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1 
OAB DESCOMPLICADA 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
Competência Tributária 
1) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVIII – 2019 
O Distrito Federal instituiu, por lei distrital, a contribuição para o 
custeio do serviço de iluminação pública. Um contribuinte insurgiu-se 
judicialmente contra tal cobrança, alegando que a instituição pelo Distrito Federal 
seria inconstitucional. 
Diante desse quadro, assinale a afirmativa correta. 
a) O contribuinte tem razão, uma vez que, em virtude das peculiaridades do Distrito 
Federal, é a União o ente federado competente pela instituição da contribuição 
para o custeio do serviço de iluminação pública na capital federal. 
b) O contribuinte tem razão, uma vez que, em virtude das peculiaridades do Distrito 
Federal, é o Estado de Goiás o responsável pela instituição da contribuição para 
o custeio do serviço de iluminação pública na capital federal. 
c) O contribuinte não tem razão, pois o Distrito Federal possui delegação de 
capacidade tributária ativa feita pela União para a cobrança da contribuição para 
o custeio do serviço de iluminação pública. 
d) O contribuinte não tem razão, pois o Distrito Federal pode instituir a contribuição 
para o custeio do serviço de iluminação pública, assim como os Municípios. 
 
COMENTÁRIOS 
O Artigo 149-A da CF/88 expressamente prevê a competência do Distrito 
Federal, motivo pelo qual a alternativa “A” está errada. Em relação à alternativa “B”, não 
há que se falar no Estado de Goiás, visto que não tem qualquer competência sobre o 
Distrito Federal. 
Tendo em vista que não se trata de delegaçao de capacidade tributária ativa, 
resta-nos a alternativa “D”, que tem fundamento para estar correta em virtude do Artigo 
149-A da Constituição Federal, que veio com a Emenda Constitucional 39, que assim 
dispõe: 
Art. 149-A - Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir 
contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do 
serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e 
III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se 
refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. 
 
 
 
 2 
OAB DESCOMPLICADA 
ARTIGOS INDICADOS 
Contribuição de custeio para serviço de iluminação pública – Conjur 
https://www.conjur.com.br/2008-jul-17/analise_tributaria_servico_iluminacao_publica 
 
Considerações sobre a CIP – Âmbito Jurídico 
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10468&revista_caderno=
11 
 
VÍDEO AULA INDICADA 
CIP – Estratégia Concursos 
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10468&revista_caderno=
11 
 
GABARITO: ALTERNATIVA C 
 
 
2) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado – 2019 
No final do ano de 2018, o Município X foi gravemente afetado por fortes 
chuvas que causaram grandes estragos na localidade. Em razão disso, a 
Assembleia Legislativa do Estado Y, em que está localizado o Município X, 
aprovou lei estadual ordinária concedendo moratória quanto ao pagamento do 
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do ano subsequente, em favor de todos 
os contribuintes desse imposto situados no Município X. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) Lei ordinária não é espécie normativa adequada para concessão de moratória. 
b) Lei estadual pode conceder moratória de IPTU, em situação de calamidade 
pública ou de guerra externa ou sua iminência. 
c) Lei estadual não pode, em nenhuma hipótese, conceder moratória de IPTU. 
d) A referida moratória somente poderia ser concedida mediante despacho da 
autoridade administrativa em caráter individual. 
 
COMENTÁRIOS: 
A moratória é uma extensão de prazo para pagamento do tributo. Entretanto, 
em nenhuma hipótese lei estadual pode conferi-la ao IPTU. 
Vejamos o disposto no Artigo 152, I do CTN: 
Art. 152. A moratória somente pode ser concedida: 
I - em caráter geral: 
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o 
tributo a que se refira; 
 
 3 
OAB DESCOMPLICADA 
b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do 
Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente 
concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações 
de direito privado; 
 
GABARITO: ALTERNATIVA C 
 
3) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXXI – 2020 
A sociedade empresária ABC, concessionária de serviço de transporte 
público coletivo de passageiros, opera a linha de ônibus 123, que inicia seu trajeto 
no Município X e completa seu percurso no Município Y, ambos localizados no 
Estado Z. 
Sobre a prestação onerosa desse serviço de transporte, deve incidir 
a) o ISS, a ser recolhido para o Município X. 
b) o ISS, a ser recolhido para o Município Y. 
c) o ICMS, a ser cobrado de forma conjunta pelo Município X e o Município Y. 
d) o ICMS, a ser recolhido para o Estado em que se localizam o Município X e o 
Município Y. 
COMENTÁRIOS: 
Em primeiro lugar é interessante saber que o ISS só é devido em serviços 
de transporte intramunicipal, e que o ICMS incide sobre transportes interestaduais e 
intermunicipais. 
Ademais, o ICMS é um imposto estadual, conforme prevê o Artigo 155, II da 
CF/88: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos 
sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e 
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem 
no exterior; 
 
Gabarito: Alternativa D 
 
4) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXXI – 2020 
João da Silva, servidor da Administração Tributária do Município Y, 
recebeu propina de José Pereira, adquirente de um imóvel, para, em conluio com 
este, emitir uma certidão que atestava falsamente a quitação de débito do Imposto 
de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) incidente sobre a transferência de 
propriedade. A certidão seria apresentada ao tabelião para lavrar-se a escritura 
pública de compra e venda imobiliária e para posterior registro. 
Considerando-se que, nesse Município, o contribuinte de ITBI é o 
adquirente de imóvel, assinale a afirmativa correta. 
 
 4 
OAB DESCOMPLICADA 
a) O servidor João da Silva poderá ser responsabilizado funcional e criminalmente 
por esse ato, mas a dívida tributária somente poderá ser cobrada de José 
Pereira, o único que é parte na relação jurídico-tributária com o Município credor. 
b) O servidor João da Silva poderá ser responsabilizado pessoalmente pelo crédito 
tributário e juros de mora acrescidos. 
c) O tabelião poderá ser o único responsabilizado pela dívida tributária e juros de 
mora acrescidos, por ter lavrado a escritura pública sem averiguar, junto ao Fisco 
Municipal, a veracidade das informações da certidão apresentada. 
d) Caso seja aplicada multa tributária punitiva contra José Pereira, este poderá 
exigir do Fisco que 50% do valor da multa seja cobrado do servidor João da 
Silva. 
COMENTÁRIOS: 
O Artigo 208 do CTN prevê exatamente a alternativa “B”: 
Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que 
contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente 
o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora 
acrescidos. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade 
criminal e funcional que no caso couber. 
 
Gabarito: Alternativa B 
 
5) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXXI – 2020 
Maria dos Santos, querendo constituir hipoteca sobre imóvel de sua 
propriedade em garantia de empréstimo bancário a ser por ela contraído, vai a um 
tabelionato para lavrar a escritura pública da referida garantia real. Ali, é 
informada que o Município Z, onde se situa o bem, cobra o Imposto de 
Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) sobre a constituição de direitos reais de 
garantia. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) É possível tal cobrança, pois a constituição de direito real de garantia sobre bens 
imóveis, por ato inter vivos, é uma das hipótesesde incidência do ITBI. 
b) O contribuinte do ITBI, nesse caso, não seria Maria dos Santos, mas sim a 
instituição bancária em favor de quem a garantia real será constituída. 
c) O tabelião atua como responsável por substituição tributária, recolhendo, no 
lugar do contribuinte, o ITBI devido em favor do Município Z nessa constituição 
de direitos reais de garantia. 
d) Não é possível exigir ITBI sobre direitos reais de garantia sobre imóveis 
COMENTÁRIOS: 
O Artigo 156, II da CF/88 veda a instituição de imposto em casos de garantia: 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: II - 
transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens 
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre 
 
 5 
OAB DESCOMPLICADA 
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua 
aquisição; 
 
Gabarito: Alternativa D 
 
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar 
6) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXIX – 2019 
O Município X, na tentativa de fazer com que os cofres municipais 
pudessem receber determinado tributo com mais celeridade, publicou, em maio 
de 2017, uma lei que alterava a data de recolhimento daquela exação. A lei 
dispunha que os efeitos das suas determinações seriam imediatos. 
Nesse sentido, assinale a afirmativa correta. 
a) Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), a lei é 
válida, mas apenas poderia entrar em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após a 
sua publicação. 
b) A lei é inconstitucional, uma vez que não respeitou o princípio da anterioridade. 
c) A lei é constitucional, uma vez que, nessa hipótese, não se sujeita ao princípio 
da anterioridade. 
d) A lei é válida, mas só poderia vigorar 90 (noventa) dias após a sua publicação. 
 
COMENTÁRIOS: 
O STF entende que norma tributária que altera prazo de recolhimento de 
tributo não se sujeita ao princípio da anterioridade. 
Súmula Vinculante 50 – Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação 
tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. 
 
Vejamos os seguintes julgados: 
(...) para mim, a questão posta não envolve criação ou aumento de 
tributo, e sim deslocamento do prazo de recolhimento da respectiva 
taxação. O art. 195, § 6º, da Constituição Federal criou a anterioridade 
mitigada, todavia o Tribunal tem entendido que, na hipótese apenas de 
mudança de prazo para efeito de recolhimento do tributo, não se exige 
a referida anterioridade. [RE 240.266, rel. min. Marco Aurélio, voto do 
red. p/ o ac. min. Maurício Corrêa, P, j. 22-9-1999, DJ de 3-3-2000.] 
 
O postulado da anterioridade em matéria tributária, além de traduzir 
insuperável limitação jurídica ao poder de tributar do Estado, 
representa expressiva garantia de caráter individual que compõe o 
estatuto constitucional do contribuinte (RTJ 151/755-756), 
qualificando-se, por isso mesmo — consoante adverte o magistério 
jurisprudencial desta Suprema Corte (RTJ 83/501) —, como 
 
 6 
OAB DESCOMPLICADA 
instrumento destinado a impedir que o sujeito passivo da obrigação 
fiscal venha a ser surpreendido pela imediata aplicabilidade e 
incidência de leis que tenham (a) instituído tributos novos ou (b) 
majorado espécies tributárias já existentes. É por essa razão que o 
postulado da anterioridade deixa de incidir, quando o poder público, em 
vez de criar tributo novo ou de majorar tributos já existentes, edita 
legislação destinada a tornar menos oneroso, para o contribuinte, o 
gravame tributário, conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal (...). 
[RE 240.266, rel. min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. min. Maurício Corrêa, 
voto do min. Celso de Mello, P, j. 22-9-1999, DJ de 3-3-2000.] 
 
A matéria a ser examinada no recurso diz respeito unicamente à 
aplicação do princípio constitucional da anterioridade, fixado no art. 
195, § 6º, da CF/1988. (...) A exigência da contribuição, assim, só se 
dará após decorrido o prazo estabelecido pela norma. Cumpre saber 
se a alteração de prazo de recolhimento da exação fiscal, imposta pela 
legislação impugnada, estaria abrangida no conceito de modificação 
inserto no mencionado artigo. Impõe-se a negativa. Em realidade, nem 
toda alteração introduzida, por lei, no sistema de exigência dessas 
contribuições há de ser entendida como sinônimo da modificação. Não 
seria admissível que se aguardasse o protraimento da eficácia da regra 
legislativa, simplesmente por haver alterado a data de pagamento da 
obrigação tributária, sem qualquer outra repercussão. [RE 209.386, 
voto do rel. min. Ilmar Galvão, 1ª T, j. 5-12-1997, DJ de 27-2-1998.] 
 
GABARITO: ALTERNATIVA C 
 
7) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXIX – 2019 
O Chefe do Executivo do Município X editou o Decreto 123, em que 
corrige o valor venal dos imóveis para efeito de cobrança do Imposto Predial e 
Territorial Urbano (IPTU), de acordo com os índices inflacionários anuais de 
correção monetária. 
No caso narrado, a medida 
a) fere o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo somente pode 
ser realizada por meio de lei em sentido formal. 
b) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a majoração da base de 
cálculo do IPTU dispensa a edição de lei em sentido formal. 
c) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da 
base de cálculo do IPTU pode ser realizada por meio de decreto. 
d) fere o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo 
do IPTU não dispensa a edição de lei em sentido formal. 
 
COMENTÁRIOS: 
A atualização monetária é uma exceção ao princípio da legalidade. 
Vejamos o que dispõe a Súmula 160 do STJ: 
 
 7 
OAB DESCOMPLICADA 
É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em 
percentual superior ao índice oficial de correção monetária. 
 
Por sua vez, o Artigo 97, II, parágrafo 2º do CTN, assim prevê: 
art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto 
nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto 
no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da 
respectiva base de cálculo. 
 
GABARITO: ALTERNATIVA C 
 
8) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVIII – 2019 
A União, por meio de lei ordinária, instituiu nova contribuição social 
(nova fonte de custeio) para financiamento da seguridade social. Para tanto, 
adotou, além da não cumulatividade, fato gerador e base de cálculo distintos dos 
discriminados na Constituição da República. 
A referida lei foi publicada em 1º de outubro de 2018, com entrada em 
vigor em 1º de fevereiro de 2019, determinando, como data de vencimento da 
contribuição, o dia 1º de março de 2019. 
A pessoa jurídica XYZ não realizou o pagamento, razão pela qual, em 
10 de março de 2019, foi aconselhada, por seu(sua) advogado(a), a propor uma 
ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica, em face da União. 
a) Ela somente poderia ser instituída por meio de Lei Complementar. 
b) Ela violou o princípio da anterioridade anual. 
c) Ela violou o princípio da anterioridade nonagesimal. 
d) Ela somente poderia ser instituída por Emenda Constitucional. 
 
COMENTÁRIOS 
Há algumas coisas que precisamos refletir sobre essa questão. Primeiro 
que, mais uma vez, a resposta encontra-se apenas com base na leitura de lei seca. 
Encontraremos isso na leitura do Artigo 195, parágrafo 4º cumulado com a leitura do 
Artigo 154, I, ambos da Constituição Federal de 1988. Vamos a eles: 
Art. 195 - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de 
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais. 
 
 8 
OAB DESCOMPLICADA 
 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a 
manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o 
disposto no art. 154, I. 
 
Art. 154. CRFB/88. A União poderáinstituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo 
anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato 
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta 
Constituição. 
Diante disso, chega-se à conclusão de que referida medida deveria ter sido 
mediante lei complementar. Aliás, lembre-se do seguinte macete: 
Impostos que só se criam por meio de lei complementar – GECI: 
IGF – Imposto sobre grandes fortunas 
Empréstimo Compulsório1 
Contribuição Social Residual 
Imposto Residual 
 
ARTIGO INDICADO 
A função da Lei Complementar tributária – Âmbito Jurídico 
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2250 
 
Competência Tributária – Migalhas 
https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI268312,21048-Competencia+Tributaria 
 
GABARITO: ALTERNATIVA A 
 
9) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVIII – 2019 
O Estado Y lavrou auto de infração em face da pessoa jurídica PJ para 
cobrança de créditos de Impostos sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação 
de Serviços (ICMS), decorrentes da produção e venda de livros eletrônicos. 
Adicionalmente aos créditos de ICMS, o Estado Y cobrou o pagamento de multa 
em decorrência do descumprimento de obrigação acessória legalmente prevista. 
 
1 O Plano Collor, além de ser completamente reprovável, foi Inconstitucional justamente por isso. Os 
empréstimos compulsórios só podem ser criados por Lei Complementar. No caso, o então presidente o 
implementou por Medida Provisória, que torna-se Lei Ordinária após aprovada. Portanto: completamente 
ilegal. 
 
 9 
OAB DESCOMPLICADA 
Tendo isso em vista, assinale a afirmativa correta. 
a) Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; por outro lado, é 
incorreta a cobrança da multa pelo descumprimento da obrigação acessória. 
b) Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; no entanto, tendo em 
vista a previsão legal, é correta a cobrança de multa pelo descumprimento da 
obrigação acessória. 
c) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente 
abrange o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; da mesma 
forma, é correta a cobrança de multa pelo descumprimento da obrigação 
acessória, em vista da previsão legal. 
d) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente 
abrange o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; no 
entanto, é incorreta a cobrança da multa pelo descumprimento da obrigação 
acessória. 
 
COMENTÁRIOS 
A Imunidade Tributária, bem como a Isenção e a Exclusão, são um dos 
temas mais recorrentes nas provas da OAB. Falar sobre eles seria muito demorado e 
perderia o foco do presente livro, de tal forma que, em situações como essa, que 
julgamos o tema importante, indicaremos vídeo aulas e artigos para vocês, como já 
fizemos nas últimas questões. 
De qualquer forma, agora sobre a questão, é importante trazer pra vocês 
o que dispõe o Artigo 150, VI, “d” da CF/88: 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: d) livros, jornais, 
periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
 
 
Desta feita, é vedado instituir impostos sobre livros. Além disso, o STF no 
RE 330817, tema 593 da Repercussão Geral, entendeu que esse previsão atinge 
também e-books. 
Por fim, é de rigor destacar que o descumprimento de uma obrigação 
assessória, faz com que ela se converta em obrigação principal, conforme dispõe o 
Artigo 113, parágrafo 3º do CTN: 
 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória 
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, 
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade 
pecuniária. 
 
 
VÍDEO AULA INDICADA 
Conceito de Imunidade Tributária – Eduardo Sabbag 
https://www.youtube.com/watch?v=dyFSjP8Ok38 
 
 10 
OAB DESCOMPLICADA 
 
ARTIGOS E NOTÍCIAS INDICADAS 
Imunidade Tributária – Âmbito Jurídico 
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7865 
STF decide que livros digitais tem imunidade tributária – STF 
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=337857 
 
Livros eletrônicos tem imunidade tributária – Conjur 
https://www.conjur.com.br/2017-mar-08/livros-eletronicos-tambem-imunidade-
tributaria-decide-supremo 
 
GABARITO: ALTERNATIVA B 
 
 
 
10) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXX – 2019 
Projeto de Resolução do Senado Federal pretende fixar nacionalmente 
as alíquotas mínimas do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores 
(IPVA), tributo de competência estadual. 
Um Senador, membro da Comissão de Constituição, Justiça e 
Cidadania do Senado Federal, que terá de elaborar parecer sobre o tema, consulta 
você sobre sua opinião jurídica acerca desse projeto de Resolução. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) O Senado, por ser órgão do Poder Legislativo da União, não possui competência 
constitucional para, por Resolução, dispor sobre o tema, por se tratar de 
ingerência indevida da União na autonomia dos Estados. 
b) É lícito ao Senado instituir a referida Resolução, pois existe autorização expressa 
na Constituição para tal fixação por Resolução do Senado. 
c) A fixação de alíquota mínima de tributo, por mera Resolução do Senado, viola o 
princípio da legalidade tributária. 
d) Resolução do Senado poderia tratar do tema, desde que ratificada por ao menos 
dois terços dos membros do Conselho Nacional de Política Fazendária 
(CONFAZ). 
 
COMENTÁRIOS: 
Em que se pese o IPVA seja um imposto Estadual, o Artigo 155, III, 
parágrafo 6º, I da CF/88, prevê que: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos 
sobre: 
III - propriedade de veículos automotores. 
§ 6º O imposto previsto no inciso III: 
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; 
 
 11 
OAB DESCOMPLICADA 
 
GABARITO: ALTERNATIVA B 
 
Tributos e Espécies de Tributos 
11) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXIX – 2019 
A União, diante de grave desastre natural que atingiu todos os estados 
da Região Norte, e considerando ainda a severa crise econômica e financeira do 
país, edita Medida Provisória, que institui Empréstimo Compulsório, para que as 
medidas cabíveis e necessárias à reorganização das localidades atingidas sejam 
adotadas. 
Sobre a constitucionalidade da referida tributação, assinale a 
afirmativa correta. 
a) O Empréstimo Compulsório não pode ser instituído para atender às despesas 
extraordinárias decorrentes de calamidade pública. 
b) O Empréstimo Compulsório deve ser instituído por meio de Lei Complementar, 
sendo vedado pela CRFB/88 que Medida Provisória trate desse assunto. 
c) Nenhum tributo pode ser instituído por meio de Medida Provisória. 
d) A União pode instituir Empréstimo Compulsório para atender às despesas 
decorrentes de calamidade pública, sendo possível, diante da situação de 
relevância e urgência, a edição de Medida Provisória com esse propósito. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Artigo 148 da Constituição Federal é claro ao estabelecer que o 
Empréstimo Compulsório será instituído por lei complementar: 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir 
empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo 
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua 
instituição. 
 
Ademais, o artigo 62, parágrafo 1º, III da CF/88 estabelece que é vedada a 
edição de Medida Provisória em matérias reservadas à lei complementar. 
 
GABARITO: ALTERNATIVA B 
 
 12 
OAB DESCOMPLICADA 
 
12) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII –2018 
O Município M resolve ele mesmo fiscalizar e cobrar o Imposto sobre a 
Propriedade Territorial Rural (ITR) dos imóveis rurais localizados em seu 
território. 
Acerca desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) O ITR não pode ser fiscalizado e cobrado pelo Município M, por se tratar de 
tributo de competência da União. 
b) O Município M poderá optar, na forma da lei, por fiscalizar e cobrar diretamente 
o ITR. 
c) A fiscalização e a cobrança do ITR pelo Município M autorizam-no a reter 50% 
do produto da arrecadação do imposto, como contraprestação pela fiscalização 
e cobrança no lugar da União. 
d) A partir da opção por fiscalizar e cobrar o ITR, o Município M passa a ter 
competência para alterar as alíquotas do imposto, inclusive para sua redução. 
 
COMENTÁRIOS: 
A resposta para essa questão encontra-se no Artigo 153, VI, parágrafo 4º 
c/c III e Artigo 155, II, ambos da Constituição Federal: 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: VI - propriedade 
territorial rural; § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: III - será 
fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma 
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra 
forma de renúncia fiscal. 
 
Art. 158. Pertencem aos Municípios: II - cinqüenta por cento do produto 
da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial 
rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade 
na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; 
 
 
ARTIGO INDICADO 
Fiscalização e arrecadação do ITR – Âmbito Jurídico 
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12506 
 
GABARITO: ALTERNATIVA B 
 
13) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII – 2018 
Em dezembro de 2017, João adquiriu o domínio útil de um terreno de 
marinha. No ano de 2018, foi surpreendido com a chegada de duas notificações: 
 
 13 
OAB DESCOMPLICADA 
uma da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), para pagamento do foro anual à 
União; outra do Município, contendo a cobrança do IPTU do imóvel. 
Acerca desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) A cobrança do IPTU é devida, pois o titular do domínio útil também é contribuinte 
do IPTU. 
b) A dupla cobrança é indevida, pois, tratando-se do mesmo imóvel, a base de 
cálculo e o fato gerador do foro anual e do IPTU seriam idênticos, configurando 
um bis in idem vedado em matéria tributária. 
c) A cobrança do IPTU é indevida, pois, sendo o imóvel de propriedade da União, 
goza da imunidade recíproca. 
d) Como ambos os tributos (foro anual e IPTU) destinam-se a entes federados 
distintos, é admissível a dupla cobrança. 
 
COMENTÁRIOS: 
A questão traz uma pegadinha, pois leva o aluno a crer que há “bis in idem” 
na cobrança de tributos. Entretanto, o foro anual não é tributo. Portanto, não há que se 
falar em “bis in idem”. 
Ademais, a cobrança de IPTU é devida, haja vista expressa previsão legal 
no Artigo 32 do CTN: 
 
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a 
propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a 
propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou 
por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana 
do Município. 
 
Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do 
seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. 
 
Para saber mais sobre Foro Anual, leia o artigo indicado abaixo. 
 
ARTIGO INDICADO 
Foro, laudêmio e taxa de ocupação: o que é isso? – Migalhas 
https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI219673,71043-
Foro+laudemio+e+taxa+de+ocupacao+o+que+e+isso 
 
GABARITO: ALTERNATIVA A 
 
 
14) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXX – 2019 
Otávio, domiciliado no Estado X, possui ações representativas do 
capital social da Sociedade BETA S/A, com sede no Estado Y, e decide doar parte 
da sua participação acionária a Mário, seu filho, então domiciliado no Estado Z. 
 
 14 
OAB DESCOMPLICADA 
Com dúvidas quanto ao Estado para o qual deverá ser recolhido o 
imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) incidente nessa 
operação, Mário consulta seu escritório, destacando que o Estado Z estabelece 
alíquotas inferiores às praticadas pelos demais Estados. 
Com base nisso, assinale a afirmativa correta. 
a) O ente competente para exigir o ITCD na operação em análise é o Estado X, 
onde tem domicílio o doador. 
b) O ITCD deverá ser recolhido ao Estado Y, uma vez que o bem a ser doado 
consiste em participação acionária relativa à sociedade ali estabelecida, e o 
imposto compete ao Estado da situação do bem. 
c) O ITCD deverá ser recolhido ao Estado Z, uma vez que o contribuinte do imposto 
é o donatário. 
d) Doador ou donatário poderão recolher o imposto ao Estado X ou ao Estado Z, 
pois o contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Artigo 155, I e parágrafo 1º, II da CF/88 preveem que: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos 
sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
§ 1º O imposto previsto no inciso I: 
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado 
onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o 
doador, ou ao Distrito Federal; 
 
GABARITO: ALTERNATIVA A 
 
15) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXXI – 2020 
Uma lei ordinária federal tratava de direitos do beneficiário de pensão 
previdenciária e também previa norma que ampliava, para 10 anos, o prazo 
decadencial para o lançamento dos créditos tributários referentes a uma 
contribuição previdenciária federal. 
A respeito da ampliação de prazo, assinale a afirmativa correta. 
Diante da impossibilidade de cumprimento da obrigação por Pedro, assinale 
a afirmativa correta. 
a) É inválida, pois, em razão do caráter nacional das contribuições previdenciárias 
federais, somente poderia ser veiculada por Resolução do Senado Federal. 
b) É inválida, pois somente poderia ser veiculada por Lei Complementar. 
c) É válida, pois o CTN prevê a possibilidade de que o prazo geral de 5 anos, nele 
previsto para a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, seja ampliado por 
meio de Lei Ordinária Específica. 
 
 15 
OAB DESCOMPLICADA 
d) É válida, por existir expressa previsão constitucional, específica para 
contribuições de seguridade social, autorizando a alteração de prazo de 
constituição do crédito tributário por Lei Ordinária. 
 
COMENTÁRIOS 
O Artigo 146, III, “b” da CF/88, assim determina: 
Art. 146. Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em 
matéria de legislação tributária, especialmente sobre: b) obrigação, 
lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
 
Ademais, o RE 556.664 traz a seguinte ementa: 
As normas relativas à prescrição e à decadência tributárias têm 
natureza de normas gerais de direito tributário, cuja disciplina é 
reservada a lei complementar, tanto sob a Constituição pretérita (art. 
18, § 1º, da CF/1967/1969) quanto sob a Constituição atual (art. 146, 
b, III, da CF/1988). Interpretação que preserva a força normativa da 
Constituição, que prevê disciplina homogênea, em âmbito nacional, da 
prescrição, decadência, obrigação e crédito tributários. (...) O 
CTN/1966 (Lei 5.172/1966), promulgado como lei ordinária e recebido 
como lei complementar pelas Constituições de 1967/1969 e 1988, 
disciplina a prescrição e a decadência tributárias. [RE 556.664, rel. min. 
Gilmar Mendes, P, j. 12-6-2008, DJE 216 de 14-11-2008.] 
 
Gabarito: Alternativa B 
 
Obrigações Tributárias 
16) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVIII – 2019 
Pedro tem três anos de idade e é proprietário de um apartamento. Em 
janeiro deste ano, o Fisco notificou Pedro para o pagamento do Imposto Predial e 
Territorial Urbano (IPTU), por meio do envio do carnê de cobrança ao seu 
endereço. Os pais de Pedro, recebendo a correspondência, decidiram não pagar 
o tributo,mesmo possuindo recursos suficientes para tanto. 
Diante da impossibilidade de cumprimento da obrigação por Pedro, assinale 
a afirmativa correta. 
a) Os pais de Pedro devem pagar o tributo, na qualidade de substitutos tributários. 
b) O Fisco deverá aguardar Pedro completar 18 anos para iniciar o processo de 
execução da dívida. 
c) Os pais de Pedro responderão pelo pagamento do tributo, uma vez que são 
responsáveis tributários na condição de terceiros. 
d) O Fisco deve cobrar o tributo dos pais de Pedro, já que são contribuintes do 
IPTU. 
 
 16 
OAB DESCOMPLICADA 
 
COMENTÁRIOS 
O caso em análise trata-se de responsabilidade de terceiro (excluímos, 
portanto, a alternativa “A”), que está prevista no Artigo 134 do CTN. 
Em primeiro lugar, cumpre destacar que a capacidade tributária independe 
da capacidade civil das pessoas naturais, conforme dispõe o Artigo 126, I do CTN: 
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: 
I - da capacidade civil das pessoas naturais; 
 
Ademais, o Fisco, neste caso, deve cobrar dos pais de Pedro, que serão 
terceiros responsáveis (Art, 121, parágrafo único, II do CTN), conforme dispõe o Artigo 
134, I do mesmo dispositivo legal: 
 
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento 
da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente 
com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que 
forem responsáveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus 
filhos menores; 
 
VÍDEO AULA INDICADA 
Classificações da responsabilidade tributária – Eduardo Sabbag 
https://www.youtube.com/watch?v=2UvN2YTHL5Q 
 
Substituição Tributária – Eduardo Sabbag 
https://www.youtube.com/watch?v=RvEhrBfNL08 
 
ARTIGOS E NOTÍCIAS INDICADAS 
 
As modalidades da responsabilidade tributária – Âmbito Jurídico 
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7072 
 
A responsabilidade tributária do administrador – Conjur 
https://www.conjur.com.br/2019-mar-28/opiniao-responsabilidade-administrador-
esfera-tributaria 
 
Responsabilidade tributária de grupos econômicos – Conjur 
https://www.conjur.com.br/2015-jun-09/responsabilidade-tributaria-grupos-economicos-
gera-incertezas 
 
GABARITO: ALTERNATIVA C 
 
 
 17 
OAB DESCOMPLICADA 
17) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII – 2018 
A pessoa jurídica Sigma teve lavrado contra si um auto de infração. A 
autuação fiscal lhe impôs multa pela falta de exibição de notas fiscais durante um 
determinado período. Após ser citada em sede de execução fiscal, a pessoa 
jurídica Sigma alegou, em embargos à execução, que não apresentou as notas 
fiscais porque elas haviam sido furtadas por seu antigo gerente geral, que, com 
elas, praticara ilícito criminal, tendo sido, por isso, condenado na esfera penal por 
sonegação fiscal e furto daquelas notas. 
Com base nessa narrativa, no que tange ao pagamento da multa 
tributária, assinale a afirmativa correta: 
a) A responsabilidade é pessoal do antigo gerente por ter cometido infração 
conceituada na lei como crime. 
b) A empresa deve arcar com o pagamento da multa, sendo possível, 
posteriormente, uma ação de regresso em face do antigo gerente geral. 
c) O antigo gerente não pode ser responsabilizado na esfera cível/tributária, por já 
ter sido condenado na esfera penal. 
d) O caso é de responsabilidade solidária, por ter a empresa nomeado o antigo 
gerente para cargo de tamanha confiança. 
 
COMENTÁRIOS: 
A questão encontra resposta no Artigo 137, I e III, “c” do CTN: 
 
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente: 
 
I -quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou 
contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de 
administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no 
cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; 
 
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente 
seja elementar; 
 
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de 
dolo específico: 
 
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem 
respondem; 
 
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus 
mandantes, preponentes ou empregadores; 
 
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas 
de direito privado, contra estas. 
 
Assista as vídeo-aulas indicadas sobre responsabilidade tributária. 
 
 18 
OAB DESCOMPLICADA 
GABARITO: ALTERNATIVA A 
 
 
18) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXX – 2019 
A sociedade empresária ABC Ltda. foi autuada pelo Fisco do Estado Z 
apenas pelo descumprimento de uma determinada obrigação tributária acessória, 
referente à fiscalização do ICMS prevista em lei estadual (mas sem deixar de 
recolher o tributo devido). Inconformada, realiza a impugnação administrativa por 
meio do auto de infração. Antes que sobreviesse a decisão administrativa da 
impugnação, outra lei estadual extingue a previsão da obrigação acessória que 
havia sido descumprida. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) A lei estadual não é instrumento normativo hábil para extinguir a previsão dessa 
obrigação tributária acessória referente ao ICMS, em virtude do caráter nacional 
desse tributo. 
b) O julgamento administrativo, nesse caso, deverá levar em consideração apenas 
a legislação tributária vigente na época do fato gerador. 
c) Não é possível a extinção dos efeitos da infração a essa obrigação tributária 
acessória após a lavratura do respectivo auto de infração. 
d) A superveniência da extinção da previsão dessa obrigação acessória, desde que 
não tenha havido fraude, nem ausência de pagamento de tributo, constitui 
hipótese de aplicação da legislação tributária a ato pretérito 
 
COMENTÁRIOS: 
Insta salientas, antes de mais nada, que o ICMS é um imposto estadual, de 
tal forma que a alternativa A se encontra completamente equivocada. 
Ademais, o Artigo 106, “b”, II do CTN, prevê que: 
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, 
excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos 
interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência 
de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não 
tenha implicado em falta de pagamento de tributo; 
 
GABARITO: ALTERNATIVA D 
 
 
 19 
OAB DESCOMPLICADA 
Administração Tributária 
19) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXIX – 2019 
A União lavrou auto de infração para a cobrança de créditos de Imposto 
sobre a Renda, devidos pela pessoa jurídica PJ. A cobrança foi baseada no exame, 
considerado indispensável por parte da autoridade administrativa, de 
documentos, livros e registros de instituições financeiras, incluindo os referentes 
a contas de depósitos e aplicações financeiras de titularidade da pessoa jurídica 
PJ, após a regular instauração de processo administrativo. 
Não houve, neste caso, qualquer autorização do Poder Judiciário. 
Sobre a possibilidade do exame de documentos, livros e registros de instituições 
financeiras pelos agentes fiscais tributários, assinale a afirmativa correta. 
a) Não é possível, em vista da ausência de previsão legal. 
b) É expressamente prevista em lei, sendo indispensável a existência de processo 
administrativo instaurado. 
c) É expressamente prevista em lei, sendo, no entanto, dispensável a existência de 
processo administrativo instaurado. 
d) É prevista em lei, mas deve ser autorizada pelo Poder Judiciário, conforme 
exigido por lei. 
 
COMENTÁRIOS: 
O artigo 196 do CTN assim define: 
Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a 
quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários 
para que se documente o início do procedimento, na forma da 
legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão 
daquelas. 
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados,sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando 
lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à 
fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este 
artigo. 
 
Além disso, o Artigo 6º da Lei Complementar 105/2001 dispõe: 
Art. 6o As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão 
examinar documentos, livros e registros de instituições financeiras, 
inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras, 
quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento 
fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela 
autoridade administrativa competente. 
Parágrafo único. O resultado dos exames, as informações e os 
documentos a que se refere este artigo serão conservados em sigilo, 
observada a legislação tributária. 
 
 20 
OAB DESCOMPLICADA 
 
GABARITO: ALTERNATIVA B 
 
Extinção do Crédito Tributário 
20) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXIX – 2019 
A Fazenda Pública apurou que fato gerador, ocorrido em 12/10/2007, 
referente a um imposto sujeito a lançamento por declaração, não havia sido 
comunicado pelo contribuinte ao Fisco. Por isso, efetuou o lançamento de ofício 
do tributo em 05/11/2012, tendo sido o contribuinte notificado desse lançamento 
em 09/11/2012, para pagamento em 30 dias. Não sendo a dívida paga, nem tendo 
o contribuinte impugnado o lançamento, a Fazenda Pública inscreveu, em 
05/10/2017, o débito em dívida ativa, tendo ajuizado a ação de execução fiscal em 
08/01/2018. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta 
a) A cobrança é indevida, pois o crédito tributário foi extinto pelo decurso do prazo 
decadencial. 
b) A cobrança é indevida, pois já teria se consumado o prazo prescricional para 
propor a ação de execução fiscal. 
c) A cobrança é devida, pois a inscrição em dívida ativa do crédito tributário, em 
05/10/2017, suspendeu, por 180 dias, a contagem do prazo prescricional para 
propositura da ação de execução fiscal. 
d) A cobrança é devida, pois não transcorreram mais de 10 anos entre a ocorrência 
do fato gerador (12/10/2007) e a inscrição em dívida ativa do crédito tributário 
(05/10/2017). 
 
COMENTÁRIOS: 
O Artigo 173 do CTN determina que o prazo decadencial para constituir o 
tributo é de 5 anos: 
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário 
extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento 
poderia ter sido efetuado; 
Além disso, o Artigo 174 dispõe: 
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 
cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. 
 
O prazo se inicia na data da constituição definitiva. No presente caso: 
09/11/2012 - data em que o contribuinte foi notificado. 
 
 21 
OAB DESCOMPLICADA 
09/12/2012 - prazo limite para impugnação. 
08/12/2017 - prazo limite para ajuizamento da ação de execução fiscal. 
A ação foi ajuizada fora do prazo. 
 
GABARITO: ALTERNATIVA B 
 
21) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII – 2018 
A sociedade empresária ABC, atuante na área de prestação de serviços 
de limpeza, em dificuldades financeiras, não estava conseguindo realizar o 
pagamento dos tributos federais. Diante disso, ela se ofereceu à Administração 
Pública Federal para realizar o pagamento dos tributos mediante prestação direta 
de serviços de limpeza em prédios públicos ou, alternativamente, transferir para 
o Fisco um imóvel de sua propriedade. 
A respeito desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) As propostas são inadmissíveis, pois os tributos somente podem ser pagos em 
dinheiro. 
b) As propostas são admissíveis, em razão do princípio da menor onerosidade para 
o devedor (favor debitoris). 
c) A proposta de transferência de imóvel do contribuinte para a Fazenda Pública 
Federal para pagamento de tributo é admissível por expressa permissão legal. 
d) A proposta de prestação direta de serviços para pagamento de tributo é 
admissível, em circunstâncias excepcionais, como forma subsidiária de garantia 
do recebimento do crédito pela Fazenda Pública. 
 
COMENTÁRIOS: 
A redação da questão foi muito criticada por professores e cursinhos, mas 
vamos tentar ser breves para explicá-la da melhor forma. 
Em primeiro lugar, o tributo deve, em regra, ser pago em dinheiro, conforme 
determinação do Artigo 3º do CTN: 
 
Art. 3º diz: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
 
A exceção está no Artigo 156 do CTN, e, na presente hipótese, caberia o 
inciso XI, que diz: 
 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: XI – a dação em 
pagamento em bens imóveis, na forma e condições 
estabelecidas em lei. 
 
 22 
OAB DESCOMPLICADA 
 
Fato é que não pode ser da forma como quer o contribuinte, como no caso 
em questão, mas sim em condições previstas em lei autorizativa, e isso não foi 
mencionado. 
 
VÍDEO AULAS INDICADAS 
Hipóteses de suspensão, extinção e exclusão do Débito Tributário 01 – GETUSSP 
https://www.youtube.com/watch?v=BMS5FDnz6vQ 
 
Hipóteses de suspensão, extinção e exclusão do Débito Tributário 02 – GETUSSP 
https://www.youtube.com/watch?v=iv2u2kmyfBk 
 
ARTIGO INDICADO 
Dação de pagamento em imóveis para extinção do débito tributário – GenJurídico 
http://genjuridico.com.br/2018/02/23/dacao-pagamento-imoveis-extincao-do-credito-
tributario/ 
GABARITO: ALTERNATIVA C 
 
22) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXXI – 2020 
Uma sociedade empresária em recuperação judicial requereu, perante 
a Secretaria Estadual de Fazenda do Estado X, o parcelamento de suas dívidas 
tributárias estaduais. O Estado X dispunha de uma lei geral de parcelamento 
tributário, mas não de uma lei específica para parcelamento de débitos tributários 
de devedor em recuperação judicial. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) O parcelamento não pode ser concedido caso inexista lei específica estadual 
que disponha sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do 
devedor em recuperação judicial. 
b) O prazo de parcelamento a ser concedido ao devedor em recuperação judicial 
quanto a tais débitos para com o Estado X não pode ser inferior ao concedido 
por lei federal específica de parcelamento dos créditos tributários do devedor em 
recuperação judicial. 
c) O parcelamento do crédito tributário exclui a incidência de juros, em regra, no 
caso de devedor em recuperação judicial. 
d) O parcelamento do crédito tributário exclui a incidência de multas, em regra, no 
caso de devedor em recuperação judicial. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa “B” está correta. Vejamos o disposto nos parágrafos 3º e 4º 
do Artigo 155-A do CTN: 
Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição 
estabelecidas em lei específica. 
§ 3 Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos 
créditos tributários do devedor em recuperação judicial. 
 
 23 
OAB DESCOMPLICADA 
 § 4 A inexistência da lei específica a que se refere o § 3 deste artigo 
importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da 
Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste 
caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal 
específica. 
 
Gabarito: Alternativa B 
 
Exclusão do Crédito Tribuário 
23) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXX – 2019 
O Estado Y concedeu, em 2018, por iniciativa própria e isoladamente, 
mediante uma lei ordinária estadual, isenção fiscal do Imposto sobre Circulação 
de Mercadorias e Serviços (ICMS) a um determinado setor de atividade 
econômica, como forma de atrair investimentos para aquele Estado. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) É suficiente lei ordinária estadual para a concessão de tal isenção de ICMS, porse tratar de tributo de competência estadual. 
b) Ainda que se trate de tributo de competência estadual, somente por lei estadual 
complementar seria possível a concessão de tal isenção de ICMS. 
c) A lei ordinária estadual pode conceder tal isenção de ICMS, desde que 
condicionada a uma contrapartida do contribuinte beneficiado. 
d) Apesar de se tratar de tributo de competência estadual, a concessão de tal 
isenção de ICMS pelo Estado deve ser precedida de deliberação dos Estados e 
do Distrito Federal (CONFAZ). 
 
COMENTÁRIOS: 
Mais uma vez, a OAB cobra o Artigo 155 da CF/88, que é extremamente 
importante. Dessa vez, trata-se do parágrafo 2º, XII, “g”, que dispõe: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações 
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no 
exterior; 
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
XII - cabe à lei complementar: 
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do 
Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão 
concedidos e revogados. 
 
GABARITO: ALTERNATIVA D 
 
 24 
OAB DESCOMPLICADA 
 
Execução Fiscal 
24) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVIII – 2019 
O médico João da Silva está há 4 (quatro) anos sem pagar a anuidade 
cobrada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). Diante desse cenário, o CRM 
poderá: 
a) inscrever o débito em dívida ativa de natureza tributária, depois promovendo a 
competente ação de execução fiscal, regida pela Lei nº 6.830/80, para cobrança. 
b) promover a competente ação de execução fiscal regida pela Lei nº 6.830/80, 
sem necessidade de inscrição em dívida ativa, por serem as certidões de 
inadimplemento de anuidades expedidas pelos conselhos profissionais dotadas 
de natureza de título executivo extrajudicial. 
c) promover a competente ação de cobrança das anuidades, regida pelo Código 
de Processo Civil, a partir da comprovação do não pagamento das anuidades 
em atraso. 
d) promover a competente ação de execução das anuidades, regida pelo Código 
de Processo Civil, por serem as certidões de inadimplemento de anuidades 
expedidas pelos conselhos profissionais dotadas de natureza de título executivo 
extrajudicial. 
 
COMENTÁRIOS 
Por serem autarquias federais, os Conselhos Profissionais (CRM, CREA, 
etc), pode ajuizar execuções fiscais para cobrar o crédito tributário inserido na dívida 
ativa. Tal previsão está no Artigo 149 da Constituição Federal: 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições 
sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua 
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, 
e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente 
às contribuições a que alude o dispositivo. 
 
As demais alternativas estão incorretas porque é imprescindível que haja 
inscrição na dívida ativa para formalização da Certidão de Dívida Ativa. Essa certidão e 
o fundamento para ajuizamento da execução fiscal (eliminando a alternativa “B”), e a 
anuidade do CRM tem natureza tributária, encaixando-se no procedimento de execução 
fiscal da Lei 6830/80 (eliminando as alternativas “C” e “D”). 
 
GABARITO: ALTERNATIVA A 
 
 
 25 
OAB DESCOMPLICADA 
25) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII – 2018 
A União concedeu isenção de Imposto sobre a Renda aos portadores 
da doença Beta. João e Maria são portadores da referida doença, sendo João 
servidor público do Estado ABC e Maria, servidora pública do Município XYZ. Em 
razão de retenção indevida do tributo, João e Maria desejam propor ação de 
restituição de Imposto sobre a Renda retido na fonte. 
Com base nesse relato, assinale a afirmativa correta. 
a) João e Maria devem ajuizar ação em face da União, sendo a competência da 
Justiça Federal. 
b) João deve ajuizar ação em face do Estado ABC, enquanto Maria deve ajuizar 
ação em face do Município XYZ, sendo a competência da Justiça Estadual. 
c) João deve ajuizar ação em face da União e do Estado ABC e Maria, em face da 
União e do Município XYZ, sendo a competência da Justiça Federal. 
d) João e Maria devem ajuizar ação em face do respectivo ente empregador, sendo 
a competência da Justiça Federal, tendo em vista o interesse da União. 
 
COMENTÁRIOS: 
É importante notar que a questão retrata sobre o Imposto de Renda, e que 
este Imposto é descontado do salário do contribuinte. Nesse caso, o IR seria isento 
aos servidores do Estado ABC e do Município XYZ. 
A súmula 447 do STJ nos ajuda a resolver essa questão: 
 
Súmula 447 - Os Estados e o Distrito Federal são partes 
legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na 
fonte proposta por seus servidores. (Súmula 447, PRIMEIRA 
SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 13/05/2010) 
 
Nesse sentido, ainda que seja um imposto Federal, os Estados e municípios 
(incluindo o DF) são competentes para julgar ação de restituição de imposto retido na 
fonte proposto por seus servidores. 
Assim, competente o Estado ABC e o Municipio XYZ para julgar as 
respectivas ações. 
 
ARTIGO INDICADO 
Exame da Súmula 447 do STJ – Conteúdo Jurídico 
http://conteudojuridico.com.br/?colunas&colunista=390_&ver=698 
 
GABARITO: ALTERNATIVA B

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