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27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 1/19 NÃO PODE FALTAR MINERAIS Christian Grassl Imprimir PRATICAR PARA APRENDER Caro aluno, nesta seção, continuaremos com o estudo dos micronutrientes, agora, focando os minerais, que estão amplamente distribuídos nos alimentos e que são íons. Podemos ter os íons positivos ou cátions, como sódio e potássio, bem como os íons negativos ou ânions, como cloreto e fosfato. Nesta seção, estudaremos, principalmente, os minerais sódio, potássio, ferro, cálcio, cloreto, fosfato, magnésio e iodo. Esses minerais exercem funções importantes no organismo, como cofatores de várias enzimas, transporte de oxigênio no sangue, manutenção da pressão osmótica no plasma e armazenamento de energia. Além disso, esses minerais têm papéis na �siologia cardiovascular, na contração muscular e na transmissão de informações pelo sistema nervoso. Fonte: Shutterstock. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 2/19 A de�ciência dos minerais determina alterações funcionais, o que pode resultar em sérias manifestações clínicas. Essa de�ciência vitamínica é decorrente de dietas insu�cientes, má absorção dos minerais no trato gastrintestinal e, até mesmo, de uso de fármacos. As consequências clínicas da carência de minerais, por sua vez, podem ser convulsões, letargia, hipertensão ou hipotensão, parada cardíaca, coma, constipação e outras, conforme os minerais envolvidos na carência. Muitos dos assuntos que serão abordados nesta seção têm implicações clínicas, sendo de grande importância para a sua formação pro�ssional na área da Saúde. Esses assuntos serão úteis para a compreensão, análise e resolução de várias situações que poderão ocorrer na sua carreira pro�ssional A situação-problema se refere aos conhecimentos de bioquímica que podem ser aplicados na sua futura prática pro�ssional. Para contextualizar a sua aprendizagem, imagine que você trabalha como pro�ssional de Saúde e que precisa lidar com os minerais/eletrólitos na sua prática laboral. Nesse trabalho, você se depara com muitas situações que envolvem conceitos de bioquímica, logo, os conceitos aprendidos nesta seção serão úteis para a compreensão da importância clínica dos minerais/eletrólitos? Veremos a importância desses conceitos abordados nesta seção na presente situação-problema. Os minerais desempenham diversas funções no organismo, por isso, a carência deles pode acarretar quadros clínicos bem graves, e isso é uma preocupação para os pro�ssionais da área da Saúde. Por isso, é importante conhecer a sua importância para as funções orgânicas e, consequentemente, o que a carência delas pode provocar no organismo. Além disso, esses minerais também têm utilidade na farmacologia, atuando como fármacos ou como alvos terapêuticos. Você, na sua prática pro�ssional, pode se deparar com as situações a seguir, então, com base nos conhecimentos adquiridos, você é capaz de analisar os aspectos bioquímicos envolvidos com os minerais, bem como do uso farmacológico desses minerais? Re�ita: 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 3/19 1. A de�ciência de ferro no organismo resulta na anemia ferropriva, caracterizada por fadiga, fraqueza, tontura, palidez e falta de ar. Uma paciente com anemia ferropriva resolveu questionar a relação entre a de�ciência de ferro e os sintomas que ela apresenta. Diante disso, você, sendo pro�ssional da saúde, como explicaria essa relação? 2. Para um paciente que apresenta acidose metabólica e está na UTI, foi prescrito bicarbonato de sódio por via intravenosa. Porém, o paciente apresenta insu�ciência cardíaca, e você levantou essa questão devido ao risco de descompensação cardíaca por sobrecarga de volume. Alguém da equipe resolveu questioná-lo sobre a relação da administração de bicarbonato de sódio com o risco de descompensação cardíaca. Diante dessa situação, como você explicaria essa relação para o seu colega? 3. Uma paciente dá entrada na unidade de saúde com um quadro de hipermagnesemia, apresentando hipotensão e bradicardia. Para aliviar esses sinais, foi prescrito cálcio, e após sua melhora, a paciente questionou o uso do cálcio e a relação desse íon com o magnésio. Você, sendo pro�ssional da saúde, como sanaria as dúvidas da paciente? 4. No hospital em que você trabalha, um paciente deu entrada com quadro de descompensação do diabetes mellitus. Ao fazer a anamnese do paciente, foi notado que ele fazia uso de furosemida, um diurético depletor de potássio. Você relacionou a possibilidade da descompensação do diabetes mellitus do paciente com o uso do fármaco. O seu colega achou estranha essa relação e resolveu questioná-lo. Diante disso,como você explicaria essa relação ao seu colega? Essas questões são apenas o ponto de partida para mais questionamentos e para estimulá-lo a buscá-los. A situação-problema proposta é uma pequena amostra da importância dos conhecimentos de bioquímica na prática clínica e nas pesquisas na área da Saúde. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 4/19 A responsabilidade de um pro�ssional da Saúde é muito grande, exigindo conhecimentos, técnica e ética. Por isso, é fundamental dedicar-se aos estudos para que sua formação acadêmica �que à altura de suas responsabilidades pro�ssionais. Então, aos estudos! CONCEITO-CHAVE Os minerais essenciais estão amplamente distribuídos nos alimentos, por isso, uma alimentação balanceada fornece as quantidades adequadas desses minerais que atendem às necessidades metabólicas do organismo. Esses minerais podem ser íons positivos (os cátions) ou íons negativos (os ânions). Entre os cátions, podemos destacar o sódio, o potássio, o cálcio, o magnésio e o ferro; já entre os ânions, podemos destacar o cloreto, o iodeto e o fosfato. Esses minerais exercem funções importantes no organismo, como cofatores em várias reações químicas do metabolismo, transporte de gás oxigênio no sangue, armazenamento de energia nas células, contração muscular, geração e transmissão de impulsos nervosos e cardíacos e tantas outras. ASSIMILE O átomo é a unidade de construção da matéria, ou seja, tudo que existe é formado por esses “minúsculos tijolos”. O ar, as estrelas, o seu computador, você, eu somos todos feitos de átomos; esses átomos, por sua vez, são constituídos por unidades menores ainda: os prótons (possuem carga positiva), os nêutrons (são neutros) e os elétrons (possuem carga negativa). O átomo possui duas regiões: o núcleo, formado pelos prótons e nêutrons, e a eletrosfera, formada por elétrons. No átomo, o número de elétrons é igual ao número de prótons, por isso, o átomo é eletricamente neutro, porém ele pode perder ou ganhar elétrons, alterando o equilíbrio entre a quantidade de prótons e elétrons. Nesse caso, o átomo adquire carga elétrica e passa a ser chamado de íon; já quando o átomo perde elétrons, o número de prótons se torna maior que o número de elétrons e, consequentemente, o íon �ca com carga positiva, sendo chamado de 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA…5/19 cátion. Quando o átomo ganha elétrons, o número de elétrons se torna maior que o número de prótons e, consequentemente, o íon �ca com carga negativa, sendo chamado de ânion. ÍON SÓDIO (NA ) O íon sódio é um cátion monovalente, ou seja, um íon com uma carga positiva; é o íon predominante no meio extracelular, incluindo o plasma sanguíneo, em que é o principal responsável pela manutenção da osmolaridade plasmática. Dessa maneira, o íon sódio participa da manutenção do volume plasmático, e as alterações na concentração plasmática de íon sódio interferem na volemia (volume sanguíneo circulante); por exemplo: o aumento da concentração plasmática de íon sódio, condição chamada de hipernatremia, provoca aumento do volume plasmático, o que pode acarretar sérios danos ao organismo, como edemas e até insu�ciência cardíaca. ASSIMILE Existe um fenômeno físico-químico, denominado de osmose, que ocorre entre dois meios com soluções separados por uma membrana semipermeável, natural ou sintética. No caso da membrana plasmática (uma membrana com permeabilidade seletiva), esse fenômeno físico- químico também ocorre, então, vamos conceituá-lo. A osmose é a passagem do solvente (pode ser a água) do local de menor concentração de solutos para o local de maior concentração de solutos; assim, com o tempo, as concentrações dos dois meios se igualam, deixando de existir um �uxo efetivo de solvente por meio da membrana. Pressão osmótica é um parâmetro físico-químico que mede a força necessária para impedir a osmose e está relacionado com a concentração de solutos (osmolaridade). A osmolaridade é a concentração das partículas osmoticamente ativas, ou seja, as que exercem pressão osmótica, como os íons e as moléculas. Essas partículas não conseguem atravessar a membrana semipermeável e, por isso, exercem pressão osmótica, que + 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 6/19 depende da quantidade de partículas e não da massa delas, isto é, independente da massa, cada partícula exerce a mesma força ou pressão contra a membrana semipermeável para evitar a osmose, portanto, quanto maior a osmolaridade de uma solução, maior é a pressão osmótica que ela exerce. Em outras palavras, podemos de�nir a osmose como a passagem de solvente (como por exemplo, a água) do meio de maior pressão osmótica para o meio de menor pressão osmótica. EXEMPLIFICANDO Podemos citar uma situação corriqueira para entender a relação entre a concentração plasmática de íon sódio e o volume plasmático. No caso, a situação pode ser um churrasco, uma feijoada bem salgada ou uma comida japonesa acompanhada de molho Shoyu. Nessas refeições com alimentos bem salgados, há absorção de grande quantidade de íons sódio pelo trato gastrintestinal. Com isso, há o aumento do nível plasmático de íon sódio e, consequentemente, da osmolaridade plasmática. Para manter a homeostasia, o organismo, por sua vez, utiliza mecanismos �siológicos, como a ativação do comportamento da sede, com consequente aumento da ingestão de líquidos, e a liberação do hormônio ADH (hormônio antidiurético) pelo hipotálamo. Esse hormônio atua nos rins, aumentando a reabsorção do líquido �ltrado nos néfrons, resultando em retenção hídrica. Esses dois mecanismos aumentam a participação de água no plasma, o que permite a redução da osmolaridade plasmática, diluindo o excesso de íons sódio. Porém, há um aumento do volume plasmático, por isso, sentimos tanta sede com essas refeições, além da sensação de inchaço. Com o tempo, o excesso de água e de íon sódio é excretado na urina, permitindo o retorno à normalidade da osmolaridade e do volume plasmáticos, e isso explica, também, o número de vezes que urinamos após essas refeições. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 7/19 O íon sódio também participa da manutenção do volume celular com o íon potássio e as proteínas intracelulares. Esses íons, por serem polares, não atravessam a barreira lipídica da membrana plasmática, por isso, necessitam de canais proteicos para atravessar a membrana plasmática. Além disso, existe um desequilíbrio entre as concentrações intracelular e extracelular desses íons, sendo que a concentração extracelular de íon sódio é maior do que a sua concentração intracelular, enquanto a concentração intracelular de íon potássio é maior do que a sua concentração extracelular. Devido a esse gradiente (diferença) de concentração, surge um �uxo de íons do meio de maior concentração para o meio de menor concentração; já no caso do íon sódio, ocorre um in�uxo (�uxo para dentro da célula), e no caso do íon potássio, ocorre um e�uxo (�uxo para fora da célula). Para se evitar o equilíbrio entre as concentrações intracelular e extracelular desses íons com consequente perda do equilíbrio entre as osmolaridades intracelular e extracelular, bem como a alteração de volume celular e a perda da polarização da célula com prejuízo na excitabilidade celular, entra em ação a bomba sódio-potássio-ATPase. Essa proteína de membrana, com gasto de energia fornecida pelo ATP, transporta, simultaneamente, contra o gradiente químico, 3 íons sódio para fora da célula e 2 íons potássio para dentro. Dessa maneira, a bomba sódio-potássio-ATPase mantém a polarização da célula (polo positivo na superfície extracelular da membrana plasmática e polo negativo na superfície interna da membrana plasmática), bem como o volume celular por meio do equilíbrio entre as osmolaridades intracelular e extracelular. Ainda considerando a importância do íon sódio, podemos destacar a participação nos mecanismos de excitabilidade dos neurônios e das �bras musculares. Nas membranas plasmáticas dessas células, existem canais especí�cos para os íons sódio que são regulados por voltagem: os canais sódio-voltagem-dependentes. Quando essas células atingem o limiar de excitabilidade por ação de estímulos químicos, térmicos ou mecânicos, os canais sódio-voltagem-dependentes são ativados, permitindo o in�uxo de uma grande quantidade de íons sódio na célula, levando ao processo de despolarização, ou seja, a uma inversão da polaridade da célula (polo negativo na superfície extracelular da membrana plasmática e polo 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 8/19 positivo na superfície interna da membrana plasmática). Essa despolarização é responsável por gerar o impulso nervoso nos neurônios para a transmissão de informações, bem como pela liberação do estoque intracelular de íons cálcio nas �bras musculares, o que leva à contração dessas células. As principais fontes de íon sódio na alimentação são os alimentos de origem animal, como carne, ovos e leite. Nos seres humanos, a concentração intracelular de íons sódio é em torno de 10 mEq/L, enquanto no meio extracelular, incluindo plasma, a concentração �ca na faixa de 136 a 145 mEq/L. Há dois tipos de distúrbios do equilíbrio da concentração plasmática de íon sódio: a hiponatremia e a hipernatremia. O primeiro distúrbio, a hiponatremia, corresponde à redução da concentração plasmática de íon sódio, ou seja, uma concentração plasmática inferior a 136 mEq/L desse íon. As possíveis causas da hiponatremia incluem uso de diuréticos, de�ciência na secreção de aldosterona, retenção hídrica devido ao excesso de hormônio antidiurético (tumor no hipotálamo), excessiva administração de soluções aquosas por via intravenosa,insu�ciência renal crônica e suspensão repentina da corticoterapia (tratamento com glicocorticoides). Na maioria das vezes, a hiponatremia é assintomática, surgindo manifestações clínicas apenas em casos graves de redução da concentração plasmática de íons sódio. Entre as manifestações clínicas, podemos destacar: letargia, apatia, desorientação, parestesias (como as cãibras musculares), anorexia e coma. O tratamento depende da causa da hiponatremia, mas, em geral, envolve restrição hídrica e, até mesmo, reposição de solução aquosa de íon sódio. A hipernatremia corresponde ao aumento da concentração plasmática de íon sódio, ou seja, uma concentração plasmática superior a 145 mEq/L desse íon. A hipernatremia é resultante de várias causas, como desidratação e hipovolemia, perda hídrica (queimaduras, diarreia persistente, diurese excessiva, como ocorre no diabetes mellitus não tratado), diabetes insipidus e ingestão excessiva de cloreto de sódio (sal de cozinha) sem o aporte adequado de água. Esse distúrbio eletrolítico pode provocar sede excessiva, xerostomia (boca seca), tremores, 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 9/19 convulsões, hipertensão, edema, descompensação cardíaca e até a morte. O tratamento envolve determinar e resolver a causa da hipernatremia, em geral, envolvendo a administração de soluções aquosas hipotônicas. ASSIMILE As soluções são formadas pelo solvente e pelo soluto. A relação entre a quantidade de soluto e a quantidade de solvente é chamada de concentração. Existem várias formas de expressar a concentração, como a concentração comum, molaridade e equivalentes/litro (Eq/L). A concentração comum é a relação entre a massa do soluto e o volume da solução (soma entre o volume do solvente e o volume do soluto); já a molaridade corresponde à relação entre o número de mols do soluto e o volume da solução. Só para lembrar você: mol é uma quantidade de matéria correspondente ao valor de . Por exemplo: quando falamos em 1 mol de íon sódio, queremos dizer íons sódio. O equivalente de um íon (cátion ou ânion) é um parâmetro físico-químico que corresponde à relação entre a massa molar (massa de um mol) do íon e a sua carga elétrica. No caso do íon sódio, a massa molar corresponde a 23 gramas e a carga elétrica corresponde a +1, portanto, o equivalente do íon sódio é 23 gramas. Em geral, para os sistemas biológicos, o equivalente é muito grande, sendo preferível utilizar a subunidade miliequivalente, que corresponde a 1/1000 equivalente. Para resultado de exames de eletrólitos, usamos muito a concentração expressa em miliequivalentes/litro (mEq/L) ou milimol/litro (mmol/L). ÍON POTÁSSIO (K ) O íon potássio também é um cátion monovalente, sendo predominante no meio intracelular, uma vez que apenas 2% dos íons potássio estão no espaço extracelular. No meio intracelular, a concentração é cerca de 140 mEq/L, enquanto no meio extracelular, incluindo o plasma, a concentração �ca entre 3,5 a 5,0 mEq/L. As �bras musculares são os principais reservatórios de íons potássio do 6x1023 6x1023 + 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 10/19 organismo; já as principais fontes de íons potássio na alimentação são o abacate, a banana, a batata-doce, os frutos do mar, a castanha-do-pará, as amêndoas, a ameixa seca, a castanha de caju e o feijão preto. O íon potássio possui várias funções no organismo, sendo uma delas como cofator de algumas reações enzimáticas, como a conversão do fosfoenolpiruvato em piruvato, etapa �nal da glicólise, reação catalisada pela enzima piruvato quinase, e a participação nos mecanismos de excitabilidade de neurônios e de �bras musculares. Como vimos anteriormente, o íon sódio, por meio dos canais sódio- voltagem-dependentes, é responsável pela despolarização dos neurônios, para se gerar impulso nervoso, e das �bras musculares, para se gerar contração muscular. Os íons potássio, por sua vez, são importantes para a etapa da repolarização, ou seja, para tornar as células novamente responsivas aos estímulos químicos, térmicos e mecânicos. Nas membranas plasmáticas dessas células, existem canais especí�cos para os íons potássio que são regulados por voltagem: os canais potássio-voltagem-dependentes. Quando a célula é despolarizada, os canais potássio-voltagem-dependentes são ativados, levando ao e�uxo (�uxo para fora) de potássio da célula, que retorna ao estado de polarização (polo positivo na superfície extracelular da membrana plasmática e polo negativo na superfície interna da membrana plasmática). Além disso, em conjunto com os íons sódio, os íons potássio, por meio da bomba sódio-potássio-ATPase, mantêm a polarização das células, bem como o volume celular. A manutenção da concentração plasmática de íons potássio é fundamental para se evitar riscos para o organismo, especialmente os cardíacos. Essa manutenção é realizada por mecanismos �siológicos, como o hormônio aldosterona. Quando ocorre aumento do nível plasmático de íons potássio, células do córtex das glândulas adrenais secretam o hormônio aldosterona, que atua na porção �nal do néfron, estimulando a secreção de íon potássio pelas células tubulares, resultando em maior excreção desse íon na urina. Dessa forma, o organismo impede que haja aumento da concentração plasmática de íon potássio. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 11/19 Podem ocorrer distúrbios do equilíbrio da concentração de íons potássio, podendo ser hipocalemia (ou hipopotassemia) ou hipercalemia (ou hiperpotassemia). A hipocalemia corresponde à redução da concentração plasmática de íon potássio, ou seja, à concentração plasmática desse íon inferior a 3,5 mEq/L. Ela pode ter como possíveis causas a alcalose respiratória ou metabólica, o uso de diuréticos depletores de potássio (como exemplo, temos a furosemida e a hidroclorotiazida), as perdas de potássio no trato gastrintestinal (vômitos e/ou diarreias persistentes, uso excessivo de laxantes) e uma dieta pobre em íon potássio. Na hipocalemia, como manifestações clínicas, temos fraqueza muscular, letargia, inibição da liberação de insulina pelas células beta-pancreáticas com risco de hiperglicemia, aumento da produção de amônia (piora do quadro de encefalopatia hepática em pacientes com insu�ciência hepática), arritmias cardíacas e até parada cardíaca. O tratamento é a correção do dé�cit de potássio no organismo com a reposição desse íon por meio da solução aquosa de cloreto de potássio (KCl). A hipercalemia é resultado do aumento da concentração plasmática de íons potássio, quando a sua concentração supera 5 mEq/L. A hipercalemia pode ser resultado de várias causas, como acidose metabólica ou respiratória, uso de beta- bloqueadores (como o propranolol), intoxicação digitálica (toxicidade provocada pela digoxina), insu�ciência renal, administração excessiva de solução aquosa de KCl e uso de diuréticos poupadores de potássio (como a espironolactona). Entre as manifestações clínicas da hipercalemia, podemos destacar arritmias cardíacas, risco alto de parada cardíaca, fraqueza, paralisia muscular, aumento da secreção de insulina pelas células beta-pancreática com risco de hipoglicemia e confusão mental. O tratamento da hipercalemia depende da identi�cação e da resolução da causa, e entre os possíveis tratamentos, podemos destacar a correção da acidose metabólica com bicarbonatode sódio, o uso de solução polarizante, uso de fármacos agonistas beta-2 (como salbutamol), uso de diuréticos depletores de potássio (como furosemida) e uso de uma resina de troca iônica chamada poliestirenossulfonato de cálcio (nome comercial é Sorcal). EXEMPLIFICANDO 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 12/19 A resina de troca iônica chamada poliestirenossulfonato de cálcio (nome comercial é Sorcal) atua no trato gastrintestinal, onde ocorre a troca do cálcio na resina pelo potássio presente no lúmen intestinal. Dessa maneira, o potássio é eliminado com a resina nas fezes e o organismo absorve menos íons potássio no intestino, o que contribui para a redução da concentração desse íon no plasma sanguíneo. A solução polarizante é formada pela insulina e pelo soro de glicose e é utilizada no tratamento da hipercalemia. A insulina, hormônio com ação hipoglicemiante, também atua na bomba sódio-potássio-ATPase das �bras musculares esqueléticas, aumentando a sua atividade. Assim, ocorre maior captação de íons potássio do meio extracelular pelas �bras musculares, o que reverte o quadro de hipercalemia. Como a insulina também reduz a glicemia, é necessário associar soro de glicose para se evitar o quadro de hipoglicemia no paciente. REFLITA Como vimos no texto, tanto a hipercalemia quanto a hipocalemia interferem na secreção de insulina pelas células beta-pancreáticas. Você estudou sobre o mecanismo de secreção de insulina pelas células beta- pancreáticas na Seção 2 da Unidade 2 deste livro, então, como você relaciona as variações da concentração plasmática de íon potássio com a secreção de insulina? ÍON CÁLCIO (CA ) O íon cálcio é um cátion bivalente, encontrado principalmente no meio extracelular, concentrado principalmente nos ossos. No líquido extracelular, incluindo o plasma, a concentração está entre 2,2 a 2,6 mEq/L, enquanto a concentração intracelular é de 0,0001 mEq/L. Entre as principais fontes alimentares de íon cálcio, podemos destacar: leite e derivados, frutos do mar, amêndoa, linhaça, nozes, castanha-do-pará, tofu e uva passa. 2+ 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 13/19 O íon cálcio possui muitas funções no organismo, como na coagulação sanguínea (considerado o fator IV que participa de várias reações da cascata da coagulação sanguínea), na formação e no crescimento dos ossos, na excitabilidade de �bras cardíacas (o impulso cardíaco gerado no nodo sinusal depende de canais cálcio- voltagem-dependentes), na contração muscular (músculos esquelético, cardíaco e liso), na transmissão sináptica e na liberação de conteúdo celular por exocitose (por exemplo, a liberação de insulina pelas células beta-pancreáticas depende do íon cálcio). No caso da contração muscular, o íon cálcio, proveniente do retículo sarcoplasmático (músculo esquelético) ou do meio extracelular (músculos cardíaco e liso), permite a interação entre as proteínas contráteis, actina e miosina. O processo de exocitose de conteúdo celular (neurotransmissores, hormônios e outras substâncias) depende do íon cálcio, pois esse íon ativa proteínas que permitem a ancoragem e a posterior fusão das vesículas contendo as substâncias na membrana plasmática. Com a fusão das vesículas na membrana plasmática, o conteúdo vesicular (neurotransmissores, hormônios e outras substâncias) é liberado para o meio extracelular. No caso dos ossos, a matriz extracelular é composta, principalmente, pelo fosfato de cálcio, pelo hidróxido de cálcio e pelo carbonato de cálcio. A calci�cação é importante para solidez, rigidez ou dureza do osso. No caso dos íons cálcio, também podemos ter distúrbios eletrolíticos, como a hipocalcemia e a hipercalcemia. A hipocalcemia é resultado da redução da concentração plasmática de íons cálcio, enquanto a hipercalcemia refere-se ao aumento da concentração plasmática de íon cálcio. A hipocalcemia pode ser causada pela perda de paratireoide com tireoidectomia (remoção da glândula tireoide) e por insu�ciência renal. As manifestações clínicas, por sua vez, são: tremores, espasmos musculares, hipotensão, convulsões, parestesias (como as cãibras musculares), bradicardia e outras arritmias cardíacas. O tratamento consiste na reposição de íons cálcio com o uso de gluconato de cálcio. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 14/19 A hipercalcemia pode ser provocada por neoplasias, intoxicação por vitamina D e hiperparatireoidismo. Entre as manifestações clínicas da hipercalcemia, podemos destacar fraqueza, anorexia, vômitos, constipação, sonolência e arritmias cardíacas. O tratamento consiste em identi�car e resolver a causa desse distúrbio, e um dos possíveis tratamentos é a administração de soro �siológico e o uso de diuréticos de alça (como a furosemida). ÍON MAGNÉSIO O íon magnésio é um cátion bivalente, predominantemente intracelular, com concentração em torno de 58 mEq/L. No meio extracelular, incluindo o plasma, a concentração varia entre 1,9 e 2,5 mEq/L. Entre as fontes alimentares ricas em íons magnésio, podemos destacar o abacate, as nozes, as amêndoas, as sementes de abóbora e as leguminosas. O íon magnésio atua como cofator de muitas enzimas, como a hexocinase, a creatina-quinase e a glicose-6-fosfatase; e devido à sua ação de antagonista do íon cálcio, interfere nas funções neuromuscular e cardíaca. Os distúrbios da concentração plasmática de íons magnésio são a hipomagnesemia e a hipermagnesemia. A hipomagnesemia corresponde à redução da concentração plasmática de íons magnésio. Entre as possíveis causas de hipomagnesemia, podemos destacar etilismo crônico, cirrose, diarreia e pancreatite, e algumas das manifestações clínicas são tremores, hiperexcitabilidade neuromuscular, taquicardia, arritmias cardíacas, hipertensão, vasoconstrição, osteoporose e parestesias (como cãibras musculares). Em geral, a reposição de íons magnésio é feita por meio da administração de solução de sulfato de magnésio. A hipermagnesemia ocorre com o aumento da concentração plasmática de íons magnésio, geralmente resultado de insu�ciência renal. Na hipermagnesemia, podem ocorrer fraqueza muscular, vasodilatação, hipotensão, bradicardia, parada cardíaca e íleo paralítico (redução ou até 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 15/19 interrupção do peristaltismo intestinal); a conduta, no caso de hipermagnesemia, é melhorar a função renal, e para aliviar os sintomas e sinais, é possível usar o cálcio, visto que esse mineral é antagonista do magnésio. FERRO As formas iônicas do ferro são o íon ferroso (Fe2+) e íon férrico (Fe3+), ambas as formas são cátions. Entre os principais alimentos ricos em ferro, podemos destacar fígado, frutos do mar, ovo, peixes, carnes, sementes de abóbora e pistache. O ferro é componente do grupo heme da hemoglobina, proteína presente nos eritrócitos, e é o responsável pela interação com o gás oxigênio, permitindo o transporte desse gás no sangue e sua distribuição para todos os tecidos do corpo. A proteína mioglobina, presente nas �bras musculares cardíacas e esqueléticas, também possui grupo heme e, portanto, o ferro está presente nos músculos esqueléticos e cardíaco.Nessas �bras musculares, o ferro interage com o gás oxigênio, armazenando esse gás e facilitando a sua difusão pelo citoplasma dessas células; além disso, o ferro é cofator de várias enzimas, como os citocromos hepáticos, a catalase e a peroxidase. A de�ciência de ferro causa a anemia ferropriva, sendo a causa nutricional mais comum de anemia. A de�ciência de ferro pode ser causada pela dieta insu�ciente de ferro, má absorção no trato gastrintestinal, perda de sangue (como pode ocorrer em casos de hemorragias gastrintestinais e de menstruações intensas) ou pelo aumento das necessidades de ferro (como ocorre na gestação). Além do risco de anemia, a de�ciência de ferro também está associada a problemas de comportamento e de aprendizagem em crianças. As principais reservas de ferro do organismo estão na hemoglobina, mioglobina, enzimas que utilizam o ferro como cofator e ferritina (proteína hepática que armazena ferro), portanto, as maiores reservas de ferro estão no sangue, nos músculos esquelético e cardíaco e no fígado. EXEMPLIFICANDO 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 16/19 A hemoglobina é uma proteína encontrada nos eritrócitos (ou hemácias), responsável pelo transporte de gás oxigênio ( ) no sangue. Essa proteína está ligada a um grupo químico chamado heme, que, por sua vez, é formado pela molécula orgânica protopor�rina e pelo íon ferroso ( ). A protopor�rina evita que o íon seja oxidado a íon férrico ( ), pois o gás oxigênio só tem a�nidade pelo íon . A protopor�rina é sintetizada principalmente no fígado e na medula óssea a partir do aminoácido glicina e do succinil-CoA (intermediário do ciclo de Krebs). Trata-se de uma via metabólica composta por muitas reações químicas, sendo que, na última, o íon é adicionado à protopor�rina, formando o grupo heme. OUTROS ÍONS O íon cloreto (Cl-) é o principal ânion do meio extracelular, sendo que a sua concentração nesse meio é cerca de 103 mEq/L, enquanto a concentração no meio intracelular é cerca de 4 mEq/L. Esse ânion, juntamente com os íons sódio, também participa da manutenção do volume plasmático, sendo um dos responsáveis pela pressão osmótica no plasma; além disso, é componente do ácido clorídrico (HCl) — o ácido gástrico secretado pelas células parietais da mucosa gástrica. O íon fosfato também é um ânion (PO ) que participa de várias reações do metabolismo energético, além de ser componente do ATP e da creatina-fosfato, moléculas responsáveis pelo armazenamento de energia nas células. O iodeto (I-) é um ânion componente dos hormônios tireoidianos tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4), mas existem outros minerais importantes para o organismo, atuando principalmente como cofatores em reações enzimáticas, como cobre, níquel, selênio, zinco, manganês, enxofre, cromo e molibdênio. Aqui, encerramos a última seção do livro dedicada aos minerais. Nesta seção, estudamos os minerais �siologicamente mais importantes, considerando as suas fontes e funções no organismo; além disso, destacamos os principais distúrbios eletrolíticos decorrentes da de�ciência ou do excesso de íons. O2 Fe 2+ Fe 2+ Fe 3+ Fe 2+ 4 3- 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 17/19 FAÇA A VALER A PENA Questão 1 Para o transporte de gás oxigênio no sangue, é necessário um mineral que se encontra associado à protopor�rina para formar o grupo heme. Por sua vez, esse grupo está associado a quatro cadeias de globina para formar a proteína hemoglobina, que está presente nos eritrócitos. Assinale a alternativa que corresponde ao mineral descrito no texto. a. Sódio. b. Ferro. c. Potássio. d. Selênio. e. Cobre. Questão 2 Dois minerais participam ativamente dos mecanismos de excitabilidade dos neurônios (geração de impulsos nervosos) e das �bras musculares (contração muscular). Um dos minerais está envolvido na despolarização dessas células, enquanto o outro mineral é responsável pela repolarização dessas células. Assinale a alternativa que corresponde aos minerais envolvidos na excitabilidade dos neurônios e das �bras musculares. a. Magnésio e potássio. b. Sódio e magnésio. c. Cálcio e magnésio. d. Cloreto e cálcio. e. Sódio e potássio. Questão 3 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 18/19 REFERÊNCIAS BENDER, D. A. Micronutrientes: vitaminas e minerais. In: RODWELL, V. W. et al. (Org.). Bioquímica ilustrada de Harper. 30. ed. Porto Alegre: AMGH, 2017. ÉVORA, P. R. B. et al. Distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico e do equilíbrio acidobásico – uma revisão prática. Medicina (Ribeirão Preto), Ribeirão Preto, v. 32, n. 4, p. 451-469, 1999. HALL, J. E. Tratado de �siologia médica Guyton & Hall. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. KAUSHANSKY, K.; KIPPS, T. J. Agentes hematopoiéticos: fatores de crescimento, minerais e vitaminas. In: BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. (Org.). As bases farmacológicas da terapêutica Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. Em muitas situações clínicas, podem ocorrer distúrbios eletrolíticos com aumento ou redução da concentração plasmática de um determinado mineral. A depender do distúrbio de equilíbrio eletrolítico, as manifestações clínicas podem ser variadas, desde as mais leves, como parestesias, até as mais graves, como parada cardíaca. Com base no texto e nos seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. a. A hipocalemia corresponde à redução da concentração plasmática de íon cálcio. Uma possível causa é a insu�ciência renal, e uma possível consequência é a arritmia cardíaca. b. Hiponatremia corresponde à redução da concentração plasmática de íon magnésio. A diurese excessiva de pacientes com diabetes mellitus não tratado pode ser uma possível causa. c. A hipercalcemia se refere ao aumento da concentração plasmática de íon potássio e pode ser provocada por intoxicação de vitamina D. Um dos riscos mais graves é a parada cardíaca. d. A hipernatremia se refere ao aumento da concentração plasmática de íon sódio e pode ser provocada por desidratação. Entre as consequências, podemos destacar: hipertensão, edema e xerostomia. e. A hipermagnesemia corresponde ao aumento da concentração plasmática de íon magnésio. O tratamento desse distúrbio pode ser feito com solução polarizante que estimula a captação celular de magnésio. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:18 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 19/19 SACRAMENTO, E. F.; SILVA, B. B. Vitaminas e minerais. In: SILVA, P. (Org.). Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2010. SWAMINATHAN, R. Magnesium metabolism and its disorders. Clin. Biochem. Rev., [S.l.], v. 24, n. 2, p. 47-66, maio 2003. TAIT, S. J, F.; CASHMAN, K. Minerals and trace elements. World Review of Nutrition and Dietetics, [S.l.], v. 111, p. 45-52, jan. 2015. VIEIRA NETO, O. M.; MOYSÉS NETO, M. Distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico. Medicina (Ribeirão Preto), Ribeirão Preto, v. 36, p. 325-337, abr./dez. 2003. 0 V e r a n o ta çõ e s
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