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1 SÍNDROME DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA (SIRS) ● O que é? Reação inflamatória sistêmica afeta o organismo com todo tem seu desenvolvimento frente a diferentes tipos de agentes agressores. Equinos principal patologia acometida pela SIRS é cólica ● INFLAMAÇÃO AGUDA - ocorre no início da inflamação, tendo um resposta a injúria inicial, sendo assim promove respostas vasculares e celular 1. RESPOSTA VASCULAR Vasoconstrição refratária - diminuição do calibre do vascular (ocorre para evitar a perda extensa do sg) - vasodilatação derivado da ação da histamina liberando macrofagos -Causa CALOR (aumenta fluxo sanguíneo ),RUBOR (vermelhidão devido ao aumento de sg na região),EDEMA (aumentar a PA hidrostática, tendo saída de líquido do interior dos vasos para o interstício). Vasodilatação aumenta permeabilidade vascular - afastamento entre cel. endotélio - tendo reposição de O2 e nutrientes no local da inflamação - diluindo as toxinas no fluido vascular - liberando fibrinogênio- responsável por isolar foco da inflamação. 2. RESPOSTA CELULAR . Algumas substâncias inflamatórias -quimiotaxia dos neutrófilos (Cels. de primeira barreira celular)-sofre ação das PT de adesão(selectina e integrinas) marginalização (deslocamento próximo ao endotélio)- tem a saida do vaso para o tc inflamado - tendo a diapedese- apos sair dos vasos neutrófilos ( não retorna ao vaso ) -promove a fagocitose dos agentes inflamatórios -monócitos sofre diapedese - sai do vaso- vai para tc - modificam em macrofágos. MACROFÁGOS -M1 estimula a inflamação a liberar a histamina, ação pró-inflamatória -M2 age modulando a inflamação com ação anti-inflamatória. Cls do tc que pode atuar na inflamação - macrófagos teciduais e cels de dendríticas. ● INFLAMAÇÃO CRÔNICA Sem resolução na inflamação aguda. MACROFAGO - LINFÓCITOS- FAGOCITOSE - NECROSE TC. ● ETIOPATOGENIA 1. SEPSE POR GRAM -NEGATIVAS - neonatos (cura inadequado umbigo) possuem lipopolissacarídeos (LPS) na menb exterior. 2. ENDOMETRITE éguas ( infecção pós parto ) 3. PERITONITE e COLITE INFECCIOSA 4. SOBRECARGA POR GRÃOS - CÓLICA 2 ● ESTÁGIOS DA SIRS 1. Inflamação local 2. efeitos locais acentuados e início dos sinais sistêmicos ( liberação de pequenas concentrações de mediadores químicos) 3. Quadro generalizado de inflamação. ● FISIOPATOGENIA BACTEREMIA - focos de inflamação - vasodilatação e diminuição da pressão arterial - reduz perfusão tecidual - isquemia e hipóxia -resposta inflamatória exacerbada - libera citocinas - lesão vascular - causa DMSO- hipotensão ativa o sistema renina- angiotensina- aldosterona ( causa IR ) - isquemia vascular - podendo ter diminuição no peristaltismo -ocasionando uma adesão e translocação de bactérias e erosão ulcerativas na mucosa intestinal- função hepática comprometida ( diminui o metabolismo de toxinas - sendo acumuladas na circulação ) - comprometendo o sist. cardiorrespiratório - tendo injúria pulmonar e queda do DC cardíaco - síndrome da angústia respiratória aguda - Ativação dos fatores de coagulação - tendo a CID- hemorragias. ENDOTOXEMIA Encontra se endotoxinas na corrente sang. são partes integrantes de mb externa de algumas bactérias,que são liberadas após destruição da mb das bactérias gram-negativas liberando o LPS. EQUINOS extremamente sensíveis a LPS HALO ENDOTOXÊMICO- área pálida acima dos dentes e mucosa congesta. ➔ SINAL CLÍNICO: depressão, dor abdominal leve a moderada , diminui os borborigmos intestinais,desidratação e desnutrição, mucosa hiperêmica, aumento no TPC, FC e FR, hipertermia. ➔ DIAGNÓSTICO : Diag. clínico e abdominocentese ( líquido peritoneal irá estar turvo e com altos números de celular e proteínas. CHOQUES CIRCULATÓRIOS O2 diminui- toxinas acumula no organismo - reduz fluxo e volume circulatório. Tipos de choques HIPERVOLÊMICO - baixo volume intersticial, SC diminui DC tendo um mecanismo de refluxo compensatório aumentando a contração cardíaca e frequência , tendo aumento da resistência vascular periférica. CARDIOGÊNICO - causa secundários a hipocalcemia. OBSTRUTIVO- bloqueio mecânico ao fluxo sang. na circulação os SC são cólica ,isquemia e choque.Suas causas são tamponamento cardíaco, aneurisma (Strongylus vulgaris). DISTRIBUTIVOS - desequilíbrio entre a demanda de O2 tendo falha na distribuição de O2 e traumas cerebrais. SÉPTICO Gram- negativa liberação de LPS, causas doenças bacterianas gastrointestinais (salmonelose, colite,obstrução estrangulantes isquêmicas, peritonites) Choque circulatório HIPERDINÂMICA (forma quente ) vasodilatação periférica HIPODINÂMICA ( forma fria ) , tônus vascular aumentado e baixo DC, hipotermia. Diagnóstico clínico observar hipotensão arterial,perfusão tecidual inadequada ,grau de desidratação. 3 CÓLICA EQUINA Origem da cólica alimentação, excesso de exercícios físicos SINAL CLÍNICO inapetência,depressão,agressividade,decúbito esternal, lateral,sudores, escoicear o abdômen,olhar para o flanco,escavar,exteriorização do pêni, rolar e se jogar. PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A UM EQUINO COM CÓLICA ● ANAMNESE ● EXAME FÍSICO-TPC aumentado,distensão abd,coloração da mucosa ● HIDRATAÇÃO- PARENTERAL(test de prega cutânea) ● SONDAGEM NASOGÁSTRICA Estômago normal odor adocicado, estômago alterado odor azedo ● TESTES LABORATORIAIS - hemograma e líquidos peritoneal ● PALPAÇÃO RETAL- análise das fezes, com tamanho da fibra,odor e consistência ● MANEJO ALIMENTAR - avaliar a qualidade do alimento, saber qual e a fonte da alimentação se é alimento energético (milho e aveia), forrageiras (alfafa,coast cross,tifton ,B. decumbens e B. humidicola não fornecer pois apresenta oxalato atua prejudicando a absorção de cálcio ),saber a quantidade e qual a frequência oferecida de ração (50% PV) PARÂMETROS AVALIADOS ● GRAU DA DOR- FC e FR 30 bpm tendo dilatação das narinas ● OBSTRUÇÃO SIMPLES 40 a 70 bpm (dor moderada) ● ESTRANGULAMENTO -50 a 90 bpm ● MAIS AVANÇADAS DE ESTRANGULAÇÃO- 70 a 120 bpm ● ENTERITES e PERITONITES- 40 a 100bpm Dor leve a moderada -controlado com buscopan ou flunixin meglumine (Banamine) Dor severa - controlado com xilazina. DEXAMETASONA - fazer quando o animal está se chocando em algumas horas AVALIAÇÃO DA MUCOSA -Observar TPC,coloração de mucosa e grau de umidade Mucosa Cianótica- perfusão deficiente Vermelha- alteração de perfusão, consta que o @ tem uma endotoxemia Rosea - normal pode estar levemente icterica e úmida Hipocorada - desidratação branca TEMPERATURA RETAL MOTILIDADE INTESTINAL ● Ausente - ● Diminuído + ● Normal ++ ● Aumentado +++ SONDAGEM NASOGÁSTRICA FLUIDO PERITONEAL - sofrimento de alças intestinais se tem aumento da proteína PALPAÇÃO RETAL 4 CÓLICA DE ORIGEM GÁSTRICA SÍNDROME ÚLCERA GÁSTRICA EQUINA ( SUGE) Cursa com dor abd, e formação de úlceras na porção glandular ou aglandular do estômago DILATAÇÃO GÁSTRICA Causa alta produção de gases ( alimentos altamente fermentativos), excesso de ingestão de água,ou secundária a alterações intestinais como torção ou obstrução ( tratamento clínico/cirúrgico ) ● Sinal clínico dor abd, choque ,refluxo do conteúdo intestinal ● Diagnóstico sondagem nasogástrica e palpação retal ● Tratamento sondagem nasogástrica IMPACTAÇÃO GÁSTRICA Compactação por acúmulo de alimentos no estômago devido a ingestão de alimentos fibrosos ou pouco hidratados , má dentição, acesso limitado à água, atonia intestinal ● Sinal clínico anorexia,cólica intermitente ● Diagnóstico SC e presença de fezes secas duras no reto, e sondagem nasogástrica. ● Tratamento Hidratação da ingesta ressecada (e Solução salina, Óleo mineral( facilita passagem do alimento, atua na separação do bolo fecal)),tratar causa primária ( manejo ) e laparotomia exploratória ( depende da causa primária). CÓLICA DE ORIGEM INTESTINO DELGADO CÓLICA ESPASMÓDICA Contrações anormais e descontroladas da porção muscular da parede intestinal,prejudicando o movimento aboral, promovendo dor. Prováveis causas são migração verminótica ,ingestão de alimentos mofados,dieta com excesso de grão,fibra de péssima qualidade . ● SC dor abd forma aguda etransitória (sendo associado a situação do @) ● DIAGNÓSTICO auscultação, sondagem e líquido peritoneal sem alteração ● TRATAMENTO analgesia (dipirona ) e verminótico HIPERTROFIA MUSCULAR IDIOPÁTICA DO ÍLEO Causado por espessamento da camada muscular do íleo na porção distal ,próxima ao ceco,ocorre devido ao aumento da parede intestinal o lúmen diminui e isto predispõe a formação de impactação e obstrução. ● SC - perda de peso ,inapetência ● DIAGNÓSTICO laparotomia exploratória TRATAMENTO controle da dor (Xilazina,detomidina ,AINE) IMPACTAÇÃO E OBSTRUÇÃO Alimento compactado na porção final do ID,causada devido a ingestão de alimentos fibrosos e secos ( problema dentário). 5 ● SC - Dor abd discreta a moderada (distensão do ID e espasmos no local), aumento da FCe FR (dor severa) refluxo gástrico. ● DIAGNOSTICO - Hemograma,líquido peritoneal ( aumento de PT e leucócitos), palpação retal (ID distendido ceco e cólon vazios) ● TRATAMENTO -Clinico (Fluidoterapia ),analgesicos (dipirona ) e caminhadas (para estimular a motilidade), CIRÚRGICO quando o tratamento clínico não trazer resultados LIPOMA PEDUNCULADO Causa neoplasia benigna comum em animais mais velhos ,machos castrados e pôneis ● SC refluxo gástrico e estrangulamento de alças intestinais ● DIAGNÓSTICO laparotomia exploratória ● TRATAMENTO cirúrgico INTUSSUSCEPÇÃO Pode ocorrer obstrução parcial ou total,compressão do vaso da torção do mesentério tendo uma congestão causando isquemia e necrose na região. ● Fator predisponente vasodilatação do peristaltismo entre os segmentos,infestações parasitárias,artrites,artrite mesentérica. ● SC Forma aguda (total )dor abd moderada a severa , forma crônica (parcial realizar laparotomia exploratória) dor abd intermitente ,perda de peso. ● DIAGNÓSTICO US ● TRATAMENTO - Cirúrgico CÓLICA DE ORIGEM INTESTINO GROSSO SOBRECARGA POR GRÃOS - causa colite Alta ingestão de grão, rica fonte de CHO’s solúveis sendo altamente fermentáveis,tendo produção de AGV’s sendo muito elevada provocando a diminuição do pH do ceco. Patogenia Fermentação - aumenta Ácido lático - diminui pH = morte da bactérias gram negativas da flora microbiana - libera LPS ● SC Dor abd,diarreia moderada a grave ,endotoxemia ,íleo paralítico e timpanismo intestinal ● DIAGNÓSTICO Clínico , Sondagem nasogástrica ● TRATAMENTO 1. 1 caso discreto - correção do manejo nutricional 2. caso discreta e diarreia - óleo mineral , lavagem gástrica e AINEs Fenilbutazona+Flunixin meglumine 3. caso mais graves - fluidoterapia, ATB Gentamicina e metronidazol DESLOCAMENTO NÃO ESTRANGULANTE CÓLON ASCENDENTE ● SC borborigmos intestinais ,som timpânico e diminuição da produção de fezes ● DIAGNÓSTICO - deslocamento dorsal esquerdo palpação retal ou Us , deslocamento dorsal direito flexura pélvica não é encontrada na palpação,retroflexão (flexura pélvica não é localizada) ● TRATAMENTO cirúrgico, terapia suporte hidratação, AINE flunixin meglumine (dose antiendotoxêmica 0,5ml a 2,2 ml para evitar liberação de LPS) 6 DESLOCAMENTO ESTRANGULANTE DO IG Ruptura da alça, devido à interrupção da vascularização. Mais comum de ocorrer no cólon ascendente, principalmente na flexura diafragmática ou esternal, pode ocorrer a estrangulação do tipo vólvulo (quando a torção é acima de 270º, causando isquemia dos vasos no local de torção) em casos da torção ser maior que 360º, pior será o prognóstico. ● SC dor abd aguda ,ausência de borborigmos intestinais na auscultação. ● DIAGNÓSTICO percussão abdominal (som timpânico pela presença de gases),palpação retal ,hemograma e bioquímico),líquido peritoneal (no início encontra-se normal, mas em quadros de necrose de alça, apresenta-se com coloração sanguinolenta, alaranjada ou até castanho-avermelhado, além de aumento de proteínas e células sanguíneas) ● TRATAMENTO cirúrgico,terapia suporte, AINEs Flunixin meglumine ATB Ceftiofur,DMSO,heparina e tratar a endotoxemia (0,5 -2,2 mL flunixin). ENTERÓLITOS São cálculos intestinais de consistência dura e formato arredondo ,cavalo Árabes apresenta maior predisposição . ● SC Dor Obstrução completa tendo dor aguda e grave Obstrução incompleta dor discreta a moderada Obstrução intermitente dor discreta a moderada intermitente ● DIAGNÓSTICO Clínico, palpação retal e líquido peritoneal ● TRATAMENTO cirúrgico remover o enterólitos e remoção das alças necrosadas IMPACTAÇÃO ARENOSA /SABLOSE Ingestão de areia sendo junto do feno no chão, pastagem baixa. ● SC dor intermitente discreta a moderada, fezes escassas ● DIAGNÓSTICO palpação retal - teste da luva , auscultação do abdominal e líquido peritoneal. ● TRATAMENTO clínico analgesia (dipirona), laxantes oral,catártico, fluidoterapia intravenosa. Cirúrgico caso de dor grave realizar lavagem intestinal remover a areia. CORPO ESTANHO E FECALITO 7 SÍNDROME ÚLCERA GÁSTRICA EQUINA (SUGE ) ETIOPATOGENIA desequilíbrio entre os fatores que agridem a mucosa e os fatores que protegem a mucosa gástrica.. Fatores de agressão à mucosa - secreção ácido clorídrico ,produção de AGV’s, pepsina, refluxo duodenal de ácidos biliares Fatores de proteção da mucosa aglandular (sem proteção de muco e PGE) - restituição epiteliais,fluxo sang. das mucosas (alteração no fluxo sang. do @ podendo desenvolver úlcera gastrica) Fatores de proteção da mucosa glandular (suco gástrico está em íntimo contato com a mucosa ) produção de PGE,secreção de muco e bicarbonato. CLASSIFICAÇÃO DAS ÚLCERA ● GRAUS 0-epitélio intacto,sem hiperemia (vermelhidão) ou hiperqueratose (placas ásperas na mucosa) ● GRAUS 1- mucosa intacta, com área de hiperemia e hiperqueratose na mucosa ● GRAUS 2- pequenas lesões,multifocais ● GRAUS 3- grandes lesões , multifocais ou lesões superficiais extensas ● GRAUS 4-lesões extensas com área de ulcerações profundas SUGE EM POTROS ● Ulceração silenciosa mais comum ,não apresenta sinal clínico. ● Ulceração ativa @ mais ou menos 270 d ,com observação de sinal clínico como diarreia,bruxismo,salivação excessiva 8 ● ulceração perfurada com peritonite difusa ● Constrição do piloro decorrente de ulceração em cicatrização Sinal Clínico cólica aguda e recorrente,anorexia, perda de peso , condição corporal ruim, ranger de dentes, pêlos arrepiados Diagnóstico histórico e sinal clínico, patologia clínica sangue oculto nas fezes, diminuição das hemácias e discreta anemia ,hipoproteinemia. DG definitivo endoscopia TRATAMENTO ● AINES -cetoprofeno ● ANTIÁCIDOS-hidróxido de alumínio ● ANALGESIA- xilazina ● ANTAGONISTA DE RECEPTORES H2 ● PROTETOR DE MUCOSA ● INIBIDORES DE BOMBA DE PRÓTONS- omeprazol ● HORMÔNIOS SINTÉTICOS ● AGENTES PROCINÉTICOS ● ATB- SULFA TRIMETROPIM
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