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Unidade 03 – Biofísica 1. BIOFÍSICA DA AUDIÇÃO O som O som é um tipo de energia mecânica decorrente da transmissão de energia de partículas de ar em vibração em meio material, na forma de movimento ondulatório. A altura do som depende da frequência da onda sonora e é expressa em Hertz-Hz, que corresponde ao número de ciclos por segundo. Uma onda sonora de 300 Hz equivale a 300 ciclos ou oscilações por segundo. A formação das ondas sonoras dá-se no meio a parir de uma deformação deste, e para sua propagação é necessário um meio material, líquido, sólido ou gasoso. Em comparação de alguns ambientes, têm-se valores de propagação. Deste modo, os valores de propagação dependem de constantes como a temperatura, pressão e umidade. A frequência onde o som pode ser definido como grave, médio ou agudo. No qual os sons de baixa frequência são graves e de alta frequência são agudos, e o ouvido humano é capaz de escutar sons com frequência entre 16 Hz (infrassons) a 17.000 Hz (ultrassons). O timbre é a qualidade do som que depende do somatório das muitas frequências que o compõem. Enquanto a intensidade sonora depende da amplitude de vibração de uma onda sonora. Devido à intensidade o som pode ser fraco, quando possui pequena amplitude, ou forte, com grande amplitude. A unidade de medida da intensidade é decibel. O ouvido humano é capaz de detectar sons na faixa de 0 a 120 decibéis, e acima disto pode induzir uma sensação dolorosa. A intensidade (I) é uma propriedade física do som e está associada à energia de vibração da fonte sonora. Onde a onda sonora transporta essa energia, distribuindo-a em todas as direções do espaço. Quando maior a sua amplitude, maior será a intensidade. Temos a potência (P) que é a distância da fonte sonora, onde quanto maior for à a potência da fonte, maior será a intensidade do som. Em relação ao mecanismo de audição, o som é produzido por ondas de compressão e descompressão alternadas de ar. No qual essas ondas sonoras propagam-se através do ar exatamente da mesma forma que as ondas sonoras propagam-se na superfície da água. O órgão receptor do som é a orelha humana, que é altamente sensível que nos capacita a perceber e interpretar ondas sonoras em uma gama muito ampla de frequências. A audição Ouvir é um dos cincos sentidos do corpo humano, mas para que uma pessoa escute uma série de eventos precisam acontecer. Ou seja, para que um som seja audível precisa ser produzido e se propagar em um dado meio para que chegue ao seu aparelho auditivo. O aparelho auditivo funciona na transmissão das informações do som (frequência, amplitude, timbre – qualidade do som, localização da fonte sonora) para o nervo auditivo. Conheça um pouco do aparelho auditivo humano. O ouvido humano é constituído de três partes: ouvido externo, médio e interno, sendo que ocorrem processos mecânicos no ouvido externo e médio, e processos mecânicos e elétricos no ouvido interno. A importância do encéfalo se dá devido à função dele de decodificar os impulsos elétricos gerados no ouvido interno. O nervo auditivo conduz as informações das células auditivas para o córtex cerebral que interpretará os impulsos elétricos. Essas etapas constituem o que conhecemos como audição. Segue a figura indicando a posição do nervo auditivo: Unidade 03 – Biofísica O caminho da audição é resultado de fenômenos físicos que são realizados no trajeto do som pelos ouvidos externo, médio e interno. Para ocorrer esse processo de formação da audição e do som, percorrem-se diversas transformações de energia para que aconteça a amplificação das ondas sonoras captadas e também o controle desta amplificação. Constituintes do Aparelho Auditivo Ouvido externo: formado por duas estruturas, o pavilhão auricular ou orelha e canal auditivo externo. A orelha apresenta formas e tamanhos variados. Apenas os mamíferos possuem pavilhão auricular. Os morcegos e baleias emitem e captam ultrassons e infrassons, respectivamente. Essas ondas sonoras podem ser refletidas pelos objetos, permitindo que estes animais localizem a posição dos objetos à sua volta. O pavilhão auricular é constituído de cartilagem revestida de pele e tem formato cheio de curvas, sulcos e elevações, agindo como um funil na ajuda às ondas sonoras tem a função de captar as ondas sonoras e direcioná-las para o meato acústico. Entretanto, grande parte dos sons audíveis é refletida no pavilhão auricular, pois ela é menor que a maioria dos comprimentos de onda dos sons. O pavilhão também auxilia na localização da fonte sonora. O meato acústico externo possui um comprimento de aproximadamente 2 a 3 cm, está preenchido por ar e sua extremidade interna é fechada pela membrana timpânica (cera). Sua função é transferir o som captado pela orelha até o ouvido médio (tímpano). Ouvido médio: O ouvido médio está incrustado numa cavidade óssea, e é preenchido por ar atmosférico e comunica-se com a nasofaringe através da trompa de Eustáquio. É formado pela membrana timpânica ou tímpano, uma cadeia de ossículos, trompa de Eustáquio e pelos músculos tensor do tímpano e estapédio. Tímpano – é uma membrana que delimita o ouvido externo do ouvido médio. Possui uma coloração perolada e com formato de um cone ou funil cujo vértice está ligeiramente voltado para dentro do ouvido médio. Apresenta uma espessura de 1 mm e um diâmetro de 64 mm. É a parte responsável pela percussão dos sons, sendo uma área sensível e que devemos ter cuidado como no caso da escuta de fones com o volume muito alto, para evitar a fratura ou perfuração do tímpano. Outra medida natural de segurança que possuímos é a cera presente na região do ouvido, sendo uma forma de proteção natural e drenagem de possíveis líquidos que entram no ouvido. O tímpano apresenta quatro regiões: 1- Umbo – corresponde ao vértice do funil, é uma membrana timpânica que atua na função de separar o ouvido externo do ouvido médio, onde desempenha a transmissão dos sons, a ruptura ou fratura dessa região pode levar a ausência e perda de audição. 2- Stria mallearis – é a região do tímpano que faz contato direto com o primeiro ossículo da cadeia auditiva, o martelo. Esse contato cria um Unidade 03 – Biofísica aspecto de “cicatriz” no tímpano. 3- Porção flácida – região flácida do tímpano também chamada de membrana de Scharapnell. Esta região circunda a stria mallearis, ou seja, o local de ligação do martelo. 4- Porção tensa – refere-se às bordas do tímpano. O funcionamento se dá através da participação do ouvido médio quando as ondas sonoras atingem o tímpano fazendo-o vibrar, e termina quando o estribo pressiona a janela oval, já no ouvido interno. O tamanho do tímpano assemelha-se a um tambor, como uma membrana elástica de cerca de 0,1 mm de espessura e entre 9 e 10 mm de diâmetro, e fortemente esticada. Quando o som atinge o tímpano, a energia associada à perturbação do ar é transmitida à membrana timpânica, fazendo vibrar de acordo com a frequência e amplitude do som que a atingiu. Nesse caso, se o som for agudo, o tímpano vibra mais rapidamente do que se o som for forte em alta amplitude, o tímpano vibra com movimentos maiores do que se o som fosse fraco. Pois, o som empurra e puxa o tímpano, num movimento contínuo, já que as ondas sonoras são formadas por regiões de compressão e rarefação das partículas do ar. As perturbações do tímpano, essas são transmitidas via ossículos, à janela oval num movimento de pistão. Sofrendo apenas movimentos microscópicos, que são suficientes para estimular o órgão de Corti, que é a parte mais importante em todo o processo de audição. O caracol do ouvido interno é preenchido completamente por líquidos, para que as vibraçõesdas ondas sonoras atinjam eficientemente o ouvido interno, estimulando o órgão de Corti, e o som é amplificado ainda no ouvido médio por um conjunto de ossículos: o martelo, a bigorna e o estribo. A profundidade do ouvido é medida em cerca de -3 cm e 7 mm de diâmetro, possibilitando ligar todas essas estruturas descritas anteriormente. Tornando-se um sistema complexo e completo, que desempenha naturalmente funções necessárias a qualidade da audição e saúde do ouvido. Ouvido interno: a cóclea, que é a parte do sistema auditivo responsável pela transformação do som em sinal neural, e pelo labirinto – que nada tem a ver com a audição, apenas com a manutenção do equilíbrio do corpo. Tem aproximadamente o tamanho de uma ervilha. Já a membrana basilar é o órgão sensorial da audição com a função de distinguir os sons agudos e graves. Possui duas propriedades estruturais, e é cerca de cinco vezes mais larga no ápice do que na base e, devido a isto sua rigidez do ápice é muito menor que na base. Os movimentos da membrana basilar estimulam o sensível órgão de Corti, que se estedem sobre a membrana, por todo o seu comprimento. A membrana não é visível, pois fica localizada abaixo da estrutura que é o órgão de Corti. As células ciliadas externas e internas – que são os receptores auditivos – estão rigidamente conectadas entre a lâmia reticular e a membrana basilar e aos pilares de Corti. São estruturas que se movem como unidade, por causa dos movimentos transmitidos pela membrana basilar. Em relação à estrutura dessas células temos os cílios, chamados de estereocílios, a membrana tectorial que é um tecido gelatinoso, suspenso na endolinfa que se estende do modíolo e fica em contato com as pontas dos estereocílios das células ciliadas externas; o gânglio espiral que contém os neurônios ou células nervosas. Sobre os estereocílios das células internas, eles estão suspensos na endolinfa, e assim a membrana basilar transmite os movimentos aos estereocílios das células ciliadas internas e externas de maneira diferenciadas. Nas extremidades dos estereocílios das células ciliadas externas movem-se de acordo com o deslocamento da membrana tectorial. Nas extremidades livres dos estereocílios das células ciliadas internas movem-se de acordo com a velocidade da endolinfa. A atuação dos estereocílios está ligada ao órgão de Corti na geração de sinais elétricos enviados ao encéfalo para que, finalmente, este interprete os sons. Ocorrem por meio de processos eletroquímicos nessas células, que possuem a perlinfa e da endolinfa, líquidos que preenchem a cóclea. Em relação à composição química da perilinfa é semelhantemente ao líquido extracelular, tem baixas concentrações de K+ (0,007 mol) e altas concentrações de Na+ (0,14 mol). A endolinfa um líquido intracelular, tem altas concentrações de K+ (0,15 mol) e baixas concentrações de Na+ (0,001 mol). A perilinfa e a endolinfa atuam no processo de geração do sinal elétrico, que é enviado ao encéfalo Unidade 03 – Biofísica através dos neurônios auditivos. Quando os estereocílios deslocam-se em uma direção, a célula ciliada despolariza e quando se deslocam na outra, a célula hiperpolariza, com isso as células ciliadas geram um potencial de receptor que despolariza e hiperpolariza. Desse modo, temos a mudança de potencial na célula ciliada que gera um sinal elétrico para o encéfalo através dos neurônios auditivos. Esses neurônios, estimados na ordem de 35 – 50 mil, são a unidade fundamental de processamento e transmissão dos sinais gerados nas células ciliadas ao encéfalo. Esses sinais contêm informações sobre a frequência, intensidade e timbre do som. Devido a isto, a maior parte da informação auditiva que recebem provém das células ciliadas internas. Que agem como pequenos motores que amplificam o movimento da membrana basilar durante a percepção de um som de baixa intensidade, sendo conhecidas como amplificadores cocleares. Ao contrário das células, temos os amplificadores cocleares, que possuem alta sensibilidade fazendo com que a maioria das pessoas com audição normal perceba sons nítidos, mesmo em ambiente excepcionalmente silencioso. Transmissão de som O som é um tipo de onda mecânica, pois precisa de um meio para propagar-se, e é tridimensional, já que pode ser percebida em todas as direções. Sendo tridimensional restringe em sua forma de propagação, e longitudinal, isto é, as ondas terão uma direção de propagação paralela à vibração que as gerou. Em relação ao espectro sonoro, o representante desta função é o ouvido humano, que pode perceber sons apenas dentro de um intervalo de frequências, que vai de, no mínimo, 20 Hz até o máximo de 20.000 Hz. Os sons abaixo do mínimo audível são denominados de infrassons e aqueles acima do máximo audível pelo ser humano são denominados ultrassons. Deste modo, a velocidade do som vai depender de características apresentadas pelo meio de propagação, densidade, temperatura e pressão. Já a intensidade sonora é a grandeza que determina a quantidade de energia que flui de uma fonte e atravessa determinada área, sendo definida como a razão entre a potência dissipada pela fonte sonora e a área da região atingida por ela. Sobre as características para distinguir um som de outro temos a altura, intensidade e timbre. Os sons altos são aqueles que apresentam grandes frequências, sons agudos. Os sons baixos são aqueles que apresentam baixas frequências, sons graves. O som sofre alguns fenômenos como a reflexão que acontece quando o som é emitido em direção a algum anteparo elástico, como o eco sonoro. A absorção, em alguns meios é capaz de absorver as ondas sonoras, funcionando, assim, como bons abafadores de som, como as câmaras anecoicas. A refração ocorre quando o som muda de meio e sofre mudanças de velocidade. Esse fenômeno é especialmente útil para a realização dos exames de ultrassonografia. Na difração o som passa de algum obstáculo ou fenda de dimensões parecidas com o seu comprimento de onda, ele sofrerá uma difração. A difração do som faz com que ele passe através de frestas, em baixo de portas, e possa ser ouvido. A interferência diz respeito a sobreposição das ondas sonoras, em alguns pontos do espaço, o som produzido por uma ou mais fontes irá sobrepor suas cristas e ondas, produzindo regiões de interferência construtiva e destrutiva. Devido a estes processos que o som é propagado, sendo produzido por vibrações transmitidas para o ar. Que geram regiões de compressão e rarefação dos gases atmosféricos que se intercalam periodicamente, de acordo com a frequência da fonte que produz as vibrações. O som não transporta matéria, por se tratar de uma onda, transporta somente energia. Deste modo, a velocidade (v) do som dependendo do meio no qual é propagado, meios físicos de maior elasticidade tendem a propagar o som mais facilidade, em razão da proximidade entre as moléculas. A frequência (f) de uma onda sonora é medida em Hz, e define sua altura, isto é, quanto maior é a frequência do som, mais agudo, ou alto, esse som é. Já o comprimento de onda (λ) do som é o espaço necessário para que a onda sonora produza uma oscilação completa, também pode ser entendido como a distância entre duas cristas ou dois vales de uma onda. A amplitude da onda sonora define-se como a quantidade de energia que essa onda carrega, Unidade 03 – Biofísica ou volume do som. A velocidade do som é medida em relação ao meio em que ele é propagado. As ondas sonoras se formam a partir de ondas de pressão que se propagam a partir de variações de pressão do meio. Em condições de propagação de 340 m/s se o ar estiver a 20ºC. Tipos de Surdez Conhecida também como hipoacusia, é a perda auditiva, devidoa diversas causas como lesão cerebral ou alterações do ouvido. Existem três tipos de surdez: Surdez de condução (transmissão): há um impedimento na propagação do som através dos ouvidos externo e médio. Geralmente este tipo de surdez é parcial. Podemos citar como exemplos de surdez de condução: - Ausência do pavilhão auricular; - Acúmulo de cera no meato acústico externo; - Espessamento do tímpano; - Secreções purulentas no ouvido médio; - Ruptura do tímpano; - Quebra dos ossículos; - Otosclerose – enrijecimento da cadeia de ossículos; Surdez neurossensorial ou de percepção: este tipo de surdez acomete o ouvido interno ou o nervo auditivo. Neste tipo de surdez ocorre um aumento do limiar de excitabilidade para produzir a excitação das células sensórias da audição. Podendo ser classificada em surdez ligeira, moderada, severa e profunda. A surdez total é chamada de cofose. São causas de surdez sensorineural: - Exposição a sons de alta intensidade; Os danos à audição devido à exposição permanente em ambientes ruidosos são cumulativos e irreversíveis. Exposição a altos níveis de ruído é uma das maiores causas da surdez permanente. - Uso de antibióticos ototóxicos (garamicina, kanamicina ou estreptomicina) - Estas drogas promovem destruição das células ciliadas do órgão de Corti, levando a uma surdez irreversível. - Processos inflamatórios; - Rubéola, toxoplasmose, meningite; - Tumores benignos ou malignos na cóclea. Surdez central: acontece quando há lesão do complexo olivar superior, região do cérebro responsável pela audição. São causas possíveis deste tipo de surdez: - Traumatismo craniano; - Tumores benignos ou malignos no cérebro; - Acidente vascular cerebral na região responsável pela audição. A surdez unilateral e a bilateral: ocorrem quando é afetado um só ouvido (unilateral) ou os dois (bilateral) simétrica. Estes problemas podem ser causados devido à idade, por exemplo, em países ocidentais, a população com perda auditiva é cerca de 7-8%, instalando-se de forma progressiva ou súbita. A relação da idade com a perda auditiva, o aparecimento de sinais em crianças podem surgir antes ou depois da aquisição da linguagem. Deste modo, tem-se a surdez genética ou adquirida durante a vida pós-natal através de uma doença, traumatismo acústico, infecção, tóxicos, envelhecimento, ou alterações genéticas. Níveis de surdez têm-se: Primeiro nível: surdez leve, apresenta perda auditiva de até 40 db. Impede a percepção de todos os fonemas das palavras, voz fraca ou distante não é ouvida, mas não impede a aquisição normal da língua oral, mas poderá causar algum transtorno articulatório na leitura e/ou escrita. Segundo nível: surdez moderada, perda auditiva entra 40-70 db. Estes limites encontram-se nos limites do nível da percepção da palavra, sendo necessária uma voz de certa intensidade para que seja convenientemente percebida. Possui atraso de linguagem e as alterações articulatórias, havendo problemas linguísticos. Terceiro nível: surdez severa, com perda auditiva entre 70-90 db. Permite a identificação de ruídos familiares e pode-se perceber a voz forte, podendo chegar até aos quatro ou cinco anos sem aprender a falar. Quarto nível: surdez profunda, apresenta perda auditiva superior a 90 db. Priva das informações auditivas necessárias para perceber e identificar a voz humana, impedindo-o de adquirir a língua oral. Geralmente utiliza uma linguagem gestual, e poderá ter pleno desenvolvimento linguístico por meio da língua de sinais. 2. CORPO HUMANO E SEUS SISTEMAS DE FUNCIONAMENTO – SISTEMA RESPIRATÓRIO Sistema respiratório Possui função fundamental de promover a realização da respiração, por meio de trocas de gases entre atmosfera, sangue e células. Unidade 03 – Biofísica Seres aeróbicos são característicos o uso de oxigênio (O2) como fonte necessária para a produção de energia, onde o ATP é produzido nas mitocôndrias na presença de oxigênio. Neste processo, o resíduo produzido, o dióxido de carbono (CO2), é eliminado na mesma proporção em que é produzido. As funções do sistema pulmonar: (1) promover as trocas gasosas, no qual o oxigênio é transportado do meio externo para as membranas pulmonares – sangue e o CO2 são transportados do sangue para meio externo, através das membranas pulmonares. (2) Homeostasia do meio interno, que é o processo de controle do pH sanguíneo, além da filtragem e aquecimento do ar pelo muco e pelos nasais; (3) Atua no olfato através dos receptores olfato. (4) Emitem sons na passagem de ar e na vibração das cordas vocais. A respiração tem três processos relacionados, o primeiro é a ventilação pulmonar, no qual a entrada e a saída de ar nos pulmões. A respiração pulmonar ocorre entre sangue e pulmões, a respiração tecidual ocorre no sangue e células. O sistema respiratório dos seres humanos compreende várias partes: cavidade nasal, garganta, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. Funcionando da seguinte maneira: o ar entre pelo nariz e/ou pela boca desloca-se para a cavidade nasal e chega à parte superior da garganta, chamada de faringe. Na faringe há duas aberturas: uma para os alimentos, o esôfago que faz parte do sistema digestório, e outra para o ar. Na parte superior da passagem para o ar fica a laringe e na inferior, a traqueia. A traqueia subdivide-se em dois ramos chamados brônquios: um para cada pulmão. Nos pulmões, os brônquios também se se subdividem em ramificações cada vez menores, terminando em minúsculos sacos de ar, chamados de alvéolos. O ciclo respiratório, a respiração é controlada pelo cérebro, e ele determina o movimento de subida e descida do diafragma, o musculo que fica na base dos pulmões. Neste momento o diafragma desce e as costelas se afastam, a região interna do peito fica maior e o ar penetra nos pulmões, expandindo-os. O sangue dos capilares retira o oxigênio do ar que está nos alvéolos. Através do sistema cardiovascular, o sangue conduz o oxigênio para o corpo todo. Quando esse processo ocorre temos também o dióxido de carbono produzido pelo corpo sendo levado para os alvéolos. Nesse momento o ar sai juntamente com o dióxido de carbono. Em relação aos problemas do sistema respiratório, os mais comuns são os soluços, definidos como pequenos distúrbios do sistema respiratório, que acontecem quando o diafragma se contrai rapidamente. Já as gripes e resfriados são infecções que começam no nariz e na garganta. A bronquite é uma inflamação dos brônquios. A pneumonia é uma infecção pulmonar e a tuberculose, o enfisema e o câncer de pulmão são doenças muito graves que afetam os pulmões. Corpo humano e seus sistemas de funcionamento O corpo humano é formado por vários órgãos e sistemas, que trabalham de maneira conjunta para garantir o funcionamento perfeito do organismo. Composto de milhares e milhares de células, que formam os tecidos, os órgãos e os sistemas, característica essa que nos permite afirmar que os seres humanos são organismos pluricelulares. Níveis de organização: células, tecidos, órgãos ou ainda vários sistemas. As células são consideradas as unidades funcionais e estruturais dos seres vivos. O corpo é formado por várias células (pluricelular) e por células eucariontes, pois apresentam núcleo definido e organelas membranosas. E existem quatro tipos de tecidos: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. Os tecidos podem estar em órgãos, que são definidos como agrupamentos de tecidos que desempenham algumas funções específicas. Os órgãos podem estar interligados formando sistemas, que desempenham funções ainda mais complexas. O corpo humano apresenta vários órgãos, os quais apresentam Unidade 03 – Biofísica funções específicas para garantir o funcionamentodo corpo como um todo. 3. CONSTITUINTES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Sendo constituído por: um par de pulmões, fossas nasais, boca, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos, localizados na região dos pulmões. Pulmão: é um órgão esponjoso que executa a respiração. Tem aproximadamente 25 cm de comprimento e 700g de peso, situado na cavidade torácica que executa a respiração. A cavidade torácica está dividida em três partes: cavidade pleural direita, cavidade pleural esquerda e mediastino. Possuem forma piramidal, esponjoso, roseado, localizado na caixa torácica. O pulmão esquerdo tem dois lobos e o direito possui três. O direito é mais espesso e mais largo que o esquerdo e também um pouco mais curto. Fossas nasais: cavidades paralelas que dão iniciam nas narinas e terminam na faringe. São separadas uma da outra por uma cartilagem chamada de septo nasal. Faringe: canal comum aos sistemas digestório e respiratório que une com as fossas nasais. O mesmo ar que é inspirado pelas narinas ou pela boca passa obrigatoriamente pela faringe, antes de chegar a laringe. Laringe: tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de- adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. Traqueia: formada por vários anéis de cartilagem. Estes anéis são distribuídos uns sobre os outros e estão ligados por tecido muscular fibroso. Brônquios: são estruturas tubulares responsável de encaminhar o ar aos pulmões. Bronquíolos e os alvéolos são localizados na região dos pulmões. 4. MECÂNICA RESPIRATÓRIA É a utilização de oxigênio e produção de gás carbônico através de diferença de pressões onde o ar entra e sai do sistema respiratório, através com o mecanismo de bombas. Sendo o mecanismo bombeador dos músculos da respiração. O fenômeno que permitem tanto a expansão pulmonar e consequente entrada de ar nos pulmões como também a retração e a saída de ar. Fenômeno baseado nas alterações do equilíbrio das forças que atuam na parede torácica e nos pulmões. Desse modo, algumas forças atuam na mecânica respiratória, temos a pressão atmosférica (PA) que impede a expansão das paredes torácicas. A pressão interalveolar (PI) age dentro dos alvéolos e a qual, devido a sua conexão com o meio externo é igual à pressão atmosférica quando as vias aéreas estão abertas e sem fluxo de ar entrando ou saindo do pulmão, tende a distender os pulmões. A elasticidade do tórax (ET), decorrente da estrutura da parede e que tende a expandir o tórax. Já a elasticidade pulmonar (EP), decorrente da riqueza pulmonar em fibras elásticas e que tende a retrair o pulmão. Desse modo, o balanceamento de todas as forças em associação com a pressão negativa ou cavidade pleural é que permite expansão pulmonar na inspiração. Por meio do movimento da inspiração quando mais inflado estiver o pulmão maior é a pressão pulmonar. A relação da pressão intra pleural ou subatmosférica se mostra na inspiração, quando diminui e o ar entra. Já na expiração forçada à pressão intra pleural é maior que a atmosférica e o ar sai. No qual, os músculos entram em ação, como os intercostais internos, quadrado lombar, transverso tórax os abdominais. Transporte de gases A respiração é fundamental para vida humana sendo responsável pela troca dos gases oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) do organismo, com o meio ambiente. O sistema respiratório para receber o oxigênio (O2) presente na atmosfera e eliminar dióxido de carbono (CO2), precisa que os seres humanos tenham todos os órgãos presentes no sistema respiratório para fazer as trocas gasosas. Os órgãos responsáveis por este processo são: fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e alvéolos pulmonares. Através do nariz ou fossas nasais que o ar chega aquecido, umedecido e filtrado. Na faringe, que é o órgão atuante nos sistemas digestivo e respiratório, existe uma cartilagem denominada Unidade 03 – Biofísica epiglote que trabalha como uma válvula impedindo que alimentos atinjam as vias respiratórias, e assim, o ar é conduzido até a laringe. Na laringe ocorre à condução do ar que se digere aos pulmões, é o local onde se localizam as cordas vocais fundamentais para a fala. Na traqueia que é um tubo constituído por anéis de cartilagem, conduz o ar que esta dentro do tórax até se dividirem formando os brônquios. Os brônquios são formados por duas ramificações da traqueia que chegam até os pulmões. Entram nos pulmões onde sofrem várias bifurcações sendo transformados em bronquíolos. Os alvéolos pulmonares são formados por células epiteliais com características achatadas os alvéolos pulmonares são pequenos sacos localizados no final dos menores bronquíolos. Nos tecidos acontece quando o gás oxigênio desliga-se das moléculas de hemoglobina sendo difundido pelo líquido tissular chegando até as células. Onde as células liberam o gás carbônico que reage com a água formando o ácido carbônico que logo é difundido no plasma do sangue. Movimentos respiratórios, temos a divisão em dois movimentos: a inspiração, por meio da contração do diafragma e dos músculos intercostais, a inspiração, promove a entrada de ar dentro do organismo. No qual, a ar inspirado contém cerca de 20% de oxigênio e apenas 0,04$ de gás carbônico. A expiração, através do relaxamento do diafragma e dos músculos intercostais, a expiração, promove a saída de ar dos pulmões. O ar expirado contém 16% de oxigênio e 4,6% de gás carbônico. O ritmo respiratório é o controle da respiração pelo centro respiratório localizado no Bulbo raquidiano, que se caracteriza principalmente nas concentrações de gás carbônico presente no sangue. Temos então, quando a concentração de gás carbônico está baixa a frequência cai.
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