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UFRRJ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INSTITUTO DE TECNOLOGIA IT – 164 PRÉ PROCESSAMENTO E ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS AERAÇÃO DOS GRÃOS Madelon Rodrigues Sá Braz Aeração de grãos - Passagem forçada de ar através de uma massa de grãos - Prevenir ou solucionar problemas de conservação - Ao ocupar os espaços intergranulares o ar passará a constituir um novo microclima - Diferente do processo de secagem com ar ambiente porque utiliza fluxos de ar bem menores IT- 164/UFRRJ Transilagem Movimentar a massa de grãos através do ar ambiente (mudança de um silo para o outro) Inconvenientes: Eleva o índice de danos mecânicos no produto Maior tempo para a execução (deve passar mais de uma vez) Tem elevado custo de instalação (exige sempre um silo vazio) Tem custo operacional mais elevado (devido ao tempo e ao maior número de equipamentos) IT- 164/UFRRJ Objetivos da aeração - Principal objetivo: resfriamento da massa de grãos - Outros benefícios: 1. Inibir a atividade de insetos O desenvolvimento de insetos é inibido na temperatura entre 17 e 22ºC e UR < 30% IT- 164/UFRRJ Objetivos da aeração 2. Inibe o desenvolvimento da microflora O desenvolvimento de microrganismos é inibido quando o grão tem teor de água abaixo de 15%, e está sob condição de temperatura entre 8 a 10ºC e UR<70% 3. Preservar a qualidade Sob temperatura baixa as modificações químicas podem ser insignificantes IT- 164/UFRRJ Objetivos da aeração 4. Uniformizar a temperatura Para evitar migração da umidade e focos de aquecimento IT- 164/UFRRJ Objetivos da aeração 5. Prevenir o aquecimento dos grãos Ideal para grãos recém-colhidos aguardando a secagem 6. Remover odores Devido atividade fisiológica dos grãos e dos organismos que constituem a massa de grãos, podem ocorrer a produção de odores indesejáveis IT- 164/UFRRJ Frente de resfriamento (Detalhes das camadas de grãos durante o pequeno período de resfriamento) IT- 164/UFRRJ Sistema de aeração de grãos Conjunto de equipamentos necessários para a perfeita realização da aeração: Ventilador com motor - fornece a quantidade de ar requerida e vence a resistência oferecida à passagem do ar pela massa de grãos Dutos - permitem a insuflação ou a sucção de ar através da massa de grãos Silo - armazena a massa de grãos Dispositivos para monitoramento - indicam as condições do ambiente interno e externo da massa de grãos e em alguns casos podem acionar ou ligar o sistema de ventilação em função das condições IT- 164/UFRRJ Componentes básicos de um sistema de aeração em silos IT- 164/UFRRJ Ventilador - Máquina utilizada para movimentar o ar através da massa de grãos - Rotor Axial ou Centrífugo IT- 164/UFRRJ Ventilador Deve ser dimensionado em função do : - Fluxo de ar (fornecer uma determinada vazão de ar que é medida em m3 de ar / min.m3 de grãos ou m3 de ar / min.ton de grãos) - Pressão estática (vencer a resistência oferecida pela massa de grãos à passagem do ar, varia diretamente com a altura da camada de grãos e com a velocidade com que o ar atravessa essa camada) - Unidade armazenadora: horizontal (graneleiro)ou vertical (silo) IT- 164/UFRRJ Ventilador IT- 164/UFRRJ IT- 164/UFRRJ Dutos para a distribuição do ar - Podem ser divididos em dutos secundários ou de aeração (distribui o ar na massa de grãos) e dutos principais ou de suprimento (ligar o ventilador aos dutos secundários) ** O duto principal não é perfurado. ** Nos dutos perfurados a área de perfuração deve corresponder no mínimo 10% da área total do duto ** Cada furo deve ter dimensão tal que não permita a passagem de grãos IT- 164/UFRRJ Tipos de dutos IT- 164/UFRRJ Exemplos de perfurações de piso e dutos IT- 164/UFRRJ Graneleiro IT- 164/UFRRJ Silo IT- 164/UFRRJ Dimensões importantes em um sistema de dutos Tamanho: a seção transversal e a profundidade influenciarão na velocidade do ar dentro do duto e uniformidade dentro de massa de grãos Área superficial: influenciará na pressão de saída do ar do duto Distância entre dutos: Tem influência sobre a uniformidade de distribuição do ar Velocidade do ar dentro dos dutos: 475 a 600 m/min (dutos de 7,5m); 300 a 475 m/min (dutos de 7,5 a 18m) Velocidade com que o ar deixa os furos dos dutos deve ser até 10 m/min (graneleiros) e 15 m/min (silos) IT- 164/UFRRJ Operação do sistema de aeração - Avaliar condições climáticas - Diagrama de conservação dos grãos para prever a natureza dos riscos que o produto ficará sujeito durante a operação de aeração Relaciona temperatura com UR - Diagrama indicativo para o uso da aeração que mostra outras variáveis que permitem uma melhor análise sobre o uso da aeração Relaciona diferença de temperatura com UR exterior IT- 164/UFRRJ Diagrama Geral de Conservação de Cereais IT- 164/UFRRJ Diagrama indicativo para o uso da aeração 1. Aeração sem interesse 2. Aeração possível 3. Aeração recomendável 4. Aeração recomendável, mas com riscos de condensação e secagem excessiva IT- 164/UFRRJ Como resfriar ou aquecer os grãos - Poucas horas de operação do sistema não oferecerá efeito algum, somente para poucos grãos - Silo cheio: Grãos próximo à entrada do ar serão resfriados à temperatura do ar A temperatura dos grãos nas camadas superiores permanecerá nas condições iniciais Deve-se continuar a operação até que a camada de grãos tenha atingido a temperatura do ar IT- 164/UFRRJ Como resfriar ou aquecer os grãos Se interromper a aeração com a frente de resfriamento dentro da massa de grãos poderá ocorrer a migração da umidade Manter a homogeneidade da temperatura da massa de grãos - Operar o ventilador quando a temperatura externa for 7ºC inferior a temperatura dos grãos (para UR igual ou um pouco inferior à Ue) - Operar o ventilador quando UR for 10% superior à Ue IT- 164/UFRRJ Frente de resfriamento em silo com piso totalmente perfurado IT- 164/UFRRJ Frente de resfriamento em silo com piso com dutos perfurados IT- 164/UFRRJ Sucção ou Insuflação de ar - Movimento do ar ascendente – insuflação ou ventilação positiva - Movimento do ar descendente – sucção ou ventilação negativa - Para decidir qual usar deve considerar: - Insuflação adicionará calor ao ar (3ºC) - se a umidade da massa de grãos estiver acima do ideal; provocará secagem do grão - Controle de pó – sucção é mais indicada - Se o ventilador está embaixo e o foco quente estiver na parte superior da camada de grãos - ventilação ascendente (vice versa) IT- 164/UFRRJ Fluxo de ar ascendente (a) e descendente (b) IT- 164/UFRRJ Ventilação Positiva - Facilita a avaliação da temperatura da massa de grãos, na ausência do sistema de termometria - O calor gerado pela radiação solar no teto da unidade armazenadora não é incorporado na massa de grãos - O ar ambiente pode ter sua UR reduzida pelo aumento da temperatura, não tem o risco de aumentar o teor de água do produto IT- 164/UFRRJ Ventilação Negativa - Existe menor probabilidade de que ocorra a condensação na superfície da massa de grãos e no teto da unidade armazenadora - Os odores característicos que indicam a deterioração podem ser facilmente detectados na saída do ventilador - O calor proveniente do ventilador e do sistema de distribuição de ar não é transferido para a massa de grãos e não afeta a umidade do produto IT- 164/UFRRJ Monitoramento (Sistema de termometria) - Dispositivos de monitoramento indicam as condições do ambiente interno e externo da massa de grãos e o sistema de aeração poder ser acionado em função destas condições - Fixação de cabos em pontos estratégicos da massa de grãos - 6,0 m entre cabos e de 2,0 a 2,5 m entre pontos no mesmo cabo - Cabos de aço para suportar a tração (escoamento dos grãos) IT- 164/UFRRJ Posicionamento dos cabos IT- 164/UFRRJ Sistema de aquisição de dados - Pode usar aparelhos portáteis ou mesascomputadorizadas com sistemas automatizados de controle IT- 164/UFRRJ Slide 1: UFRRJ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INSTITUTO DE TECNOLOGIA IT – 164 PRÉ PROCESSAMENTO E ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS Slide 2: Aeração de grãos Slide 3: Transilagem Slide 4: Objetivos da aeração Slide 5: Objetivos da aeração Slide 6: Objetivos da aeração Slide 7: Objetivos da aeração Slide 8: Frente de resfriamento (Detalhes das camadas de grãos durante o pequeno período de resfriamento) Slide 9: Sistema de aeração de grãos Slide 10: Componentes básicos de um sistema de aeração em silos Slide 11: Ventilador Slide 12: Ventilador Slide 13: Ventilador Slide 14 Slide 15: Dutos para a distribuição do ar Slide 16: Tipos de dutos Slide 17: Exemplos de perfurações de piso e dutos Slide 18: Graneleiro Slide 19: Silo Slide 20: Dimensões importantes em um sistema de dutos Slide 21: Operação do sistema de aeração Slide 22: Diagrama Geral de Conservação de Cereais Slide 23: Diagrama indicativo para o uso da aeração Slide 24: Como resfriar ou aquecer os grãos Slide 25: Como resfriar ou aquecer os grãos Slide 26: Frente de resfriamento em silo com piso totalmente perfurado Slide 27: Frente de resfriamento em silo com piso com dutos perfurados Slide 28: Sucção ou Insuflação de ar Slide 29: Fluxo de ar ascendente (a) e descendente (b) Slide 30: Ventilação Positiva Slide 31: Ventilação Negativa Slide 32: Monitoramento (Sistema de termometria) Slide 33: Posicionamento dos cabos Slide 34: Sistema de aquisição de dados
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