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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA CENTRO DAS CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - CCET CAMPUS REITOR EDGAR SANTOS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GABRIEL AFONSO BENJAMIM GIOVANA GOMES DE ALMEIDA LUIS CARLOS DE LIMA SERPA RAFAELLA FARIAS DE SOUZA RELATÓRIO 07: ENSAIO DE TRAÇÃO DE AÇO CARBONO BARREIRAS - BA 2022 GABRIEL AFONSO BENJAMIM GIOVANA GOMES DE ALMEIDA LUIS CARLOS DE LIMA SERPA RAFAELLA FARIAS DE SOUZA RELATÓRIO 07: ENSAIO DE TRAÇÃO DE AÇO CARBONO Relatório desenvolvido como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de Laboratório de Materiais de Construção, do curso de Engenharia Civil, da Universidade Federal do Oeste da Bahia - Campus Reitor Edgard Santos. Professor: Juarez Hoppe Filho BARREIRAS - BA 2022 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. MATERIAIS E MÉTODOS 5 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 6 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 11 REFERÊNCIAS 12 1. INTRODUÇÃO O aço é um produto resultado da ligação entre ferro e carbono, podendo ou não ter outros compostos. Na construção civil ele tem bastante aplicabilidade devido às propriedades de resistência que apresenta. É um material que tem a capacidade de vencer grandes vãos, tendo peças de menor dimensão e peso. A operacionalização no uso de materiais, a redução no tempo de construção, a mão-de-obra e o incremento na produtividade passaram a ser considerados fatores chaves para o sucesso de qualquer obra. (ARAÚJO, 2019). O aço pode ser empregado de duas formas principais: como o corpo estrutural de uma edificação formada por diversos componentes metálicos ou como as armaduras que complementam o concreto armado, que auxiliam na resistência à tração da estrutura. Os requisitos de propriedades mecânicas de tração, no caso do aços CA-50, devem atender a uma resistência característica de escoamento de 500 MPa e limite de resistência de 1,08 fyc, conforme NBR 7480. O ensaio de tração tem grande importância, uma vez que serve para averiguação de suas propriedades, realização de análises de risco, analisar possíveis falhas e verificar qual o comportamento do material sob determinadas condições de trabalho. Inicialmente, ocorre a deformação elástica, ou seja, a tensão e deformação tendem a aumentar linearmente e quando a carga é retirada o corpo poderia relaxar as tensões e retomar à sua forma original, dessa região do gráfico é possível obter-se o módulo de elasticidade do material, que é proporcional a rigidez do material. Logo após, há um ponto em que o corpo entra no regime plástico de deformação, esse ponto é denominado limite de proporcionalidade no qual o alongamento é permanente. Em seguida, o corpo deforma-se até que a tensão limite de resistência seja atingida, onde se inicia a estricção. Por fim, o ensaio segue até a ruptura do corpo. Além das propriedades mecânicas, através da curva é possível avaliar a resiliência e tenacidade de um material, em outras palavras, a capacidade de um material absorver energia no regime elástico e plástico, respectivamente. Ainda, através da análise macroscópica da fratura, do perfil das regiões do gráfico e das normas técnicas é possível classificar um material em dúctil ou frágil. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Para realizar o ensaio, foram utilizados os seguintes materiais: - 1 pedaço de vergalhão de aço nervurado CA-50 (3/8”) ou 10mm; - 2 pedaços de vergalhão de aço nervurado CA-50 (5/16”) ou 8mm; -Máquina universal de ensaio - EMCI / DL-30000; - Extensômetro; - Régua metálica; - Pincel permanente. Para realização do ensaio, inicialmente foi marcada por caneta permanente as extremidades de 5cm de cada barra para garantir a fixação na máquina de ensaio e foi marcada a sessão da área intermediária para analisar as deformações após a ruptura das barras de aço. As seções intermediárias foram divididas em 10 cm cada e marcadas pelo pincel permanente sendo esse processo repetido nas 3 barras que foram utilizadas no ensaio. Após as marcações posicionou-se uma barra na máquina universal e configurou no computador para analisar o comportamento da barra no ensaio de tração. O ensaio foi realizado nas 3 barras de aço para analisar as propriedades mecânicas, a resistência após a ruptura e verificar se obedecem ao mínimo que a norma exige. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO O ensaio iniciou-se com a tração sem deflectómetro da barra de 10 mm (CP01). Após seu rompimento, a parte mais comprida da barra foi ensaiada novamente para análise do comportamento da mesma após alcançar seu patamar de escoamento. Na tabela abaixo é possível visualizar os resultados obtidos. Tabela 01 - Dados obtidos no ensaio de tração do CP01 DADOS OBTIDOS Corpo de prova 01 (CP01) Antes do escoamento Após o escoamento Comprimento inicial (mm) 540,00 382,00 Comprimento final (mm) 600,00 395,00 Força máxima (kN) 49,47 49,33 Força no escoamento (kN) 43,71 49,33 Alongamento na ruptura (%) 11,11 3,40 Fonte: Autores Analisando os dados obtidos se nota que a variação de comprimento da barra foi de 60 mm no ensaio antes do escoamento e de apenas 13 mm após o escoamento, tal comportamento ocorreu porque ao realizar o primeiro ensaio permitiu-se que a barra alcançasse sua fase plástica. Sabendo que a barra possui diâmetro de 10 mm é possível calcular a área da seção transversal e assim obter as tensões máximas e de escoamento da barra nos dois ensaios. Tabela 02 - Tensão máxima e de escoamento Antes do escoamento Após o escoamento Área da seção (mm²) 78,54 78,54 Tensão Máxima (MPa) 629,90 628,16 Tensão no escoamento (MPa) 556,52 628,16 Fonte: Autores É notável que as tensões máximas alcançadas nos dois ensaios se mantiveram bem próximas apesar da grande diferença na variação do comprimento, isso ocorre pois ao entrar na deformação plástica e atingir o seu máximo, a relação tensão deformação da peça tende a cair deformando valores mínimos mesmo sobre uma mesma tensão já aplicada na fase elástica. Ainda sobre o ensaio do CP01, é possível analisar as alterações de comprimento da barra por trecho. Tabela 03 - Alongamento da barra por trecho CP01 Trecho Comprimento inicial (cm) Comprimento final (cm) 1 10,00 11,30 2 10,00 10,90 3 10,00 10,90 4* 10,00 11,50 5 10,00 10,90 6 4,00 4,50 TOTAL 54,00 60,00 Fonte: Autores Analisando a tabela acima é possível notar que o maior alongamento ocorreu no trecho onde a barra se rompeu (4*), tal alongamento é responsável pela redução da seção transversal da barra durante o escoamento do material até que ocorra o rompimento. Após o ensaio do CP01 foi realizado o ensaio do CP02 que possuía comprimento inicial de 595,00 mm e diâmetro de 8,00 mm. O ensaio foi iniciado porém devido ao comprimento da barra e a capacidade de movimentação da máquina, não se alcançou o rompimento do corpo de prova então iniciou-se um ensaio complementar com a mesma peça considerando um trecho total de 500,00 mm marcado no CP, nele se obteve os seguintes dados, Tabela 04 - Dados obtidos no ensaio de tração do CP02 DADOS OBTIDOS Antes do escoamento Comprimento inicial (mm) 500,00 Comprimento final (mm) 507,00 Força máxima (kN) 35,61 Força no escoamento (kN) 32,85 Alongamento na ruptura (%) 1,40 Fonte: Autores Sabendo que o CP02 se trata de uma barra com 8,00 mm de diâmetro, temos uma área da seção transversal igual a 50,26 mm². Com a área da seção transversal e os valores de força máxima e de escoamento aplicados na peça, podemos obter suas respectivas tensões. Tabela 05 - Tensão máxima e de escoamento Tensão Máxima (MPa) Tensão no escoamento (MPa) 708,44 653,53 Fonte: Autores Partindo para o ensaio do CP03, ele possuía as mesmas dimensões e o mesmo comprimento inicial do CP02, porém desta vez o ensaio foi realizado com o auxílio de um deflectômetro. Os resultados obtidos encontram-se na tabela abaixo: DADOS OBTIDOS Antes do escoamento Comprimento inicial (mm) 595,00 Comprimento final (mm) 640,00 Força máxima (kN) 33,60 Força no escoamento (kN) 29,84 Alongamento na ruptura (%) 7,56 Módulo (MPa) 199438,36 Fonte: Autores Como foi utilizadoo deflectômetro para o ensaio do CP03, foi possível construir um gráfico tensão x deformação, uma vez que o equipamento fornece os dados de força e deformação. O gráfico gerado a partir destes dados é representado abaixo: Fonte: Autores A deformação foi calculada tomando como base o comprimento inicial, e o alongamento da barra. Dada através da fórmula: Posteriormente, foi criada uma linha de tendência linear por sobre a região elástica, para desta maneira, obter a equação da reta e encontrar o valor do módulo de elasticidade a partir do gráfico tensão x deformação. O gráfico tensão x deformação juntamente a linha de tendência linear encontram-se a seguir: Fonte: Autores Substituindo-se os valores na equação, obtém-se um valor do módulo de elasticidade E, igual a 200,21 GPa, o que é um pouco diferente do resultado de 199,44 GPa obtido pelo equipamento. Isto se deve, possivelmente, à aproximação dos valores para o trecho do gráfico escolhido. Entretanto, ambos os valores se encontram suficientemente próximos para os valores usuais de módulo de Elasticidade para o aço CA-50. Com um zoom no gráfico, podemos encontrar o ponto de inflexão e observar que o patamar de escoamento, e consequentemente a tensão de escoamento, se encontra entre os valores de 593 e 595 MPa. Através dos dados emitidos pelo equipamento vemos que isso realmente é comprovado, uma vez que o para o CP03 a tensão de escoamento foi de 593,73. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O aço, na construção civil apresenta grande importância, principalmente na permuta de segmentos de concreto, apresentando um excelente custo-benefício no orçamento final da obra e alcançando melhor resposta para as metas propostas para a execução da obra. Além do desempenho positivo, da aparência inovadora, durável e multifacetada, a construção em aço está de acordo com a concepção de desenvolvimento sustentável. Devido às suas particularidades, o aço assegura uma maior criatividade no projeto arquitetônico, é compatível com as mais variadas matérias primas, apresenta menor peso na base de fundação, maior elasticidade, podendo portanto, ser utilizado em restaurações, adaptações e expansão da obra. REFERÊNCIAS ARAÚJO, DOUGLAS MAGALHÃES. A utilização do aço na construção civil: estruturas metálicas. 2019. 30 f. CESMAC, Maceió-AL, 2019. Disponível em: <https://ri.cesmac.edu.br/handle/tede/389> ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7480: 2022 - Aço destinado às armaduras para estruturas de concreto armado - Requisitos. Rio de Janeiro, 2022.
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