em alguns 
dias, mas a recidiva é possível. 
 Neuralgia de Arnold.: ligada ao sofrimento do ramo 
posterior do segundo nervo cervical que leva à dor 
localizada na região homolateral do crânio entre o occipto 
e o vértice. 
 A cervicalgia crônica também costuma ser causada por 
problemas mecânicos, dessa forma, é fundamental excluir 
outras patologias mais graves e potencialmente tratáveis. 
 APG – SOI V Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/5º Período 
 4 
@emilly.lorenaa 
 Na maioria dos casos, ocorre pós-trauma (síndrome do 
chicote) ou evolução de cervicalgias mecânicas comuns, 
em geral associadas aos processos degenerativos discais 
e articulares ao nível cervical. 
 A dor ocupa toda a região cervical, irradiando, em geral, 
pela região dos trapézios até a região dorsal. 
 A mobilidade do pescoço é normal, mas a palpação das 
massas musculares é dolorosa. 
 Parestesias, diminuição de força e dor do tipo “choque” 
indicam radiculopatia por provável hérnia de disco cervical. 
 Para definir qual a raiz cervical está acometida, deve-se 
analisar os reflexos tendinosos que podem estar abolidos 
ou reduzidos e os dermátomos com alteração de 
sensibilidade. 
 Dor de caráter noturno, que pode acordar o paciente, leva à 
suspeita de doenças malignas. 
 Febre, inapetência e perda de peso sugerem, principalmente, 
infecções vertebrais, mas podem também ser indícios de 
neoplasias malignas (síndrome paraneoplásica). 
 Diminuição da força nos membros superiores, com dificuldade 
para a marcha, e reflexos exacerbados sugerem um quadro 
de mielopatia cervical. 
 DIAGNÓSTICO 
 O diagnóstico deve se basear sobretudo em dados de história 
e exame físico, que devem ser os mais completos possíveis e 
não dirigidos apenas à queixa cervical. 
 O interrogatório deve ser o mais completo possível, incluindo 
dados como profissão, atividades esportivas, antecedentes 
mórbidos, data e forma de início da dor. 
 A topografia da dor deve ser bem estabelecida, bem como 
sua irradiação. 
 No exame do pescoço, é extremamente importante que o 
paciente se sinta confortável e seguro para que seja possível 
diferenciar os pontos dolorosos, tensões musculares ou a 
amplificação dos sintomas. 
 O exame deve ser realizado com o paciente despido e inclui 
dados vitais, exame da pele, linfonodos, mamas, pulmões, 
ombros e coluna como um todo. 
 O exame local do pescoço começa por estruturas não 
esqueléticas da face anterior (linfonodos, traqueia, 
tireoide e glândulas salivares, a procura de pontos 
dolorosos e edemas). 
 O exame de movimentação cervical ativa e passiva 
permite diferenciar a restrição mecânica da restrição 
antálgica associada a tensão muscular. 
 Alguns testes clínicos podem ser realizados: 
 TESTE DE SPURLING: é feito com o paciente sentado. O 
examinador gira e inclina a cabeça do paciente para o 
lado doloroso, enquanto aplica uma pressão para baixo 
durante 10seg. O teste é positivo se houver reprodução 
da dor e parestesia característica. 
 TESTE DE ADSON: é uma forma de avaliação da 
permeabilidade da artéria subclávia que pode estar 
comprimida pela costela cervical ou contratura dos 
músculos escalenos anterior e médio. O examinador palpa 
o pulso radial do paciente em abdução, extensão e 
rotação externa do braço. Então, o paciente inspira 
profundamente e prende a 
respiração enquanto roda a 
cabeça na direção do lado 
testado. A diminuição na 
amplitude do pulso radial 
durante esta manobra é 
indicativa de compressão de 
artéria subclávia. 
 O exame neurológico deve ser 
minucioso. Os membros devem 
ser examinados para atrofias, 
fasciculações, força muscular e 
sensibilidade ao toque. 
 RADIOGRAFIA: constitui a 1ª etapa da investigação radiológica. 
Deve ser sempre analisada nas incidências anteroposterior, 
lateral e oblíquas. 
 As incidências em flexão/extensão permitem avaliar a 
estabilidade cervical, enquanto a incidência com a boca 
aberta permite avaliar o segmento atlantoaxial. 
 A principal utilidade se dá nos casos de trauma grave 
com suspeita de fratura, luxação e instabilidade. 
 Nos casos de cervicalgia mecânica simples, a utilidade da 
radiografia é limitada. 
 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: a TC é um método 
sensível para a identificação e a caracterização de lesões 
cervicais. 
 A injeção de contraste intravenoso permite melhor 
delineamento das lesões. 
 Enquanto a injeção de contraste intratecal (mielo-TC) é 
um método altamente sensível e específico para a 
avaliação de compressões nervosas cervicais. 
 Permite apenas a visualização de segmentos limitados da 
coluna. 
 APG – SOI V Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/5º Período 
 5 
@emilly.lorenaa 
 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: é extremamente útil na 
visualização de patologiaintramedular, além de possuir altas 
sensibilidade e especificidade para a detecção de infecções e 
hérnias discais. 
 Possui a vantagem de não utilizar radiação e permitir a 
visualização da coluna como um todo. 
 Assim como os demais exames radiológicos, a RM não 
está indicada em casos de cervicalgia mecânica simples. 
 TRATAMENTO E PREVENÇÃO 
 As diferentes etiologias de cervicalgia exigem diferentes 
abordagens terapêuticas. Obviamente, o tratamento deve ser 
dirigido à patologia subjacente, nos casos de cervicalgia 
sintomática. 
 Nas cervicalgias mecânicas, o tratamento visa tanto a diminuir 
a dor como melhorar a função. 
 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: o alivio adequada da dor 
pode ser obtido na maioria dos casos com analgésicos simples, 
como o paracetamol. 
 Além dos analgésicos, os AINE's e miorrelaxantes são 
frequentemente utilizados no tratamento das 
cervicalgias. 
 Os AINE’s atuam inibindo a síntese de prostaglandinas, 
sendo que essas moléculas atuam na resposta 
inflamatória, aumentando a permeabilidade capilar, 
atraem macrófagos e sensibilizam terminações 
nervosas, provocando dor no local. Com isso, os AINES 
atuam diretamente gerando um efeito anti-inflamatório, 
analgésico e antipiréticos. 
 Ocasionalmente, nas radiculopatias agudas, podem-se 
utilizar glicocorticoides por curtos períodos. 
 Os AIEs (glicocorticoides) atuam na inibição das COXs, 
fazendo com que os genes de transcrição destas 
enzimas não sejam expressos, suprimindo assim a 
produção de prostaglandinas, por exemplo, e isso 
acontece através de ligações intracelulares. 
 LOMBALGIA 
 As lombalgias são um dos principais motivos de consulta 
médica em todo o mundo. 
 Uma grande variedade de situações clínico-patológicas está 
relacionada com o desenvolvimento de lombalgia ou 
lombociatalgia. 
 A maioria dos casos é benigna e autolimitada, contudo, é 
importante reconhecer precocemente as situações mais 
graves, evitando, assim, sequelas ou perda de mobilidade. 
 A dor lombar baixa (DLB) é a 2ª doença mais frequente da 
humanidade, atrás apenas do resfriado comum. 
 A prevalência pode variar de 10-15%, sendo mais relatada em 
países desenvolvidos e em adultos na fase produtiva. 
 Cerca de 80% da população já apresentou pelo menos um 
episódio de DLB. 
 Nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, as 
diferenças de prioridades de saúde, o acesso limitado a 
cuidados de saúde, a falta de seguro de saúde ou sistemas de 
compensação podem levar à menor comunicação de DLB. 
 FISIOPATOLOGIA 
 Existem várias estruturas anatômicas que podem gerar dor 
lombar, sendo que cada uma pode ter etiologia e fisiopatologia 
específica. 
 Muitas vezes, a etiologia exata de uma lombalgia aguda e 
crônica não consegue ser definida. 
 Acredita-se que a maioria das lombalgias são de origem 
muscular, ocasionadas por contraturas musculares. Afinal, a 
musculatura pode ser foco de dores e contraturas crônicas. 
 Além disso, a fonte da dor lombar pode ser por conta do disco 
intervertebral, que é inervado em seu ânulo fibroso. 
 Essa dor chamada de axial ou discogênica, tem como 
principal teoria fisiopatológica a irritação dessas 
terminações nervosas livres por substâncias do núcleo 
pulposo que, com elas, venha entrar em contato por 
fissuras no ânulo fibroso quando o disco é submetido a 
carga axial constante. 
 No geral, as etiologias podem ser classificadas em: 
 Mecânicas: Dentro das causas mecânicas, estão as 
anomalias congênitas (espinha bífida; sacralização); 
degenerativas (espondilo-artrose); síndromes 
discogênicas (prolapso discal) e traumatismos. 
 Lombalgia mecânica comum: caracteriza-se por dor 
lombar em região mais próxima às nádegas, normalmente 
eu um único lado do corpo, às vezes central, irradiando-
se para a região sacral e nádegas. De maneira geral, a 
dor ocorre após esforço físico maior ou esforços 
repetidos em posições de estresse para a coluna. 
 Espondilolistese e Espondilólise: A espondilolistese é o 
arrastar parcial ou total de uma vértebra em relação a 
outra vértebra. Já a espondilólise é a fratura do pars 
interarticularis. 
 Osteoartrite e discopatia: Na população, alterações de 
disco e facetas são muito comuns. Por serem alterações 
que surgem com o envelhecimento, existe um debate se 
devem ser consideradas patológicas ou fisiológicas. Os 
pacientes sintomáticos apresentam dor mecânica, 
podendo ser observado um grau de rigidez matinal. 
 APG – SOI V Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/5º Período 
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@emilly.lorenaa 
 Inflamatórias: Estão associadas com doenças que 
possuem manifestações sistêmicas, além do 
acometimento da coluna vertebral, como: fibromialgia, 
espondilite anquilosante e artrite reumatoide. 
 É esperado que os pacientes apresentem rigidez 
matinal importante (com mais de 1 hora de duração) 
e dor noturna presente. 
 Na fibromialgia, trata-se de um quadro poliálgico, 
articular e muscular acompanhado de sono não 
reparador, cefaleia e fadiga persistente 
 Infecciosas: são pouco frequentes. A suspeita deve ser 
aventada sempre que houver dor persistente, presente 
no repouso e piorando aos movimentos, associada ou não 
à febre. 
 Metabólicas: as mais frequentes são: osteoporose, 
osteomalácia e hiperparatireoidismo 
 Tumores: por serem bem raros, o diagnóstico de uma 
patologia tumoral de coluna precisa ser bem analisado. Se 
a dor característica for mais localizada, tende a ser um 
tumor benigno. Se a dor for mais difusa, às vezes, 
associada a manifestações sistêmicas, tende a ser um 
tumor maligno. 
 Dor visceral referida: A dor referida na região lombar e 
sacral pode ser consequência de várias patologias. A 
lombalgia raramente é o único sintoma nesses casos, 
porém, dor com ritmo próprio que não melhora ao 
repouso deve levar à suspeita de dor referida = gravidez, 
endometriose, aneurisma de aorta, pancreatite. 
 DIAGNÓSTICO 
 A anamnese inclui a pesquisa dos seguintes itens: 
 Raça, idade e sexo; 
 Início da dor: quadro súbito e intenso sugere uma hérnia 
discal, enquanto que sintomatologia insidiosa sugere 
patologias degenerativas. 
 Localização da dor: difusa ou localizada em algum 
segmento específico da coluna; 
 Irradiação da dor: com ou sem trajeto radicular 
específico. 
 A dor irradiada abaixo do joelho geralmente é 
radicular. 
 Dor irradiada apenas até o joelho pode estar 
relacionada com estruturas próprias da coluna 
(articulações posteriores, músculos e ligamentos); 
 Ritmo da dor: a dor que piora ao repouso e melhora com 
o movimento sugere patologia inflamatória como as 
espondiloartropatias. A dor que piora aos movimentos e 
melhora pelo menos parcialmente ao repouso sugere 
patologia mecânico-degenerativa. A dor fixa, de 
intensidade crescente, sem fatores de melhora, sugere 
patologia infecciosa ou tumoral; 
 Características da dor: a dor radicular costuma ser 
lancinante, acompanhada de parestesias. Já a dor 
psicogênica costuma ser descrita em termos de 
sofrimento ou punição e não segue um trajeto 
dermatomérico específico, a dor da lombalgia mecânica 
costuma ser descrita como uma dor “surda”, profunda e 
mal delimitada; 
 Presença de febre e perda de peso: são sinais de alerta 
para a pesquisa de infecção e tumores; 
 Apreciar o envolvimento psico-afetivo; 
 Avaliação da situação socioprofissional com suas 
possíveis consequências no diagnóstico e tratamento; 
 Avaliação dos antecedentes pessoais e familiares que 
possam orientar um diagnóstico etiológico. 
 O exame físico deve sempre incluir um exame geral 
procurando alterações e a seguir, o exame da coluna deve 
ser realizado de forma metódica e organizada. 
 O paciente deve sempre estar desnudo para que o 
médico possa observar a presença de lesões cutâneas, 
deformidades, contraturas musculares. 
 O exame inicia-se com o paciente em ortostase. 
 INSPEÇÃO: a visão posterior permiteidentificar desvios 
no plano sagital, assimetria das cristas ilíacas, pregas 
glúteas e joelho. A visão lateral permite observar a 
presença de hiperlordose ou retificação da lordose. 
 Avalia também a presença de tumorações, edema e 
atrofias também pode ser pesquisada. 
 PALPAÇÃO: da musculatura, dos processos espinhosos e 
dos espaços intervertebrais. 
 MOVIMENTOS DA COLUNA LOMBAR: flexão, extensão, 
rotação ou torção direita e esquerda e lateralidade. 
 EXAME NEUROLÓGICO: parte obrigatória e 
extremamente 
importante do exame 
da coluna. 
 O exame motor, 
da sensibilidade e 
dos reflexos 
permite 
estabelecer uma 
topografia radicular típica. 
 APG – SOI V Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/5º Período 
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@emilly.lorenaa 
 As raízes acometidas com mais frequência são as 
raízes L4, L5 e S1, que merecem atenção especial. 
 A força de flexão da coxa é papel da raiz L4, 
enquanto que a dorsiflexão do pé é função da L5. A 
função motora da S1 pode ser examinada pela 
marcha nas pontas dos pés. 
 A sensibilidade deve ser examinada ao longo dos 
MMII. 
 TESTES ESPECIAIS: 
 Sinal de Lasegue: Elevação do membro inferior estendido 
sobre a bacia, manobra que acarreta estiramento do 
nervo ciático. Se houver compressão, ocorre dor no 
trajeto do referido nervo em até 60°. 
 Sinal de Bragard: dorsiflexão do pé quando o membro 
estiver elevado, provocando exacerbação da dor. 
 Teste de Fabere: o paciente, em decúbito dorsal, realiza 
abdução do quadril, flexão e rotação externa com o 
tornozelo sobre o joelho oposto. O examinador, com uma 
das mãos localizada sobre o joelho e a outra sobre a 
crista ilíaca contralateral, exerce pressão contra a mesa. 
Dor referida na região sacroilíaca posterior indica 
patologia dessa articulação. Dor referida na região 
inguinal ipsilateral pode ser consequência de doença no 
quadril. 
 Teste de Schober: O paciente permanece em posição 
ortostática e a sua coluna é marcada com uma caneta, 
tendo como ponto de referência a espinha ilíaca 
posterossuperior. Um segundo ponto é mensurado 10 cm 
acima. Solicita-se que o paciente flexione o tronco na 
tentativa de tocar o chão. Nessa posição é mensurada a 
distância entre os pontos marcados. A medida na pele 
deve aumentar cerca de 5 cm. O teste é positivo se 
mobilidade menor que 5 cm 
 A maioria dos pacientes portadores de lombalgia não necessita 
inicialmente de qualquer investigação radiológica ou laboratorial. 
 A indicação de uma investigação é limitada aos pacientes com 
história de trauma importante, com suspeita de doença 
sistêmica (febre, perda de peso) e com dor persistente ou 
progressiva. 
 RAIO X: constitui a primeira etapa da investigação 
radiológica. 
 Uma radiografia de face com incidência posterior 
centrada sobre o disco L4-L5, face centrada em 
L5-S1 e uma incidência de perfil são suficientes. 
 O RX é útil para estabelecer se há alterações da 
arquitetura da coluna e, particularmente, no 
diagnóstico de lesões vertebrais tumorais e 
fraturas. 
 TC: A TC permite formular imagens coronais e sagitais 
da coluna. 
 É o melhor método para visualização da arquitetura 
óssea. 
 Os limites do canal medular são bem visualizados com 
o corpo vertebral e o disco anteriormente, e o arco 
posterior, as articulações facetárias e o ligamento 
amarelo posteriormente. 
 Ressonância nuclear magnética (RNM): Trata-se de 
exame não invasivo, que não utiliza radiação, permite a 
visualização de toda a extensão da coluna, partes ósseas 
e partes moles sem a necessidade de contraste intra-
tecal. 
 TRATAMENTO E PREVENÇÃO 
 A terapia não farmacológica é baseada em mudanças 
comportamentais, como perda de peso, prática de exercício 
físico, fisioterapia e medidas terapêuticas como: terapia 
cognitivo-comportamental, acupuntura e outas. 
 O repouso deve ser desencorajado, e os pacientes 
devem ser orientados a manter suas atividades 
rotineiras, o que leva a recuperação mais rápida e menor 
incapacidade a longo prazo. 
 Cerca de 90% das lombalgias melhoram espontaneamente, 
sem qualquer intervenção, em um período de 30 dias. No 
entanto, é comum a prescrição de medicamentos, como os 
anti-inflamatórios não-esteroidais. 
 Ademais, o tratamento deve ser dirigido à etiologia. 
 Causas infecciosas devem ser tratadas com uso de 
antibióticos; 
 As inflamatórias, com corticoides; 
 As sistêmicas serão tratadas segundo suas 
recomendações. 
3) ENTENDER A ESCOLHA DOS MEDICAMENTOS DE ACORDO 
COM SUAS CLASSES (ESCADA) 
 Escalas de avaliação da dor são usadas como instrumento para 
julgar a necessidade ou não de alterar a analgesia escolhida. 
 ESCALA NUMÉRICA-VERBAL: é utilizada em crianças >6 anos 
e adultos alfabetizados sem limitações cognitivas onde deverá 
ser questionado a nota para sua dor de 0-10, sendo que 0 é 
nenhuma dor e 10 a maior dor que já sentiu. 
 ESCALA DE FACES: A escala de faces de dor para adultos e 
crianças acima de 2 anos apresenta categorias de 
descritores visuais, usando expressões faciais refletindo 
magnitudes de intensidades de dor diferentes. Ela consiste de 
 APG – SOI V Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/5º Período 
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@emilly.lorenaa 
seis imagens de faces com várias expressões. O paciente 
seleciona a face que é consistente com seu nível atual de dor. 
 
 A escolha do analgésico baseia-se na intensidade da dor, sua 
natureza e risco. 
 A OMS recomenda a escada analgésica para orientação em 
relação à terapia com opióides, sendo: 
 Na dor leve (EV entre 1 e 3) tratada com AINEs, Dipirona, 
Acetaminofen e adjuvantes; 
 Na dor moderada (EV entre 4 e 7), associa-se o 1º 
degrau aos opióides fracos, como Codeína e Tramadol; 
 Na dor intensa aos opióides fortes (EV maior do que 7), 
como Morfina, Fentanil, Metadona e Oxicodona. 
 
REFERÊNCIAS 
 TORTORA, G. J; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia 
humana. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
 MARTINS, Mílton de A.; CARRILHO, Flair J.; ALVES, Venâncio 
Avancini F.; CASTILHO, Euclides. Clínica Médica, Volume 5: 
Doenças Endócrinas e Metabólicas, Doenças 
Osteometabólicas; Doenças Reumatológicas. 2. ed. Barueri, SP: 
Editora Manole, 2016. 
 WHALEN, Karen; FINKELL, Ricardo; PANAVELIL, Thomas A. 
Farmacologia Ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. 
Cuidados paliativos oncológicos: controle da dor. - Rio de 
Janeiro: INCA, 2001.

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