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Poluição dos solos Apresentação Nos dias de hoje, o solo se tornou um dos principais depósitos para os manufaturados descartados pelo homem. Esses produtos feitos à base de compostos orgânicos, tais como plásticos, lubrificantes, conservantes, pesticidas, combustíveis e solventes, provocam efeitos diversos durante a sua composição, liberando fluidos tóxicos para o meio ambiente. Além disso, o solo está constantemente exposto a acidentes e ao manejo inadequado, causando, com isso, alterações em seus atributos naturais e comprometendo tanto a sua funcionalidade quanto a sua existência. As características físicas do solo, como a sua estrutura e porosidade, e suas características químicas, como a presença de nutrientes ou pH equilibrado, podem atuar como importantes elementos na sustentação da vegetação para o benefício das atividades agrícolas. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre as principais fontes e formas de poluição do solo, identificando como a degradação física afeta a sua estrutura e a sua funcionalidade e compreendendo como a degradação química compromete o desenvolvimento da vegetação e a qualidade do ambiente pedológico. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as fontes e formas de poluição do solo.• Explicar a degradação física do solo.• Descrever a degradação química dos solos.• Infográfico Quando adubos minerais ou orgânicos são mal utilizados para a correção do solo, os corpos d’água são acometidos pelos seus efeitos colaterais. A eutrofização constitui-se no enriquecimento da água por nutrientes, como fósforo e nitrogênio, e pode ocorrer naturalmente quando corpos d’água recebem um maior volume de material orgânico proveniente da superfície do solo, especialmente as serrapilheiras. Porém tanto as práticas agrícolas como os dejetos das indústrias e das cidades têm causado a poluição das águas por excesso de nutrientes. Outro produto químico largamente utilizado na agricultura são os pesticidas, que, apesar de alguns tipos sofrerem decomposição biológica ou volatização para a atmosfera, representam uma ameaça para a flora e a fauna, podendo se acumular nos organismos por meio do processo de biomagnificação. Acesse o Infográfico para conhecer os perigos que adubos e pesticidas representam para o solo e a água se forem mal empregados durante as práticas agrícolas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/3823fac5-80f1-41e1-8a33-f8314916f4bb/c9b00a6b-8402-4f50-8426-88d4c329a5f1.jpg Conteúdo do livro Inúmeras são os impactos causados no solo pelas atividades humanas. Os solos estão sujeitos à contaminação oriunda de resíduos ou de componentes químicos; estão expostos a atividades humanas que comprometem a sua integridade física estrutural; e estão submetidos a mudanças químicas na sua composição, causadas pela retirada da cobertura vegetacional. No capítulo Poluição dos solos, da obra Pedologia, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os problemas dos resíduos gerados pelas atividades antrópicas, a importância da conservação estrutural dos solos para sua correta funcionalidade e preservação e os problemas químicos causados no solo por conta das práticas inadequadas do seu uso. Boa leitura. PEDOLOGIA André Luís Reis Bacha Poluição dos solos Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as fontes e formas de poluição do solo. Explicar a degradação física dos solos. Descrever a degradação química dos solos. Introdução Existem classes de resíduos perigosos, os quais precisam ter uma des- tinação apropriada para não contaminarem o solo. No entanto, alguns contaminantes inorgânicos podem ser acumulados nos solos, a depen- der de alguns critérios. O uso e o manejo inadequados do solo causam processos de degradação física e problemas na constituição química do solo. Por isso, faz-se necessário conhecer as fontes e formas de poluição do solo para evitar a sua degradação. Neste capítulo, você conhecerá as principais fontes e formas de polui- ção do solo. Além disso, verá como funciona o processo de degradação física da estrutura pedológica. Por fim, conhecerá a importância de se manter preservados e em equilíbrio os constituintes químicos do solo. 1 Problemas dos resíduos gerados pelas atividades antrópicas A produção de resíduos intensifi cou-se a partir da Revolução Industrial, com o aprimoramento das manufaturas e da confecção de bens constituídos por elementos e compostos mais complexos, à medida que a química e a descoberta de minerais se desenvolviam. O crescimento das cidades também colaborou para o declínio da qualidade do ambiente, comprometendo a água e o solo devido ao acúmulo de rejeitos provenientes de uma população cada vez mais numerosa. A norma ABNT NBR 10004:2004 define resíduos sólidos como resíduos no estado sólido ou semissólido resultantes das atividades antrópicas, que podem ter origem nas indústrias, nas atividades comerciais e residenciais, nos serviços hospitalares, na agricultura e até mesmo nos serviços de tratamento e descontaminação do meio ambiente, seja da água, do solo ou do ar. O resíduo é classificado de acordo com a sua composição, natureza física, origem e a periculosidade que apresenta. A norma ABNT NBR 10004:2004 classifica a periculosidade em classe I (resíduos sólidos perigosos), classe IIa (resíduos sólidos não inertes) e classe IIb (resíduos sólidos inertes). Os resíduos da classe I podem ser inflamáveis, corrosivos, tóxicos, reativos ou apresentar contaminantes patogênicos, sendo, por isso, perigosos para o meio ambiente. Já a classe IIa possui propriedades como inflamabilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. Por fim, a classe IIb representa os resíduos que podem ser dispostos em aterros sanitários por serem constituídos de materiais não solúveis ou não alterados quando em contato com a água (ROCHA; ROSA; CARDOSO, 2009). É importante ressaltar que o conceito de poluído também está relacionado com a maior quantidade de determinados elementos estranhos ao meio que possam perturbar o seu equilíbrio ou a sua funcionalidade natural. De acordo com as atividades humanas, o destino final de determinados resíduos é normatizado. Por exemplo, a Resolução CONAMA nº 358, de 29 de maio de 2005, regulamenta o descarte oriundo das atividades biomédicas (hospitais, clínicas, laboratórios clínicos ou de pesquisa, companhias farma- cêuticas), indicando que os seus resíduos devem ser incinerados ou dispostos em valas especiais dos aterros após o tratamento prévio. Para as pilhas e baterias inutilizadas, a Resolução CONAMA nº 257, de 30 de junho de 1999, determina a devolução ao fabricante e/ou importador, que fica responsável não só pelo recolhimento, como também pelo tratamento final, que deve atender à legislação vigente. Essa medida visa a evitar a contaminação do ambiente por resíduos como chumbo, cádmio, níquel e mercúrio, utilizados na fabricação desses materiais (ROCHA; ROSA; CARDOSO, 2009). Poluição dos solos2 As formas de disposição e destinação final dos resíduos serão descritas a seguir, de acordo com Mancini, Ferraz e Bizzo (2012). Vazadouros a céu aberto ou lixões: representam o meio mais barato e mais danoso ao meio ambiente. Eles não possuem custo de tratamento nem controle, e os resíduos são lançados e acumulados sobre o solo, gerando várias consequências ao entorno, como a formação e a perco- lação de chorume no solo, ou a sua lixiviação superficial para as bacias de drenagem nos eventos de chuva. O chorume é formado por ácidos orgânicos voláteis, como ácido acético, ácidos graxos, bactérias e sais de íons inorgânicos (p. ex., Ca2+). Vazadouros em áreas alagadas: são áreas como mananciais, mangues, leitos de rios, áreas alagáveis,lagoas, riachos, ribeirões e até mesmo mares e praias que recebem clandestinamente o descarte dos resíduos antrópicos. Aterros controlados: nome inadequado, pois trata-se de um local onde os resíduos são depositados e simplesmente cobertos por terra e vegetação. Isso evita o mau cheiro e a presença de insetos e outros vetores, mas não resolve o problema dos subprodutos líquidos e gasosos gerados pela decomposição do material. Além disso, nenhum tratamento é dado ao chorume produzido, que permanece disponível para percolar no substrato pedológico ou ser lixiviado pelas águas da chuva. Aterros sanitários: locais apropriados para a destinação final dos resí- duos. O terreno é devidamente impermeabilizado (manta impermeável ou argila), são instalados drenos na base para a coleta de chorume e tubulações da base ao topo para escape dos gases produzidos pela com- bustão. Esses gases são queimados ao serem expelidos, ao passo que o chorume é direcionado para um tanque impermeabilizado, no qual, posteriormente, é tratado, sendo a sua água devolvida para uma lagoa (Figura 1). O aterro normalmente é circundado por área reflorestada, e sua estrutura é monitorada e construída, a fim de evitar desabamento ou desagregação do material amontoado. Após atingir os limites de altura e capacidade previamente estabelecidos em estudos, o aterro sanitário não recebe mais resíduos, e o seu encerramento só se dá após a total extração e tratamento do chorume e liberação e queima do gás. A superfície do aterro é reflorestada, e a sua área é cercada para evitar invasão, ficando desabilitada para obras ou uso humano por algumas décadas. Centros de transbordo: podem ser contêineres que recebem o lixo de caminhões de coleta. Posteriormente, esses dispositivos são levados para os aterros sanitários. Os resíduos podem ser prensados, a fim de aumen- 3Poluição dos solos tar a capacidade de armazenamento. Trata-se de uma forma paliativa para lidar com a falta de espaço ou a indisponibilidade momentânea de áreas próprias para o depósito final. É importante ressaltar que os centros de transbordo não são áreas de destinação final dos resíduos, e sim áreas de concentração para posterior recolhimento deles. Centros de triagem: locais onde os resíduos sólidos são separados (metais, vidros, papelões, plásticos) para posterior comercialização. O material orgânico separado pode seguir para a compostagem. Centros de compostagem: locais próprios para depositar os materiais orgânicos retirados do centro de triagem. Nesses centros, os resíduos orgânicos sofrem decomposição aeróbia, formando matéria orgânica própria para a deposição no solo. Centros de incineração: locais onde se processa a queima dos resíduos baseados no carbono (restos de comida, resíduos de jardins, papéis, plásticos). A incineração utiliza ar para que a combustão seja mais completa, e os resíduos gerados por esse processo são efluentes gasosos, cinzas, escórias e energia térmica, que, dependendo do projeto, podem ser aproveitados para a geração de energia termoelétrica. Figura 1. Tanque de chorume drenado do edifício do aterro para posterior tratamento e devolução da água ao meio ambiente — Aterro São João, São Paulo/SP. Poluição dos solos4 Não se deve confundir matéria orgânica com material orgânico. A matéria orgânica é o resultado da decomposição final do material orgânico, e sua composição é uma cadeia complexa de carbono (C). Já o material orgânico refere-se a todo material ainda não decomposto e com forma e origem definidas (p. ex., restos de folhas e de alimentos, partes do corpo de um animal, gorduras, dejetos biológicos, etc.). Contaminantes inorgânicos Os contaminantes inorgânicos são mais perigosos que os contaminantes radioativos e orgânicos. Os elementos principais do grupo dos contaminantes inorgânicos são: mercúrio, cádmio, arsênio, chumbo, níquel, cobre, zinco, cromo, molibdênio, manganês, selênio, boro e fl úor. De acordo com a dosagem, esses elementos são tóxicos aos seres humanos e aos animais. O arsênio (As) acumulou-se por anos no solo, em virtude de ter sido muito utilizado em inseticidas para diversas culturas. Trata-se de um elemento-traço presente em muitos minerais, que, se absorvido pelo organismo humano, pode acometer diversas enfermidades, como câncer, doenças cutâneas, vasculares, entre outras. O chumbo (Pb) pode ser encontrado como componente de antigas tintas ou liberado nas descargas de gases de veículos. Quando presente no solo, é fixado tanto sob a forma de carbonato e sulfato como na forma de óxidos de ferro, alumínio e manganês, permanecendo indisponível para as plantas ou imune à lixiviação (BRADY; WEIL, 2013). O boro (B) pode estar presente na água de irrigação ou em adubos minerais. Além disso, pode ser encontrado nas escórias de siderurgias, estas sendo subprodutos das usinas siderúrgicas e largamente utilizadas na correção da acidez do solo. A toxicidade do flúor (F) é pontual, ou seja, pode estar presente na água ou nos vapores oriundos dos processos industriais. Quando adsor- vido nas partículas do solo, a sua absorção pelas plantas é restrita (BRADY; WEIL, 2013). O mercúrio (Hg) é liberado pela queima do carvão mineral, sendo bastante tóxico e bioacumulável. A sua forma insolúvel nos solos é convertida pelos microrganismos em metilmercúrio (sua principal forma orgânica), e ele é absorvido por plantas e animais, acumulando-se nos tecidos gordurosos destes últimos. O cromo (Cr) é muito utilizado em aços, ligas metálicas e pigmentos 5Poluição dos solos de tinta e, assim como o arsênio, é cancerígeno quando absorvido em doses elevadas. No solo, ele pode se apresentar em dois estados oxidados: cromo III e cromo VI, este sendo a sua forma mais solúvel. O selênio (Se) tende a se acumular em grandes quantidades nos solos de regiões áridas, e sua concen- tração nas plantas torna-as tóxicas para o consumo (BRADY; WEIL, 2013). 2 Degradação física do solo O depauperamento dos solos é um problema mundial que preocupa desde pesquisadores até agricultores. Os sinais da degradação do solo são facilmente perceptíveis, ao contrário da previsão de suas consequências e evolução. Solo e vegetação são corpos interdependentes. A água e o ar conseguem penetrar através das raízes das plantas, habilitando o ambiente pedológico a desenvolver uma microbiota que dinamizará as trocas químicas no solo. Com a retirada da vegetação, além da pedofauna, representada por macro e micror- ganismos, a química da estrutura pedológica será alterada, comprometendo a sustentabilidade do ambiente (LEPSCH, 2002). Assim, sempre que um solo estiver desprovido da sua vegetação natural, ele estará exposto a uma série de fatores que comprometerão a sua constituição. Dentre as formas de degradação física, a desertificação, a degradação estrutural e a erosão (hídrica e eólica) são as mais prejudiciais para a preservação do solo (LEPSCH, 2011). A adsorção ocorre quando a substância está confinada na superfície de um determi- nado elemento sem estar assimilada ao seu volume. Já a absorção ocorre quando a substância é embebida e agregada ao volume do absorvente. Desertificação A desertifi cação representa um estado de degradação física do solo em que os grãos de argila, silte e areia se encontram completamente desagregados e sujeitos à ação do vento e da chuva. Ela pode estar associada tanto a fatores antrópicos (agricultura e pastoreio) quanto a fatores climáticos (áreas loca- lizadas em regiões áridas e semiáridas). No caso do uso incorreto do solo, a Poluição dos solos6 remoção da sua umidade favorece o avanço dos pontos desertifi cados sobre as áreas ainda preservadas. Tal fato é bastante comum ao redor do deserto do Saara, por exemplo. Degradação estrutural do solo A modifi cação dos agregados do solo constitui uma das principais formas da sua degradação física. Os espaços porosos do interior do solo são extremamente importantes para odesenvolvimento da biota e para a presença de gases, como O2 e CO2. As interações químicas dependem indiretamente da presença dos poros no solo. Assim, algumas práticas agrícolas ou usos de determinadas áreas alteram a sua estrutura, inviabilizando o seu uso para o plantio, para o desenvolvimento da vegetação ou mesmo para a captação e a infi ltração das águas da chuva. A compactação e o encrostamento constituem as principais alterações estruturais no solo. A compactação é resultado da compressão mecânica do solo pela força exercida tanto pelo maquinário quanto pelo pastoreio de rebanhos. O peso do arado provoca compactação na parte inferior da camada revolvida, e o peso do trator exercido através das suas rodas intensifica essa compactação, causando dificuldades para o crescimento e a expansão das raízes nas zonas profundas do solo. Assim, não só o pleno desenvolvimento da planta fica restrito, como também a percolação da água nas zonas profundas do solo, causando problemas relacionados com a umidade e o armazenamento hídrico (LEPSCH, 2002, 2011). Já o encrostamento se dá quando as gotas da chuva caem diretamente sobre a superfície do solo, promovendo, por meio do impacto, a dispersão das argilas ali presentes. Como resultado, tem-se a diminuição da infiltração da água, porém esse problema pode ser evitado com a cobertura do solo pela vegetação ou pela escarificação da superfície através de material pontiagudo. Erosão A erosão é um problema que tem afetado os solos em várias partes do mundo. Devido às diversas formas de exploração da terra, como aração, cultivo em áreas íngremes, queimadas, pisoteio excessivo dos rebanhos, formação de taludes na construção de rodovias, destruição da vegetação nativa e revolvimento do solo, o surgimento da erosão tem se intensifi cado em vários pontos da superfície. A erosão pode ser causada pelo vento (erosão eólica), formando grandes nuvens de poeira, ou pela água (erosão hídrica), através das enxurradas. A 7Poluição dos solos erosão hídrica pode ser laminar (ou superficial), em sulcos e em voçorocas (ou boçorocas). A erosão laminar atua discretamente, removendo as camadas delgadas e uniformes de solos das superfícies que não possuem cobertura ve- getal. Dessa forma, ela se torna um problema imperceptível e que pode evoluir para a erosão em sulcos. A erosão em sulcos, por sua vez, é o resultado da concentração da enxurrada da água em determinados pontos do solo, escavando e removendo gradativamente o material pedológico. Se a enxurrada não for contida desde o início, os sulcos se aprofundarão e promoverão o surgimento das voçorocas (Figura 2). Por fim, a erosão em voçorocas representa a forma mais agressiva da erosão, uma vez que forma verdadeiros rasgos no solo, podendo, inclusive, atingir o horizonte C (LEPSCH, 2002, 2011). Figura 2. Voçorocas em paisagem na Ucrânia. Após estabilizar a erosão, o ambiente começa a se recuperar e pode se transformar em refúgio para pássaros, que fazem seus ninhos nos barrancos. Fonte: Yuri Kravchenko/Shutterstock.com. Os fatores que afetam a erosão hídrica são: clima, natureza do solo, declividade do terreno e manejo realizado. O clima afeta a erosão por meio da distribuição, da quantidade e, principalmente, da intensidade das chuvas. A intensidade das chuvas diz respeito ao volume de água descarregado em um curto espaço de tempo. É importante ressaltar que chuvas rápidas, volumosas e formadoras de enxurradas causam mais estrago ao solo do que as chuvas fracas e contínuas. Quanto à natureza do solo, alguns solos são mais suscetíveis à erosão do que outros, a depender das suas características físicas, principalmente a Poluição dos solos8 textura, a permeabilidade e a profundidade. Os solos com textura arenosa são mais facilmente erodidos. Por exemplo, os solos com horizonte B mais compactados e argilosos são menos permeáveis e, por isso, mais erodidos do que os solos com horizonte B mais permeáveis. Já os solos rasos com pouco ou nenhum horizonte B são mais erodidos, pois a água acumula-se acima do em- basamento rochoso que sustenta o solo, encharcando todo o corpo pedológico, o que, consequentemente, promove a sua desagregação e o seu escoamento. A fertilidade do solo também influencia na sua maior ou menor erodibilidade, pois um solo fértil oferece condições para um desenvolvimento mais robusto da vegetação, criando, assim, raízes mais consistentes (LEPSCH, 2002). A declividade ou o grau de inclinação do terreno influencia na velocidade da enxurrada e, como consequência, no maior ou menor arrastamento das partículas. Nas áreas planas, a água possui um tempo maior para infiltrar, o que não ocorre nos relevos íngremes. Dessa forma, as regiões elevadas estão mais propensas à erosão, principalmente se estiverem desprovidas de cobertura vegetal (LEPSCH, 2002). Uma consequência resultante dos efeitos da erosão é o assoreamento de lagos, lagoas, ribeirões, represas e mangues. Os sedimentos oriundos das ravinas, os sulcos e as voçorocas são transportados pelas águas das chuvas ou pelos ventos e se acumulam gradativamente nessas formações, contribuindo para a sua degradação. Nas áreas elevadas, é comum a formação de ravinas, que constituem erosões em forma de canais por onde o fluxo superficial se acumula, removendo o solo em profundidades consideráveis (FRANCO, 2015). Por fim, a forma de manejo do solo tem um papel fundamental no de- senvolvimento da erosão. O sistema de cultivo, a cobertura vegetal e o uso da terra condicionarão uma maior ou menor mobilidade dos grãos. Os solos com superfície preenchida por vegetação apresentam resistência à erosão, promovem uma melhor absorção das águas das chuvas e, conforme o tipo de cultivo, a desagregação das partículas e o seu transporte, podem variar. Assim, plantações perenes (p. ex., laranjeiras) ou semiperenes (p. ex., cana-de-açúcar) apresentam um grau de erosão menor, se comparadas com os cultivos anuais de milho ou algodão, por exemplo (LEPSCH, 2002). 9Poluição dos solos 3 Degradação química do solo A degradação química do solo representa um problema que não pode ser per- cebido visualmente: a perda de nutrientes do solo, provocada, principalmente, pela retirada da vegetação natural. O solo desnudo fi ca submetido à lixiviação de seus elementos pela ação da água, e estes não podem mais ser repostos, devido à ausência da vegetação. A planta retira água e elementos nutritivos do solo para serem metabolizados e oferecerem condições para o seu desenvolvimento. Ao chegar ao final da vida, ela passa pelo processo de decomposição, que culmina na devolução de todos os nutrientes retirados do solo anteriormente. Dessa forma, a decompo- sição da planta representa a mineralização dos elementos, que são novamente adsorvidos pelas argilas e pelo húmus do solo. Assim, esses elementos ficam novamente disponibilizados para serem reutilizados pelas novas plantas que ocuparão o lugar (LEPSCH, 2011). Diante disso, a eliminação da vegetação representa, de forma indireta, a retirada dos nutrientes que poderiam ser devolvidos ao solo. A ausência de reposição dos cátions básicos trocáveis, como o cálcio (Ca2+) e o magnésio (Mg2+), permite que os íons de hidrogênio (H+) presentes na água passem a substituí-los nos coloides (argilas e húmus), promovendo, assim, o aumento da acidez do solo. Alguns tipos de solos têm grandes reservas de minerais, ao passo que outros possuem um estoque limitado, restringindo a sua capa- cidade de sustentar cultivos por longos períodos. Além disso, existem solos com nutrientes mínimos, que não permitem cultivos sem antes passarem por algum tipo de correção (LEPSCH, 2011). Os cátions básicos são facilmente dissolvidos na água e lixiviados pela chuva. Em seu lugar, os íons de hidrogênio (H+) ocupam os espaços deixados. Com o tempo, esses íons são substituídos pelos íons de alumínio (Al3+), elemento muito tóxico para o desenvolvimento da planta (LEPSCH, 2011). Considerando-sea ação constante da água, os solos ácidos são mais comuns em ambientes tropicais, onde se precipita um grande volume de chuva. Trata-se de uma situação normal para esses ambientes, porém a retirada da vegetação intensifica ainda mais a acidez natural desses solos, agravando não só as práticas agrícolas, como também dificultando os programas de recuperação das áreas desflorestadas (LEPSCH, 2002). Poluição dos solos10 O pH do solo não só influencia a mobilidade de muitos poluentes, como também as taxas de decomposição bioquímica, a solubilidade e a adsorção dos elementos pelos coloides. Por isso, o pH é um fator decisivo para se prever a possibilidade de um determinado poluente se mobilizar e contaminar o lençol freático. Além do processo natural de acidificação do solo, as indústrias e os veículos emitem fumaças ricas em enxofre (S) e nitrogênio (N), o que provoca a acidez das chuvas, que poderão se precipitar sobre as zonas de cultivo e as áreas naturais. Para o controle da acidez do solo, utilizam-se práticas edáficas, como o uso de adubos para compensar a perda de nutrientes e de corretivos para regular o seu pH. No entanto, esses produtos possuem elementos químicos, e o excesso da sua aplicação pode provocar não só a contaminação do solo, como também da água subterrânea ou superficial. Salinização A salinização resulta no acúmulo de sais na superfície do solo (Figura 3). Trata-se de um processo de alcalinização, em que sais como cloreto de sódio, cálcio, magnésio e potássio se acumulam naturalmente no solo, em virtude das condições climáticas e pluviométricas da região. A salinização se dá principalmente nas áreas de clima árido e semiárido, onde as chuvas ocorrem de forma concentrada e em um curto espaço de tempo durante o ano. Nas áreas costeiras, a maresia e a inundação da água do mar são responsáveis pelo processo de salinização do solo local. Já nas regiões áridas, os solos normalmente são pouco desenvolvidos e apresentam infiltração deficitária, prejudicando o fluxo interno da água, que é facilmente evaporada do perfil. Assim, os sais dissolvidos permanecem no solo, sendo realocados e acumulados nas camadas superiores ou mesmo na superfície. A alta proporção relativa de sódio em relação a outros cátions compromete a capacidade de infiltração do solo, pois o acúmulo de sódio promove a dis- persão das argilas, provocando a desestabilização da estrutura, a diminuição da macroporosidade e o endurecimento dos torrões. 11Poluição dos solos Figura 3. Salinidade nos solos do sul da Índia dificultando as práticas agrícolas. Fonte: Maksimilian/Shutterstock.com. O excesso de irrigação também pode causar a salinização. Nas regiões áridas e semiáridas, a água do lençol freático costuma ter um teor de sais mais elevado, de modo que a irrigação nesses locais pode provocar a elevação do nível freático por meio da ascensão capilar. O perfil pedológico, umedecido pela irrigação, sorve a água salobra do lençol freático, fazendo-a ascender pelos capilares que se encontram entre o lençol e o solo. Assim, ao preencher o perfil, a água começa a evaporar devido à aridez do ambiente, deixando no solo os sais anteriormente dissolvidos. Para solucionar o problema da salinização, faz-se necessária a formação de um sistema de drenagem nas partes baixas do terreno, para a retirada da água contendo sais dissolvidos. Todavia, se o solo estiver com a permeabi- lidade comprometida pelo acúmulo de sódio, é preciso acrescentar sais de cálcio (gesso) junto à água, para que estes floculem (aglutinem) as argilas, separando-as do sódio dissolvido, que, assim, poderá ser drenado do perfil. Além disso, é importante utilizar água de boa qualidade durante a irrigação, a fim de evitar o acréscimo de sais contidos em águas de origem desconhecida (LEPSCH, 2011). Poluição dos solos12 ASSOCIAÇÃO BRASILEIA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10004:2004. Resíduos sólidos – Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. BRADY, N. C.; WEIL, R. R. Elementos da natureza e propriedades dos solos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 257, de 30 de junho de 1999. Estabelece a obrigatoriedade de procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada para pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos. Diário Oficial da União, Brasília, n. 139, seção 1, p. 28–29, 1999. Dis- ponível em: https://www.mma.gov.br/estruturas/a3p/_arquivos/36_09102008040356. pdf. Acesso em: 01 jul. 2020. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, n. 84, seção 1, p. 63–65, 2005. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/ conama/legiabre.cfm?codlegi=462. Acesso em: 01 jul. 2020. FRANCO, M. R. S. Formação de ravinas: significância para a perda de solo por erosão hídrica. 2015. Dissertação (Mestrado em Gestão dos Recursos Florestais) – Instituto Politécnico de Bragança, Escola Superior Agrária, Bragança, 2015. LEPSCH, I. F. 19 lições de pedologia. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. LEPSCH, I. F. Formação e conservação dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. MANCINI, S. D.; FERRAZ, J. L.; BIZZO, W. A. Resíduos sólidos. In: ROSA, A. H.; FRACETO, L. F.; MOSCHINI-CARLOS, V. (org.). Meio ambiente e sustentabilidade. Porto Alegre: Bookman, 2012. ROCHA, J. C.; ROSA, A. H.; CARDOSO, A. A. Introdução à química ambiental. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. 13Poluição dos solos Dica do professor A remediação ambiental representa um conjunto de técnicas utilizadas para a descontaminação pontual de solo e água, em ambiente fortemente afetado por compostos tóxicos que comprometem a sua adequada funcionalidade. Assista à Dica do Professor para conhecer as principais técnicas de remediação de solos contaminados por substâncias químico-orgânicas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/c5d2dd7dd9559160398bd35f46456e90 Exercícios 1) A produção de lixo é um problema muito grave gerado pelas atividades humanas. Assim, existem várias formas de se realizar a disposição dos resíduos antrópicos. Sobre os modelos de destinação final dos resíduos produzidos pelo homem e suas características, assinale a alternativa correta: A) Vazadouros a céu aberto: conhecidos como aterros sanitários, representam o meio mais danoso ao meio ambiente e não têm custos de tratamento e de controle. O chorume produzido é percolado no solo e sua lixiviação constitui uma séria ameaça à qualidade dos corpos d’água. B) Vazadouros em áreas alagadas: correspondem a locais como mananciais, riachos, lagoas, mangues, praias e até mesmo o mar, onde é depositado clandestinamente o lixo produzido pelas atividades humanas. C) Centros de transbordo: são uma das muitas formas de destinação final do lixo. Eles correspondem a grandes contêineres que recebem o lixo dos caminhões de coleta e têm a capacidade de prensar os materiais descartados, aumentando sua capacidade de armazenamento. D) Aterros controlados: são locais onde os resíduos despejados são cobertos por terra e vegetação para evitar a proliferação de vetores e o mau cheiro. Além disso, seus efluentes líquidos e gasosos recebemo devido tratamento. E) Centros de incineração: são locais que recebem os resíduos inorgânicos para sua queima. São produzidos gases, cinzas, escória e energia térmica, e esta pode ser utilizada na geração de energia termoelétrica. 2) Os contaminantes inorgânicos representam uma ameaça maior ao solo e à água se comparados com os contaminantes orgânicos e radioativos juntos. Eles tendem a se acumular nos tecidos dos organismos e, dependendo da sua dosagem, tornam-se tóxicos ao homem e aos animais. Sobre os principais elementos do grupo dos contaminantes inorgânicos e suas características, assinale a alternativa correta: A) O arsênio é encontrado como elemento-traço em diversos minerais, lixivia-se do solo quando em contato com a água e é extremamente perigoso para o organismo dos mamíferos. B) O mercúrio é liberado pela queima do carvão mineral. Sua forma, solúvel no solo, é convertida pelos microrganismos em metilmercúrio, sendo esta a sua principal forma orgânica. C) O boro pode ser encontrado nas escórias de siderurgia e contaminar o solo por meio da aplicação excessiva de adubos minerais ou, se estiver contido na água, por meio da irrigação. D) O cromo se encontra no solo sob dois principais estados oxidados: o cromo III e o cromo VI, sendo o cromo III o mais solúvel. E) O selênio é derivado de alguns materiais de origem do solo e pode se acumular nele em níveis tóxicos, principalmente nas regiões úmidas. 3) O depauperamento dos solos é um problema agravado por fatores como clima, natureza do solo, declividade do terreno e uso e manejo da terra. Considerando essas informações, assinale a alternativa correta referente à degradação física do solo: A) A erosão laminar remove, de maneira desigual e discreta, uma camada delgada na parte superior do solo descoberto. Trata-se de uma forma pouco perceptível que, se não for tratada, evolui para a erosão em sulcos. B) A chuva é um dos fatores que agrava o problema da degradação física do solo. Chuvas fracas descarregadas em um longo espaço de tempo causam mais danos no solo do que chuvas rápidas e volumosas. C) Solos completamente cobertos por vegetação têm condições ideais para resistir à erosão e absorver a água. Dependendo do tipo de cultivo, a desagregação e o transporte das partículas podem variar. Assim, as plantações perenes apresentam maior grau de erosão que as plantações semiperenes ou de cultivos anuais. D) As principais alterações estruturais no solo são a compactação e o encrostamento. O encrostamento acontece pelo impacto indireto das gotas de chuva na superfície de solos contendo argilas mais susceptíveis à dispersão. E) O processo de desertificação pode estar associado tanto a fatores antrópicos (agricultura, pastoreio) quanto a fatores climáticos (regiões áridas e semiáridas), e as frações menores dos grãos do solo encontram-se completamente desagregadas e susceptíveis às intempéries do ambiente (vento, chuva). A degradação química é um processo que ocorre fora do olhar humano e representa uma grande ameaça à disponibilidade do solo. A perda de nutrientes químicos se dá também pela 4) remoção da vegetação natural, expondo o solo não apenas à lixiviação de seus nutrientes, mas também à ausência da sua reposição. Considerando essas informações, assinale a alternativa correta referente à degradação química no solo: A) A decomposição das plantas culmina na mineralização dos seus elementos, fazendo-os retornar a uma condição que restrinja sua adsorção aos coloides do solo. B) Alguns solos têm tão poucos nutrientes que apresentam um ambiente básico para a planta, inviabilizando a sua utilização sem antes passar por processos de correção. C) O pH do solo afeta a mobilidade de muitos poluentes, influenciando, assim, as taxas de decomposição bioquímica, a solubilidade e a absorção pelos coloides. D) O aumento da acidez do solo se dá pela não reposição dos cátions básicos trocáveis, como o cálcio e o magnésio, sendo estes substituídos por íons de hidrogênio nos coloides do solo. E) Solos ácidos são mais comuns em ambientes áridos, onde a presença da chuva é mais escassa, e a retirada da vegetação intensifica ainda mais a acidez natural desses solos. 5) A salinização é o acúmulo de sais, principalmente nas camadas superiores do perfil e na superfície do solo. Trata-se de um processo de alcalinização condicionado pela configuração climática e pluviométrica da região. Sobre a salinização, assinale a alternativa correta: A) A concentração relativa de sódio no solo diminui a sua macroporosidade, prejudica a infiltração da água, endurece os torrões constituintes do perfil, promove a dispersão das argilas e compromete a estabilidade da estrutura pedológica. B) Se a permeabilidade do solo estiver comprometida pelo acúmulo de sódio, é necessário efetuar o acréscimo de sais de magnésio (gesso) para que estes floculem as argilas na presença da água, promovendo, assim, o seu desprendimento da estrutura. C) O excesso de irrigação não contribui para a salinização. Sua prática é recomendada para a correção dos solos afetados, pois a água promove a dissolução do sódio e, assim, elimina-o por meio da drenagem do perfil. D) A solução para o problema da salinização do solo é a criação de um sistema de drenagem eficiente, por meio de pequenas tubulações espalhadas no terreno, permitindo, assim, uma evaporação mais eficiente da água salobra do perfil. E) A salinização ocorre normalmente em regiões de clima úmido, com chuvas abundantes durante todo o ano, e também nas zonas costeiras, devido ao fenômeno da maresia e da inundação da água do mar nos solos circundantes. Na prática As voçorocas se apresentam como "rasgos" na superfície do terreno e são as formas mais evoluídas do processo de erosão hídrica. Apesar de suas feições caóticas, o tratamento para a sua contenção faz uso de técnicas simples que, muitas vezes, aproveitam o material disponível do local. Neste Na Prática, veja como um grupo de pesquisadores elaborou a recuperação de voçorocas aproveitando os materiais disponíveis no ambiente semiárido. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/ac584289-13bb-4550-b6cd-c6b8aa9cf53a/b5d08096-a16a-4d28-ab42-13995a9ea9b6.png Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Propriedades químicas dos solos de uma sub-bacia hidrográfica sob processo de degradação ambiental Acompanhe, neste artigo, os resultados obtidos no levantamento químico do solo de uma área que foi intensamente utilizada como pastagem e hoje é utilizada para o plantio de eucaliptos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Resíduos sólidos urbanos: potencial fonte de carbono para degradação microbiana e produção de biogás O planeta urge por soluções viáveis para evitar e/ou mitigar as consequências nefastas da produção de resíduos sólidos e também da sua disposição inadequada. Para conhecer formas de aproveitamento dos resíduos sólidos descartados em lixões e aterros sanitários, leia este artigo. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Degradação dos solos em diferentes usos (trilha e taludes de corte) em Unidades de Conservação Neste estudo, confira os impactos que as atividades turísticas e mineradoras provocam nas propriedades físicas dos solos do Parque Estadual da Serra do Mar e do Parque Nacional da Serra da Bocaina. https://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Rbca/article/download/1981-8858.15.10/pdf http://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/download/2765/2747 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Terraceamento do solo Neste vídeo, produzido pela Embrapa, conheça as técnicas de terraceamento e nivelamento do solo para evitar a erosão,reter a água no terreno e manter a terra fértil. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Tour pelo aterro sanitário de Fazenda Rio Grande (PR) Assista a este vídeo e veja como funciona um aterro sanitário e o que pode ser feito com os produtos gerados pela decomposição do lixo. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.sinageo.org.br/2016/trabalhos/8/8-368-393.html https://www.youtube.com/embed/tPJzm39kmoQ https://www.youtube.com/embed/mwwjArGoU1w
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