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Teoria da Arquitetura I (2)

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REIS FILHO,Nestor. “A urbanização e o Urbanismo Na Região das Minas”. Cadernos de Pesquisa do LAP 30, São Paulo:FAU/USP, jul-dez 1999
DELSO, Roberta Marx. “Novas Vilas Para o Brasil Colônia Planejamento Espacial e Social no Sec XVIII”.Edições Alva: Brasília; 1ª edição, 199
Gabriel Lucas Mendes/Teoria da Arquitetura e Urbanismo I
Em ambos os textos é abordado o movimento dos Bandeirantes em sentido a regiões interioranas do Brasil que pertenciam ao governo espanhol, a partir do século XVII, e a suas influências no surgimento de cidades nesses novos terrritórios, que ao passar do anos se tornou de domínio Português por meio do tratado de madrid. Os autores citam também toda a dinâmica de desenvolvimento dessas novas ocupações, desde os primeiros núcleos clandestinos de habitação até os mais organizados provenientes da intervenção e investimento do governo português durante o século 17 até o início do século 19.
Segundo o texto novas vilas para o Brasil colônia inicialmente essas ocupações cresciam de maneira improvisadas, permeadas pelo desejo exclusivo de explorar o seu potencial mineralógico, proporcionando assim um conjunto habitacional desorganizado, com lotes de diferentes configurações. Cuiabá faz parte desse contexto, tendo sido um dos principais da época, chegando a ter a quinta maior população do país em razão da alta margem de lucro que ela proporcionava. Todo o potencial dessa região assim como a de outras atraiu a atenção do governo português, que viu a necessidade de se instalar nessas regiões para manter o controle dobre elas e afastar de vez a possibilidade do domínio espanhol. Desse o modo se fez necessário uma alteração no urbanismo dessas regiões, para que tornassem cidades quem seguissem os padrões de habitação dos portugueses, e por fim ao contexto de crescimento aleatório em que elas estavam. Sendo assim, foram aplicadas uma série de praticas urbanísticas, seguindo o modelo europeu da época, como o alinhamento e a regularidade arquitetônica dos lotes, por meio de ruas retilíneas e simétricas, constituindo uma malhas retangulares, semelhantes a um tabuleiro de xadrez, permitindo assim a boa circulação de animais e pessoas no espaço. Foram construídos também teatros e praças, para ofertar lazer a burguesia que se transferiu para lá, assemelhando-se a colonização espanhola.
No texto” A Urbanização e o Urbanismo na Região das Minas”, são abordadas diversas regiões do brasil que passaram por essa mudança urbanística enfatizado as cidades do estado de Minas Gerais, como Mariana, que vinha se desenvolvendo desordenadamente a medida que atraia mais pessoas em busca de ouro, até que ocorreu uma inundação em 1715, destruindo muitas casas e grande parte da cidade. Após o incidente o governo português decidiu urbaniza-la de modo organizado, empregando um novo conceito de regularidade, que não seguiria mais o padrão europeu por completo, se focando na adaptação á topografia diferenciada do solo brasileiro, com o objetivo de evitar acidentes e melhorar a qualidade das instalações.. Esse novo conceito passou a ser utilizado e outras cidades do Brasil pelo governo português ao longo do século XVIII e XIX .
Dessa forma é possível concluir que o urbanismo no Brasil durante o período colonial não foi totalmente desorganizado, mas sim que ele passou por fases diferentes, entre métodos organizados e padronizados da Europa até os que se adaptavam melhor as características do relevo do país. Porém o atraso na implantação de um planejamento urbano prejudicou cidades brasileiras mais antigas que até hoje sofrem reflexo do seu crescimento desordenado inicial.

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