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Fluidoterapia e Eletrólitos Corporais

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FluidoterapiaFluidoterapiaFluidoterapia
A Fluidoterapia é um tratamento de suporte,
sendo que a doença responsável pela perda
de fluido e de eletrólitos, além do
desequilíbrio ácido-básico, deve ser
diagnosticada e tratada apropriadamente. 
IntroduçãoIntroduçãoIntrodução
Líquidos corporaisLíquidos corporaisLíquidos corporais
Estima-se que em média que 60% do PC
de cães e gatos adultos é composto por
água. 
Pacientes neonatos podem chegar até
80%. 
Fêmeas e animais obesos e idosos a
porcentagem de água é menor. 
Animais mais velhos apresentam menor
volume intersticial e plasmático. 
Nos organismos vivos a água está
disponível na forma de fluidos corporais, se
se encontram divididos em dois grandes
compartimentos: 
Líquido intracelular (LIC);
Aumenta com a idade e
corresponde a 40% do PC do animal
adulto. 
Líquido extracelular (LEC). 
Corresponde a 20% da ACT e o
mesmo é subdivido em: 
Líquido intersticial - 15%.
Plasma - 5%. 
Situado em cavidades delimitadas por
epitélios e mesotélio. 
EX: líquido sinovial, linfa, bile, secreções
glandulares, secreções respiratórias,
líquido pericárdico, líquido intra-ocular e
fluido cerebroespinhal. 
Existe um terceiro compartimento do LEC
no qual é reconhecido como Transcelular. 
Na maioria das doenças (ex: diarreia e
poliúria) a perda de fluidos ocorre
inicialmente a partir do LEC. Os fluidos
administrados por via parenteral penetram
também inicialmente no organismo pelo
LEC. 
Eletrólitos corporaisEletrólitos corporaisEletrólitos corporais
SOLUTO: substância dissolvida em um
solvente (água).
A água corporal contém grande
quantidades de solutos, que variam
conforme o compartimento em questão. 
As moléculas de substâncias chamadas de
eletrólitos se quebram (dissociam-se) em
partículas (íons) sendo elas com cargas
positivas (cátions) ou negativas (ânios). 
Miliequivalente (mEq) - unidades para
expressar a concentração de eletrólitos. 
CONCEITOS IMPORTANTES: 
Nos organismos vivos os compartimentos
de fluidos são separados por membranas
celulares semi-permeáveis que permitem a
passagem de água e alguns solutos. 
DIFUSÃO:
Quando solutos capazes de
atravessar a membrana celular se
movem de uma solução mais
concentradas para uma menos
concentrada. 
OSMOSE:
Movimento da água através de uma
membrana celular. Solutos que não
conseguem atravessar a membrana
celular tendem a atrair a água para
o compartimento localizados.
PRESSÃO OSMÓTICA:
Capacidade das partículas em atrair
água. Quanto maior o número de
partículas maior a pressão. 
O principal eletrólito do LEC é o íon de sódio
e devido a sua abundância é o principal
determinante da Osmolaridade. 
O cátion mais abundante no LIC é o
potássio seguido do magnésio. 
Os principais ânions dos líquidos
corporais são o:
Bicarbonato;
Cloreto;
Fosfatos;
Íons orgânicos;
Proteínas. 
A principal diferença entre o líquido
intersticial e o plasma é o que o último
contém maior quantidade de proteínas. 
Fisiologia do consumo de águaFisiologia do consumo de águaFisiologia do consumo de água
BREVE REVISÃO
Por criar a sensação de sede que leva o
animal a beber água. 
Por controlar a perda de água urina. 
Nos mamíferos o hipotálamo regula a
quantidade de água do corpo por dois meios
distintos:
PRINCIPAIS FATORES DA SEDE
Hiperosmolaridade (alta concentração
de solutos no solvente);
Febre;
Dor;
Ação de drogas;
Diminuição da pressão sanguínea. 
Os principais fatores sistêmicos que
estimulam a sede no hipotálamo são:
Reabsorção da água - pressão oncótica
aumentada e pressão hidrostática
diminuída. 
Filtração - pressão oncótica diminuída e
pressão hidrostática aumentada.
De modo geral , o equilíbrio hídrico é ditado
por um balanço entre as forças que
favorecem a:
Hiperosmolaridade;
Hipotensão;
Náuseas;
Hipoglicemia;
Estresse;
Febre;
Exercício;
Ação de algumas drogas. 
O controle da excreção renal de água se dá
por meio da secreção d hormônio
antidiurético (ADH), no qual é liberado
quando ocorre:
Os outros 10% de água no corpo são
produzidas por reações oxidativas do
metabolismo - água metabólica. 
Cerca de 90% da água obtida pelos animais
é consumida na forma de água livre e de
umidade presente nos alimentos.
PRINCIPAIS FATORES DA SEDE
Mecanismos de eliminação deMecanismos de eliminação deMecanismos de eliminação de
fluidos corporaisfluidos corporaisfluidos corporais 
Perdas sensíveis:
Aparelho urinário.
Perdas insensíveis:
Digestório - secreções gástricas,
intestinais, pancreáticas e salivares;
Respiratório - evaporação normal.
Tegumento - pouca perda em cães e
gatos.
As principais perdas de água e eletrólitos
ocorrem por meio de:
DesidrataçãoDesidrataçãoDesidratação
Diarreia. 
Vômito. 
DEFINIÇÃO: quando a perda de fluidos é
maior que a sua ingestão. Situações clínicas
exemplares:
Afeta animais jovens mais rapidamente do
que adultos. Animais idosos com doenças
crônicas requerem mais fluidos que outros
pacientes. 
TIPOS DE DESIDRATAÇÃO
Diminuição proporcional de água e sais
- osmolaridade inalterada. 
Causas:
Vômitos;
Diarreia;
Choque hipovolêmico;
Glicosúria;
Doença renal;
Peritonites (sequestro do LEC).
DESIDRATAÇÃO ISOTÔNICA:
Diminuição da concentração de sódio
(Na+) no LEC - diminuição da
osmolaridade no espaço extracelular. 
Causas:
Insuficiência adrenocortical;
Uso excessivo de diuréticos. 
DESIDRATAÇÃO HIPOTÔNICA:
Aumento da perda de água e aumento
da concentração de sódio no LEC -
meio extracelular hiperosmolar. 
Causas:
Calor excessivo. 
Exercício intenso;
Salivação excessiva;
Convulsões;
Estresse;
Febre intensa;
Diabetes insípido. 
3. DESIDRATAÇÃO HIPERTÔNICA:
PARÂMETROS DE EXAME FÍSICO
PARA DIGANÓSTICO 
Tese de elasticidade cutânea (turgor
cutâneo) - reflete o LEC, quanto mais
tempo a pele demora para voltar ao normal,
menor a turgidez. 
OBS: Pacientes obesos podem estar
bastante desidratados sem apresentar
diminuição da turgidez. 
A diminuição da turgidez cutânea indica,
geralmente, déficits de volume intersticial de
fluidos de natureza cristalóide que também
vêm dos espaços vasculares. 
Pacientes desidratados são, por
definição, hipovolêmicos (diminuição do
volume sanguíneo). 
Pulso fraco;
Baixa pressão venosa central;
Oligúria - diminuição da urina;
Acidose metabólica;
Baixa concentração de O2 na circulação
venosa. 
Principais consequências da hipovolemia:
Taquicardia;
Vasoconstrição. 
Palidez de mucosas;
Aumento do TPC;
Extremidades frias. 
As alterações compensatórias em pacientes
hipovolêmicos são 
Figura 2. Parâmetros para avaliação clínica
do paciente desidratado, com base no
exame físico: 
PARÂMETROS LABORATORIAL
Aumento de hematócrito;
Aumento de proteínas totais;
Aumento da densidade da urina. 
Frequentemente são observados em
pacientes desidratados:
Objetivo, indicações e técnicas daObjetivo, indicações e técnicas daObjetivo, indicações e técnicas da
fluidoterapiafluidoterapiafluidoterapia
O objetivo da fluidoterapia é restaurar o
volume e a composição de líquidos corporais. 
A fluidoterapia é indicada na vigência de
doenças metabólicas, desidratação,
traumatismo ou choque. 
Em pacientes cirúrgicos - manutenção
do acesso venoso para situações de
emergências (garantindo boa perfusão
renal durante anestesia). 
CLASSIFICAÇÃO
A fluidoterapia pode ser dividida em 3
categorias: 
Pacientes que apresentam hipotensão
severa e sinais clínicos de choque. 
Soluções:
Cristalóides administrados
rapidamente e em grande volume
(90 ml/kg/h - cães; 40 ml/kl/h -
gatos). 
Cristalóides em concentração
hipertônica.
Soluções coloidais. 
1: CATEGORIA EMERGENCIAL
Pacientes desidratados sem apresentar
sinais clínicos de choque:
Soluções:
Cristalóides. 
2: CATEGORIA REPOSIÇÃO
Quando o déficit hídrico já foi reposto.
O cálculo nesta fase é relacionado com a
necessidade diária. 
Soluções:
Cristalóides. 
3: CATEGORIA DE MANUTENÇÃO
COMO ESCOLHER O FLUIDO?
Volume da perda (desidratação/perda
de sangue);
Afecção aguda ou crônica;
Composição do fluido;
Velocidade;
Espaço (intersticial ou vascular);
Equilíbrio eletrolítico ou acidobásico. 
Comorbidade (Diabetes,cardiopata,
doença renal).
Na hora de escolher o tipo de fluido a ser
escolhido para determinado animal, deve-se
estar cientes sobre:
Volume da perda (desidratação/perda de
sangue);
Afecção aguda ou crônica;
Composição do fluido;
Velocidade;
Espaço (intersticial ou vascular);
Equilíbrio eletrolítico ou acidobásico. 
Comorbidade (Diabetes, cardiopata,
doença renal).
Na hora de escolher o tipo de fluido a ser
escolhido para determinado animal, deve-se
estar cientes sobre:
FLUIDOS CRISTALÓIDES 
Fluidos cristalóides contêm eletrólitos
capazes de penetrar em qualquer
compartimento de fluidos do organismo. 
São soluções isotônicas, acidificantes ou
alcalinizantes. 
Tem composição de eletrólitos
semelhantes ao do plasma, contudo tem
o sódio como base de constituição.
 REPOSIÇÃO
Os cristalóides podem ser divididos em:
soluções de reposição e soluções de
manutenção. 
Pode ser administrado rapidamente e em
grandes volumes em pacientes em estado
de choque --> não há alteração nas
concentrações eletrolíticas normais do
plasma. 
OBS: administração de grandes
volumes pode reduzir a pressão
oncótica do plasma e diluir a
concentração de bicarbonato
(acidemia dilucional). 
Composição similar ao LEC. 
Tem característica alcalinizantes (lactato
sofre biotransformação hepática em
bicarbonato);
Não é indicado em animais
hipercalcêmicos - contêm cálcio.
Não deve ser administrado em conjunto
com transfusão de sangue - cálcio ativa
a coagulação sanguínea. 
Exemplos:
RINGER COM LACTATO
 
Solução isotônica com composição
similar ao Ringer com lactato, contudo
não contém o lactato, mas contém
maior concentração de cloreto e cálcio. 
Levemente acidificante. 
Emprego ideal em casos de alcaloses
metabólicas. 
RINGER SIMPLES
 
Denominado erroneamente de "solução
fisiológica" - a verdadeira solução salina
fisiológica apresenta 0,85% de NaCl. 
Esta solução contém concentração de
sódio semelhante ao LEC e quantidade
de cloreto mais alta. 
Indicado para pacientes com
hipercalcemia. 
SOLUÇAO NaCl a 0,9% 
 
Também denominada de solução
glicofisiológica. 
Possui composição semelhante a
solução de NaCl a 0,9%., porém com
maior osmolaridade e pH 4,0. 
SOLUÇAO GLICOSE 5% em NaCl a 0,9% 
 
São soluções utilizadas em pacientes
ainda enfermos, após a recuperação do
déficit hídrico. 
EX: Animais que não estão
ingerindo alimentos ou água.
 MANUTENÇÃO
Por apresentarem altas concentrações
de potássio K+, essas soluções não
podem ser administradas rapidamente. 
Tais soluções são empregadas em
situações específicas na rotina da clínica
médica. 
Água de coco - reposição;
Glicose a 5% em água - repositora
de água pura. 
Gluconato de cálcio - repositora de
cálcio;
Glicose a 50% - repositora de
glicose;
Manitol a 20% - diuréticos
osmóticos. 
 OUTRAS SOLUÇÕES 
Soluções encontradas no comércio ou
mesmo caseiras que não se enquadram nas
definições de solução de manutenção ou
reposição. 
FLUIDOS COLOIDAIS
Estas partículas mantêm e por vezes
atraem fluidos para o espaço
intravascular expandindo o volume
plasmático. 
Soluções que substituem o plasma para
correção de hipovolemia e aumentar a
pressão oncótica otimizando o volume
intravascular. 
As soluções coloidais contêm partículas
grandes que não atravessam facilmente as
paredes dos vasos. 
Hipovolemia;
Hipoproteinemia;
Danos capilares - traumas;
Hipovolemia + edema cerebral ou
pulmonar;
Hipotensão;
Choque;
Perdas de fluídos para terceiro espaço -
edema de extremidades ou ascite. 
A administração é indicada em pacientes no
qual ocorre diminuição no número de
proteína total, albumina e pressão oncótica. 
Exemplo:
Falência renal - metabolização e
excreção ocorre por via renal;
Coagulopatias - podem causa
hemorragia e são soluções acidificantes. 
São contraindicados em pacientes com:
Os colóides sintéticos geram melhor
expansão de volume, com menor expansão
intersticial.
Derivados de dextranos. 
Dose: 10-20 ml/kg/IV para cães e 5-10
ml/kg/IV para gatos. 
DEXTRAN 40-70 
 
Derivados de polímeros de gelatina
(bovina). 
Dose: 20 ml/kg/IV. 
HAEMACEL E POLISOCEL
 
Derivados de amido de hidroxietila. 
HETASTARCH
 
São fluidos carreadores de oxigênio à
base de hemoglobina bovina. 
EX: Oxyglobin 30ml/kg por via IV, na
velocidade de 10 ml/kg/hora. 
HEMOGLOBINA
 
Vias de administraçãoVias de administraçãoVias de administração
Intravenosa: veias safena, cefálica ou
jugular. 
Subcutânea: região dorsal. Absorção
lenta dos fluidos isotônicos (ringer
lactato ou NaCl 0,9%). 
Intraóssea: região da fossa trocantérica.
Administração de drogas, fluidos
colóides e cristalóides, sangue e
hemoderivados (transfusão). 
CálculoCálculoCálculo 
QUANTIDADE DE FLUIDOS
CRISTALÓIDES 
Reidratação;
Manutenção;
Perdas continuadas - vômitos, diarreia e
poliúria. 
A necessidade dos pacientes são divididas
em três categorias:
Quantidade de fluido: mL/dia
(24horas).
Fórmula: 
VOLUME DO FLUIDO - Reidratação
 
REPOSIÇÃO 
 
VR = % de desidratação X PC (kg) X 100
ADULTO: 40 
JOVENS E OBESOS: 50
0 A 6 MESES: 60
MANUTENÇÃO
 
VM (ml) = valor da constante X PC (kg)
EMESE: 40
DIARREIA: 50
DIARREIA + EMESE: 60
PERDAS CONTINUADAS
 
VM (ml) = valor da constante X PC (kg)
VELOCIDADE 
60-90 ml/kg/hora - cães. 
40-60 ml/kg/hora - gatos. 
Em termos gerais recomenda-se que durante
a primeira hora de fluidos de reposição seja:
Para causas uma pequena expansão
plasmática. 
É recomendado que a reposição do déficit
seja feita a metade nas 2 primeiras horas de
fluidoterapia e a outra metade no volume
restante (22 horas).

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