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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA
Curso de Medicina Veterinária
Disciplina de Clínica Médica de Equinos
Prof. Fabiano Trevisan da Rocha
LAMINITE EQUINA
Lucas Ariel Rossi
Caxias do Sul, 2020
LAMINITE EQUINA
Desde a antiguidade, os equinos são de grande importância para os humanos, sendo utilizado para inúmeras atividades, como por exemplo, trabalho, esporte, locomoção e laser (Ribeiro, 2013). O aparelho locomotor dos equinos é fundamental para a sua sustentação e para a realização de tais atividades já descritas. A doença mais comum que acomete o aparelho locomotor desses animais é a laminite (Hunt & Wharton, 2010).
A laminite é uma inflamação vascular das lâminas internas do casco, causada por múltiplos fatores como a sepse bacteriana associada a distúrbios metabólicos ou endócrinos e aquelas associadas com concussão excessiva ou peso excessivo, sendo mais comum nos membros torácicos (Thomassian et al., 2000). Tal patologia ocorre pela baixa perfusão capilar, decorrente de isquemia, o que desencadeia a abertura arteriovenosa desviando o fluxo sanguíneo para a circulação venosa. Com a baixa pressão desenvolve-se a estase, coagulação e aumento da permeabilidade, consequentemente gerando edema e congestão. Os fatores citados anteriormente causam necrose isquêmica, diminuindo a nutrição e a sustentação do casco, ocasionando afundamento e rotação da falange (Thomassian et al., 2000). 
SINAIS CLÍNICOS
A laminite equina pode ser aguda ou crônica. Na fase aguda pode-se observar sinais clínicos como a claudicação, rotação e dor. Já na fase crônica, observa-se a exposição da terceira falange, a qual pode ser observada também através de radiografias (Hood, 1999). Se faz essencial um manejo correto de cavalos com laminite crônica, pois alguns cavalos podem apresentar dor crônica no casco, que pode resultar em decúbito e por razões de bem estar animal, o cavalo pode ser encaminhado para a eutanásia (Swanson, 1999; Hunt & Wharton, 2010). 
TRATAMENTO
A laminite aguda deve ser considerada uma emergência e tratada como tal. O tratamento deve ser iniciado antes ou imediatamente após o inicio dos primeiros sinais clínicos (Eades, Holm & Moor, 2002). Já o tratamento da laminite crônica envolve muitas vezes a correção do casco para um ângulo natural, mantendo o cavalo em um programa de casqueamento de rotina. Na laminite crônica, os objetivos do tratamento se baseiam na manutenção do fluxo sanguíneo digital e no fornecimento de estabilidade à capsula do casco (Kaneps & Turner, 2004). 
Além de antibióticos, outro método de tratamento é o uso de ferraduras terapêuticas, que devem se adaptar a posição da falange distal. Existem ferraduras de alumínio com pontas arredondadas ou chanfradas, com diferentes níveis, que são pedaços de plástico ou alumínio fixados a superfície axial do braço da ferradura para elevar os talões (PARKS, 2003). A ferradura de madeira constitui um método atraumático de ferrageamento, que permite a redução das forças mecânicas no casco e a estabilização da terceira falange, além de reduzir a dor. Aparentemente, o uso de ferraduras de madeira facilita o direcionamento do fluxo sanguíneo para a sola. Além da utilização de ferraduras terapêuticas, o adequado casqueamento representa uma prática importante na assistência a equinos com laminite crônica. O objetivo do casqueamento corretivo é auxiliar no restabelecimento da perfusão vascular normal, na orientação espacial entre falange distal, parede do casco e sola e no crescimento normal do casco (GOMES, 2009).
CONCLUSÃO
	A laminite é uma patologia caracterizada por dor intensa devido à separação das lâminas sensíveis e insensíveis do casco e consequente rotação e/ou afundamento da terceira falange. Se faz necessário um bom entendimento da laminite e seus sinais clínicos, já que o conhecimento atual da fisiopatologia e progressão da doença ainda são incompletos, limitando assim os esforços para prevenir e tratar com sucesso a patologia. Desta forma é de extrema importância conhecer e aplicar corretamente as necessidades fisiológicas do animal, para assim evitar a predisposição à doença e consequente problemas na produção. 
REFERÊNCIAS
EADES, S. C., HOLM, A. M. S. & MOORE, R. M. (2002). A review of the pathophysiology and treatment of acute laminitis: pathophysiologic and therapeutic implications of endothelin-1. In Proceedings of the 48th Annual Convention of the American Association of Equine Practitioners, Orlando, Florida, USA, 4-8 December.
GOMES, A.G.Terapeutica da Laminite Cronica em Equinos. 2009. 28 f. Graduação (Superior) - Curso de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.
HOOD, D. M. Laminitis in the horse. Veterinary Clinics of North America: Equine Practice, v.15, 1999, p.287-294.
HUNT, R. J.; WHARTON, R. E. Clinical presentation, diagnosis, and prognosis of chronic laminitis in North America. Veterinary Clinics of North America: Equine Practice, v. 26, 2010, p.141-153. 
KANEPS, A.J. & TURNER, T.A. (2004). Diseases of the foot. In K.W. Hinchcliff, A.J. Kaneps & R.J. Geor, Equine sports medicine and surgery: basic and clinical sciences of the equine athlete, (pp.274-278). Saunders: St. Louis, USA.
PARKS, A.H. (2003). Chronic laminitis. In N. E. Robinson, Current therapy in equine medicine 5, (pp.520-528). Saunders: St. Louis, USA.
RIBEIRO, G. H. C. Anatomia, biomecânica e principais patologias do membro distal de equinos: quartela e casco. Seminário apresentado Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia. Universidade Federal de Goiás, Goiás, 2013.
SWANSON, T.D. Clinical presentation, diagnosis, and prognosis of acute laminitis. Veterinary Clinics of North America: Equine Practice, v.15, p.311-319, 1999.
THOMASSIAN, A., et al. Patofisiologia e tratamento da pododermatite asséptica difusa nos equinos - (Laminite equina). Rev. educo contin. CRMV-SP/São Paulo, v. 3, n. 2, 2000, p. 16 – 29.

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