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22/05/2023 FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Curso de Medicina TIC’S LUCIARA SARA GOMES OLIVEIRA PARNAÍBA-PI 2023 LUCIARA SARA GOMES OLIVEIRA TIC’S Atividade referente a matéria de Tecnologia da Informação e Comunicação. Orientador (a): Ana Raquel Oliveira De Andrade. PARNAÍBA-PI 2023 Doadores Como ocorre a doação de medula óssea? A doação de medula óssea é um procedimento médico no qual as células-tronco sanguíneas são coletadas de um doador e transplantadas para um receptor que precisa de um transplante de medula óssea. O transplante de medula óssea é frequentemente utilizado como tratamento para doenças do sangue, como leucemias, linfomas e anemias graves7, 8. Existem duas formas principais de doação de medula óssea: 1. Doação de medula óssea por aférese: Nesse método, o doador recebe injeções de um medicamento chamado fator de crescimento de células-tronco. Esse medicamento estimula a produção de células-tronco sanguíneas e as libera na corrente sanguínea. Durante a coleta, o doador é conectado a uma máquina de aférese por meio de uma veia do braço. O sangue é retirado da veia, passa pela máquina de aférese, onde as células-tronco sanguíneas são separadas, e o restante do sangue é devolvido ao doador. Esse processo pode levar algumas horas e geralmente é feito em um hospital. 2. Doação de medula óssea por punção: Nesse método, o doador é submetido a uma pequena cirurgia em que as células-tronco sanguíneas são retiradas do interior dos ossos do quadril, que é a região onde a medula óssea é mais facilmente acessível. O doador recebe anestesia geral ou raquianestesia para garantir que ele não sinta dor durante o procedimento. Após a cirurgia, o doador pode sentir algum desconforto ou dor na região da punção por alguns dias1, 3, 5, 6, 7, 8. Antes da doação, é realizado um processo de compatibilidade entre o doador e o receptor para garantir que haja uma combinação adequada das características genéticas entre ambos. Isso é feito por meio de testes de histocompatibilidade, como o teste de tipagem HLA1, 2, 9. A doação de medula óssea é um ato voluntário e altruístico. Os doadores podem se cadastrar em bancos de doadores de medula óssea, onde seus dados são armazenados e podem ser acessados quando há um receptor em busca de um doador compatível. A decisão de se tornar um doador de medula óssea é pessoal e requer um processo de informação e consentimento adequados2, 9. Quais os requisitos para ser um doador? As informações a seguir são baseadas nas diretrizes do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), que é o sistema responsável pelo cadastro de doadores de medula óssea no Brasil: Para se tornar um doador voluntário de medula óssea, é necessário seguir os seguintes passos: 1. Ir ao Hemocentro mais próximo; 2. Realizar um cadastro no REDOME, fornecendo informações pessoais; 3. Coletar uma amostra de sangue de aproximadamente 10 ml para realizar o exame de tipagem HLA (Antígenos Leucocitários Humanos), que é responsável por determinar a compatibilidade genética entre o doador e o receptor.2 Além disso, é importante atender aos seguintes requisitos: ter entre 18 e 35 anos de idade. No entanto, o doador permanece no cadastro até os 60 anos e pode realizar a doação até essa idade; possuir um documento de identificação oficial com foto; estar em bom estado geral de saúde; não ter nenhuma doença impeditiva para o cadastro e a doação de medula óssea.2 Existem algumas doenças que podem impedir o cadastro e a doação de medula óssea. Algumas delas são: AIDS/HIV: Pessoas diagnosticadas com HIV (AIDS) não podem realizar o cadastro no REDOME; Hepatite: Pessoas com hepatite A curada podem ser cadastradas. Pessoas com hepatite B e carga viral negativa podem ser cadastradas e posteriormente avaliadas para doação. Não é permitido o cadastro para pessoas com hepatite C; Câncer: Para todos os tipos de câncer, exceto carcinoma basocelular de pele e câncer de colo de útero tratados apenas com cirurgia, o cadastro e a doação não são permitidos; Doenças autoimunes: O cadastro é permitido para algumas doenças autoimunes controladas, como tireoidite de Hashimoto e doença de Graves tratadas com sucesso e situação clínica estável. Por outro lado, não é permitido o cadastro para doenças como artrite reumatoide, lupus, fibromialgia, esclerose múltipla, síndrome de Guillain-Barré, entre outras; Epilepsia: O cadastro é permitido para pessoas com epilepsia controlada, sem uso de medicação e sem crises há mais de três anos; Outras condições específicas: Existem restrições e permissões para condições como doenças sexualmente transmissíveis (DST) tratadas, diabetes controlada, asma com uso de bombinha inalatória, hipotireoidismo liberado para cadastro e doação, hipertireoidismo impedindo o cadastro e doação, tuberculose tratada, uso de drogas, doenças psiquiátricas, entre outras.4 Referências: 1. A Doação de Medula Óssea. Disponível em: <https://redome.inca.gov.br/doador/a-doacao- de-medula-ossea/>. 2. Como se Tornar um Doador. Disponível em: <https://redome.inca.gov.br/doador/como-se- tornar-um-doador/>. 3. DA SILVA, Bruna Siqueira et al. TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA E OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, v. 10, n. edespenf, p. 124-130, 2020. 4. Doenças Impeditivas do Cadastro e da Doação. Disponível em: <https://redome.inca.gov.br/doencas-impeditivas-do-cadastro-e-da-doacao/>. Acesso em: 22 maio. 2023. 5. DynaMed. Hematopoietic Stem Cell Transplantation (HSCT) Considerations. EBSCO Information Services. Accessed May 22, 2023. https://www.dynamed.com/procedure/hematopoietic-stem-cell-transplantation-hsct- considerations 6. SILVA, Maria Jaenny Siqueira; DE SOUZA, Pâmella Grasielle Vital Dias. Desenvolvimento de doenças e complicações após transplante de medula óssea. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 12, p. 98279-98294, 2020. 7. SIMPSON, E.; DAZZI F. Bone Marrow Transplantation 1957-2019. Front Immunol. 2019;10:1246. Published 2019 Jun 5. doi:10.3389/fimmu.2019.01246 8. SBTMO. Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea. Consenso SBTMO. 2021. Disponível em: https://sbtmo.org.br/consensos-sbtmo/ 9. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA. Diretoria Colegiada. Resolução RDC nº 508, de 27 de maio de 2021: Dispõe sobre as Boas Práticas em Células Humanas para Uso Terapêutico e pesquisa clínica, e dá outras providências. 2021. Disponível em: < https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n- 508-de-27-de-maio-de-2021-323013606 >. Acesso em 22 mai. 2023 https://www.dynamed.com/procedure/hematopoietic-stem-cell-transplantation-hsct-considerations https://www.dynamed.com/procedure/hematopoietic-stem-cell-transplantation-hsct-considerations https://sbtmo.org.br/consensos-sbtmo/
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