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Laminite 1 Laminite Introdução → patologia caracterizada por dor intensa, devido a separação das lâminas sensíveis e insensíveis do casco. → CONSIDERADA UMA DOENÇA SECUNDÁRIA, está relacionadas com outras patologias. (abdomen agudo equino, enterite proximal e enterocolite) rotação e afundamento da 3 falange desconforto - moderado a intenso normalmente acomete membros torácicos comprometimento da atividade Fatores predisponentes → excesso de ingestão de alimento rico em glúcidos ou fibras fermentáveis grão pasto com excesso de gramíneas → ingestão de água fria → ingestão de madeira nogueira MANEJO INADEQUADO: concussão em solos muito rígidos casqueamento excessivo OUTROS: tratamento com corticóides estro constante reações alérgicas a certos medicamentos cushing, resistência a insulina, síndromes metabólicas Laminite 2 atlética multifatorial → claudicação: grau 1 ao 4 → postura de cavalete → relutância a se movimentar → endocrinopática - insidioso Classificação de Obel (claudicação) / SINAIS CLÍNICOS estágios da laminite/fases de desenvolvimento GRAU 1 cavalo alterna apoio enquanto parado, sem claudicação evidente ao passo GRAU 2 cavalo se move voluntariamente, contudo o movimento é alternado, rígido. membro contralateral pode ser elevado sem muito esforço GRAU 3 cavalo reluta ao se movimentar, não permite elevar o membro contralateral GRAU 4 cavalo imóvel, muitas vezes em decúbito PRODRÔMICO - DESENVOLVIMENTO alterações fisiopatológicas ocorrem no tecido lamelar, porém o paciente ainda não apresenta sinais clínicos AGUDO sinais clínicos da laminite. — ainda não apresenta alterações radiográficas no posicionamento da falange distal CRÔNICO evidências radiográficas de alteração do Laminite 3 posicionamento da falange distal no estojo córneo Categorias etiológicas Laminite séptica → CLÁSSICA processo isquemico → quebra da barreira protetora do organismo ingestão abrupta de carboidratos RETENÇÃO DE PLACENTA, METRITE (inflamação da parede uterina), ABORTAMENTO desenvolvimento: 24 a 72h dor intensa inflamação de TODOS os cascos lesão no aparato suspensor - cronicidade Laminite endocrinopática → maior incidência hoje em dia ocorre lentamente obesidade, dietas ricas em carboidratos não estruturais excesso de pastagem (fructan) mudança de alimentação muito energética alta necessidade de produção de insulina Laminite 4 SÍNDROME METABÓLICA CRESCIMENTO DESORDENADO DO CASCO - talões grandes pinça elevada Laminite por excesso de carga → relacionada muitas vezes a hospitalização dor faz com que aumente o apoio no contralateral compressão em estruturas palmares e plantares redução do fluxo sanguíneo ISQUEMIA → LAMINITE manqueiras severas reabilitação de fraturas fases de desenvolvimento fase de desenvolvimento/prodrômico pode ocorrer durante a doença inicial: fase aguda fase crônica imagem representando o descolamento da região da coroa, como consequência do afundamento da falange distal. Laminite 5 gastrointestinal respiratória reprodutiva renal imunológica endócrina musculo- esquelética → entretanto pode ocorrer sem doença prévia → SURGIMENTO DOS SINAIS CLÍNICOS — 72h ou descolamento P3 (3 falange) claudicação grave - mais ou menos grau 3 (??) dor ao exame com a pinça de casco calor na parede do casco e na banda coronária AUMENTO DO PULSO DIGITAL ANSIEDADE TREMORES MUSCULARES AUMENTO DA FC e FR SEPARAÇÃO LAMINAR COM AFUNDAMENTO DA P3 → inicia no deslocamento da falange distal duração indefinida claudicação discreta, persistente a decúbito e perda de casco — grau 4 (??) CRESCIMENTO IRREGULAR da parede do casco. FORMAÇÃO DE ANÉIS separação da banda coronária - secreção peso maior nos talões para aliviar as pinças abaulamento e/ou perfuração da sola Rotação/deslocamento da P3 rotação ROTAÇÃO: quebra do aparato suspensor da falange distal perda do paralelismo → falange será redirecionada para a região da sola Laminite 6 → permanece normal nas porções laterais sinking/afundamento AFUNDAMENTO: mais grave → perda de ligação tanto dorsal quanto dos quartos — COMPRESSÃO DE SOLA → esse afundamento é PALPÁVEL Diagnóstico avaliação física geral/cascos de forma detalhada integridade e qualidade do casco verificação do pulso distal temperatura banda coronária verificar: edema, sensibilidade, depressão informações cruciais para um bom diagnóstico: etiologia localizar a dor grau de instabilidade da falange EXAMES RADIOGRÁFICOS EXAMES SERIADOS classificação por radiodiagnóstico → dividida em 3 categoriais 1. sem alterações visíveis 2. deslocamento distal da P3 3. rotação da P3 4. rotação e afundamento da P3 5. rotação da P3 com alterações ósseas secundárias crônicas avaliação em estação e caminhando (se possível) Tratamento - Fármacos Laminite 7 prevenção para animais considerados de alto risco (endotoxemia, retenção de placenta, sobrecarga de grãos etc) → ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA! → iniciar na fase de desenvolvimento da enfermidade, junto com o tratamento da doença base OBJETIVOS: terapia anti inflamatória prevenir a rotação/afundamento da falange É muito importante o reconhecimento de situações de risco — endotoxemia FÁRMACOS (AINEs): FLunixin → 1.1mg/kg 1 a 4 vezes. ] → via IM e IV de 0,25mg/kg - IV - 8 em 8h fenilbutazona → 2.2 mg/kg via IV, 4g (2g BID) ketoprofeno OUTROS: DMSO (anti inflamatório analgésico) → diluído em soro glicosado a 5% polimixina B (antibacteriano) → anestesia dos nervos digitais — Laminite 8 para procedimentos nos casos → manter hidratação 💡 desferrar o animal, aparar a pinça, apoiar a ranilha e cama macia CRIOTERAPIA (TERAPIA COM USO DE GELO) → em casos de vasoconstrição e redução do metabolismo enzimático imersão COMPLETA em gelo por longos períodos (de 48 a 72h da fase PRODRÔMICA) 7 a 10 graus efeito anti inflamatório em casos de retenção de placenta, endometrite e septicemia incluir antibioticos e fluidoterapia tratamento para sobrecarga de grãos tratar com óleo mineral via sonda nasogástrica a cada 4-6 horas e carvão ativado em casos de obesidade, resistência a insulina, cushing deve-se cortar os grãos → oferecer somente feno ao animal (gramíneas com baixa concentração de carboidratos) - 1,5% do PV exercícios levotiroxina pergolide → como tratamento para o cushing Laminite 9 tratamento - próteses - realinhamento de casco casqueamento corretivo → intuito de diminuir as pinças, elevar os talões e proteger a sola ressecção de parede tamanco de mandeira/wooden shoe VANTAGENS facilita a decolagem facilita a decolagem mediolateral propicia área de superfície permite a elevação dos talões a fixação é feita por parafusos e atadura de fibra de vidro → adaptável ao crescimento do casco do animal terapia cirúrgica → feita uma tenotomia do FDP (incisão do tendão flexor distal profundo) tracionar a falange distal na direção contrária ao paralelismo desmotomia do ligamento acessório do flexor digital profundo ferrageamento corretivo ferradura de coração: invertida, conhecida também como lily pad. — com 18 graus de elevação em casos de perfuração da sola, usar antibióticos, proteção de sola com curativos e utilização de antissépticos promover a queratinização metionina biotina Laminite 10 Prognóstico baseado no grau de rotação ATÉ 5 GRAUS DE ROTAÇÃO → prognóstico favorável para recuperação atlética ATÉ 11 GRAUS → prognóstico reservado MAIOR QUE 11 GRAUS → desfavorável para esporte. porém possibilidades para a reprodução
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