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Urgências Periodontais
GENGIVITE NECROSANTE
-Estresse, condições precárias de alimentação e higiene, baixa imunidade, deficiências
vitamínicas.
Características gerais:
➢ Doença infecciosa aguda
➢ Início súbito
➢ Não transmissível
➢ Remissão/Exacerbação
➢ Localizada ou generalizada
➢ Imunossupressão (AIDS, CMV, Oncológicos)
➢ Alteração de hábitos/Má nutrição/Tabagismo
➢ Primária/Superposta
Etiologia
➢ Bactérias periodonto patogênicas
➢ Déficit de resposta pelo hospedeiro
➢ Gengivite preexistente
➢ Tabagismo
Sinais e sintomas locais
➢ Papilas projetadas, não aderidas, ulceração
➢ Eritema linear
➢ Lesões necróticas iniciando na papila
➢ Sangramento espontâneo
➢ Odor fétido
➢ Aumento da salivação
➢ Dor persistente podendo ser irradiada
Extraorais e sistêmicos
➢ Linfadenopatia
➢ Febre
➢ Aumento da frequência cardíaca/ leucocitose/ perda de apetite/ prostração /
mal-estar generalizado
Evolução clínica
➢ Variável
➢ Estágio 1-7: extremidade da papila > papila > margem gengival > gengiva inserida >
mucosa oral/labial > osso alveolar > perfuração bochecha
Diagnóstico •
➢ Achados clínicos: dor, necrose, ulceração e sangramento gengival
➢ História médica do paciente - importante
➢ Hábitos
Diagnóstico diferencial
➢ Gengivoestomatite; Periodontite crônica Gengivite descamativa; Estomatite aftosa
Doenças infecciosas
Tratamento
➢ Alívio da inflamação aguda pela redução da carga microbiana e remoção de tecido
necrótico (questionável)
➢ Tratamento da doença crônica subjacente/correção das condições sistêmicas [se
houver] Alívio dos sintomas gerais como febre e mal estar
➢ Antibioticoterapia ( Anaeróbias)
Orientação ao paciente
➢ Evitar tabaco, álcool, alimentos ácidos e temperados
➢ Bochecho com peróxido de hidrogênio em água morna 8/8h por 5-7 dias
➢ Bochecho com clorexidina 0,12% 12/12h por 2-3 semanas (auxílio no controle de
placa) Repouso adequado
➢ Controle de placa bacteriana (escovação possível)
➢ Analgésico
GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA
Características gerais
➢ Infecção viral comum na infância
➢ Primeira manifestação do Herpes vírus
➢ Início agudo
➢ Manifestações secundárias: herpes labial, genital e ocular
Etiologia
➢ Infecção viral – HSV 1
➢ Infecção primária
Sinais e sintomas locais
➢ Envolvimento difuso com edema e sangramento gengival
➢ Gengiva, mucosas labial e oral, palato mole, faringe, mucosa sublingual e língua
➢ Progressão: Vesículas esféricas bem delimitadas > úlceras dolorosas com depressão
central amarela ou brancoacinzentada > Crostas (extra-oral)
➢ Sensibilidade generalizada
Extraorais e sistêmicos
➢ Linfadenopatia
➢ Febre
➢ Mal-estar generalizado
Evolução clínica
➢ Autolimitante
➢ 7-10 dias
➢ Sem cicatrizes
Diagnóstico
➢ Achados clínicos e história do paciente Diagnóstico diferencial
➢ GUN
➢ Doenças autoimunes (eritema multiforme; Síndrome de Stevens-Johnson)
➢ Gengivite descamativa
➢ Estomatite aftosa recorrente
Tratamento
➢ Paliativo = controle de sintomas
➢ Fotobiomodulação : laser de baixa intensidade isolado ou através da terapia
fotodinâmica
➢ Antivirais [?] necessidade questionável
Orientação ao paciente
➢ Alimentação confortável (pastosa e fria)
➢ Evitar alimentos ácidos, temperados, tabagismo, álcool
➢ Manter hidratação – ingestão de líquidos
➢ Repouso adequado
➢ Manter higiene oral conforme possível (clorexidina 0,12% pode auxiliar no controle)
Analgésico/AINE
PERICORONARITE
Características gerais
➢ Processo inflamatório/infeccioso associado à dente parcialmente coberto por tecido
gengival Dente semi-erupcionado = Terceiros molares Etiologia
➢ Origem inflamatória
➢ Acúmulo de restos alimentares e proliferação bacteriana sob o capuz pericoronário
Sinais e sintomas locais
➢ Região próxima ao dente avermelhada, edemaciada e supurativa (não
obrigatoriamente) Dor intensa/irradiada [garganta, ouvido, assoalho bucal]
➢ Sabor desagradável
➢ Trismo – limitação de abertura bucal
Extraorais e sistêmicos
➢ Febre
➢ Leucocitose
➢ Mal-estar generalizado
Evolução clínica
➢ Variável
➢ Exacerbado por trauma (geralmente oclusal) ou corpo estranho (alimentos)
➢ Complicações como abscesso pericoronário
Diagnóstico
➢ Achados clínicos e história do paciente
➢ Radiografia em caso de dente não visível em boca
Diagnóstico diferencial
➢ Abscessos periodontais
➢ Gengivite/periodontite localizada
Tratamento
➢ Intensidade da inflamação
➢ Manifestações sistêmicas
➢ Manutenção ou não do dente
➢ Irrigação da região para remover resíduos e exsudato (com soro/ água/ antisséptico)
Avaliação da oclusão
➢ Remoção do capuz se indicado
➢ Remoção do elemento dentário se indicado
Orientação ao paciente
➢ Irrigação da região com água/ soro/ antisséptico
➢ Bochecho com antisséptico
➢ Escovação regular conforme possível
➢ Cuidados pós-operatórios (diante da remoção do capuz ou exodontia)
ABSCESSO PERIODONTAL
Características gerais
➢ Lesão inflamatória/infecciosa aguda dos tecidos gengivais
➢ Após cirurgia periodontal/manutenção preventiva /doença periodontal recorrente
➢ Uma das causas de perda dentária
Etiologia
➢ Origem nos tecidos gengivais/periodontais
➢ Presença de placa bacteriana/ tártaro
➢ Trauma cirúrgico
➢ Impacção de corpo estranho
➢ Exacerbação de bolsa periodontal preexistente
Sinais e sintomas locais
➢ Localizados
➢ Presença de exsudato purulento (não é obrigatório)
➢ Tumefação ovóide, lisa, avermelhada e dolorosa
➢ Pode drenar secreção pelo sulco gengival
➢ Dor leve à grave
➢ Sensibilidade à percussão*
➢ Mobilidade dentária/Elevação do dente no alvéolo
Extraorais e sistêmicos
➢ Febre Linfadenopatia
Evolução clínica
➢ Gengival > Periodontal > Celulite
Diagnóstico
➢ Achados clínicos – visual e sondagem
➢ História do paciente
➢ Teste de percussão
➢ Radiografia periapical
Diagnóstico diferencial
➢ Abscessos dento-alveolares (periapicais)
Orientação ao paciente
➢ Bochecho digluconato de clorexidina 0,12% para auxílio no controle bacteriano
➢ Bochecho com soluções a base de peróxido de hidrogênio
➢ Repouso proporcional
➢ Manter hidratação - ingestão de líquidos
➢ Analgésicos
Tratamento
➢ Drenagem espontânea / mediante afastamento da bolsa periodontal/ através de
incisão Raspagem e alisamento radicular
➢ Cirurgia periodontal (para acesso à região)
➢ Antibioticoterapia - comprometimento sistêmico
➢ Exodontia ( a depender da causa primária)
Urgências endodônticas
Diagnóstico
➔ INSPEÇÃO
➔ CARACTERÍSTICA DA DOR
➔ NECESSIDADE DE ANALGÉSICOS
➔ TESTE TÉRMICO DE SENSIBILIDADE
➔ TESTE DE PERCUSSÃO
➔ PRESENÇA DE MOBILIDADE
➔ ASPECTO RADIOGRÁFICO
➔ HISTÓRIA DO PACIENTE
Hipersensibilidade dentinária
Inspeção
● Dentes hígidos
● Retrações gengivais, desgaste dentário (LCNC)
● Fratura esmalte ou dentina /Fissura de esmalte
Dor
● Leve ou moderada
● Provocada (estímulos térmicos)
● Rápida
● Localizada
Uso de analgésico
● Não é necessário / Alívio da dor
Teste de sensibilidade térmico
● Positivo com cessação de dor logo após a remoção do estímulo
Percussão vertical e horizontal
● Sem alteração
Mobilidade dentária
● Ausente
Palpação
● Sem alteração
Aspecto radiográfico
● Sem alterações
Tratamento
Dessensibilização:
● Fluoreto de sódio / Oxalato de potássio
● Laser de alta e baixa potência
Oclusão dos túbulos dentinários:
● Selamento/Adesivos dentinários
● Restaurações CIV/ Resina composta
Pulpite aguda reversível
Inspeção
● Restaurações inadequadas/insatisfatórias
● Lesão de cárie sem aparente exposição pulpar
Dor
● Leve ou moderada
● Provocada (mastigação)
● Rápida (curta duração)
● Localizada
● Não contínua/intermitente
Uso de analgésico
● Eventual / Alívio da dor
Teste de sensibilidade térmico
● Positivo com cessação de dor logo após a remoção do estímulo
Percussão vertical e horizontal
● Sem alteração
Mobilidade dentária
● Ausente / Não é relevante
Palpação
● Sem alteração
Aspecto radiográfico
● Restaurações ou lesões de cárie próximo à câmara pulpar, mas sem comunicação evidente
● Ausência de alterações no periápice
Tratamento
● Restauração dentária ( RC / técnica sanduíche com CIV)
● Capeamento pulpar indireto (cimento de hidróxido de cálcio)Pulpite irreversível sintomática
Principal causa de urgência odontológica associada a dor
Inspeção
● Restaurações inadequadas / insatisfatórias
● Lesão de cárie com exposição/comprometimento pulpar
Dor
● Severa
● Pulsátil / latejante
● Contínua
● Espontânea
● Localizada/difusa/referida
Uso de analgésico
● Não alivia a dor
Teste de sensibilidade ao frio
● Positivo com exacerbação da dor [em estados iniciais]
● Negativo [em estados avançados]
Teste de sensibilidade ao calor
● Positivo com exacerbação da dor
Percussão vertical e horizontal
● Sem alteração*
● Positivo se tiver comprometimento periodontal
Mobilidade dentária
● Ausente
Palpação
● Sem alteração
Aspecto radiográfico
● Restaurações ou lesões de cárie sugerindo comprometimento de tecido/câmara
pulpar Ausência de alterações no periápice
Tratamento
● Tratamento endodôntico radical
Pulpite irreversível assintomática
Inspeção
● Exposição pulpar ampla
● Pólipo pulpar [Pulpite Crônica Hiperplásica]
Dor
● Leve/Assintomático
● Provocada/Espontânea
● Localizada
Uso de analgésico
● Raramente utilizado/necessário
Teste de sensibilidade térmico
● Negativo*
Percussão vertical e horizontal
● Sem alteração*
Mobilidade dentária
● Ausente
Palpação
● Sem alteração
Aspecto radiográfico
● Grande área da coroa dentária com exposição da câmara pulpar
● Sem alteração em periápice
● Espessamento do LP*
Tratamento Tratamento
● endodôntico radical
Dor perirradicular
-Agressão microbiana induz a liberação de mediadores inflamatórios
-Ação sobre a microcirculação promovendo vasodilatação
-Saída de fluído dos vasos e formação de edema
-Induzem dor por estímulo ao processo inflamatório
-Bradicinina, Histamina, LPS, Induzem dor por ação direta nas fibras
-Compressão de fibras nervosas LP com espaço limitado
Abscesso
Coleções de material purulento (pus) normalmente decorrente de infecções bacterianas.
Abscesso perirradicular agudo
● Dor espontânea, pulsátil e à mastigação.
● Testes de percussão e palpação positivos.
● Pode haver mobilidade dental.
● Pode haver envolvimento sistêmico como febre.
O tratamento varia conforme o estágio de evolução do abscesso
NECROSE PULPAR COM PERIODONTITE APICAL AGUDA -> ABSCESSO PERIRRADICULAR
AGUDO
↳ Drenagem via canal
ABSCESSO INTRAÓSSEO INICIAL
Anamnese
● Dor espontânea, contínua, severa e não cede com analgésico
● Pode haver sensação de “dente crescido”
● Presença de edema no ELP pode levar a ligeira extrusão dentária*
Exame físico
● Teste de sensibilidade térmico: negativo
● Teste de percussão: positivo
● Dor à palpação: negativo
● Repercussão sistêmica geralmente ausente
● Não há tumefação
● Pode haver mobilidade dental*
Achados Radiográficos
● Espessamento do LP
● Pode haver lesão periapical
Drenagem
● Provocada: 15 a 30 min
● Abertura coronária
● Instrumentação do forame
ABSCESSO SUBPERIOSTEAL EM EVOLUÇÃO
Anamnese
● Dor é espontânea, contínua, severa e não cede com analgésicos
● Rica inervação do periósteo
Exame físico
● Teste de sensibilidade térmico: negativo
● Teste de percussão: positivo
● Dor à palpação: positivo
● Repercussão sistêmica pode estar presente
● Presença de tumefação não flutuante
● Pode haver aumento da mobilidade dental
Achados Radiográficos
● Espessamento do LP
● Lesão periapical
Drenagem
● Provocada:
● Abertura coronária
● Instrumentação do forame
● Incisão*
* Calor úmido para estimular drenagem intra-oral caso haja tumefação intraoral
ABSCESSO SUBMUCOSO EVOLUÍDO
Anamnese
● Dor é espontânea, contínua, severa e não cede com analgésicos
Exame físico
● Teste de sensibilidade térmico: negativo
● Teste de percussão: positivo
● Dor à palpação: positivo
● Repercussão sistêmica pode estar presente
● Presença de tumefação flutuante
● Pode haver aumento da mobilidade dental
Achados Radiográficos
● Espessamento do ELP
Drenagem
● Espontânea
● Provocada:
● Incisão no ponto de flutuação
ABSCESSO EXTRAORAL
Anamnese
● Dor pode ser espontânea, contínua, severa e não cede com analgésicos
Exame físico
● Teste de sensibilidade ao frio: negativo
● Teste de percussão: positivo
● Dor à palpação: positivo
● Repercussão sistêmica presente: edema extraoral
● Presença de tumefação intrabucal
Achados Radiográficos
● Espessamento do LP
● Lesão periapical
Drenagem
● Ambiente hospitalar (maioria das vezes)
70% dos casos de angina de Ludwig se desenvolve da disseminação de uma infecção
aguda proveniente de um molar inferior.
TRATAMENTO DE URGÊNCIA
Objetivo: Tirar o paciente do quadro agudo
1º tratar o efeito Abscesso
- Abscessos intraósseos: Drenagem via canal radicular Abertura ou ampliação
foraminal
- Abscessos subperiosteal | submucoso | extraoral: Drenagem cirúrgica (intra ou
extraoral)
2º tratar a causa Dente
- Tratamento endodôntico
Funções do dreno
● Favorece a oxigenação tecidual.
● Manutenção da via de drenagem.
● Atua como corpo estranho.
Dreno de Látex
Dreno de Polietileno
Uso de antibióticos:
“Se o sistema de defesa do paciente estiver conseguindo controlar a infecção, não é
recomendado o uso de ATB para tratar os abscessos agudos, bastando que se faça a
descontaminação do local.” Dias de Andrade, 2014
ABSCESSO FÊNIX
Exacerbação (ressurgimento) de um abscesso apical crônico
Anamnese
● Dor é espontânea, contínua, severa e não cede com analgésicos
Exame físico
● Teste de sensibilidade ao frio: negativo
● Teste de percussão: positivo
● Dor à palpação: positivo
● Repercussão sistêmica pode estar presente
● Pode haver ou não presença de tumefação intrabucal
● Subperiosteal
● Submucoso
Achados Radiográfico
● Lesão periapical
Drenagem
● Depende do tipo
● Intracanal
● Sulcular
● Incisão
Classificação dos abscessos agudos
Intraoral
● Intraósseo
● Subperiosteal
● Submucoso
Extraoral
● Complicações: Espaços faciais e Angina de Ludwig
COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS
O que é esperado no pós operatório comum ?
● DOR LEVE/MODERADA
● EDEMA LEVE/MODERADO
● LIMITAÇÃO DE ABERTURA BUCAL 24/72h
● SANGRAMENTO DISCRETO 24/48h
● EQUIMOSE
Complicação pós-operatória
● PARESTESIA
● TRISMO SEVERO / DURADOURO
● HEMORRAGIA
● ALVEOLITES / INFECÇÕES
● DEISCÊNCIA
PARESTESIA
Alteração de sensibilidade cutânea (subjetiva) podendo ser referida como formigamento,
dormência, agulhadas, choque, em decorrência de compressão ou secção do nervo
ANÁLISE CRITERIOSA DOS EXAMES DE IMAGEM
● Incidência: 0,4 a 8,4%
● Pode ser temporária ou permanente
● Maior ocorrência relacionada ao nervo lingual e o nervo alveolar inferior
● Alterações de sensibilidade nas zonas abrangidas pelo nervo: lábio inferior, mucosa
bucal labial, dentes inferiores
Geralmente em decorrência de manipulação excessiva do retalho e/ou o uso inadequado
dos instrumentais*
Tratamento:
● Resolução espontânea em até 30 dias
● Resolução espontânea em até 24 meses (96%)
● Anti-inflamatórios esteroidais: redução de inflamação e edema
● Vitamina do complexo B
● Laser de baixa potência
RECOMPOSIÇÃO DO NERVO PERIFÉRICO LESADO → NUCLEOTÍDEOS E VIT B12
TRISMO
Limitação da abertura bucal ocasionada por resposta inflamatória envolvendo os músculos
da mastigação
● Geralmente ocorre :
- Múltiplas injeções de anestésico local especialmente no pterigoideo medial
- Cirurgia traumática / tempo de cirurgia
● Início por volta do2º dia → Regressão espontânea na 1ª semana
● Diagnóstico diferencial:
-Infecções pós-operatórias
-DTM
Tratamento:
● Anti-inflamatórios
● Miorrelaxantes
● Calor úmido
● Fotobiomodulação
● Acupuntura
DEISCÊNCIA
Abertura precoce da sutura cirúrgica, expondo a ferida operatória.
● Incidência: 1,42%
● Geralmente ocasionado por:
- Posicionamento do retalho de tecido mole sobre área sem suporte ósseo adequado
- Sutura sob tensão
Tratamento:
● Limpeza da área exposta
● Raspagem do osso*
● Nova sutura
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
Formação do coágulo → Organização do coágulo→ Substituição por tecido conjuntivo→
tecido ósseo imaturo → tecido ósseo maduro
⇨INÍCIO DA CASCATA ⇨ ATIVAÇÃO DO FATOR X: CONVERSÃO DA⇨FORMAÇÃO DE FIBRINA A
DE COAGULAÇÃO PROTROMBINA EM TROMBINA PARTIR DO FIBRINOGÊNIO
HEMORRAGIA
Adesão plaquetária apósdano tecidual → agregação de mais
plaquetas (tampão hemostático frágil) → Coágulo formado por
rede de fibrina
● 2º/3º dia Coágulo inicia sua organização com
crescimento de fibroblastos
-Tecido conjuntivo começa a ser substituído por tecido ósseo
trabeculado Osteoblastos e condroblastos
● 5º/7º dia Inicia-se formação óssea com finas trabéculas
de conjuntivo imaturo e reepitelização da ferida
-Reepitelização completa pode demorar até 35 dias
Remodelação óssea é constante (cerca de 3 meses para o
máximo)
HEMORRAGIA
Perda de sangue por rompimento de vaso sanguíneo, alterando
o fluxo normal
• Incidência 0.2% a 5.8%
• Normalmente venosa
• Atenção aos exames laboratoriais
• Alterações na cascata de coagulação:
- Anticoagulados
- Hemofilias (deficiência de fator VIII e IX)
- Doença de Von Willebrand
- Hepatopatias (coagulopatias)
TEMPO DE PROTROMBINA (TP):
- Avalia a via extrínseca da cascata
- Sua redução pode indicar: Deficiência de fibrinogênio, protrombina, fatores de
coagulação, vitamina K.
TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA (TTPA):
- Avalia a via intrínseca e a comum da cascata (especialmente fator VIII e IX)
- Aumentado: deficiência dos fatores; uso de heparina
Tratamento:
● Identificar a origem do sangramento
● Curetagem para remover coágulo antigo
● Lavagem do alvéolo
● Repetir procedimentos indicados no transcirúrgico:
-Medidas hemostáticas locais
-Sutura oclusiva em massa
-Compressão com gaze
★ Ácido tranexâmico macerado
★ Esponja hemostática
★ Cera para osso
★ Selante/cola de fibrina
★ Malha de fibrina
★ Gel hemostático
ALVEOLITES
INFECÇÕES
Complicações:
● Disseminação para espaços faciais (trombose do seio cavernoso/angina de ludwig)
Fatores predisponentes:
● Imunossupressão
● Instrumental contaminado/não esterilizado
Tratamento:
● Terapia local
● Antibioticoterapia*
ALVEOLITE SECA
Infecção no alvéolo pós exodontia, caracterizada por ausência do coágulo/tecido de
granulação, resultando em exposição óssea
● Incidência: 2 a 20%
● Degradação/lise do coágulo antes que ele seja substituído por tecido de granulação
-Dor intensa irradiante (a partir do 2o dia)
-Odor e gosto desagradáveis
-Exposição óssea alveolar
● Sem sinais e sintomas usuais de uma infecção
● Fatores predisponentes:
-Cirurgia traumática; Tabaco; Álcool; Sucção exagerada
Tratamento → Alívio da dor:
● Irrigação com SF 0,9% e/ou clorexidina 0,12%
● Curetagem* (Estímulo ao sangramento x Aumento da área exposta)
● Medicação local
● Curativo deve ser trocado diariamente ou a cada 2 dias por 3 a 6 dias
*EUGENOL E TIMOL PROPRIEDADES ANTISSÉPTICAS
*PRÓPOLIS E ANALGÉSICAS
ALVEOLITE ÚMIDA
Infecção no alvéolo pós exodontia, caracterizada por presença do coágulo em desarranjo
e/ou com corpos estranhos e secreção purulenta
● Geralmente ocorre como evolução da alveolite seca
● Febre
● Dor moderada a intensa
● Odor e gosto desagradáveis
● Secreção purulenta
● Tratamento:
-Curetagem e irrigação (SF; clorexidina 0,12%) -Sutura
-Preenchimento do alvéolo com sangue -Antibiótico*
PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES
● ANAMNESE MINUCIOSA
● RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS POR ESCRITO E VERBAL DE FORMA CLARA
● EXAME FÍSICO COMPLETO
● PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO CUIDADOSA
● EXAMES COMPLEMENTARES
● PRINCÍPIOS CIRÚRGICOS BÁSICOS RESPEITADOS
MANEJO MEDICAMENTOSO DAS URGÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
Consulta odontológica
➔ Anamnese
➔ Diagnóstico
➔ Tratamento
Decisão terapêutica
➔ Repercussão local
➔ Repercussão sistêmica
“O atendimento odontológico de urgência concentra-se no gerenciamento de condições que
requerem atenção imediata para aliviar dores fortes e/ou risco de infecção.”
Periodontais
Endodônticas
Complicações pós-operatórias
Traumatismos dentoalveolares
DOR➔ INFLAMAÇÃO ➔ INFECÇÃO
DOR
Experiência sensitiva e emocional desagradável relacionada à
lesão real ou potencial dos tecidos. Cada indivíduo aprende a
utilizar esse termo através das suas experiências anteriores
Caráter subjetivo
LEVE➔ MODERADA➔ SEVERA
“ Na clínica odontológica, a dor é de caráter inflamatório, podendo
ser classificada em aguda (curta duração) ou crônica (longa
duração).”
DOR INFLAMATÓRIA
➔ NOCICEPTORES - ESTÍMULO NOCICEPTIVO
➔ HIPERALGESIA - Maior entrada de íons cálcio
nos nociceptores
➔ Gerados estímulos nervosos que chegam ao
SNC
➔ Amplificação e manutenção da sensação
dolorosa
➔ Síntese contínua de mediadores Inflamatórios - Bradicinina, prostaglandinas,
leucotrienos, ATP, histaminas, TNF, IL
ANALGÉSICOS
➢ Dipirona, paracetamol, ibuprofeno
➢ Seguros* Atenção as contraindicações
➢ 24 a 48h
➢ Ação central/opióides fracos: codeína, tramadol
1- Urgências endodônticas:
• OBRIGATÓRIA a intervenção local para sucesso do tratamento
• Dor gerada por fatores irritantes como subprodutos das bactérias
• Alívio significativo após intervenção local + complemento analgésico
• Planejar tratamento definitivo
2- Urgências periodontais:
• Na maioria das vezes a intervenção local se faz necessária para sucesso do tratamento
- Avaliar gravidade do envolvimento tecidual
- Ex: GN, pericoronarite, abscesso periodontal
- Pode ser necessário complemento analgésico
- Planejar tratamento definitivo
• Sintomático
- Gengivoestomatite herpética
3- Traumatismos dentoalveolares:
• Intervenção local é obrigatória para controle do quadro
• Sintomático:
- Complemento analgésico
- Planejar tratamento definitivo
• Paracetamol + codeína: 500mg + 30mg ou 500mg + 7,5mg 6/6h
• Tramadol: 50mg 8/8h
ALÍVIO TÓPICO DA DOR
Hexomedine
• Hexamidina + tetracaína
• Ação anestésica
• Solução: bochechar três vezes ao dia com 15ml de solução (colher de sopa)
• Spray: aplicar três puffs a cada 4 horas
• Gengivoestomatite herpética = alívio de sintomas
Flogoral
• Benzidamina
• Ação anestésica
• Solução: bochechar três vezes ao dia com 15ml de solução (colher de sopa)
• Spray: aplicar três borrifadas a cada 4 horas
• Gengivoestomatite herpética = alívio de sintomas
• Atenção ao sabor
INFLAMAÇÃO
Cox 1 Encontrada em grandes quantidades em
tecidos como:
Prostaglandinas são formadas em condições de
normalidade
● Vasos/Plaquetas – agregação
plaquetária
● Rins – regulação da função renal
● Estômago/Mucosa gástrica – Proteção
da mucosa
Cox 2 Presente em pequena quantidade nos
tecidos
● Concentração aumentada em até 80x
após estímulo inflamatório
● Cox pró inflamatória
PGAs promovem aumento da permeabilidade vascular➜ EDEMA
ANTI-INFLAMATÓRIOS Não-esteroidais (AINES):
• Prevenção da dor e tratamento da dor já instalada
• Dor moderada a severa
• Complemento à terapia local
• 48 a 72h
• Bom senso
Esteroidais:
• Corticosteróides
• Ação inibitória contra a enzima fosfolipase A2 o que reduz a produção de ácido
araquidônico, precursor de substancias pró-inflamatórias
• Prevenir dor e controle do edema
• Necessita tempo biológico para início de ação
• Analgesia preemptiva
Forma de apresentação:
• Até 40 kg (≈12 anos)
• Solução (gotas)/suspensão oral
• Cuidado com açúcar (medicamentos adocicados)
• Realizar escovação dentária após administração
• Cálculo de dose:
• De acordo com o peso
ANTIMICROBIANOS
Antissépticos tópicos
Digluconato de clorexidina:
• Bactericida
• Bactérias aeróbias facultativas e anaeróbias gram-positivas e gram-negativas, fungos e
leveduras
• Infecções periodontais e controle químico da placa bacteriana
• Concentração: 0,12% ou 0,20%
• Substantividade: 12h
• Incompatibilidade com LSS (Lauril-sulfato de sódio)
“O melhor critério para se decidir sobre o uso de antibióticos, como medida complementar à
descontaminação local, diz respeito à presença ou não de sinais e sintomas de
disseminação da infecção”
• Edema pronunciado (celulite)
• Limitação da abertura bucal (trismo)
• Linfadenite (aumento dos gânglios)
• Febre
• Taquicardia
• Falta de apetite
• Disfagia
• Mal-estar geral
Penicilinas
Cocos aeróbios G+ e bacilos anaeróbios GInfecções de origem endodôntica e periodontal
Amoxicilina:
• Absorção melhor e mais rápida (mesmo na presença de alimentos)
• Níveis sanguíneos prolongados
• Via oral (facilidade de uso e menos reações alérgicas)
• Associação com metronidazol (bacilos anaeróbiosG-) para infecções periodontais agudas
Os níveis plasmáticos de preparações injetáveis de depósito, como a Penicilina G Benzatina
(Benzetacil), somente são alcançados 6-8h após a aplicação e nem sempre são adequados
para controlar a infecção.
Macrolídeos
• Bacteriostáticos
• Espectro de ação similar ao das penicilinas
• Alérgicos às penicilinas
• Claritromicina e azitromicina
• Abscessos periapicais
• Concentrações teciduais elevadas e duradouras
• Menos efeitos adversos gastrointestinais
Clindamicina
• Família das lincosaminas
• Bacteriostático
• Grande absorção e penetração nas barreiras teciduais
• Alérgicos a penicilinas
• Infecções avançadas
CÁLCULO DE DOSE
Exemplo: Amoxicilina 125/150/250 mg/5ml 20mg/kg/dia – 8/8 CRIANÇA 30 KG
20mg ----- 1 kg
30kg ----- x
x = 600mg
ANTIVIRAIS
Aciclovir
Gengivoestomatite herpética (eficácia questionável)
Via oral - comprimidos
Dose: 200mg/5x ao dia por 5 dias
Ex: 6h – 10h – 14h – 18h – 22h
TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR
“Lesões que são causadas por impactos nos dentes e/ou tecidos duros e moles no interior
e/ou exterior da cavidade bucal. Acontecem geralmente de forma súbita, inesperada e
acidental, sendo necessária uma atenção emergencial aos pacientes acometidos.”
-PREVALÊNCIA ENTRE 6 E 59%
-DENTIÇÃO PERMANENTE
-IDADE CRIANÇAS E ADOLESCENTES 12 ANOS
-FALTA DE PADRONIZAÇÃO NAS PESQUISAS E
-CLASSIFICAÇÕES
-PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Sigurdsson (2013): a principal forma de prevenção para TDA é educar os
pais,responsáveis, professores, funcionários e até mesmo as crianças e adolescentes sobre
como evitá-las e o que fazer caso ocorra.
CD discutir com os pacientes/responsáveis durante as consultas odontológicas de
rotina, os fatores de risco que podem levar às lesões por traumatismo dentário (Ex.
pacientes atletas – protetor bucal).
FATORES PREDISPONENTES:
● Mordida aberta
● Falta de selamento labial
● Sobressaliência
ICS > ILS > ICI > ILI > CS e CI
DIAGNÓSTICO
Tabela 1 - Resumo das perguntas a serem realizadas durante a anamnese e sua importância.
Quem é o paciente? Nome, endereço, número de telefone e outros dados
demográficos.
Quando ocorreu a lesão? O prognóstico dos tratamentos de dentes com mobilidade, fraturas
coronárias e fraturas alveolares podem ser influenciadas pela
demora no tratamento.
Onde ocorreu a lesão?
Antibióticos e profilaxia antitetânica
Avaliar o grau de contaminação bacteriana dependendo do local
onde aconteceu o traumatismo.
Como aconteceu a lesão?
OBS: Papel do CD enquanto profissional de saúde
na denúncia de abuses/violência doméstica
Investigar a possibilidade de outras lesões, informações que
podem levar à causa real do traumatismo, condições clínicas
preexistentes (convulsão).
Qual o tratamento realizado desde que a lesão
ocorreu? (se houve algum)
Como o dente foi armazenado em casos de avulsão, se houve
reimplante de um dente parcialmente avulsionado.
Alguém observou dentes ou fragmentos de dentes
no local do acidente?
Podem ser necessários exames radiográficos dos tecidos moles
periorais, do tórax e da região abdominal para descartar a
presença de fragmentos dentários no interior dos tecidos moles ou
outras cavidades do corpo.
Qual o estado de saúde geral do paciente? Obter uma sucinta história clínica do paciente (alergias
medicamentosas, sopro cardíaco, discrasias sanguíneas ou
sistêmicas).
O paciente inconsciência, teve náusea, vômito,
amnésia, cefaléia, distúrbios visuais ou confusão
após acidente?
Podem indicar traumatismo intracraniano.
Inconsciência: atenção para aspiração/ingestão de fragmentos
Existe alguma alteração na oclusão? Resposta afirmativa pode indicar luxação dentária, fratura
dentoalveolar ou dos maxilares.
Tabela 2 - Resumo das áreas que devem ser examinadas e o que deve ser observado durante o
exame físico de traumatismo dento-alveolares.
Feridas extraorais de tecido mole Lacerações, abrasões e contusões. Se há alguma estrutura vital cruzando a
linha de laceração.
Feridas intraorais de tecido mole Verificar a presença de corpos estranhos como dentes ou coroas dentro das
lesões de lábio, assoalho e bochechas e outras áreas.
Fraturas dos maxilares ou do processo
alveolar
Fraturas dos maxilares è verificada por meio da palpação.
Segmentos fraturados do processo alveolar podem ser diagnosticados por
palpação e exame visual.
Coroas dentárias Os dentes devem ser limpos do sangue para observar a extensão e
profundidade das fraturas e se há exposição pulpar.
Deslocamento dentário Deslocamento na direção vestíbulo-lingual, intrusão e extrusão.
Mobilidade dentária Conferir a mobilidade em todos os dentes nas direções vertical e horizontal.
Percussão dentária Determina se o ligamento periodontal sofreu algum dano.
Testes de vitalidade pulpar Determinar o tipo de tratamento que os dentes receberão.
Resultados falso-negativos podem acontecer, sendo assim,
deve-se se repetir os testes novamente após semanas e antes da
terapia endodôntica.
A) Teste de mobilidade:
– Mobilidade dentária individual: sinal de vascularização pulpar interrompida
– Mobilidade de grupos de dentes: sinal de fratura alveolar
– Grau: • 0 = sem mobilidade ou mobilidade fisiológica
• 1 = mobilidade horizontal até 1mm
• 2 = mobilidade horizontal maior que 1mm
• 3 = mobilidade axial
B) Teste de percussão:
– Percussão horizontal: • Positivo quanto à dor: dano ao ligamento periodontal
• Som metálico: dente travado no osso
– Persistência no acompanhamento: sinal de anquilose
C) Teste de sensibilidade pulpar térmico:
– Atenção para dentes com formação radicular incompleta
– Informação de comparação para o acompanhamento futuro*
Exame radiográfico: possibilidade de visualizar alterações imperceptíveis clinicamente
Procuramos:
- presença de fratura radicular;
- grau de extensão de intrusão ou extrusão;
- presença de doença periapical pré-existente;
- extensão do desenvolvimento radicular;
- presença de fratura dos maxilares;
- fragmentos de dentes e corpos estranhos alojados nos tecidos moles.
– Alterações imediatas:
● Deslocamento dentário
● Presença de corpos estranhos
● Fratura dental e/ou alveolar
– Alterações tardias:
● Reabsorção interna e/ou externa
● Obliteração do canal radicular
● Anquilose
Escolha da técnica mais adequada:
- Periapical (padrão)
- Oclusal
- Lateral de Fazzi (adaptada)
- Panorâmica (geral; pouca precisão)
- Adaptação para tecidos moles (tempo de exposição reduzido)
- Tomografias
CLASSIFICAÇÃO
TECIDO MOLE
1.1. Laceração:
• Ferimento raso ou profundo produzido por objeto cortante
• Higiene da região e remoção de corpos estranhos
• Reposicionar retalho e suturar se necessário
Suhadi (2012): 63% de todos os pacientes atendidos em um pronto socorro hospitalar por
lesões orais apresentavam laceração do lábio
1.2. Contusão:
• Ferimento produzido por impacto com objeto sem corte causando hematoma submucoso
(equimose)
• Tratamento sintomático
• Fotobiomodulação / Crioterapia – 48h iniciais / anti-inflamatórios e analgésicos
1.3. Abrasão:
• Lesão superficial por raspagem (superfície hemorrágica e escoriada) “Raladura”
• Higiene da região
• Tratamento sintomático
• Fotobiomodulação / Crioterapia / Medicações tópicas conforme local de trauma
TECIDOS DE SUPORTE
DIAGNÓSTICO
-SINAIS
-SINTOMAS
-EXAMES COMPLEMENTARES
Concussão:
• Rompimento de pequeno número de fibras do ligamento
periodontal
• Sem sangramento visível
• Sem deslocamento ou mobilidade
• Conduta: Repouso do dente, orientação de higiene (OH) e acompanhamento
Subluxação:
• Rompimento de fibras do ligamento periodontal
• Sangramento visível no sulco gengival
• Sem deslocamento dentário
• Pequena ou nenhuma mobilidade
• Conduta: Repouso do dente* (contenção), OH e acompanhamento
Luxação lateral:
• Rompimento de fibras do ligamento periodontal e deslocamento no sentido
vestíbulo-lingual/palatino
• Pode haver ou não mobilidade e fratura óssea ou anquilose
• Aumento do espaço do LP
• Pode haver laceração dos tecidos adjacentes
• Conduta: Reposicionamento e contenção por pelo menos 3-4 semanas.
• Acompanhar vitalidade pulpar.
• Repousodo dente, HO e acompanhamento.
Luxação intrusiva:
• Deslocamento dentário total ou parcial para dentro do alvéolo (direção axial)
• Compressão ou fratura do processo alveolar / anquilose
• Lesões dos tecidos moles adjacentes
• Ausência ou redução do espaço do LP.
Luxação extrusiva:
• Deslocamento dentário parcial para fora do alvéolo (direção axial)
• Normalmente associado a mobilidade
• Aumento do espaço do LP
• Com ou sem fratura da tábua óssea alveolar
• Conduta: Reposicionamento e contenção por 2- 4 semanas
• Repouso do dente, HO e acompanhamento.
• Tratamento endodôntico*.
Avulsão:
• Deslocamento dentário total para fora do
alvéolo
• Com ou sem fratura do processo alveolar
• Conduta: Depende do tempo extrabucal
e meio de armazenamento
MEIO DE ESTOCAGEM (sempre úmido)
-Leite
-Soro fisiológico
-Saliva
Orientações
• Segurar o dente pela coroa
• Lavar em água corrente ou soro fisiológico sem esfregar
• Recolocar no alvéolo
• Manter a boca fechada
Avulsão: MEIO DE ESTOCAGEM
Solução salina balanceada de Hank
- Mantém vitalidade de céls do LP por até 24h
- pH 7,2 / boa osmolaridade
- Laboratórios
- 15$
*ÁGUA DE COCO
*CLARA DE OVO
*ViaSpan 300$
Avulsão:
REIMPLANTE IMEDIATO
Contenção flexível ou semi-rígida
- fio de náilon nº 20; fio ortodôntico 0,25mm a 0,4mm ou fio twist
Tratamento endodôntico:
- Ápice fechado
- Tempo extra-alveolar > 10 minutos
- Em até 10 dias após o reimplante
Repouso do dente, HO e acompanhamento.
TRAUMAS EM TECIDOS DUROS
Trinca de esmalte:
• Fratura incompleta do esmalte sem perda de estrutura dentária.
• Conduta: Avaliar necessidade de polimento do esmalte seguido de aplicação de flúor.
• Repouso do dente, OH e acompanhamento.
Fratura de esmalte e dentina SEM envolvimento pulpar:
• Perda de estrutura dentária envolvendo esmalte e dentina sem exposição pulpar.
• Conduta: Realizar tratamento restaurador ou colagem de fragmento.
• Repouso do dente, OH e acompanhamento.
Fratura de esmalte e dentina COM envolvimento pulpar:
• Perda de estrutura dentária envolvendo esmalte e dentina com exposição pulpar.
• Conduta: Capeamento pulpar direto; tratamento endodôntico.
• Repouso do dente, OH e acompanhamento.
Fratura coronorradicular:
• Fratura envolvendo esmalte, dentina e cemento:
- Com exposição pulpar: Complicada
- Sem exposição pulpar: Não-complicada
Conduta:
• Linha de fratura acima da crista alveolar:
- Avaliar necessidade de tratamento endodôntico com posterior tratamento restaurador:
colagem de fragmento ou resina composta.
• Linha de fratura 4 a 5mm abaixo da crista gengival:
- Tracionamento ortodôntico + tratamento endodôntico com posterior tratamento restaurador.
- Exodontia
• Linha de fratura > 5mm abaixo da crista gengival:
- Exodontia
• Repouso do dente, OH e acompanhamento.
Fratura radicular:
• Fratura transversal ou longitudinal na região radicular.
Conduta:
• Transversal:
- Pronto-atendimento, pouca extrusão, ausência de sangramento pelo sulco gengival,
adequada redução e imobilização.
- Avaliar possibilidade de aproximação dos fragmentos e contenção rígida por 90 a 120 dias.
• Longitudinal:
- Exodontia
- Repouso do dente, OH e acompanhamento.
Fratura alveolar:
• Fratura que envolve o processo alveolar.
• Conduta: Contenção semirrígida ou rígida por 3 a 4 semanas.

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