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Dedução física da equação de onda e da velocidade de propagação da onda. RESUMO | FISICA II ONDAS MECÂNICAS f DEDUÇÃO DA VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DA ONDA TRANSVERSAL Faremos aqui a dedução da velocidade da onda transversal e provaremos que a velocidade de propagação depende das propriedades do meio. Temos uma corda esticada e vamos começar analisando o que acontece com um pedacinho da corda quando a onda passa por ele. Quando a onda passa pelo pedaço da corda, os pontos são deslocados da posição de equilíbrio. Chamamos o parâmetro μ (mi) de densidade linear de massa da corda, que é a relação entre a massa e o comprimento da corda. Não nos preocuparemos com a mudança de densidade ao longo do movimento da corda. Vamos analisar quais forças estão atuando nesse trecho da corda e o que elas estão causando nele. As forças que atuam são: força F1 que o resto da corda faz no lado esquerdo e força F2 que o resto da corda faz no lado direito (ambas tangentes ao ponto extremo). Fazemos a decomposição em x e y desses vetores. A resultante da força em x tem que ser 0, porque o pedaço da corda se desloca verticalmente. Por isso as componentes em x são de mesmo módulo e, mais, é exatamente o valor da tensão da corda esticada na horizontal. Vamos calcular, então qual a força resultante produzidas pelas componentes em y em termos da tensão aplicada na horizontal (F) Observamos primeiro a relação entre F1y e F, de acordo com o triângulo retângulo formado pelos 2. Pela relação entre catetos temos que: F1y F θ tg θ = F1y F Com isso conseguimos dizer que a tangente no pedacinho de baixo, no ponto extremo também é tg θ. Supondo que o desenho da corda seja uma função, sabemos, do cálculo, encontrar a tangente de uma função: basta derivar a altura y em relação à x! É importante lembrarmos que y é uma função de x e de t, pois a posição y da corda varia também com o passar do tempo. Logo é uma derivada parcial que, neste caso, iremos fixar o tempo t como sendo constante. Dito isso, a relação ao lado é valida devido à essa relação da tangente no ponto extremo de baixo da corda. O sinal negativo aparece devido à força F1y. Ele pode ser negativo ou positivo, mas nesse caso é negativo apesar da inclinação da reta tangente ser positiva. Por isso o sinal negativo na equação, para encontrarmos um valor positivo. Já a força F entra apenas em módulo (módulo da tensão aplicada na corda) Podemos fazer exatamente a mesma análise para a extremidade de cima, fazendo a relação, agora, com F e F2y. A diferença é que a derivada não é acompanhada do sinal negativo. Agora, manipulamos as equações encontradas para chegarmos ao valor de Fy, a resultante vertical, e com a relação [F = m.a] conseguimos relacionar essa resultante com a aceleração y da corda. μ = m l onde: μ = densidade linear da corda; l = variação de x μ.Δx = m F = m . a ∂x ∂x ∂x ∂ x² Para melhorar a equação, passamos o F para o lado direito da equação. A partir daí, nós queremos analisar o movimento de uma partícula da corda, então, aplicamos o limite na equação para que o comprimento da corda, ou seja, a Δx, tenda a 0. Conseguimos reescrever o primeiro lado da equação de maneira mais simplificada como descrito ao lado. Após a manipulação, conseguimos observar que chegamos exatamente a equação de onda já mostrada inicialmente. Dessa vez, foi feita a dedução matemática com os termos físicos. Aqui, conseguimos ver que a constante de proporcionalidade da equação vale μ/F que deve ser igual ao termo encontrado na equação deduzida anteriormente que vale 1/v². Igualando as duas equação chegamos ao valor da velocidade e fica provado que a velocidade de propagação do meio depende de μ, que é característico do meio. lim f (x + Δx) - f (x) = ∂f Δx -> 0 Δx ∂x ∂f = ∂ ∂y = ∂ y2( ) Além disso: Desmembrando o lado esquerdo: Reescrevendo, temos: Equação de onda NÃO CONFUNDA! A velocidade só se altera com o meio, a mudança da frequência não muda a velocidade. O comprimento de onda que muda com a frequência. v = λ. f Quanto maior a frequência, menor o comprimento de onda. Quando maior o comprimento de onda, menor a frequência. SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W.; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I e Física II. 14ª. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008 REFERÊNCIAS DE ESTUDO:
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