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LITERATURA COMPARADA - UNIDADE I

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· 
	A dificuldade em conceituar Literatura Comparada se deve à:
I.  Seleção múltipla e variada do objeto de seu estudo.
II. Consolidação da Literatura Comparada como uma disciplina curricular.
III. Adoção de diferentes e variados métodos de pesquisa.
 
Está correto apenas em:
		Resposta Selecionada:
	a. 
I e II.
	Respostas:
	a. 
I e II.
	
	b. 
II e III.
	
	c. 
I, II e III.
	
	d. 
I e III.
	
	e. 
II.
· Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Um dos maiores estudiosos da Literatura Comparada é René Wellek (1903-1995) e entre as contribuições desse estudioso para essa área está:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
O estudo entre os elementos inerentes ao texto com o elemento histórico e importante fora do texto.
	Respostas:
	a. 
O estudo da literatura comparada pautado em uma visão neocolonial, eurocêntrica e cosmopolita.
	
	b. 
O estudo de fontes e influências dos textos literários comparados, por considerá-las exteriores ao texto e relevantes.
	
	c. 
O estudo entre os elementos inerentes ao texto com o elemento histórico e importante fora do texto.
	
	d. 
O estudo das relações de causa e efeito, principalmente por fatos não literários no texto literário.
	
	e. 
O estudo comparado de obras literárias nacionais.
	Comentário da resposta:
	Resposta: C
Comentário: Wellek não aceitou a restrição de estudo apenas de obras nacionais, em uma visão eurocêntrica, nem aceitou análise de obra literária com base em fatos externos (históricos, políticos etc.). Para o autor, é necessário um equilíbrio entre a obra e o mundo externo, com foco no que seja indissociável entre ambos.
	
	
	
· Pergunta 3
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Em Literatura Comparada, existem a escola francesa e a escola americana, cujas vertentes de pesquisa se diferenciam. Qual das características a seguir condiz com a escola francesa?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Prestigiar a literatura nacional.
	Respostas:
	a. 
Apresentação de uma visão mais eclética da Literatura Comparada e de seus objetos de análise.
	
	b. 
Privilégio à análise do texto literário, sem prestigiar elementos externos à obra.
	
	c. 
Inclusão dos estudos comparados dentro das fronteiras de uma única literatura.
	
	d. 
Absorção das questões teóricas do New Criticism.
	
	e. 
Prestigiar a literatura nacional.
	Comentário da resposta:
	Resposta: E
Comentário: a escola francesa, considerada fundadora dos estudos da Literatura Comparada, prestigia a literatura nacional. As outras características constituem a escola americana.
	
	
	
· Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Para o desenvolvimento da Literatura Comparada no Brasil, na década de 1970, destacam-se os estudos e as publicações universitárias referentes à língua e à literatura francesas, o projeto Léry y-Assu, bem como diversos autores e teses da USP, cujo objetivo era estudar as relações culturais e literárias entre Brasil e França. Quem colaborou substancialmente para essa relação Brasil-França foi:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Leyla Perrone Moisés.
	Respostas:
	a. 
Leyla Perrone Moisés.
	
	b. 
Antonio Candido de Mello e Souza.
	
	c. 
Benjamim Abdala Júnior.
	
	d. 
Tânia Carvalhal.
	
	e. 
Roberto Schwarz.
	Comentário da resposta:
	Resposta: A
Comentário: todos os nomes são referências de grandes estudiosos da Literatura Comparada no Brasil. No entanto, Moisés foi responsável pela implantação de curso de pós-graduação na USP, em 1978, para o desenvolvimento dos estudos comparados entre a literatura francesa e a brasileira.
	
	
	
· Pergunta 5
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	“Com o advento dos estudos culturais, uma série de conceitos-chave para a literatura passa a ser profundamente criticados e problematizados, tais como os de fontes/influências, originalidade/imitação e nacional/estrangeiro. Em cada um hierarquicamente superior ao segundo, instaurando assim um jogo de valorações no interior dos próprios conceitos.”
(ALÓS, A. P. Literatura Comparada ontem e hoje: campo epistemológico de ansiedades e incertezas. Organon, Porto Alegre, v. 27, n. 52, 2012, p. 10)
 
Indique a alternativa que contém uma ideia em concordância com essa crítica.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Sem dúvida, uma das maiores influências da literatura mundial é Dom Quixote, de Cervantes, não apenas pela riqueza textual, mas igualmente pelo personagem idealista.
	Respostas:
	a. 
A globalização rompe com a concentração à literatura nacional e leva a literatura comparada a introduzir a noção de literatura mundial.
	
	b. 
A literatura comparada se nivela à literatura francesa, porque o estudo comparado surgiu na França.
	
	c. 
Um dos grandes autores de língua inglesa é William Shakespeare que fundou concepções dramatúrgicas e textuais até então inexistentes ou obsoletas.
	
	d. 
No Brasil, sem dúvida, uma grande voz literária é Machado de Assis, com suas referências à literatura europeia.
	
	e. 
Sem dúvida, uma das maiores influências da literatura mundial é Dom Quixote, de Cervantes, não apenas pela riqueza textual, mas igualmente pelo personagem idealista.
	
	
	
· Pergunta 6
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	“[...] que percebemos numa obra literária, ou seja, sua marca própria, não é outra senão o gênio criador que levou um escritor a escolher um assunto, modificar uma técnica, nas suas relações complicadas e variáveis com a tradição, com as influências específicas que agiram sobre ele e com o gosto de sua época. É muito importante considerar algum cuidado às relações entre os dois elementos da originalidade relativa: o esforço criador e o condicionamento da época.”
(NITRINI, S. Literatura Comparada: história, teoria e crítica. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2000, p. 141)
 
Essa percepção se refere à:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Influência.
	Respostas:
	a. 
Imitação.
	
	b. 
Influência.
	
	c. 
Equivalência entre imitação e influência.
	
	d. 
Originalidade.
	
	e. 
Tradução.
	
	
	
· Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Há três principais processos pelos quais podemos observar a intertextualidade:
I. Há aquele que mostra explicitamente a relação discursiva entre os dois textos, revelando o texto que se encontra dentro do outro.
II. Há aquele que mostra a relação discursiva, porém, reproduzindo uma ideia de um texto em outro.
III. Há aquele que mostra o discurso do outro já estilisticamente modificado.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I. Citação; II. Alusão; III. Estilização.
	Respostas:
	a. 
I. Citação; II. Estilização; III. Alusão.
	
	b. 
I. Estilização; II. Citação; III. Alusão.
	
	c. 
I. Citação; II. Alusão; III. Estilização.
	
	d. 
I. Alusão; II. Citação; III. Estilização.
	
	e. 
I. Alusão; II. Estilização; III. Citação.
	Comentário da resposta:
	Resposta: C
Comentário: a intertextualidade é um procedimento natural e contínuo de reescrita de textos. Há três principais processos pelos quais podemos observar a intertextualidade. Primeiramente, há a citação, que mostra explicitamente a relação discursiva entre os dois textos, revelando o texto que se encontra dentro do outro. Em segundo, a alusão, que mostra a relação discursiva, porém, reproduzindo uma ideia de um texto em outro. Finalmente, a estilização, que mostra o discurso do outro já estilisticamente modificado.
	
	
	
· Pergunta 8
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia os primeiros versos do cordel:
“Oh, divina mãe das fadas
Dai-me senso criador,
Para contar uma história
Comovente e com ardor,
De Hans Christian Andersen
Com carinho e muito amor
 
Na véspera de ano novo
Nevava e fazia frio
A menina ali estava
Ao lado do grande rio,
E suas águas congeladas
Andando no meio fio”
 
(LONGOBARDI, Nireuda. A pequena vendedora de fósforos em cordel. Folheto de Cordel. Petrolina-PE, 2022, p. 4)
 
O cordel de Longobardi evidencia as relações intertextuais com o conto A pequena vendedora de fósforos (1845), de Hans Christian Andersen. Essa intertextualidade é do tipo:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Citação.
	Respostas:
	a. 
Citação.
	
	b. 
Alusão.
	
	c. 
Tradução.
	
	d. 
Estilização.
	
	e.Paródia.
	
	
	
· Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o início do conto A pequena vendedora de fósforos (1845), de Hans Christian Andersen.
 
“Estava terrivelmente frio.  A neve caia sem parar e já começava a escurecer. Era a última noite de dezembro, véspera de Ano-Novo. Por entre o frio e a escuridão, caminhava uma garotinha. Tão pobre era ela, que trazia os pés descalços e a cabeça descoberta.”
(Contos de Fadas de Andersen. Belo Horizonte: Garnier, 2019, p. 311)
 
Agora leia um trecho de uma notícia veiculada no Jornal de Notícias de Portugal, em 2015:
 
“Criança de três anos morre de frio em Toronto após noite ao relento
 
Uma criança de três anos morreu, quinta-feira, em Toronto, no Canadá, depois de passar várias horas ao relento com temperaturas negativas. Elijah Marsh conseguiu sair da casa durante a noite, apenas vestido com uma camisola e uma fralda e calçado com umas botas. Um outro bebé de três anos foi encontrado a deambular, esta sexta-feira, também sozinho na rua e ao frio.”
Fonte: https://www.jn.pt/mundo/crianca-de-tres-anos-morre-de-frio-em-toronto-apos-noite-ao-relento-4412639.html
 
O conto A pequena vendedora de fósforos parte da ideia central de uma criança passando frio e fome que morre congelada e o leitor pode estabelecer intertextualidade entre a situação da criança canadense, no mundo real, e a história do conto de fadas, no mundo ficcional. A esse tipo de intertextualidade dá-se o nome de:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Alusão.
	Respostas:
	a. 
Citação.
	
	b. 
Alusão.
	
	c. 
Tradução.
	
	d. 
Estilização.
	
	e. 
Paródia.
	Comentário da resposta:
	Resposta: B
Comentário: a relação de intertextualidade entre a situação relatada na notícia e o conto é alusão, estabelecida pelo leitor que conhece o conto e seu enredo.
	
	
	
· Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Os textos a seguir fazem intertexto com o famoso poema Canção do exílio, de Gonçalves Dias. Identifique o tipo de intertextualidade ocorrido nos textos.
 
“Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá”
(Canto de regresso à pátria, de Oswald de Andrade. In Sant’Anna, p. 24)
 
“Minha terra tem campos de futebol, onde cadáveres amanhecem emborcados pra atrapalhar os jogos. Tem uma pedrinha cor-de-bile que faz “tuim” na cabeça da gente. Tem também muros de bloco (sem pintura, é claro, que tinta e a maior frescura quanto falta mistura) onde pousam cacos de vidro pra espantar malandro. Minha terra tem HK, AR15, M21, 45 e 38 (minha terra, 32 é uma piada). As sirenes que aqui apitam, apitam de repente e sem hora marcada. Elas não são mais as das fábricas, que fecharam. São mesmo é dos camburões, que vêm fazer aleijados, trazer tranquilidade e aflição.”
(BONASSI, 2000, p. 10)
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Paródia.
	Respostas:
	a. 
Citação.
	
	b. 
Alusão.
	
	c. 
Tradução.
	
	d. 
Estilização.
	
	e. 
Paródia.
	Comentário da resposta:
	Resposta: E
Comentário: nos dois textos, ocorre paródia ao deformar o sentido original do poema de Gonçalves Dias que trata das saudades, de amor à pátria e à sua natureza. O poema do Oswald de Andrade ironiza o poema de Dias ao substituir o termo “palmeiras” por “palmares”, uma referência ao quilombo de Palmares e à escravidão, situação de vergonha e não de orgulho ou saudades. Já o texto de Bonassi expõe a realidade de muitos brasileiros, imersos na pobreza, cercados de violência e morte.