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CASO 11

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___ 
Processo n° : ____
	ANTÔNIO AUGUSTO, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem por seu advogado, inconformado com a sentença de fls ___, movida por MAXTV S.A e LOJAS DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA, já devidamente qualificados nos autos do processo em epígrafe, tempestivamente, após o devido preparo, interpor:
RECURSO DE APELAÇÃO
Para o Tribunal de Justiça do Estado ___, apresentando as razões, em anexo.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB/UF
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
Apelante: Antônio Augusto
Apelados: MaxTV S.A e Loja de Eletrodomésticos Ltda
Ação: Indenizatória
Processo n°: ___
Egrégio Tribunal,
Não merece prosperar a sentença proferida pelo juiz a quo pelas razões a seguir expostas:
I. DA ADMISSIBILIDADE
a) Da Tempestividade
O presente recurso de apelação é tempestivo, uma vez que foi interposto dentro do prazo de 15 (quinze dias) determinado pelo artigo 1003, §5°, CPC/15.
b) Do Preparo
O presente recurso também preenche o requisito do preparo, uma vez que as custas exigidas por lei foram devidamente pagas, conforme comprovante em anexo.
II. EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO
O Apelante adquiriu em 20 de outubro de 2015, diversos eletrodomésticos, dentre os quais uma TV de LED com sessenta polegadas, acesso à Internet e outas facilidades, pelo preço de R$5.000,00 (cinco mil reais). Depois de funcionar perfeitamente por trinta dias, a TV apresentou superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do equipamento, provocando danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor. Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada em 25 de novembro de 2015, tanto o fabricante (MaxTV S.A.) quanto o comerciante de quem o produto fora adquirido (Lojas de Eletrodomésticos Ltda.) permaneceram inertes, deixando de oferecer qualquer solução. Diante disso, em 10 de março de 2016, o Apelante propôs ação perante Vara Cível em face tanto da fábrica do aparelho quanto da loja em que o adquiriu.
O juiz, porém, acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguida, em contestação, pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do polo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, alegada em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no Art. 26, inciso II, do CDC, considerando que decorreram mais de noventa dias entre a data do surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação. 
III. RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA
O juízo a quo entendeu que não há solidariedade passiva entre o varejista, que efetuou a venda dos produtos, e o fabricante.
No entanto, tal decisão contraria o disposto no artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, conforme disposto abaixo:
“Art. 18 Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.”
Diante desse fato, a decisão do juízo a quo não merece prosperar, devendo tal decisão ser reformada.
Pretende-se pedir o afastamento da decadência. No que concerne ao primeiro pedido, referente à substituição do produto, existe reclamação referente à substituição do produto conforme art. 26, § 2º, inciso I do Código de Defesa do Consumidor, configurando causa obstativa da contagem do prazo decadencial. Assim, temos: 
“Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: § 2° Obstam a decadência: I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca.” 
Além disso, no tocante aos demais pedidos, trata-se de responsabilidade civil por fato do produto, não por vício, haja vista os danos sofridos pelo autor da ação, a atrair a incidência dos artigos 12 e 27 do CDC, de modo que a pretensão autoral não se submete à decadência, mas ao prazo prescricional de cinco anos, estipulado no último dos dispositivos ora mencionados, em cuja tempestividade é inequívoca, dada a previsão constante no artigo 27, do CDC. 
Diante dos fatos descritos, entende a jurisprudência:
DJ 05/09/2012
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. AQUISIÇÃO DE PRODUTO DEFEITUOSO. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. APLICABILIDADE. DANO MATERIAL E MORAL VERIFICADOS. INDENIZAÇÃO CABÍVEL. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL. RECURSO NÃO PROVIDO.
I – A responsabilidade do fabricante e comerciante de produtos é objetiva, razão pela qual, independentemente da existência de culpa, cabe ao fornecedor reparar os danos causados aos consumidores por defeitos relativos aos produtos oferecidos.
II – Demonstrado por meio das provas produzidas nos autos que o aparelho vendido à parte autora era defeituoso e que o vício não foi solucionado a tempo e modo (art. 18 do CDC), a condenação à devolução do valor pago é medida que se impõe.
III – Os fatos descritos nos autos ultrapassam os meros aborrecimentos do cotidiano e são aptos a caracterizar o dano moral passível de reparação pecuniária, diante da frustração da expectativa do consumidor quando da aquisição do produto, bem como do descaso com que foi tratada na solução do defeito.
IV – Tratando-se de indenização por dano moral, a quantia é fixada justamente na prolação da sentença ou do acórdão, não havendo depreciação anterior a ser corrigida, razão pela qual tanto os juros de mora como a correção monetária incidem, a partir da data de publicação da sentença, que fixou a indenização.”
“Apelação Cível n. 1.0145.11.020404-0/001
Relator(a): Des.(a) Tibúrcio Marques
Segundo a doutrina:
Muitas vezes o consumidor é vítima de abusos por parte do fornecedor de produtos ou serviços e deixa de defender seus direitos por desconhecer o alcance da proteção e esses direitos pelo Código de Defesa do Consumidor.
Na visão de Almeida são direitos do consumidor, reconhecidos pela ONU – Organização das Nações Unidas, por meio da Resolução n. 32/248, de 10-4-1985, e também pela Iocu, hoje InternationalConsumers:
c) direito à informação – o consumidor deve conhecer os dados indispensáveis sobre produtos ou serviços para atuar no mercado de consumo e decidir com consciência;
d) direito a ser ouvido – o consumidor deve ser participante da política de defesa respectiva, sendo ouvido e tendo assento nos organismos de planejamento e execução das políticas econômicas e nos órgãos colegiados de defesa;
e) direito à indenização – é indispensável buscar-se a reparação financeira por danos causados por produtos ou serviços.
IV. PEDIDO DE NOVA DECISÃO
	Requer que o recurso seja conhecido e ao final dê provimento pra reformar a sentença proferida pelo magistrado para julgar procedente o pedido que foi julgado improcedente.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB/UF

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