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GRUPO EDUCACIONAL FAVENI 
 
 
 
 
ENFERMAGEM 
 
 
 
 
JULIANA ALMEIDA ALVES 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DOS IDOSOS ATENDIDOS EM UM 
PRONTO-SOCORRO EM DECORRÊNCIA DE QUEDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA – ES 
2022 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DOS IDOSOS ATENDIDOS EM UM 
PRONTO-SOCORRO EM DECORRÊNCIA DE QUEDA 
 
Juliana Almeida Alves1 
 
 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o 
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja 
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e 
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de 
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e 
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos 
direitos autorais. 
 
 
RESUMO - Devido ao aumento da população idosa no Brasil torna-se viável medidas e discussão 
a respeito do que mais leva o idoso a frequentar um pronto socorro. O processo de envelhecimento 
traz consigo diversas alterações fisiológicas como a perda da força muscular, em consequência da 
redução da massa muscular e alterações ósseas, além do déficit de equilíbrio e da lentificação do 
tempo de reação, provocando as quedas. O Estatuto do Idoso preconiza os direitos aos idosos, 
garantindo-lhes, assim, o direito à saúde. Entretanto, o Sistema Único de Saúde (SUS) não ampara 
adequadamente as demandas de saúde desse grupo populacional. O objetivo desta pesquisa e 
descrever as características dos idosos atendidos no pronto-socorro juntamente com o 
embasamento teórico do processo de envelhecimento no corpo. O método de estudo e bibliográfico 
com informações coletadas de artigos em periódicos científicos, livros, teses e resumos. A 
abordagem e no método qualitativo em que há aprofundamento teórico no problema. Os resultados 
apresentados em pesquisa apontam que os idosos do sexo feminino, idade acima de 80 anos, estado 
civil solteiro, e presença de hipertensão arterial apresentam maior probabilidade em sofrer queda do 
mesmo nível, vindo a ter o trauma como consequência. Buscou-se enfatizar um conjunto de medidas 
juntamente com órgãos competentes a respeito da prevenção. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Envelhecimento. Queda. Pronto Socorro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Autora do Artigo Científico. E -mail: juliaalmeida@gmail.com 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O processo de envelhecimento populacional vem tomando uma proporção 
alta no Brasil, dados do IBGE (2016), apontam que a população brasileira de idosos 
com 60 anos ou mais passou de 9,8% para 14,3% no período entre 2005 a 2015, 
estimando-se que o número triplique nos próximos vinte anos , embora o pais ainda 
esteja despreparado para atender este público. 
Durante o envelhecimento ocorrem alterações morfológicas e bioquímicas, 
diminuindo a capacidade adaptativa do indivíduo ao meio ambiente e propiciando 
maior incidência de processos patológicos e mortalidade, essas alterações 
fisiológicas, quando associadas a doenças crônico-degenerativas, deixa o corpo do 
individuo suscetível a um grande número de transtornos ocasionando disfunções 
corporais, disfunções psicossociais e dependência funcional. 
De acordo com Rocha e Cunha (1994) , pessoas de todas as idades 
apresentam risco de sofrer queda, porém a relevância para os idosos é muito maior 
pois essa pode levá-los a incapacidades, sofrimento e morte. Seu custo social é 
inevitável e torna-se maior quando o idoso apresenta, como seqüela das lesões 
provocadas pela queda, a diminuição de sua autonomia e independência, 
necessitando de institucionalização (FABRICIO; RODRIGUES; COSTA JÚNIOR, 
2004). 
As quedas representam um importante problema de saúde para os idosos e 
para os serviços públicos de saúde, pois tem como consequência aumento da 
morbimortalidade, tempo de internação prologada, diminuição da capacidade 
funcional e institucionalização precoce. Diante disso, a abordagem de 
conhecimento sobre quedas e suas relações com fatores de risco evitáveis torna-
se fundamental para a melhora da qualidade de vida da população em geral e dos 
idosos em particular. 
O objetivo geral desta pesquisa e descrever as características dos idosos 
atendidos no pronto-socorro. Os objetivos espefificos são avaliar os aspectos 
preventivos de lesões decorrentes de quedas em idosos.Conhecer os principais 
 
 
sistemas fisiologicos afetados pelo processo de envelhecimento e por fim, escrever 
algumas solucões para a situação ocorrer de forma controlada 
 O método de estudo e bibliográfico com informações coletadas de artigos em 
periódicos científicos, livros, teses e resumos. A abordagem e no método qualitativo 
em que há aprofundamento teórico no problema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 DESENVOLVIMENTO 
1.1 ENVELHECIMENTO Populacional 
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2001) prevê que em 2025 existirão 
1,2 bilhões de pessoas com mais de sessenta anos, e o grupo etário com oitenta 
anos será o que mais crescerá. 
O envelhecimento populacional é considerado um fenômeno mundial e o que 
era no passado privilégio de poucos, passou a ser uma experiência de um número 
cada vez mais crescente de pessoas em todo o mundo (SOUSA; GALANTE; 
FIGUEIREDO, 2003). 
Este processo de envelhecimento esta associado a qualidade de vida e 
redução das desiguadades, traduzido como melhora da qualidade de vida e da 
redução das desigualdades sociais evolução econômica, muitas vezes acrescido 
pelo crescimento do nível de bem-estar das pessoas, com isso gera um impacto de 
melhora na vida das pessoas. 
De acordo com Veras (2001), esse processo de envelhecimento incorre em 
uma situação de transição demográfica, definida por uma inversão da pirâmide 
etária populacional, na qual se observa um estreitamento da base, ocupada pelas 
categorias etárias mais jovens, e um alargamento do ápice, ocupado pela população 
mais idosa. 
Apesar de velhice não ser sinônimo de doenças, nesta fase da vida o 
individuo esta propenso a apresentar as doenças crônicas e incapacidades 
locomotororas , auditivas e fisiológicas.Acarretando assim vários desafios em 
termos de saúde, proteção social e necessidade de cuidado. 
O envelhecimento fisiológico é parte do ciclo vital, inevitável a todos os seres 
humanos, um processo dinâmico, progressivo e irreversível onde ocorrem 
alterações como o declínio da força e perda da massa muscular, alterações ósseas, 
além do déficit de equilíbrio e da lentificação do tempo de reação, o que aumenta a 
predisposição para certos fatores de risco como as quedas. (SILVA; SOUZA; 
GANASSOLI, 2017; FONSECA, 2018; TIENSOLI et al., 2019). 
 
 
O cenário brasileiro relacionado De acordo com Cançado (1996), o aumento 
do número de idosos na população brasileira também tem sido acompanhado por 
um acréscimo significativo nos anos de vida, sendo que a esperança de vida, que 
era em torno de 33,7 anos no período compreendido entre 1950 e 1955, passou 
para 66,25 anos em 1995. Em 2004 a expectativa de vida do brasileiro atingiu 71,7 
anos e deverá alcançar 77,08 anos no período entre 2020 e 2025 (IBGE, 2005), 
atingindo 31,8 milhões de habitantes com 60 anos ou mais e ocupará o sexto lugar, 
no mundo, em contingente de idosos (VERAS, 1994). 
 O fenomeno de envelhecimento populacional teve aumento devido a diversos 
fatores, dentre eles destaca-se a expectativa média de vida brasileira,pois 
aumentou significativamente nas últimas décadas , estando em uma média atual 
de 76,7 anos. Outro fator que teve influência foram a difusão do acesso à saúde e 
o aumento da renda e o acesso à informação e educação. 
 A soma desses elementossociais gera um melhor envelhecimento, 
considerando-se que a população saberá cuidar-se mais e terá mais acesso aos 
bens e serviços necessários a esse envelhecimento bom e saudável. Isso 
tudo aliado a políticas públicas (como de seguridade social, aposentadoria, 
aumento significativo do salário mínimo, velhice assistida, saúde do idoso etc.) gera 
um envelhecimento duradouro e saudável, experimentado recentemente 
pela sociedade brasileira. 
 De acordo com Barreto (1982) e Palma (2000), essa transição demográfica 
origina-se não apenas de avanços tecnológicos na área de saúde, os quais 
implicam no aumento da expectativa de vida, mas, principalmente, da redução nas 
taxas de fecundidade. Segundo Ramos, Veras e Kalache (1987) a queda nas taxas 
de mortalidade associada à diminuição das taxas de fecundidade promove a base 
demográfica para um envelhecimento real da população mundial. 
A predominância da população feminina entre os idosos tem repercussões 
mportantes nas demandas por políticas públicas. Uma delas diz respeito ao fato de 
que embora as mulheres vivam mais do que os homens, elas estão mais sujeitas a 
deficiências físicas e mentais do que seus parceiros masculinos, o que será visto 
na Seção 4. Outra refere-se à elevada proporção de mulheres morando sozinhas, 
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/sociedade.htm
 
 
14% em 1998. Além disso, 12,1% moravam em famílias na condição de “outros 
parentes”. “Outros parentes” podem significar, em relação ao chefe do domicílio, 
mães, sogras, irmãs ou outro tipo de parentes. Em 1995, a maior parte do 
contingente feminino de “outros parentes” (74%) era formada por viúvas. É possível 
que boa parte desse último grupo não tenha experiência de trabalho no mercado 
formal, seja menos educada, o que requer uma assistência maior tanto do Estado 
quanto das famílias.(CAMARANO, 2002) 
As projeções indicam que em 2050 “a população brasileira será de 253 
milhões de habitantes, a quinta maior população do planeta, abaixo apenas da Índia, 
China, EUA e Indonésia”. Terão se passado menos de 40 anos entre 2005, quando 
a taxa de fecundidade total do país atingiu 2,1 filhos por mulher (nível para se 
alcançar um crescimento demográfico sustentado nulo) e o período de crescimento 
verdadeiramente nulo da população brasileira. (BRITO, 2008) 
 
 
1.2 Características do envelhecimento fisiológico 
 
De acordo TIENSOLI et al (2019) , o processo de envelhecimento fisiológico 
ocasiona alterações estruturais e funcionais ao longo dos anos que se acumulam 
de forma progressiva e podem comprometer o desempenho de habilidades 
motoras, dificultar a adaptação do indivíduo ao ambiente e predispô-lo à ocorrência 
de queda . 
O processo de envelhecimento deixa o corpo suscetível a um grande número 
de transtornos, destacam-se as alterações fisiológicas do tecido tegumentar em que 
ocorrem mudanças produzidas no aspecto da pele, caracterizadas por alterações 
na sua estrutura e funções. Com isso há maior fragilidade cutânea e menor 
capacidade da pele de atuar como barreira contra fatores externos. 
Esses transtornos aumenta o risco de lesão da pele, pois ocorreu uma 
diminuição da função de barreira. Ocorrem também dificuldade em perceber 
estímulos traumáticos e agressivos, devido a capacidade reduzida dos receptores 
sensoriais. 
 
 
Na velhice devido a fragilidade cutânea, ocorre a diminuição do número de 
vasos sanguíneos e da função imunológica, deixando-os mais propensos a adquirir 
infecções, inflamações e lacerações, a redução dos folículos pilosos ocasiona a 
queda de pelos e cabelos. As rugas aparecem devido à perda da elasticidade, a 
redução progressiva dos melanócitos ocasiona as manchas hipocrômicas. Há 
também a formação de sardas, que surge no rosto e no corpo de certas pessoas 
principalmente nas de pele muito clara (MOI,2004). 
Outro sistema também prejudicado e o osteomuscular pois a musculatura 
torna-se mais frágil e atrofiada, as articulações tornam-se progressivamente 
enrijecidas e a quantidade de ossos saudáveis diminui. 
De acordo com Porto (2005), outra mudança importante é a circulação 
alterada nos membros inferiores dos idosos, que são decorrentes principalmente da 
imobilidade e da diminuição do tônus muscular, consequente à atrofia senil. 
O sistema nervoso também e afetado, pois, sua estrutura e a função, tende 
a mudar com o avançar da idade o que acarreta um tempo de reação mais lento, 
levando o idoso consequentemente a sofrer quedas e lesões. 
O envelhecimento natural está relacionado a algumas alterações fisiológicas, 
iniciando muitas vezes com a perda da força muscular, devido aos parâmetros 
reduzidos de massa muscular e alterações ósseas, e também dificuldade do 
equilíbrio e da lentificação do tempo de reação, como consequência disso geram as 
quedas e afecções crônico-degenerativas em idosos. 
Com o envelhecimento ocorrem a perda gradual da destreza dos movimentos 
e a redução da força muscular e da rapidez de contração dos músculos que levam 
a uma moderação da velocidade da marcha e menor capacidade para corrigir 
perdas de equilíbrio. As alterações osteoarticulares como as artroses, a 
osteoporose e o achatamento dos corpos e dos discos vertebrais, são fatores 
determinantes para a redução da mobilidade e da autonomia na execução de 
tarefas básicas realizadas diariamente (MATSUDO, S.M.; MATSUDO, V.K.R.; 
BARROS NETO, 2000). 
 Para o enfermeiro é essencial a compreensão das alterações no sistema 
tegumentar, pois as condições da pele nesta idade podem influenciar também na 
 
 
saúde. Alguns problemas que envolvem outros sistemas, que não o tegumentar, 
podem ser decorrentes de quando as alterações tegumentares não são tratadas. 
 Diante disso, torna-se evidente que o profissional de enfermagem deve 
conhecer a pele do idoso, pois este ato irá incentivar a busca de subsídios e 
contribuir para o desenvolvimento e criação de cuidados efetivos para o tipo de pele 
de todos idosos, visto que as características de pele variam de pessoa para pessoa. 
 De acordo com Montanari (2016), dentre as inúmeras modificações fisiológicas 
que ocorrem, destacam-se as alterações do sistema tegumentar, tais como: 
redução da espessura dérmica, perda de fibras elásticas, diminuição do tecido 
adiposo subcutâneo, redução dos capilares na pele entre outras, as quais podem 
contribuir para que o idoso se torne mais suscetível às lesões de pele. 
Segundo Barbieri e Manzella (2001) , uma importante alteração endócrina, 
que ocorre com o envelhecimento é a redução da produção do hormônio estrógeno 
no climatérico que, além das modificações observadas nos órgãos sexuais 
secundários e no comportamento psicológico, são de grande importância nas 
mudanças do metabolismo ósseo, levando à osteopenia, predispondo a 
osteoporose, e a aceleração do mecanismo de aterosclerose, determinando 
acentuado aumento da freqüência de processos cardíaco e cerebrovascular . 
1.3 Queda no idoso 
 
Atualmente a queda é o evento incapacitante que mais acomete a população 
idosa, levando ao aumento da dependência, prejuízo da qualidade de vida e à 
elevação dos custos para o sistema de saúde, decorrente de suas consequências 
Trata-se de um agravo frequente e limitante, cujo impacto tem sido despercebido 
pela sociedade brasileira, por considerarem que, com o envelhecimento, as quedas 
são inevitáveis (ABRANTES, MENEZES, FARIAS, et al 2013). 
As quedas, podem ser conceituadas como “vir a inadvertidamente ficar no 
solo ou em outro nível inferior, excluindo as mudanças de posição intencionais para 
se apoiar em móveis, paredes ou outros objetos”, incluindo as que ocorrem no 
mesmo nível, de nível mais alto e outras quedas não especificadas (OMS, 2010, p. 
9). 
 
 
A queda no processo de envelhecimento constitue um problema de saúde 
pública, pois quando ocorre com freqüência ocasionando lesões , distúrbiosemocionais ,perda das funções e por fim morte eleva o custo social e econômico. 
Segundo Brasil (2014), estima-se que ocorra uma queda a cada três indivíduos com 
mais de 65 anos e que um em vinte desses sofra uma fratura ou necessite de 
internação. 
O público mais comum das quedas tem traço distinto, muitas vezes são 
mulheres, com indivíduos aposentados, baixa renda e escolaridade, na faixa etária 
acima de 70 anos, além dos idosos que usam medicamentos regularmente e 
possuem múltiplas comorbidades. 
Os principais fatores de risco para queda, seguida ou não de fratura, 
apontados em diversos estudos são: ser do sexo feminino, apresentar perda de 
massa óssea e densidade mineral, ter baixo índice de massa corporal, apresentar 
déficit cognitivo, demência, diminuição do tempo de reação neuromuscular, 
distúrbios no equilíbrio, perda de acuidade visual, quedas anteriores, usar 
medicamentos, ter artrite, sofrer estresse ou algum evento psicossocial de caráter 
negativo como morte de ente querido ou aposentadoria (TINETTI; SPEECHLEY, 
1989; ROCHA; CUNHA, 1994; BERG et al., 1997; SADIGH et al., 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.4 Principais Características dos pacientes idosos atendidos em um 
pronto-socorro. 
 
Freitas (2006) em sua dissertação de mestrado sobre quedas , apontou que 
em aspectos sócio-demográficos, houve maior número de quedas entre mulheres 
(108; 61,0%), sobretudo a partir dos 75 anos (59; 33,3%) e entre pessoas de 65 e 
74 anos (65; 36,7%) (Tabela 1) .Oitenta e três pacientes (46,9%) eram 
casados/amasiados , predominando os aposentados e pensionistas (121; 68,4%) . 
Menos da metade (76; 42,9%) tinha renda pessoal de dois a quatro salários mínimos 
, a aposentadoria e a pensão (121; 79,6%) eram as principais fontes de renda dos 
pacientes . Entre os cento e cinqüenta idosos que souberam informar a renda 
familiar, a média obtida foi de 4,52 salários mínimos . 
 
TABELA 1 – Idade e sexo dos pacientes idosos que sofreram queda. 
 
 
Sexo 
 
Idade (anos) Masculino Feminino Total 
 
 Nº % Nº % Nº % 
60 ├ 64 12 6,8 13 7,3 25 14,1 
65 ├ 69 14 7,9 17 9,6 31 17,5 
70 ├ 74 15 8,5 19 10,7 34 19,2 
75 ├ 79 10 5,6 18 10,2 28 15,8 
80 ├ 84 4 2,3 17 9,6 21 11,9 
85 ├ 89 7 4,0 14 7,9 21 11,9 
90 e mais 7 4,0 10 5,6 17 9,6 
Total 69 
 
108 
 
177 100 
 
* Média de idade = 76 anos, homens = 74,5 anos, mulheres = 76,2 anos. 
 
Fonte: Freitas (2006) 
 
 
2 CONCLUSÃO 
O processo de envelhecimento acarreta diversas mudanças no corpo, sendo 
que as alterações na pele uma das mais perceptíveis, com isso a pele tem suas 
funções afetadas, apresentando fragilidade e ficando mais suscetível a danos, como 
os fatores genéticos, ambientais, físicos, químicos e nutritivos, sendo necessário 
uma atenção diferenciada para a pele do idoso por parte da enfermagem. 
Para os serviços de saúde, as condições que as pessoas envelhecem têm 
impacto direto na busca pelo acesso e, hoje, muitos daqueles que ultrapassam a 
barreira dos 60 anos tiveram, ao longo de suas vidas, hábitos indesejáveis como a 
má alimentação, o sedentarismo, o tabagismo e o uso excessivo de bebidas 
alcoólicas. Esses fatores afetam diretamente o perfil de morbidade da população 
idosa, prevalecendo, então, às doenças crônicas não transmissíveis e o 
agravamento de patologias típicas da velhice (ROCHA; GARDENGHI; OLIVEIRA, 
2017). 
Fica sendo essencial o estudo da capacidade físico motoras dos idosos, pois 
irá incentivar a busca de subsídios afim de contribuir para o desenvolvimento e 
criação de cuidados efetivos, para o planejamento de ações necessárias à gestão 
do serviço de urgência voltadas a integralidade no atendimento do idoso. 
Deverá ser criadas estratégias em que participe diversos setores da 
sociedade. Desde o processo de estudo a fase de implementação das ações de 
saúde pública voltadas para prevenção das quedas e envelhecimento saudável, 
visando a segurança e acolhimento do idoso em todos os espaços públicos. 
O profissional de enfermagem deve estudar as alterações e patologias 
decorrentes do processo de envelhecimento do idoso, isso irá garantir um bom 
exame físico e amanses, pois, muitas das enfermidades ocorrem devido o sistema 
tegumentar e osteomuscular está afetado proporcionando assim uma porta de 
acesso a enfermidades. 
É necessário ainda estudar as intervenções pertinentes para este grupo, no 
sentido de prevenção de vulnerabilidade em sofrer quedas, além de promoção da 
saúde com a adoção de medidas públicas preventivas em relação às quedas, 
 
 
abordando integralmente todos os aspectos etiológicos envolvidos nesse tipo de 
agravo, constituindo assim uma ferramenta indispensável na política pública não 
somente em função do impacto na rotina diária dos idosos e seus familiares, mas 
também no uso de recursos econômicos públicos no custeio do tratamento das 
quedas e as consequências . 
O trabalho apresentado buscou identificar as características dos idosos 
vítimas de queda atendidos em um pronto-socorro, através das pesquisas 
bibliográficas ficou constatado que apresentam maiores chances de ocorrência de 
queda pacientes do sexo feminino, idade acima de 80 anos e com a classificação 
de risco de Manchester cor laranja e vermelha, que sinalizam para muito urgente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_cuidado_pessoa_idosa_sus
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