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@resumosdamed_ 1 ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO I DEFINIÇÃO E RELACIONAR OS PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS (ABDOMES GINECOLÓGICOS, COLECISTITE, PIELONEFRITE, PANCREATITE, DIVERTICULITE): O abdome agudo inflamatório pode ser definido como um quadro de dor abdominal, decorrente de um processo inflamatório e/ou infeccioso localizado na cavidade abdominal, ou em órgãos e estruturas adjacentes, podendo ser de início súbito ou inesperado. Em algumas situações, o quadro apresenta-se com peritonite, sendo mandatório o manejo cirúrgico nesses casos. Existem diversas causas de Abdome Agudo Inflamatório (AAI), mas suas principais etiologias são: apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda e diverticulite aguda. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: DIVERTICULITE AGUDA: Portadores de doença diverticular dos colos têm uma chance de 25% de desenvolver diverticulite aguda, evoluindo com perfuração e formação de abscesso pericólico. Como 95% desses pacientes apresentam comprometimento do sigmóide, 75% dessas perfurações serão retroperitoneais. A perfuração é geralmente bloqueada por um processo inflamatório focal, imagens de pneumoperitônio ou pneumorretroperitônio são ocasionalmente observadas. O gás colônico pode adentrar qualquer um dos três espaços retroperitoneais. O pneumoperitônio de origem colônica consiste geralmente em gás com pouco líquido, diferenciando-o de perfuração gástrica ou duodenal. Uma perfuração diverticular não bloqueada pode causar também peritonite e abscessos intra ou retroperitoneais. Podem ocorrer fístulas para os planos musculares, pele, bexiga ou coxa. A diverticulite dos colos caracteriza-se pelo processo inflamatório de um ou mais divertículos, podendo estender-se às estruturas vizinhas e causar uma série de complicações. A doença diverticular dos colos compreende a diverticulose universal dos colos, a doença diverticular do sigmóide e o divertículo do ceco, cada uma dessas formas com características peculiares. Essa doença é mais comum em pessoas acima de 50 anos de idade, fato que contribui para o aumento da sua morbimortalidade. Do ponto de vista fisiopatológico, caracteriza-se por um processo inflamatório do divertículo e das estruturas peridiverticulares, geralmente desencadeado pela abrasão da mucosa do divertículo por um fecalito. Esse processo inflamatório rapidamente envolve o peritônio adjacente, a gordura pericólica e o mesocolo. As manifestações clínicas da doença vão desde discreta irritação peritoneal até quadros de peritonite generalizada. O sintoma principal é a presença de dor abdominal geralmente localizada na fossa ilíaca esquerda ou na região suprapúbica, à semelhança de uma apendicite do lado esquerdo. A dor, algumas vezes do tipo contínua e outras do tipo cólica, localiza-se desde o início em fossa ilíaca esquerda podendo, em determinadas circunstâncias, irradiar-se para a região dorsal do mesmo lado. É possível encontrar anorexia e náuseas. As alterações do trânsito intestinal estão caracterizadas por obstipação e algumas vezes diarreia. Quando o processo inflamatório atinge a bexiga ou o ureter, o doente manifesta sintomas urinários do tipo disúria e polaciúria. Ao exame físico encontra-se o paciente febril, pouco taquicárdico. O abdome se encontra discretamente distendido, e os ruídos hidroaéreos, diminuídos. A palpação evidenciará sinais de irritação peritoneal (descompressão brusca positiva, percussão dolorosa) localizados em fossa ilíaca esquerda, região suprapúbica ou, às vezes, generalizada. Em muitas @resumosdamed_ 2 situações, é possível palpar uma massa dolorosa na fossa ilíaca esquerda. O toque retal frequentemente evidenciará dor em fundo-de-saco. O quadro clínico da diverticulite do sigmoide pode assumir características de abdome agudo perfurativo ou, mesmo, abdome agudo obstrutivo. COLECISTITE AGUDA: A colecistite aguda pode ser definida como a inflamação química e/ou bacteriana da vesícula biliar, na maioria das vezes desencadeada a partir da obstrução do ducto cístico. Como a litíase vesicular ou colelitíase são a principal causa dessa doença, a obstrução decorre da impactação de um cálculo na região infundíbulo-colocística, com consequente hipertensão, estase, fenômenos vasculares, inflamatórios e proliferação bacteriana. O processo desencadeado pode involuir, abortar, como decorrência da mobilização do cálculo. Pode, também, evoluir para hidropisia vesicular, empiema, necrose, perfuração bloqueada ou em peritônio livre (coleperitônio). Menos frequentemente, a colecistite aguda pode ocorrer na ausência de obstrução do ducto cístico, quando é denominada alitiásica com fisiopatologia pouco conhecida. Pode estar associada a processos autoimunes, toxinas circulantes ou substâncias vasoconstritoras, acometendo pacientes hospitalizados crônicos, em unidades de terapia intensiva, politraumatizados, sépticos, em pós-operatório e idosos. A colecistite aguda acomete preferencialmente pessoas de sexo feminino, adultos jovens e idosos, sendo, frequentemente, a primeira manifestação da doença litiásica. A dor é a principal manifestação da colecistite aguda, frequentemente desencadeada pela ingestão de alimentos colecistocinéticos. Inicialmente, assume o caráter de cólica, expressão clínica do fenômeno obstrutivo, e a seguir torna-se contínua, como decorrência dos fenômenos vasculares e inflamatórios. À localização inicial no hipocôndrio direito, segue-se irradiação para o epigástrio, dorso e difusa para o abdome na vigência de complicações. Náuseas e vômitos são frequentemente observados. O estado geral está na dependência da intensidade do processo inflamatório e principalmente infeccioso. Costuma estar preservado, sem grandes alterações hemodinâmicas e apresentar febre raramente superior a 38°C. Em aproximadamente 20% dos pacientes é possível observar icterícia discreta. A inspeção do abdome revela posição antálgica ou discreta distensão. A palpação do abdome é, sem dúvida, o recurso propedêutico mais valioso, podendo revelar hipersensibilidade no hipocôndrio direito e defesa voluntária. Em 25% dos doentes, é possível observar vesícula palpável e dolorosa. O sinal de Murphy (interrupção da inspiração profunda pela dor à palpação da região vesicular) é, talvez, a expressão maior da propedêutica abdominal na colecistite aguda. A percussão abdominal revela dor ao nível do hipocôndrio direito, consequente à irritação do peritônio visceral, o mesmo ocorrendo com os ruídos hidroaéreos que se encontram diminuídos ou, até normais. É importante ressaltar que tal exuberância propedêutica pode estar mascarada em pacientes idosos ou imunocomprometidos. PANCREATITE AGUDA: A pancreatite aguda é uma doença que tem como substrato um processo inflamatório da glândula pancreática, decorrente da ação de enzimas inadequadamente ativadas, que se traduz por edema, hemorragia e até necrose pancreática e peripancreática. Este quadro é acompanhado de repercussão sistêmica que vai da hipovolemia ao comprometimento de múltiplos órgãos e sistemas e, finalmente, ao óbito. Baseando-se em evidências epidemiológicas, admite-se, na atualidade, que aproximadamente 80% das pancreatites agudas estão relacionadas à doença biliar litiásica ou ao álcool. Embora muitas outras etiologias já estejam estabelecidas (trauma, drogas, infecciosas, vasculares e manuseio endoscópico), uma parcela não desprezível permanece com a etiologia desconhecida, sendo, portanto, denominada idiopática. Nem sempre o quadro clínico da pancreatite aguda é característico, o que, por vezes, torna difícil o seu diagnóstico. São importantes, pela frequência, @resumosdamed_ 3 a dor abdominal intensa, inicialmente epigástrica e irradiada para o dorso, em faixa ou para todo o abdome, além de náuseas e vômitos, acompanhada de parada de eliminação de gases e fezes. O polimorfismo no quadro clínico da doença é o principal responsável pelo erro no seudiagnóstico. Considerando a ampla variedade de apresentações da pancreatite aguda, bem como o grande potencial de gravidade da doença, há muito se constitui preocupação a caracterização das formas leves e graves da pancreatite. A diferenciação entre essas formas pode ser feita pelos critérios prognósticos com base em dados clínicos, laboratoriais e de imagem. A diferenciação entre essas formas pode ser feita pelos critérios prognósticos com base em dados clínicos e laboratoriais (critérios de Ranson, APACHE II e outros) e/ou radiológicos (critérios de Balthazar). O exame físico da pancreatite aguda nas formas leves (80 a 90%) mostra um paciente em regular estado geral, por vezes em posições antálgicas, sinais de desidratação e taquicardia. O abdome encontra-se distendido, doloroso difusamente à palpação profunda, especialmente no andar superior e com ruídos hidroaéreos diminuídos. Algumas vezes, é possível palpar abaulamentos de limites indefinidos, os quais sugerem a presença de coleções peripancreáticas. Nas formas graves de pancreatite aguda (10 a 20%), o paciente se encontra em estado geral ruim, ansioso, taquicárdico, hipotenso, dispnéico e desidratado. O abdome encontra-se distendido, doloroso difusamente e com sinais de irritação peritoneal difusa. É possível identificar equimose e hematomas em região periumbilical (sinal de Cullen) ou nos flancos (sinal de Grey Turner). Os ruídos hidroaéreos encontram-se reduzidos, ou mesmo abolidos. Nessa eventualidade, impõe-se tratamento em unidades de terapia intensiva e por equipe multidisciplinar. PIELONEFRITE: Pielonefrite é a infecção bacteriana do parênquima renal. Cerca de 20% das bacteremias adquiridas na comunidade em mulheres decorrem de pielonefrites. A pielonefrite é incomum em homens com trato urinário normal. Em 95% dos casos de pielonefrite, a causa é a ascensão das bactérias pelo trato urinário. Pielonefrite não causada por ascensão bacteriana é provocada por propagação hematogênica, que é particularmente característica de organismos virulentos como as espécies S. aureus, P. aeruginosa, Salmonella e espécies Candida. O rim afetado normalmente é maior por causa de polimorfonucleares inflamatórios e edema. A infecção é focal e isolada, iniciando-se na pelve e na medula e se estendendo para o córtex como uma cunha alargada. Células mediadoras de inflamação crônica surgem em alguns dias e abscessos medulares e subcorticais podem se desenvolver. Focos de parênquima normal entre focos de infecção são comuns. A necrose papilar pode ser evidente em pielonefrites agudas associadas a diabetes, obstrução, anemia falciforme, pielonefrite em transplante renal, pielonefrite decorrente de candidíase ou nefropatia por analgésicos. Os sintomas podem ser os mesmos da cistite (polaciúria, urgência e ardor ou micção dolorosa de pequenos volumes de urina, urina é muitas vezes turva, e pode haver hematúria microscópica ou raramente macroscópica). Um terço dos pacientes apresentam frequência e disúria. Entretanto, na pielonefrite, os sintomas tipicamente incluem calafrios, febre, dor no flanco, náuseas e vômitos. Se houver discreta rigidez abdominal ou ausência desta, algumas vezes é possível palpar o rim dolorido e aumentado. A dor à percussão costovertebral geralmente está presente no lado infectado. Na infecção do trato urinário em crianças, os sintomas costumam ser pouco específicos e menos característicos. ABDOMES GINECOLÓGICOS: O abdome agudo ginecológico ou a síndrome do abdome agudo ginecológico é uma manifestação clínica cuja principal característica é a dor abdominal aguda, que requer abordagem imediata, clínica ou cirúrgica. Constitui-se em um dos problemas mais importantes na prática médica em virtude de sua alta incidência, das dificuldades e dúvidas no @resumosdamed_ 4 seu diagnóstico e da necessidade de se adotar uma terapêutica precoce. O abdome agudo cirúrgico é uma situação clínica frequente, responsável por cerca de 7% a 10% das consultas em prontos atendimentos, de apresentação brusca, que se manifesta mediante sintomas e sinais indicativos de uma afecção abdominal aguda potencialmente grave e de caráter evolutivo. Exige decisões terapêuticas rápidas e objetivas, em que se estabelece a necessidade ou não de uma intervenção cirúrgica e se essa deve ser realizada imediatamente ou não. Caso essas ações não ocorram em tempo hábil, as consequências podem ser irreparáveis, e estas variam desde a condição de cronificação do processo de dor, com perda de fertilidade, até óbito. A dor aguda no abdome inferior e na pelve é uma queixa comum. Sua definição varia de acordo com a duração, mas, em geral, o desconforto está presente há menos de sete dias. O abdome agudo pode ser causado por uma variedade de transtornos. A localização da dor pode ser útil na classificação do abdome agudo, por indicar as possíveis causas ou os órgãos acometidos. O abdome agudo também pode ser classificado segundo a natureza do processo patológico que envolve as estruturas abdominais. Além disso, doenças de localização extra-abdominal ou sistêmica podem ser responsáveis por esse quadro clínico. A dor pode ser classificada em somática, visceral ou referida, de acordo com o tipo de fibras nervosas aferentes envolvidas. Além disso, a dor pode ser inflamatória ou neuropática, dependendo da fase fisiológica que a produz. A dor somática ou parietal origina-se de nervos aferentes do sistema nervoso somático, que inerva o peritônio parietal, pele, músculos e tecidos subcutâneos; é caracteristicamente aguda, localizada, fixa e constante; e é comum em casos de abdome agudo inflamatório. Já a dor visceral tem origem em fibras aferentes do sistema nervoso autônomo, que transmite informações das vísceras e do peritônio visceral, essas fibras são esparsas e, por isso, o estímulo sensorial é difuso, resultando normalmente em dor generalizada, obtusa e mal localizada; piora com a distensão e a contração das alças intestinais. Os estímulos nocivos, normalmente, são estiramento, distensão, isquemia, necrose ou espasmos dos órgãos abdominais. As fibras viscerais aferentes são pouco mielinizadas e os potenciais de ação disseminam-se com facilidade para estimular os nervos somáticos adjacentes. Assim, a dor visceral, algumas vezes, é referida aos dermátomos que correspondem a essas fibras nervosas somáticas adjacentes, caracterizando a chamada dor referida. DEFINIR O QUADRO CLÍNICO GERAL TOPOGRÁFICO DO ABDOME E OS EXAMES COMPLEMENTARES DOS DIVERSOS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS. QUADRO CLÍNICO Da mesma forma que nos outros tipos de abdome agudo, a dor abdominal é, sem dúvida, o sintoma predominante no paciente com abdome agudo de etiologia inflamatória. Algumas características dessa dor podem sugerir a natureza do processo. Contudo, frequentemente esse sintoma é de difícil caracterização pelo paciente e má interpretação por parte do médico. Por isso, é importante a condução da anamnese. Noções da embriologia do sistema gastrointestinal poderiam ajudar, de alguma forma, na interpretação inicial da dor abdominal. O trato gastrointestinal se origina do intestino anterior, médio e posterior, tendo cada segmento vascularização e inervação próprias; o intestino anterior compreende desde a orofaringe até o duodeno, dando origem a pâncreas, fígado, árvore biliar e baço; o intestino médio origina o duodeno distal, jejuno, íleo, apêndice, colo ascendente e dois terços do colo transverso e, finalmente, o intestino posterior dá origem ao restante do colo e reto até a linha pectínea. De fato, a dor abdominal localizada no epigástrio teria sua origem em alguma víscera oriunda do intestino anterior; a dor abdominal localizada na região periumbilical poderia corresponder a vísceras derivadas do intestino médio e a dor abdominal localizada no hipogástrio poderia decorrer de processo patológico de alguma víscera derivada do intestino posterior. Além da topografia da dorabdominal, é de fundamental importância definir as características dela, tais como: início, irradiação, evolução, caráter, @resumosdamed_ 5 intensidade, duração, condições que a intensificam ou atenuam. Essa análise minuciosa, às vezes árdua, é posteriormente recompensada, pois, como na maioria das doenças do sistema digestório, a história clínica é a pedra fundamental do diagnóstico. A dor no abdome agudo inflamatório pode ser desencadeada pelo início de uma doença recente, como no caso da apendicite aguda, ou pela agudização de uma doença crônica, como na colecistite aguda por colelitíase ou diverticulite do sigmoide por doença diverticular dos colos. O caráter progressivo da dor é observado no caso da apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda e diverticulite aguda do sigmoide. Na maioria das doenças de conduta cirúrgica causadas por quadro abdominal de etiologia inflamatória, a dor nitidamente evolui para piora. A irradiação da dor abdominal, tão importante na maioria dos doentes com abdome agudo inflamatório, não deve ser confundida com localização. A trajetória da dor é característica em muitas patologias, sendo de grande valor diagnóstico. O tipo de dor, em cólica, contínua, pontada, queimação etc., pode mudar no curso da doença, permitindo orientação diagnóstica. A intensidade e a duração da dor, tão importantes nos doentes com abdome agudo inflamatório, nem sempre são proporcionais à gravidade, nem tampouco sugerem conduta cirúrgica, como na pancreatite aguda. É importante, também, analisar os fatores que intensificam ou atenuam a dor, sendo frequente a exacerbação dela com a movimentação e esforços, tão comum no abdome agudo inflamatório. Além da dor abdominal, é possível observar sintomas associados nos quadros de abdome agudo de etiologia inflamatória. Náuseas e vômitos podem acompanhar uma série de doenças abdominais. A febre é um sintoma frequente, surgindo precocemente, sendo menos intensa no início e assumindo características próprias e maior intensidade nas fases de supuração. Alterações no hábito intestinal no abdome agudo inflamatório, especialmente a constipação, acontecem nas fases avançadas da doença devido à peritonite. Algumas vezes são observados episódios de diarreia secundários a abscesso de localização pélvica, particularmente nos casos de apendicite ou diverticulite complicada. Sintomas urológicos, como disúria epolaciúria, podem acompanhar quadros de apendicite de localização retrocecal e, mais frequentemente, quadros de dieverticulite do sigmoide. EXAMES LABORATORIAIS • Os exames laboratoriais não identificam pacientes com apendicite, apenas auxiliam no diagnostico • Contagem de leucócitos moderadamente elevada em cerca de 70% dos pacientes • Desvio a esquerda está presente em >95% dos casos • Urina I está indicada para excluir condições genitourinarias, mas poucos eritrócitos e leucócitos podem estar presentes como um achado inespecífico • Apêndice em contato com ureter ou bexiga • Mulheres em idade fértil devem fazer um teste de gravidez EXAMES DE IMAGEM RADIOGRAFIAS SIMPLES DE ABDOME • Raramente as uteis • Solicitadas apenas para descartar dúvidas diagnosticas, como obstrução intestinal, perfuração de víscera oca, ureterolitiase • -Menos de 5% dos pacientes apresentaram um fecalito opaco USG DE ABDOME • Operador dependente • O apêndice pode não ser visualizado, mesmo em mãos experientes • Sensibilidade 86% e especificidade 81% • Achados sugestivos são espessamento da parede, aumento no diâmetro do apêndice e presença de líquido livre @resumosdamed_ 6 • TC de abdome: sensibilidade 94%, especificidade 95% e alto valor preditivo negativo ACHADOS SUGESTIVOS: • Dilatação >6mm com espessamento de parede • Lumen que não se enche de conteúdo de contraste entérico • Espessamento de gordura ou ar ao redor do apêndice, sugerindo inflamação • A não visualização do apêndice é um achado inespecífico que não deve ser usado para descartar a presença de apendicite ou inflamação periapendicular DEFINIR FISIOPATOLOGIA, QUADRO CLÍNICO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA APENDICITE E DIVERTICULITE. APENDICITE FISIOPATOLOGIA A obstrução apendicular pode ser causada por fecalitos (massas fecais duras), cálculos, hiperplasia linfoide, processos infecciosos e tumores benignos ou malignos. A natureza anatômica do apêndice favorece o quadro, uma vez que sua luz é pequena em relação ao seu comprimento. O lúmen obstruído favorece o crescimento bacteriano e a secreção da mucosa favorece pressão sobre a luz. Inclusive é a distensão da luz que promove a dor visceral que o paciente refere como dor periumbilical ou visceral mal definida. Somente quando a inflamação ultrapassa a serosa e entra em com o peritônio parietal que ocorre estimulação da inervação aferente parietal. É nesse momento que o padrão da dor é mudado, algo característico da apendicite aguda, para uma dor localizada na fossa ilíaca direita de forte intensidade, podendo se correlacionar dor à descompressão brusca (sinal de Blumberg), indicando assim uma peritonite associada. Quando a obstrução do apêndice é a causa da apendicite, a obstrução leva ao aumento da pressão luminal e intramural, resultando em trombose e oclusão dos pequenos vasos na parede apendicular e estase do fluxo linfático. À medida que o comprometimento linfático e vascular progride, a parede do apêndice se torna isquêmica e depois necrótica, que normalmente pode evoluir para perfuração caso não ocorra intervenção cirúrgica nas primeiras 48h. O omento e o intestino delgado podem bloquear a perfuração e, nessa situação, é formado um abscesso localizado. De forma menos comum, a perfuração pode ser livre na cavidade peritoneal e sua consequência é a formação de diversos abscessos intraperitoneais, e posterior choque séptico. @resumosdamed_ 7 QUADRO CLÍNICO A apresentação sintomatológica característica da apendicite aguda é quadro inicial de dor abdominal inespecífica (dor referida), de intensidade moderada, localizada em região periumbilical, que cursa com náuseas e anorexia. Cerca de 12h após o começo dos sintomas, a dor migra em cerca de 50-60% dos pacientes, se localizando em fossa ilíaca direita, no ponto de McBurney, que é localizado no limite entre o terço médio e lateral de uma linha traçada da espinha ilíaca anterossuperior direita ao umbigo. A migração da dor é o sintoma mais importante para o diagnóstico da apendicite aguda. Náuseas e vômitos também podem acompanhar a dor e a febre acontece mais tardiamente no curso da doença. Alguns pacientes apresentam sintomas inespecíficos como: indigestão, flatulências, alteração do hábito intestinal, diarreia, mal estar generalizado. No caso de perfuração o paciente pode apresentar duas apresentações clínicas: perfuração bloqueada é quando um abscesso é formado, o paciente queixa-se de desconforto em fossa ilíaca direita e pode haver presença de plastrão (massa palpável); e na perfuração livre ocorre dor de grande intensidade e com aspecto difuso. O abdome do paciente se apresenta em tábua com rigidez generalizada e temperatura maior que 39 graus. Esse segundo quadro pode evoluir para sepse. Ocasionalmente, a dor pode melhorar um pouco após a ruptura do apêndice por causa de alívio da distensão visceral, embora um verdadeiro intervalo livre de dor seja incomum. Outros sintomas possuem relação com a posição da ponta do apêndice inflamado. Se for próximo a bexiga, por exemplo, pode ser achado hematúria microscópica e manifestações urinárias. No exame físico do paciente com apendicite aguda geralmente o acometido pelo quadro fica imóvel no leito. Está febril, com temperatura em torno de 38 graus. No exame do abdome, apresenta hipersensibilidade à palpação, no ponto de McBurney principalmente, com defesa abdominal. Um achado precoce é hipersensibilidade cutânea no quadrante inferior direito.Algumas manobras no exame físico podem dar sinais para o cirurgião da inflamação e confirmar o diagnóstico. Os pacientes podem apresentar o sinal de Blumberg, sinal de Rovsing e o sinal de Psoas. Outra parte importante do exame físico é a pesquisa de massa em fossa ilíaca direita, que pode indicar um abcesso. @resumosdamed_ 8 DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO O diagnóstico da apendicite aguda é clínico, associando anamnese a um exame físico que inclui a busca dos sinais clínicos já ressaltados. Pode-se ter auxílio de alguns exames complementares, sendo que estes não devem atrasar a intervenção cirúrgica. Além da cronologia característica: dor abdominal difusa à anorexia, vômito e náusea à migração da dor para a fossa ilíaca direita. Outro método adicional de confirmação de diagnóstico para casos mais incertos são os escores. PARÂMETROS Entre os escores diagnósticos, o mais utilizado tem sido o de Alvarado, que é baseado em três sintomas, três sinais e dois achados laboratoriais. Um valor no escore maior que cinco ou seis pontos é compatível com apendicite e o paciente deve permanecer em observação. Quando o valor é maior que sete ou oito pontos indica maior probabilidade de apendicite e valor de nove ou dez pontos é compatível com alta probabilidade da doença. Nos dois últimos casos a laparotomia pode ser indicada. Em relação aos exames laboratoriais, existe presença de leucocitose de forma moderada (10 mil a 15 mil células/mm3), com neutrofilia e desvio à esquerda. Quando ocorre gangrena e perfuração, a contagem de células pode ser superior a 20 mil células. Caso a ponta do apêndice estiver próxima a bexiga e ureter, ocorre hematúria e/ou piúria. A radiografia simples do abdome, apesar de possuir uso comum, possui utilização recorrente injustificada. @resumosdamed_ 9 Menos de 15% dos pacientes com apendicite aguda irão apresentar fecalito calcificado em fossa ilíaca direita. Esse exame pode ser útil para excluir diagnóstico de litíase urinária, úlcera perfurada e obstrução de intestino delgado, mas é pouco utilizado em casos de suspeita de apendicite aguda. Já a ultrassonografia possui sensibilidade de cerca de 85% e especificidade de 90% para o diagnóstico de apendicite aguda. Apesar de possuir limitações caso o paciente for obeso ou apresentar distensão abdominal, é bastante útil quando o diagnóstico é duvidoso. Os achados ultrassonográficos compatíveis com apendicite são: apêndice não compressível com 7mm ou mais de diâmetro, presença de líquido livre, interrupção da ecogenicidade da submucosa e presença de apendicolito. O exame de maior acurácia é a tomografia computadorizada. Os achados sugestivos são: espessamento e distensão do apêndice, diâmetro anteroposterior maior ou igual que 7mm e inflamação periapendicular (edema,coleção líquida e edema), que é traduzido no exame através de borramento da gordura mesentérica. Existe, também, um sinal indicativo em exames feitos com contraste retal, esse é o sinal da ponta de seta, caracterizado pelo desenho de uma ponta de seta na base de inserção do apêndice, em virtude do edema nesta topografia. A TC possui sensibilidade de 90% e especificidade de 80% a 90% para o diagnóstico. Em 50% dos casos, fecalitos são identificados. Ainda assim, é ideal utilizar desse somente em casos duvidosos, como em idosos. TRATAMENTO A maioria dos pacientes com apendicite aguda é tratada por remoção cirúrgica imediata do apêndice. Um breve período de reposição com solução cristaloide geralmente é suficiente para assegurar a indução segura da anestesia geral. Antibióticos pré-operatórios cobrem a flora colônica aeróbica e anaeróbica. Para pacientes com apendicite não perfurada, uma dose única pré-operatória de antibióticos reduz as infecções pós- operatórias da ferida e a formação de abscesso intra-abdominal. Os antibióticos orais pós-operatórios não reduzem adicionalmente a incidência de complicações infecciosas nesses pacientes. Para portadores de apendicites perfuradas ou gangrenosas, continuamos com antibióticos intravenosos no período pós-operatório até o paciente estar afebril. DIVERTICULITE ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA Ocorrem dois tipos de divertículos no intestino: verdadeiros e falsos (ou pseudodivertículos). Um divertículo verdadeiro é uma herniação sacular de toda a parede intestinal, enquanto um pseudodivertículo consiste apenas em uma protrusão da mucosa e submucosa através da muscular própria do cólon. O tipo de divertículo que afeta o cólon é o pseudodivertículo. Os divertículos costumam acometer o cólon esquerdo e o sigmoide; o reto sempre é poupado. A diverticulite refere-se à inflamação de um divertículo. A compreensão prévia da patogênese da diverticulose atribuía a culpa exclusivamente a uma dieta com baixo teor de fibras, e o início da diverticulite ocorreria de forma aguda quando esses divertículos eram obstruídos. Porém, as evidências atuais sugerem que a patogênese é mais complexa e multifatorial. Os divertículos ocorrem no ponto em que as artérias nutrientes, ou vasos retos, penetram na muscular própria, dando origem a uma ruptura na integridade da parede colônica. Essa restrição anatômica pode resultar da zona de pressão relativamente alta dentro da @resumosdamed_ 10 camada muscular do cólon sigmoide. Assim sendo, as contrações de maior amplitude, combinadas com as fezes endurecidas e ricas em gorduras dentro do lúmen sigmoide em uma área de fraqueza da parede colônica, resultam na criação desses divertículos. Como consequência, os vasos retos são comprimidos ou sofrem erosão, resultando em perfuração ou sangramento. Acredita-se que a inflamação crônica de baixo grau seja um fator importante. Além disso, a melhor compreensão da microbiota intestinal sugere que a disbiose é um aspecto importante da doença. QUADRO CLÍNICO Os sintomas dependem da gravidade da inflamação local, além da presença ou não de complicações. A dor abdominal é a queixa mais comum, ocorrendo principalmente no quadrante inferior esquerdo, pelo envolvimento com o sigmoide. Ainda assim, alguns pacientes podem apresentar dor no quadrante inferior direito ou região suprapúbica, devido à posição do sigmoide ou até pelo envolvimento do cólon ascendente (menos comum). Alguns outros sintomas podem estar presentes, como náuseas, vômitos, febre baixa e alterações nos hábitos intestinais (constipação ou diarreia). A presença de instabilidade hemodinâmica é rara e aparece quando há perfuração do divertículo e peritonite. O exame proctológico (toque retal) pode mostrar uma massa ou sensibilidade à palpação, se houver presença de algum abscesso em região distal de sigmoide. Cerca de 10 a 15% dos pacientes podem queixar-se de urgência urinária ou disúria, devido à irritação da bexiga diante de um sigmoide inflamado. Podem ocorrer algumas complicações, como os abscessos diverticulares, que podem ser observados na TC de abdome. Este deve ser suspeitado diante de um paciente com diverticulite não complicada que não melhore a dor ou que apresente febre persistente, mesmo em uso de antibiótico por 72 horas. Pode ocorrer uma obstrução parcial do cólon, devido ao estreitamento do lúmen secundário à inflamação ao redor da alça ou à compressão de um abscesso diverticular. A obstrução completa é rara em situações agudas. A depender do grau de obstrução, pode haver distensão abdominal, obstipação e timpanismo à percussão. Devido à inflamação, podem ocorrer fístulas entre o cólon e as vísceras subjacentes, sendo a mais comum envolvendo a bexiga. Neste caso, os pacientes podem evoluir com pneumatúria, fecalúria e disúria. A perfuração pode ocorrer por ruptura do divertículo inflamado ou de um abscesso diverticular, causando peritonite fecal ou purulenta, respectivamente. Em ambas as situações há grande mortalidade e o paciente irá apresentar distensão abdominal, posição antálgica e sinais de peritonite ao exame físico.Episódios recorrentes de diverticulite aguda ou constante inflamação podem resultar em fibrose e cicatrização progressivas, formando uma estenose ao longo do tempo. DIAGNÓSTICO A história e exame físico têm grande importância para o diagnóstico, incluindo exame ginecológico em mulheres para afastar patologias pélvicas. Dentre os exames complementares devem ser solicitados: hemograma, eletrólitos, exame de urina, além da dosagem de beta-HCG (mulheres em idade fértil) e exames de imagem. A diverticulite aguda pode causar leucocitose, porém encontra-se normal em quase metade dos casos. A presença de flora intestinal na urocultura sugere a presença de fístula colovesical. Nos casos em que há suspeita de perfuração e peritonite, é interessante solicitar as aminotransferases, fosfatase alcalina, bilirrubinas, amilase e lipase para descartar outras causas de dor abdominal aguda. @resumosdamed_ 11 O parasitológico de fezes deve ser solicitado apenas em pacientes com diarreia, para afastar causas infecciosas (se não houver a confirmação por imagem). A tomografia de abdome com contraste é o exame mais utilizado para o diagnóstico, por possuir alta sensibilidade e especificidade. Sugere diverticulite diante de alguns achados, como: o Espessamento localizado da parede intestinal (>4mm); o Densidade aumentada dos tecidos moles na gordura pericolônica (resultado da inflamação). As complicações podem ser visualizadas, como os abscessos que aparecem com coleções fluidas (podendo conter ar) ou como áreas necróticas cercadas de inflamação. Pode-se observar ainda a presença de ar em outros órgãos ou livre na cavidade, o que pode sugerir uma fístula ou peritonite, respectivamente. A ultrassonografia abdominal pode ser feita se a tomografia não estiver disponível. Pode evidenciar algumas características da diverticulite aguda, como reação inflamatória peridiverticular hipoecoica, presença de abscesso peridiverticular, espessamento da parede abdominal (>4mm) e presença de divertículos. O abscesso aparece como uma massa anecoica contento focos ecogênicos. A peritonite pode ser observada pela presença de ascite, espessamento peritoneal difuso e coleções de fluidos. A radiografia abdominal pode mostrar alterações inespecíficas, como níveis hidroaéreos e dilatação de alças devido a uma obstrução; a radiografia de tórax pode evidenciar um pneumoperitônio, em caso de perfuração. TRATAMENTO A maior parte dos pacientes é tratada clinicamente e a cirurgia somente é realizada se não for possível o tratamento conservador ou for refratário (cerca de 15% dos casos). Os pacientes devem ser internados se apresentarem: o Diverticulite complicada (presença de perfuração, abscesso, obstrução ou fístula); o Algum fator complicador diante de uma diverticulite não- complicada, como: sepse, microperfuração, imunossupressão, febre alta, leucocitose significativa, dor abdominal intensa, idade avançada, comorbidades significativas, motivos sociais (impossibilidade de acompanhamento ambulatorial) ou se houver falha no tratamento ambulatorial. O tratamento ambulatorial consiste em antibioticoterapia por 7 a 10 dias, com reavaliação 48 a 72 horas após o início do tratamento e, em seguida, semanalmente, até a resolução dos sintomas. Não é indicado repetir os exames de imagem, exceto se o paciente não apresentar melhora do quadro até a primeira reavaliação. A antibioticoterapia deve cobrir a flora gastrointestinal, ou seja, bastonetes gram-negativos e anaeróbios. Sendo assim, ambulatorialmente pode-se usar: o Ciprofloxacina (500mg de 12/12h) + Metronidazol (500mg de 8/8h); o Levofloxacina (750mg/dia) + Metronidazol; o Sulfametoxazol 800mg-trimetoprim 160mg (12/12h) + Metronidazol; o Amoxicilina 875mg + clavulanato 125mg (8/8h). Se o paciente persistir com dor abdominal, febre ou não tolerar fluidos orais mesmo após 48 a 72 horas do antibiótico ou se apresentar piora clínica, deve ser internado. O tratamento hospitalar consiste em antibiótico intravenoso, hidratação e analgesia para todos. Se houver alguma complicação, esta deve ser tratada. Os pacientes geralmente são mantidos em dieta zero ou dieta com líquidos claros, a depender da gravidade do quadro. Em casos de diverticulite não complicada, o tratamento se inicia com a @resumosdamed_ 12 administração de antibióticos venosos. Deve-se cobrir as mesmas bactérias, podendo-se optar por algumas associações com o metronidazol, como cefazolina (1 a 2g de 8/8h), ceftriaxona (2g/dia), cefotazima (2g de8/8h), ciprofloxacino (400mg de 12/12h) ou levofloxacino (750mg/dia); ou pode- se utilizar tratamento com uma única droga, como ertapenem (1g/dia) ou tazocin (3,375g de 6/6h). A antibioticoterapia venosa pode ser continuada até a estabilização do quadro ou resolução da dor abdominal (cerca de 3 a 5 dias), quando, então, pode-se transferir para tratamento via oral e completar um total de 10 a 14 dias. Alguns pacientes que evoluem com sintomas persistentes ou crônicos, que interferem na qualidade de vida, podem precisar de cirurgia. Pacientes que apresentaram episódio de diverticulite aguda e que responderam inicialmente ao tratamento médico, porém desenvolveram posteriormente sintomas recorrentes (como dor abdominal e/ou sangramento retal) podem ser considerados portadores de diverticulite crônica latente. As fístulas raramente se resolvem espontaneamente, por isso, se identificadas, há a necessidade de correção cirúrgica. Em casos de sangramento que não param espontaneamente, pode-se realizar intervenção endoscópica, radiológica ou cirúrgica. Pacientes com suspeita de obstrução colônica por diverticulite devem realizar exame de imagem para tentar afastar neoplasia de cólon. Como é difícil a diferenciação, muitas vezes a ressecção cirúrgica do segmento deve ser realizada. Todos os pacientes após o tratamento e resolução completa dos sintomas (no geral, em torno de 6 a 8 semanas) devem realizar uma colonoscopia para verificar a extensão da doença e excluir neoplasia concomitante. Pacientes portadores de diverticulite não complicada submetidos à tratamento conservador tem sucesso de 70 a 100%, sendo a mortalidade quase nula. Já os pacientes com diverticulite complicada submetidos à cirurgia têm taxa de mortalidade entre 0,6 a 5%. Casos de peritonite são raros, porém possuem taxas de mortalidade de até 20%. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. Medicina Interna de Harrison - [Dennis L.] Kasper... [et al.] 19ª edição - Porto Alegre - AMGH, 2017 - Volume 2. 2. Goldman - Cecil Medicina, editado por Lee Goldman, Andrew I. Schafer [et al.] 25ª edição - Rio de Janeiro - Elsevier, 2018. 3. file:///C:/Users/User/Downloads/ABDOME%20AGUDO%20(2).pdf 4. https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala- aula/5daafb874340d20011fb3014/5daafb784340d20011fb3012/docume nto/5ea19c23122cbe001c9c92fd5. 5. https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala- aula/5daaffe64340d20011fb3052/5daafcec132ed4001119f151/docume nto/5daafce85008ea002696d880
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