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PATOLOGIA CASO CLÍNICO 1 JCS, 74 anos, sexo masculino, procurou o Pronto-Socorro municipal da cidade, com queixa de dificuldade miccional. Relatou que há mais ou menos um ano observou diminuição do jato urinário e aumento da frequência urinária, que evoluiu nas últimas semanas com sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e necessidade de esforço abdominal às micções (sintomas obstrutivos). Nas últimas 24 horas, percebeu piora acentuada dos sintomas, apresentando micção em gotas, polaciúria, disúria, noctúria e incontinência de urgência – perda involuntária de urina após forte sensação de urgência para urinar – (sintomas irritativos) associada à dor intensa e desconforto na região suprapúbica. Baseado na descrição do caso: 1 – Identifique as palavras desconhecidas, pesquise e registre seu significado. Polaciúria: micção frequente, em pequenas quantidades. Disúria: Dor ao urinar. Noctúria: micção frequente durante a noite. Incontinência de urgência: vontade incontrolável e súbita de urinar. Região suprapúbica: Região acima do músculo ilíaco. Superior a púbis. 2 – Dê o provável diagnóstico da doença descrita e discorra sobre ela (causas e origem, fisiopatologia, sinais e sintomas, tratamento). Hiperplasia prostática benigna. A HPB é uma condição clínica caracterizada pelo aumento benigno da próstata, que atinge grande parcela dos homens. Sua incidência aumenta com o avança da idade e podem ser encontradas em 70% dos homens com mais de 70 anos (pois a glândula da próstata aumenta conforme o homem envelhece). Essa patologia tem como causas o envelhecimento, alterações hormonais, alterações metabólicas, processos inflamatórios crônicos e fatores genéticos. É uma doença multifatorial, sendo que parentes do sexo masculino têm risco relativo 4 vezes mais alto. Geralmente, o diagnóstico é feito com base nos resultados de exame retal, mas uma amostra sanguínea pode ser retirada para comprovar se há câncer da próstata. A hiperplasia da próstata tem início como proliferação do estroma fibromuscular e do epitélio glandular na região periuretral e na zona de transição, causando sintomas como: sintomas de armazenamento ou irritativos como frequência, urgência e noctúria; sintomas de esvaziamento ou obstrutivos: redução da força do jato urinário, intervalo entre as micções inferior a 2 horas, esforço ou demora para iniciar a micção, esvaziamento incompleto e retenção urinária. Os sinais que podem ser apresentados pelo paciente é urinar pouco com grande frequência, sentir dor ao urinar e apresentar necessidade frequente de levantar a noite para urinar (nocturia). O tratamento para a doença vai aliviar as manifestações clínicas do paciente e corrigir complicações relacionadas ao crescimento prostático. Esse só vai ser necessário se causar complicações, especialmente incômodos. O tratamento cirúrgico é indicado em casos graves, sendo feito uma ressecção transuretral da próstata. CASO CLÍNICO 2 Um patologista recebe um material de biópsia para análise anatomopatológica e depois do exame emitiu o seguinte laudo: - Material proveniente de apêndice cecal contendo extensa área inflamatória. O exsudato é de neutrófilos e atinge todas as camadas do órgão. Apresenta ulceração da mucosa e destruição das demais camadas; os produtos de destruição ficam misturados ao exsudato fibrino-purulento e ocupam a luz do órgão. São encontrados ainda vasos hiperemiados na serosa. Baseado no laudo: 1 – Identifique as palavras desconhecidas, pesquise e registre seu significado. Análise anatomopatológica: análise de fragmentos de tecido ou órgão retirados por procedimentos de biópsia para diagnóstico de uma doença (patologia). Apêndice cecal: pequenos órgãos de 5 a 10 cm de comprimento que se localiza no quadrante inferior direito do abdome, comunica-se com a primeira porção do intestino grosso. Exsudato de neutrófilos: fluido inflamatório purulento que apresenta abundância de neutrófilos. Exsudato fibrino-purulento: fluido com grandes quantidades de proteínas plasmáticas e massas de fibrina. Vasos hiperemiados: vasos com aumento do diâmetro. 2 – Dê o provável diagnóstico da doença descrita e discorra sobre ela (causas e origem, fisiopatologia, sinais e sintomas, tratamento). Apendicite. É causado por hiperplasia linfoide, fecálito, corpo estranho, parasitas ou em casos mais raros tumores. A apendicite tem origem com a obstrução do lúmen do apêndice pelas causas citadas anteriormente, além de secreção de muco, que causa distensão intraluminal e aumento da pressão da parede luminal. Com o aumento da pressão, há dificuldade na drenagem venosa e linfática, o que leva a isquemia da mucosa. A isquemia associada ao aumento de muco, colabora para a hiperproliferação bacteriana, gerando um processo inflamatório localizado que pode evoluir para gangrena e perfuração (após 48 horas do início dos sintomas). O paciente que apresenta apendicite aguda retrata: dor com início da região periumbilical, que depois de algumas horas, se desloca para o quadrante inferior direito e aumenta com a tosse e a movimentação; acompanhada de falta de apetite, vômitos e náuseas e atividade intestinal diminuída. Os sinais clássicos observados pelo médico aparecem em cerca de 50% dos pacientes e são: febre baixa, diminuição dos ruídos intestinais, dor no ponto de McBurney (ponto apendicular), dor ao tossir, dor no quadrante inferior direito durante a palpação do quadrante inferior esquerdo, pode ser observado anorexia, leucocitose e obstrução do intestino delgado. O tratamento da apendicite implica na retirada cirúrgica do apêndice, que pode ser feita tanto pela cirurgia convencional quanto por videolaparoscopia. REFERÊNCIAS: Manual MSD versão saúde para a família. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa Apendicite - Por Parswa Ansari, MD, Hofstra Northwell-Lenox Hill Hospital, New York Hiperplasia prostática benigna - Por Gerald L. Andriole , MD, Johns Hopkins Medicine https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa
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