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Gabarito - Direito Tributario - Temas 9 e 10

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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: CPII A 22022
Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTÁRIO 
Sessão: 09 - Dia 29/07/2022 - 08:00 às 09:50
Professor: CAMILO FERNANDES DA GRACA
09 Tema: Exclusão do Crédito Tributário II 2. Modalidade de exclusão: 2.2. ANISTIA 2.2.1 
Conceito. Natureza jurídica. Classificação; 2.2.2. Diferença entre remissão e anistia, 2.2.3. 
Questões controvertidas. Jurisprudência. Doutrina.
1ª QUESTÃO:
O Governador do Estado de Santa Catarina promoveu ação direta de inconstitucionalidade da Lei 
Estadual 11.393/2000, de iniciativa do Deputado X, que dispõe acerca do tributo denominado ICMS:
"Art. 1º. Ficam canceladas as notificações fiscais emitidas com base na Declaração de Informações 
Econômico-Fiscais - DIEF, ano base 1998.
Art. 2º. O Poder Executivo fica obrigado a restituir, no prazo de 30 (trinta) dias, os valores 
eventualmente recolhidos aos cofres públicos, decorrentes das notificações fiscais ora canceladas.
Art. 3º. O disposto nesta Lei aplica-se igualmente a notificações fiscais emitidas pela falta de entrega 
da DIEF.
Art. 4º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º. Revogam-se as disposições em contrário".
Pergunta-se: 
a) Existe alguma irregularidade nesta lei?
b) O art. 3º da Lei 11.393/2000 refere-se à concessão de anistia ou isenção?
Fundamente sua resposta.
20/07/2022 - Página 1 de 11DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
*ALTERADO O QUESTIONAMENTO "B" DE ACORDO COM O RDA nº 03.
STF: ADI 2.345-4. Min. Relator Sydney Sanches.
a)Sim. É irregular pela inexistência de suporte em convênio celebrado no âmbito do CONFAZ, nos 
termos da LC 24/75. Expressão da chamada "guerra fiscal". 
ADI 5467
Órgão julgador: Tribunal Pleno
Relator(a): Min. LUIZ FUX
Julgamento: 30/08/2019
Publicação: 16/09/2019
Ementa
Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO TRIBUTÁRIO. LEI 
ESTADUAL. CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS DE CRÉDITO PRESUMIDO. INSTITUIÇÃO 
UNILATERAL DE BENEFÍCIOS FISCAIS RELATIVOS AO ICMS. EXIGÊNCIA 
CONSTITUCIONAL DE CONVÊNIO INTERESTADUAL (ARTIGO 155, § 2º, XII, g, da 
CRFB/88). DESCUMPRIMENTO. RISCO DE DESEQUILÍBRIO DO PACTO FEDERATIVO. 
GUERRA FISCAL. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 1. O pacto federativo reclama, para a 
preservação do equilíbrio horizontal na tributação, a prévia deliberação dos Estados-membros para a 
concessão de benefícios fiscais relativamente ao ICMS, na forma prevista no artigo 155, § 2º, XII, g, 
da Constituição e como disciplinado pela Lei Complementar 24/75, recepcionada pela atual ordem 
constitucional. 2. In casu, padecem de inconstitucionalidade os dispositivos impugnados da Lei 
10.259/2015 do Estado do Maranhão, porquanto concessivos de benefícios fiscais de ICMS sem 
atendimento à exigência constitucional (artigo 155, § 2º, XII, g). 3. Pedido de declaração de 
inconstitucionalidade julgado procedente, conferindo à decisão efeitos ex nunc, a partir da data do 
deferimento da medida cautelar ora confirmada (artigo 27 da Lei 9.868/99).
b)Trata-se de anistia por estar disciplinada na CRFB/88, art. 155, §2º, XII, g, apesar de estar com o 
nome iures de isenção; e deveria ser concedida somente mediante lei complementar e não por lei 
ordinária.
ADI 2345 / SC - SANTA CATARINA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Relator(a): Min. CEZAR PELUSO
Julgamento: 30/06/2011 Órgão Julgador: Tribunal Pleno
Publicação
DJe-150 DIVULG 04-08-2011 PUBLIC 05-08-2011
EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Lei nº 11.393/2000, do Estado de Santa 
Catarina. Tributo. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS. Benefícios fiscais. 
Cancelamento de notificações fiscais e devolução dos correspondentes valores recolhidos ao erário. 
Concessão. Inexistência de suporte em convênio celebrado no âmbito do CONFAZ, nos termos da LC 
24/75. Expressão da chamada "guerra fiscal". Inadmissibilidade. Ofensa aos arts. 150, § 6º, 152 e 155, 
§ 2º, inc. XII, letra "g", da CF. Ação julgada procedente. Precedentes. Não pode o Estado-membro 
conceder isenção, incentivo ou benefício fiscal, relativos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias 
e Serviços - ICMS, de modo unilateral, mediante decreto ou outro ato normativo, sem prévia 
celebração de convênio intergovernamental no âmbito do CONFAZ.
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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
2ª QUESTÃO:
Trata-se originalmente de mandado de segurança em que o PARTICULAR pleiteava a inexistência de 
relação jurídica que o obrigasse ao recolhimento de COFINS. Durante o curso do processo foram 
realizados depósitos judiciais com a finalidade de suspender a exigibilidade do tributo discutido. O 
processo teve trânsito em julgado em 12.12.2008, de forma desfavorável ao PARTICULAR, e na 
sequência foi sobrestado para aguardar posicionamento do STF sobre a modulação de efeitos da 
revogação da Súmula n. 276 do STJ. No entanto, nesse ínterim, antes da ordem para a transformação 
dos depósitos efetuados em pagamento definitivo (outrora conversão em renda), sobreveio a Lei n. 
11.941/2009, que, em seu art. 1º, §3º, permitiu o pagamento ou parcelamento de débitos com os 
benefícios de remissão e anistia da seguinte forma:
Art. 1º [...] [...] § 3º Observado o disposto no art. 3º desta Lei e os requisitos e as condições
estabelecidos em ato conjunto do Procurador-Geral da Fazenda Nacional e do Secretário da Receita
Federal do Brasil, a ser editado no prazo de 60 (sessenta) dias a partir da data de publicação desta
Lei, os débitos que não foram objeto de parcelamentos anteriores a que se refere este artigo poderão
ser pagos ou parcelados da seguinte forma:
I - pagos a vista, com redução de 100% (cem por cento) das multas de mora e de ofício, de 40%
(quarenta por cento) das isoladas, de 45% (quarenta e cinco por cento) dos juros de mora e de 100%
(cem por cento) sobre o valor do encargo legal;
II - parcelados em até 30 (trinta) prestações mensais, com redução de 90% (noventa por cento) das
multas de mora e de ofício, de 35% (trinta e cinco por cento) das isoladas, de 40% (quarenta por
cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal;
III - parcelados em até 60 (sessenta) prestações mensais, com redução de 80% (oitenta por cento)
das multas de mora e de ofício, de 30% (trinta por cento) das isoladas, de 35% (trinta e cinco por
cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre
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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ovalor do encargo legal;
IV - parcelados em até 120 (cento e vinte) prestações mensais, com redução de 70% (setenta por
cento) das multas de mora e de ofício, de 25% (vinte e cinco por cento) das isoladas, de 30% (trinta
por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal; ou V -
parcelados em até 180 (cento e oitenta) prestações mensais, com redução de 60% (sessenta por
cento) das multas de mora e de ofício, de 20% (vinte por cento) das isoladas, de 25% (vinte e cinco
por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal. [...]
Nesse novo contexto, o PARTICULAR solicitou o gozo da benesse fiscal, na modalidade de 
pagamento à vista. Sendo assim, requereu que sobre sua dívida fossem aplicadas a anistia das multas 
e a remissão dos juros de mora e do encargo legal, a fim de que efetuasse o seu pagamento através da 
transformação dos valores depositados em pagamento definitivo. Além disso, por entender que após 
essa transformação haveria saldo remanescente dos depósitos efetuados, pois os depósitos renderam 
juros SELIC e a remissão legalmente concedida abrangeu 45% dos juros de mora (art. 1º, §3º, I, da 
Lei n. 11.941/2009), requereu que lhe fossem devolvidas as diferenças a título de juros, valor a queentende ter direito.
A FAZENDA NACIONAL argumenta que o trânsito em julgado da ação antes do advento da lei que 
instituiu as benesses fiscais impede o PARTICULAR de gozar dessas vantagens, ainda que não tenha 
havido a transformação em pagamento definitivo dos depósitos ali efetuados. Argumenta também 
que, acaso admitida a benesse fiscal, o PARTICULAR não tem direito a levantar qualquer valor, pois 
não há saldo remanescente a título de juros de mora.
Responda, fundamentadamente, como deve ser julgado o caso.
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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
RESPOSTA: RESP nº 1.251.513 - PR, RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES
REsp 1251513 / PR
RECURSO ESPECIAL
2011/0096857-2
Relator(a) Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141)
Órgão Julgador S1 - PRIMEIRA SEÇÃO
Data do Julgamento 10/08/2011
Data da Publicação/Fonte DJe 17/08/2011
Ementa
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 
ART. 543-C, DO CPC. PARCELAMENTO OU PAGAMENTO À VISTA COM REMISSÃO E 
ANISTIA INSTITUÍDOS PELA LEI N. 11.941/2009. APROVEITAMENTO DO BENEFÍCIO 
MEDIANTE A TRANSFORMAÇÃO EM PAGAMENTO DEFINITIVO (CONVERSÃO EM 
RENDA) DE DEPÓSITO JUDICIAL VINCULADO A AÇÃO JÁ TRANSITADA EM JULGADO. 
IMPOSSIBILIDADE DE DEVOLUÇÃO DA DIFERENÇA ENTRE OS JUROS QUE 
REMUNERAM O DEPÓSITO JUDICIAL E OS JUROS DE MORA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
QUE NÃO FORAM OBJETO DE REMISSÃO.
1. A alegação de violação ao art. 535, do CPC, desenvolvida sobre fundamentação genérica chama a 
aplicação da Súmula n. 284/STF: "É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na 
sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia".
2. A possibilidade de aplicação da remissão/anistia instituída pelo art. 1º, §3º, da Lei n. 11.941/2009, 
aos créditos tributários objeto de ação judicial já transitada em julgado foi decidida pela instância de 
origem também à luz do princípio da isonomia, não tendo sido interposto recurso extraordinário, 
razão pela qual o recurso especial não merece conhecimento quanto ao ponto em razão da Súmula n. 
126/STJ: "É inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido assenta em fundamentos 
constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte 
vencida não manifesta recurso extraordinário".
3. De acordo com o art. 156, I, do CTN, o pagamento extingue o crédito tributário. Se o pagamento 
por parte do contribuinte ou a transformação do depósito em pagamento definitivo por ordem judicial 
(art. 1º, §3º, II, da Lei n. 9.703/98) somente ocorre depois de encerrada a lide, o crédito tributário tem 
vida após o trânsito em julgado que o confirma. Se tem vida, pode ser objeto de remissão e/ou anistia 
neste ínterim (entre o trânsito em julgado e a ordem para transformação em pagamento definitivo, 
antiga conversão em renda) quando a lei não exclui expressamente tal situação do seu âmbito de 
incidência. Superado, portanto, o entendimento veiculado no item "6" da ementa do REsp. nº
1.240.295 - SC, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 5.4.2011.
4. O §14, do art. 32, da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 6/2009, somente tem aplicação para os casos 
em que era possível requerer a desistência da ação. Se houve trânsito em julgado confirmando o 
crédito tributário antes da entrada em vigor da referida exigência (em 9.11.2009, com a Portaria 
Conjunta PGFN/RFB nº 10/2009), não há que se falar em requerimento de desistência da ação como 
condição para o gozo do benefício.
5. A remissão de juros de mora insertos dentro da composição do crédito tributário não enseja o 
resgate de juros remuneratórios incidentes sobre o depósito 
20/07/2022 - Página 6 de 11DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
judicialfeito para suspender a exigibilidade desse mesmo crédito tributário. O pleito não encontra 
guarida no art. 10, parágrafo único, da Lei n. 11.941/2009. Em outras palavras: "Os eventuais juros 
compensatórios derivados de supostas aplicações do dinheiro depositado a título de depósito na forma 
do inciso II do artigo 151 do CTN não pertencem aos contribuintes-depositantes." (REsp. n.º 392.879 
- RS, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 13.8.2002).
6. No caso concreto, muito embora o processo tenha transitado em julgado em 12.12.2008 (portanto 
desnecessário o requerimento de desistência da ação como condição para o gozo do benefício) e a 
opção pelo benefício tenha antecedido a ordem judicial para a transformação do depósito em 
pagamento definitivo (antiga conversão em renda), as reduções cabíveis não alcançam o crédito 
tributário em questão, pois o depósito judicial foi efetuado antes do vencimento, não havendo rubricas 
de multa, juros de mora e encargo legal a serem remitidas.
7. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido.
Acórdão submetido ao regime do art. 543-C, do CPC, e da Resolução STJ n. 8/2008.
AgInt no REsp 1461688 / PR, Relator(a) Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA
Data do Julgamento 24/06/2019; Data da Publicação/Fonte DJe 27/06/2019
Ementa
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CPMF. CONVERSÃO 
EM RENDA DA UNIÃO. REDUÇÕES DA LEI 11.941/2009. IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO 
DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INVIÁVEL A ALTERAÇÃO DO 
JULGADO NESTA INSTÂNCIA RECURSAL. ACÓRDÃO DE ORIGEM EM CONFORMIDADE 
COM O ENTENDIMENTO FIRMADO NO RESP 1.251.513/PR, DA RELATORIA DO 
MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES, JULGADO NA FORMA DO ART. 543-C DO 
CPC/1973, QUE JÁ RECONHECEU A INEXISTÊNCIA DE QUALQUER REDUÇÃO DA LEI 
11.941/2009 A SER DEFERIDA, NA HIPÓTESE EM QUE OS DEPÓSITOS REFEREM-SE 
APENAS AO VALOR PRINCIPAL. AGRAVO INTERNO DAS CONTRIBUINTES A QUE SE 
NEGA PROVIMENTO, EM CONFORMIDADE COM O PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
FEDERAL.
1. Em relação à conversão em renda da União, a Corte de origem consignou, expressamente, que os 
valores depositados somente se referem ao valor principal da dívida, razão pela qual as reduções 
previstas nas Lei 11.941/2009, que se referem aos consectários legais (juros de mora), não são 
aplicáveis ao caso dos autos. Logo, a alteração das conclusões a que chegou o Tribunal de origem, a 
fim de reconhecer que há direito ao levantamento de parte dos valores depositados em juízo, 
demandaria necessariamente a incursão no acervo fático-probatório dos autos, o que é inviável em 
sede de Recurso Especial.
2. Vale ressaltar que a controvérsia foi solucionada com base na orientação firmada pela Primeira 
Seção do STJ, no julgamento do REsp. 1.251.513/PR, da Relatoria do Ministro MAURO 
CAMPBELL MARQUES, julgado na forma do art. 543-C do CPC/1973, que já reconheceu a 
inexistência de qualquer redução da Lei 11.941/2009 a ser deferida, uma vez que os depósitos 
referem-se apenas ao valor principal, que não sofre qualquer redução prevista na referida Lei.
3. Agravo Interno das Contribuintes a que se nega provimento.
20/07/2022 - Página 7 de 11DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: CPII A 22022
Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTÁRIO 
Sessão: 10 - Dia 29/07/2022 - 10:10 às 12:00
Professor: CAMILO FERNANDES DA GRACA
10 Tema: Garantias e privilégios do crédito tributário I 1. Conceito; 2. Significado das expressões 
garantias, privilégios e preferências; 3. Norma jurídica sobre garantias e privilégios do crédito 
tributário; 4. As garantias e privilégios do crédito tributário. CTN, artigos 183 a 193; 5. 
Competência. Direito intertemporal. Interpretação; 6. Concurso fiscal de preferências. Concurso 
de execuções;
1ª QUESTÃO:
Responda, fundamentadamente, se, após a alienação de veículo em hasta pública em virtude de 
execução fiscal proposta pela União, o Estado, que também efetuara penhora sobre o mesmo bem 
alienado, tem direito a que seja efetuada a reserva de numerário suficiente ao pagamentodo IPVA 
referente a anos anteriores à alienação.
RESPOSTA:
ADPF 357 
Preferência da União no recebimento de créditos da dívida ativa - ADPF 357/DF 
Resumo: 
O concurso de preferência entre os entes federados na cobrança judicial dos créditos tributários e não 
tributários, previsto no parágrafo único do art. 187 da Lei 5.172/1966 (Código Tributário Nacional) e 
no parágrafo único do art. 29 da Lei 6.830/1980 (Lei de Execuções Fiscais), não foi recepcionado 
pela Constituição Federal de 1988 (CF/1988). 
Isso porque ameaça o pacto federativo e contraria o inc. III do art. 19 da CF/1988 (1) a definição de 
hierarquia na cobrança judicial dos créditos da dívida pública da União aos estados e Distrito Federal 
e esses aos Municípios. 
A autonomia e a isonomia dos entes federados são os alicerces para a manutenção do modelo 
jurídico-constitucional adotado. 
Somente pela Constituição, e quando houver finalidade constitucional adequadamente demonstrada, 
pode-se criar distinções entre os entes federados na cobrança judicial dos créditos tributários e não 
tributários. 
Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, julgou procedente o pedido formulado em 
arguição de descumprimento de preceito fundamental para declarar a não recepção, pela CF/1988, das 
normas previstas no parágrafo único do art. 187 da Lei 5.172/1966 e no parágrafo único do art. 29 da 
Lei 6.830/1980, e para cancelar o Enunciado 563 da Súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) (2). 
(1) CF/1988: "Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) III -
criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si." 
(2) Enunciado 563 da Súmula do STF: "O concurso de preferência a que se refere o parágrafo único 
do art. 187 do Código Tributário Nacional é compatível com o disposto no art. 9º, inciso I, da 
Constituição Federal." 
ADPF 357/DF, relatora Min. Cármen Lúcia, julgamento em 24.6.2021 
20/07/2022 - Página 8 de 11DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ALTERADO CONFORME O R.D.A. nº 12/2021
2ª QUESTÃO:
O INSS propõe demanda em que visa ao reconhecimento de preferência e habilitação de crédito em 
execução fiscal movida pela Fazenda Estadual. Esta, por sua vez, alega que a instituição de 
privilégios entre entes federados fere o princípio federativo, de acordo com a nova ordem 
constitucional, razão pela qual a Súmula 563 do STF deve ser revogada, por estar arrimada na CF/67, 
bem assim declarados inconstitucionais os arts. 187 do CTN e 29, da LEF.
Responda, fundamentadamente:
a) quais são os requisitos necessários para que se discuta o direito de prelação;
b) como deve ser julgado o pedido da autarquia.
20/07/2022 - Página 9 de 11DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
A) Súmula 497 - Os créditos das autarquias federais preferem aos créditos da Fazenda estadual
desde que coexistam penhoras sobre o mesmo bem. (SÚMULA 497, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 08/08/2012, DJe 13/08/2012)
(DIREITO TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL)
B) ADPF 357
Preferência da União no recebimento de créditos da dívida ativa - ADPF 357/DF
Resumo:
O concurso de preferência entre os entes federados na cobrança judicial dos créditos tributários
e não tributários, previsto no parágrafo único do art. 187 da Lei 5.172/1966 (Código Tributário
Nacional) e no parágrafo único do art. 29 da Lei 6.830/1980 (Lei de Execuções Fiscais), não foi
recepcionado pela Constituição Federal de 1988 (CF/1988).
Isso porque ameaça o pacto federativo e contraria o inc. III do art. 19 da CF/1988 (1) a
definição de hierarquia na cobrança judicial dos créditos da dívida pública da União aos
estados e Distrito Federal e esses aos Municípios.
A autonomia e a isonomia dos entes federados são os alicerces para a manutenção do modelo
jurídico-constitucional adotado.
Somente pela Constituição, e quando houver finalidade constitucional adequadamente
demonstrada, pode-se criar distinções entre os entes federados na cobrança judicial dos créditos
tributários e não tributários.
Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, julgou procedente o pedido formulado
em arguição de descumprimento de preceito fundamental para declarar a não recepção, pela
CF/1988, das normas previstas no parágrafo único do art. 187 da Lei 5.172/1966 e no parágrafo
único do art. 29 da Lei 6.830/1980, e para cancelar o Enunciado 563 da Súmula do Supremo
Tribunal Federal (STF) (2).
(1) CF/1988:
20/07/2022 - Página 10 de 11DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
“Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) III - criar
distinções entre brasileiros ou preferências entre si."
(2) Enunciado 563 da Súmula do STF: "O concurso de preferência a que se refere o parágrafo
único do art. 187 do Código Tributário Nacional é compatível com o disposto no art. 9º, inciso I,
da Constituição Federal."
ADPF 357/DF, relatora Min. Cármen Lúcia, julgamento em 24.6.2021
20/07/2022 - Página 11 de 11DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022

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