Buscar

A ODONTOLOGIA E O PACIENTE COM ESQUIZOFRENIA

Prévia do material em texto

A ODONTOLOGIA E O PACIENTE COM ESQUIZOFRENIA
ESQUIZOFRENIA: Doença psíquica; Dano precoce; Dano cognitivo; Desordens de raciocínio; Não há múltiplas personalidades; Crônica e complexa; Tratamento ao longo da vida;
Os pensamentos e ideias são desprovidos de significado. O paciente possui dificuldade para comunicar-se com os outros,seu desempenho social fica muito comprometido.
“A esquizofrenia atinge, na maioria das vezes de maneira devastadora, cerca de 1% da população ou 70 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Classificada hoje pela psiquiatria como uma síndrome, ela é caracterizada por uma série de sintomas e sinais que costumam surgir pela primeira vez, na forma de um surto psicótico, por volta dos 20 anos, nos homens, e 25, nas mulheres.”
TIPOS: Esquizofrenia paranóide; Esquizofrenia indiferenciada; Esquizofrenia desorganizada; Esquizofrenia catatônica ; Esquizofrenia residual; Esquizofrenia simples; No entanto, em um mesmo paciente, o subtipo pode diferentes graus de comprometimento e mudar no decorrer do tempo;
CAUSAS: Relação aos fatores ambientais: Falta de acesso à educação, baixa inteligência, falta de apoio social, mudanças impactantes e negativas na infância adolêscencia, famílias desestruturadas, má relação com à família; Ser exposto a toxinas, vírus e à má nutrição dentro do útero da mãe; Fazer uso de medicamentos psicotrópicos durante a adolescência e o início da vida adulta; Tabagismo; Relação à genética: Pais com esquizofrenia; Complicações na gestação ou no parto atuam com variáveis; Ter um pai com idade mais avançada no momento da fecundação;
SINAIS E SINTOMAS
Personalidade pré-mórbida: Retraimento social e emocional, introversão, tendência ao isolamento e comportamento desconfiado e excêntrico; 
Sintomas positivos: Caracterizados por comportamentos obviamente anormais, como delírios, alucinações, comportamento desconfiado, etc; 
Sintomas negativos: São apenas ausência de comportamentos normais, como retraimento emocional, ansiedade exacerbada e outros;
Quadro agudo: Primeira vez usualmente no adolescente ou adulto jovem; Ao longo de dias ou semanas o paciente costuma apresentar-se angustiado, perplexo e com a vivência de que "algo está para acontecer“; A aparência em geral é desleixada; Quadro residual: sinais e sintomas que persistem em maior ou menor grau de severidade, após a remissão parcial do quadro agudo;
DIAGNÓSTICO: Não há exames médicos disponíveis capazes de diagnosticar definitivamente a esquizofrenia; Um psiquiatra deve examinar o paciente para confirmar se é um caso da síndrome ou não; O diagnóstico é feito com base em uma entrevista minuciosa: com a pessoa e seus familiares; Presença dos fatores de risco e dos sinais e sintomas; Exames cerebrais e exames de sangue podem ajudar a descartar outras doenças com sintomas semelhantes à esquizofrenia, mas não são capazes de determinar se ela é a causa dos sintomas 
TRATAMENTO: Apesar do estigma e do medo do desconhecido, pois o próprio doente não sabe a princípio o que está acontecendo consigo, o diagnóstico precoce permite o uso de DROGAS E TERAPIAS que podem combater os sintomas e os prejuízos causados ao cérebro, permitindo que o paciente (e a família) tenha uma QUALIDADE DE VIDA SATISFATÓRIA e aprenda a lidar com certos aspectos da doença.
HIGIENE ORAL EM PACIENTES ACOMETIDOS: Paciente com baixo autocuidado; Higiene bucal negligenciada; Utilização contínua de medicamentos que causam a diminuição da salivação: Sensação de boca seca; - Cáries; Gengivites; Glossites; Estomatites; Candidoses; Parotidites agudas;
CUIDADOS
Realizar um questionário de saúde minucioso, posteriormente assinado pelo paciente ou seu responsável; O profissional pode designar um espaço para registrar observações complementares sobre o estado de saúde do indivíduo: Antipsicóticos e antidepressivos, são medicações usualmente indicadas aos pacientes com esquizofrenia, e apresentam efeitos colaterais no meio bucal. Entrar em contato com o psiquiatra do paciente, quando necessário; Em busca de informações sobre o estado psicológico e o regime de medicação; Usar com cautela agentes anestésicos devido ao risco de interação com a medicação antipsicótica; Medicação antipsicótica é depressora do sistema nervoso central; Dar preferência para próteses fixas mesmo se a higiene oral do paciente estiver comprometida;
Priorizar a educação em saúde e medidas preventivas, com utilização de evidenciadores de placa e motivação do paciente e membro da família e/ou cuidador; Indicar o uso de saliva artificial, agentes antimicrobianos e dentifrícios fluoretados; Recomendar consultas odontológicas periódicas, conforme o risco de cárie;
Ambiente tranquilo, falar suavemente e realizar tratamento delicado para evitar episódios psicóticos; O Cirurgião Dentista deve ganhar a confiança do paciente,para que este coopere; Explicar previamente passo à passo do que será realizado; Poucos instrumentos à vista do paciente; Manipulação delicada de tecidos bucais e instrumentos; Explicar a situação da saúde bucal e o que será realizado na próxima consulta;
História médica prévia do paciente para diferenciar a consulta odontológica; Tratamento especializado Condição bucal e sistêmica; Conhecer o paciente e a qualidade do apoio familiar/médico (Tratamento odontológico eficiente); Não confronte as idealizações e fantasias geradas pelo individuo; Uma relação de confiança deve ser assim estabelecida, para que sejam evitadas as tensões e os medos possíveis.

Continue navegando