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03/06/2023, 23:26 LUDICIDADE2023A: 1.3 Breve histórico da ludicidade https://aprendamais.mec.gov.br/mod/page/view.php?id=26379&forceview=1 1/2 Página inicial / Meus cursos / LUDICIDADE2023A / 1 O Lúdico e a sociedade / 1.3 Breve histórico da ludicidade Ludicidade como Instrumento Pedagógico - Turma 2023A 1.3 Breve histórico da ludicidade A ludicidade é uma necessidade intrínseca ao ser humano. Desde nossos momentos primitivos pudemos perceber sua existência. Algumas das atividades dos povos antigos, como a dança, a pesca, a caça, não eram apenas tidas como atividades de sobrevivência, mas também tinham um caráter de divertimento e prazer natural. Almeida (2000, p. 19) cita como Platão dava muito valor ao esporte, colocando-o em pé de igualdade com a cultura intelectual. Segundo Platão, o esporte tinha uma grande contribuição na formação do caráter e da personalidade do indivíduo. Porém, embora incentivasse os esportes, ele era contra a competição, pois segundo acreditava, esta causava danos à formação das crianças e dos jovens. Além disso, Platão acreditava também, que o ensino da matemática deveria ser feito através de jogos, para que atraísse e despertasse os aprendizes. Platão já afirmava, desde sua época, que atividades como o esporte contribuíam muito na formação da personalidade e do caráter do indivíduo. Entre povos antigos, os jogos eram usados para que os mais velhos ensinassem aos mais jovens as normas da vida social bem como seus valores e conhecimentos. Quando a igreja ganhou poder, e o cristianismo começou a ser mais divulgado, os jogos começaram a perder seu valor, uma vez que eram tidos como pagãos e profanos. Brougère (1998) mostra como coube a Tomás de Aquino introduzir no pensamento cristão a questão do jogo ou do lúdico como necessário, mesmo que subordinado: “Procuramos o repouso do espírito através dos jogos, seja em palavras, seja em ações. Portanto, é permitido ao homem sábio e virtuoso propiciar-se esses relaxamentos algumas vezes” (AQUINO apud BROUGÈRE, 1998, p. 28). O panorama que segue do início do século XVI é bem definido por Almeida (2000) como o florescer da valorização dos jogos e das atividades lúdicas pelos humanistas. Nessa época, os jesuítas começaram a incluir em seus colégios novamente o lúdico, porém essas atividades foram reformuladas. A igreja começou a elaborar regras em latim para essas atividades, que passaram a ser aplicadas nas escolas e aceitas como práticas educativas necessárias à aprendizagem. Almeida (2000) mostra que ainda nesse mesmo século François Rabelais afirmava que até os jogos de cartas e fichas serviriam para o ensino da Geometria e da Aritmética. François Rabelais afirmava que tudo o que fosse ensinado, deveria ser feito por meio de jogos. O que Almeida ainda expõe em seu livro é a opinião do educador e filósofo Jean-Jacques Rousseau, o qual dizia que a criança só devia aprender através da própria experiência, pois só assim de fato ela aprenderia. Para ele, os nossos sentidos, são instrumentos da inteligência, e devemos cuidar de nosso corpo, para que, estando são, seja mais fácil aprender. Em uma referência à aprendizagem da leitura e da escrita, Rousseau afirma que são necessários melhores métodos para ensinar a ler e a escrever e que o melhor mesmo seria reforçar o desejo de aprender (ROUSSEAU apud ALMEIDA, 2000). Almeida destaca que o epistemólogo Jean Piaget crê que os jogos sejam enriquecedores no que diz respeito ao desenvolvimento intelectual. Cita ainda que George Snyders recompôs o estudo do jogo como ferramenta pedagógica desde a educação tradicional até os nossos tempos. A ludicidade e tudo o que a permeia esteve, está e continuará presente em todas as épocas, povos e culturas, formando uma vasta área de conhecimento que associa criação, reflexão, socialização e aprendizagem. Naturalmente, suas manifestações vão se modificando pelas próprias relações humanas em seu contexto histórico, social, cultural e psicológico. Referências: ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Edições Loyola, 2000. BROUGÈRE, Gilles. Jogo e educação . São Paulo: Artmed, 1998. Este material foi baseado em: ALCANTARA, Elisa Ferreira Silva; PENTEADO, Maíra Menezes. Ludicidade como Instrumento Pedagógico. Pinheiral: Instituto Federal do Rio de Janeiro/ Rede e-Tec Brasil,2011. Última atualização: segunda, 19 jul 2021, 18:42 ◄ 1.2 O que é ludicidade? 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