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CÁLCULO AVANÇADO COM NÚMEROS COMPLEXOS ATIVIDADE A1 GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA JULIO ALAFE COPA UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE Como já é sabido o teorema de Stokes constitui uma generalização do teorema de Green (que trata de integrais sobre contorno fechados, em que se é necessário distinguir entre as duas orientações possíveis do contorno, uma das quais é escolhida como a orientação positiva), para o espaço tridimensional e pode ser utilizado para transformar determinadas integrais curvilíneas em integrais de superfície ou vice-versa. Com base no teorema de Stokes ou no processo de cálculo direto (sem o teorema de Stokes), calcule, apresentando os cálculos, o valor da integral: ∮ �⃗�. �⃗⃗�. 𝑑𝑙 Onde: 𝐹(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑦𝐼 + 𝑥𝐽 + 𝑦�̂� e 𝛼(𝑢, 𝑣) = (𝑢, 𝑣, 2 − 𝑢² − 𝑣²) Com: 𝑢2 + 𝑣2 ≤ 1 Sendo n, a normal apontando para cima. RESOLUÇÃO Pelo teorema de Stokes, sabe-se que: ∮ �⃗�. �⃗⃗�. 𝑑𝑙 = ∬(∇⃗⃗⃗𝑋�⃗�). �⃗⃗�. 𝑑𝑆 (1) Resolvendo o rotacional de �⃗�: (∇⃗⃗⃗𝑋�⃗�) = || 𝐼 𝐽 �̂� 𝜕 𝜕𝑥 𝜕 𝜕𝑦 𝜕 𝜕𝑧 𝑦 𝑥 𝑦 || = ( 𝜕 𝜕𝑦 (𝑦) − 𝜕 𝜕𝑧 (𝑥)) 𝐼 + ( 𝜕 𝜕𝑧 (𝑦) − 𝜕 𝜕𝑥 (𝑦)) 𝐽 + ( 𝜕 𝜕𝑥 (𝑥) − 𝜕 𝜕𝑦 (𝑦)) �̂� = (1 − 0)𝐼 + (0 − 0)𝐽 + (1 − 1)�̂� = 1𝐼 + 0𝐽 + 0�̂� (∇⃗⃗⃗𝑋�⃗�) = 〈1,0,0〉 (2) Parametrizando a superfície em coordenadas cilíndricas: 𝑥 = 𝑢 = 𝑟. cos 𝜃 𝑦 = 𝑣 = 𝑟. sin 𝜃 𝑧 = 2 − 𝑢2 − 𝑣2 = 2 − (𝑢2 + 𝑣2) = 2 − 𝑟2 0 ≤ 𝜃 ≥ 2𝜋 0 ≤ 𝑟 ≥ 1 Para o cálculo do vetor normal �⃗⃗� da superfície 𝑑𝑆, temos que: �⃗⃗�. 𝑑𝑆 = �⃗⃗⃗�. 𝑑𝐴 Calculando os vetores tangentes a superfície S nas direções 𝑟 e 𝜃 : 𝑆𝑟 = ( 𝜕𝑟 𝜕𝑥 , 𝜕𝑟 𝜕𝑦 , 𝜕𝑟 𝜕𝑧 ) = (cos 𝜃 , sin 𝜃 , −2𝑟) 𝑆𝜃 = ( 𝜕𝜃 𝜕𝑥 , 𝜕𝜃 𝜕𝑦 , 𝜕𝜃 𝜕𝑧 ) = (−𝑟. sin 𝜃 , 𝑟. cos 𝜃 , 0) O vetor �⃗⃗⃗� é obtido pelo produto vetorial entre os vetores 𝑆𝑟 e 𝑆𝜃: �⃗⃗⃗� = 𝑆𝑟 𝑋 𝑆𝜃 = | 𝐼 𝐽 �̂� cos 𝜃 sen 𝜃 −2𝑟 −𝑟 sen 𝜃 𝑟 cos 𝜃 0 | = (0 + 2𝑟2 cos 𝜃)𝐼 + (2𝑟2 sen 𝜃 − 0)𝐽 + (𝑟 cos2 𝜃 + 𝑟 sen2 𝜃)�̂� = 2𝑟2 cos 𝜃 𝐼 + 2𝑟2 sen 𝜃 𝐽 + 𝑟�̂� �⃗⃗⃗� = 〈2𝑟2 cos 𝜃 , 2𝑟2 sen 𝜃 , 𝑟〉 A partir desse resultado, podemos escrever: �⃗⃗�. 𝑑𝑆 = �⃗⃗⃗�. 𝑑𝐴 = �⃗⃗⃗�. 𝑑𝑟. 𝑑𝜃 = 〈2𝑟2 cos 𝜃 , 2𝑟2 sen 𝜃 , 𝑟〉. 𝑑𝑟. 𝑑𝜃 (3) Substituindo os resultados obtidos nas equações (2) e (3) na integral (1), temos: ∮ �⃗�. �⃗⃗�. 𝑑𝑙 = ∬(∇⃗⃗⃗𝑋�⃗�). �⃗⃗�. 𝑑𝑆 = ∬(∇⃗⃗⃗𝑋�⃗�). �⃗⃗⃗�. 𝑑𝐴 = ∬〈1,0,0〉 ∙ 〈2𝑟2 cos 𝜃 , 2𝑟2 sen 𝜃 , 𝑟〉. 𝑑𝑟. 𝑑𝜃 = ∬ 2𝑟2 cos 𝜃 . 𝑑𝑟. 𝑑𝜃 Aplicando o teorema de Fubini para resolução da integral dupla, temos: ∮ �⃗�. �⃗⃗�. 𝑑𝑙 = ∬(∇⃗⃗⃗𝑋�⃗�). �⃗⃗�. 𝑑𝑆 = ∫ ∫ 2𝑟2 cos 𝜃 . 𝑑𝑟 1 0 . 𝑑𝜃 2𝜋 0 = ∫ [2. 𝑟3 3 . cos 𝜃| 1 0 ] 𝑑𝜃 2𝜋 0 = 2 ∙ ∫ [ 13 3 − 03 3 ] . cos 𝜃 . 𝑑𝜃 2𝜋 0 = 2 3 ∫ cos 𝜃 . 𝑑𝜃 2𝜋 0 = 2 3 sen 𝜃| 2𝜋 0 = 2 3 ⌊sen 2𝜋 − sen 0⌋ = 0 Portanto, o resultado da integral de linha do campo vetorial �⃗� sobre o contorno dado pelas equações das curvas apresentadas, é equivalente a zero: ∮ �⃗�. �⃗⃗�. 𝑑𝑙 = ∬(∇⃗⃗⃗𝑋�⃗�). �⃗⃗�. 𝑑𝑆 = 0 Esse resultado pode ser observado no gráfico abaixo projetado no aplicativo Geogebra. A projeção do vetor que representa o rotacional do campo �⃗�, em preto, não flui sobre as superfícies formadas pelas linhas de contorno parametrizas a partir das curvas em vermelho e azul, porque possui apenas a componente no eixo Î que é perpendicular ao plano da superfície: Projeção do campo rotacional do campo vetorial �⃗�: Rotacional do campo F: 𝑭(𝒙, 𝒚, 𝒛) = 〈𝟏, 𝟎, 𝟎〉 Superfície com parâmetros: (𝒓, 𝜽) = ( 𝒓. 𝒄𝒐𝒔𝜽, 𝒓. 𝒔𝒆𝒏𝜽, 𝟐 − 𝒓²) Curva: 𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 = 𝟏 Curva: 𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 + 𝒛 = 𝟐 Linha de Contorno com parâmetros: (𝒓, 𝜽) = (𝒓. 𝒄𝒐𝒔𝜽, 𝒓. 𝒔𝒆𝒏𝜽, 𝟏) Uma segunda forma de encontrar o mesmo resultado é calcular diretamente a integral de linha do campo vetorial �⃗�, sem a aplicação do teorema de Stokes: ∮ �⃗�. �⃗⃗�. 𝑑𝑙 = ∮(𝑦𝐼 + 𝑥𝐽 + 𝑦�̂�). �⃗⃗�. 𝑑𝑙 (4) Parametrizando a curva denominada como ϕ, com r = 1, temos: 𝑥 = 1 ∙ cos 𝜃 = cos 𝜃 𝑦 = 1 ∙ sen 𝜃 = sen 𝜃 𝑧 = 2 − 12 = 1 0 ≤ 𝜃 ≥ 2𝜋 Portanto: 𝜑(𝜃) = (cos 𝜃 , sen 𝜃 , 1) O diferencial de linha de contorno 𝑑𝑙, pode ser obtido pela relação expressão abaixo: �⃗⃗�. 𝑑𝑙 = 𝜑′(𝜃). 𝑑𝜃 �⃗⃗�. 𝑑𝑙 = (− sen 𝜃 , cos 𝜃 , 0). 𝑑𝜃 (5) Substituindo x, y e a equação (5) na equação (4), temos: ∮ �⃗�. �⃗⃗�. 𝑑𝑙 = ∮(𝑦𝐼 + 𝑥𝐽 + 𝑦�̂�). �⃗⃗�. 𝑑𝑙 = ∮ 〈sen 𝜃 , cos 𝜃 , sen 𝜃 〉. 〈− sen 𝜃 , cos 𝜃 , 0〉. 𝑑𝜃 = ∮(− sen2 𝜃 + cos2 𝜃 + 0). 𝑑𝜃 = ∮(cos2 𝜃 − sen2 𝜃). 𝑑𝜃 = ∮ cos(2𝜃) . 𝑑𝜃 = [ sen 2𝜃 2 | 2𝜋 0 ] = [ sin 4𝜋 2 − sin 0 2 ] = 0 Esse resultado também pode ser observado graficamente analisando as direções das linhas do campo vetorial �⃗� , em laranja, sobre a linha de contorno parametrizada, em verde. Em todos os pontos ao redor da linha de contorno, existem vetores se anulando, justificando o resultado zero da integral de linha. Projeção nos eixos K e J: Projeção nos eixos K e I: Projeção nos eixos I e J: A constatação desse resultado também pode ser demonstrada analisando se o campo vetorial é conservativo, porque a integral de linha em um contorno fechada de um campo conservativo é zero. Para tanto, pode-se substituir os limites de integração no campo vetorial e observar se o resultado é o mesmo nos dois pontos. Sendo assim, dado o campo vetorial: 𝐹(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑦𝐼 + 𝑥𝐽 + 𝑦�̂� E os parâmetros da linha de contorno em coordenadas cilíndricas: 𝑥 = cos 𝜃 𝑦 = sen 𝜃 𝑧 = 1 0 ≤ 𝜃 ≥ 2𝜋 Temos a seguinte expressão para o campo vetorial: 𝐹(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑦𝐼 + 𝑥𝐽 + 𝑦�̂� → 𝐹(𝜃, 𝑟) = 〈sen 𝜃 , cos 𝜃 , 1〉 Substituindo os limites de integração: 𝑃𝑎𝑟𝑎 θ = 2π → 𝐹(𝜃, 𝑟) = 〈0,1,1〉 𝑃𝑎𝑟𝑎 θ = 0 → 𝐹(𝜃, 𝑟) = 〈0,1,1〉 Portanto, conclui-se que o campo é conservativo e: ∮ �⃗�. �⃗⃗�. 𝑑𝑙 = 0
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