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AP1_Agro 2023-1

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Avaliação Presencial – AP1 
Período - 2023/1º 
Disciplina: INTRODUÇÃO AO AGRONEGÓCIO 
Código da Disciplina: EAD 06036 
Coordenador: LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA LIMA 
 
Aluno (a): .........GABARITO........................................................................................ 
 
Polo: .............................................................................................................................. 
Boa sorte! 
QUESTÃO 1: (4,0 pontos) 
 
Faça uma análise da importância da cultura do café, tanto na formação quanto no 
desenvolvimento econômico brasileiro, com base nas informações históricas e nos 
recursos teóricos e metodológicos da cadeia agroindustrial do café (figura abaixo). 
 
RESPOSTA QUESTÃO 1: 
O agronegócio é hoje o setor de maior superávit na balança comercial do país. 
Com o crescimento deste mercado, novas habilidades de gestão precisam ser 
trabalhadas para que a produtividade deste setor se mantenha elevada. A atividade 
cafeeira possui uma relevante participação no mercado agroindustrial nacional, é 
responsável por grandes exportações. 
A agroindústria do café é o conjunto de atividades relacionadas à transformação 
de matérias-primas provenientes da agricultura. A cadeia agroindustrial do café 
compõe-se dos segmentos ligados aos fatores de produção, à produção agrícola, e, 
ainda, ao beneficiamento e à comercialização do produto, nos quais atuam 
fornecedores, produtores, maquinista, trabalhadores rurais, cooperativas e corretores. 
Nos últimos, a demanda mundial de café tem crescido a uma taxa de 1% ao ano. 
Há 50 anos o consumo per capita de café no mundo é de cerca de 1 quilo/ano. Os 
Estados Unidos são os maiores consumidores do mundo, seguido pelo Brasil, 
Alemanha e Japão. 
Quando se analisa a demanda mundial, não se pode deixar de considerar o 
Brasil, o segundo maior consumidor. Em relação à geografia da produção de café, os 
principais estados produtores são Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Paraná. 
O Estado de Minas Gerais representou aproximadamente 51% da produção cafeeira 
nacional. 
O aparecimento da ferrugem dos cafeeiros em 1970 foi um dos grandes 
responsáveis pela introdução de novas práticas agrícolas, como espaçamento de 
plantio e adequação das lavouras para mecanização através de podas. No mercado, 
além dos micro-tratores, existem tratores específicos que permitem que todas as fases 
da lavoura (do plantio aos tratos culturais) sejam mecanizadas. 
Deve-se mencionar como importante avanço tecnológico nessa cultura, o fato 
de que foram desenvolvidas, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), variedades 
resistentes à ferrugem do cafeeiro, que é causada pelo fungo Hemileia Vastarix, que 
foi praticamente disseminado em toda região Centro-Sul do país durante a década de 
70. 
Com a grande pressão competitiva as empresas se vêem obrigadas a realizar 
grandes investimentos em P&D, realizam inovação de processos e produtos. Para 
realizar esse processo de desenvolvimento de novas tecnologias, as empresas 
dependem de créditos, pois não possuem capacidade de desenvolver grandes 
inovações com capital próprio. 
O novo foco das pesquisas, no sentido de produzir cafés com atributos 
demandados, passa a ser importante na análise da competitividade do café. Isso 
porque o café é um produto diferenciado e sua competitividade não só depende dos 
custos de produção e produtividade, mas também o interesse dos consumidores por 
determinada origem, associada à qualidade do produto. Isso significa que os países 
produtores da variedade de café arábica podem se valer da estratégia de diferenciação 
para obter margens superiores, conseguindo dessa forma ganhos competitivos. 
Para investigar a qualidade total do café, devem-se levar em consideração os 
fatores regionais, espécies e variedades culturais e sistema de processamento e 
comercialização existentes nos países e regiões de produção. Existem basicamente 
duas espécies arábicas, de melhor bebida e robusta, considerada de bebida neutra. 
A busca por qualidade na indústria de alimentos está mostrando um crescimento 
constante na última década, fruto das mudanças nas preferências dos consumidores. 
Muitos deles estão dispostos a pagar mais por produtos que possuam alguns atributos 
desejados. O segmento de cafés especiais, por exemplo, representa atualmente 12% 
do mercado internacional da bebida. Os atributos de qualidade do café cobrem uma 
ampla gama de conceitos que vão desde características físicas, como origem, 
variedade, cor e tamanho e até preocupações de ordem ambiental e social de como o 
café é produzido. 
O setor de cafés especiais é um dos que mais cresce, também é conhecido por 
cafés goumert. A definição refere-se aos cafés de excelente qualidade. Esse produto 
tem maior valor de venda e uma forte aceitação nos mercados nacional e 
internacional. A expansão na participação dos cafés especiais brasileiros no mercado 
internacional apóia-se no aumento da qualidade do produto e em um plano de 
marketing. 
Outro segmento diferenciado é o produto Orgânico. A produção de “café 
legitimamente orgânico” vem crescendo em todo Brasil, firmando-se como uma 
tendência necessária e irreversível. Os fatores responsáveis por esse novo 
direcionamento são a grande demanda dos mercados nacional e internacional por 
produtos orgânicos e a conscientização mundial da importância da preservação do 
meio ambiente associada à valorização social do trabalhador rural. 
Pode-se concluir que setor cafeeiro está se voltando para produção de cafés 
especiais, pois além do aumento da demanda por esse produto, o valor de 
comercialização é maior que o do “produto normal”. E também está crescendo a 
produção de café orgânico, devido ao aumento da importância dada a questões 
ambientais. 
Quanto a Demanda, nota-se o aumento do consumo per capita no Brasil e a 
mudança da preferência do consumidor, aumentando a exigência por qualidade. Na 
oferta, nota-se sustentabilidade no longo prazo. A oferta interna é quase totalmente 
atendida pela produção interna. 
A produção do café localiza-se basicamente em quatro estados, Minas Gerais, 
São Paulo, Espírito Santo e Bahia. O país é o maior produtor de café do mundo, 
seguido pelo Vietnã e Colômbia que representam juntos 57,98% da produção mundial 
de café. 
As exportações do setor cafeeiro permanecem em elevação. O café brasileiro é 
cada vez mais comercializado em países do primeiro mundo como Alemanha, Estados 
Unidos, Itália, Japão e Bélgica. 
 
 
QUESTÃO 2: (3,0 pontos) 
Descreva e analise o papel da agropecuária e do agronegócio no processo de 
desenvolvimento econômico. 
 
RESPOSTA QUESTÃO 2: 
As principais correntes literárias que destacam a importância da agropecuária 
no processo de desenvolvimento econômico nacional analisam, basicamente, o 
cumprimento de cinco principais funções desse setor: 
1) atender à demanda por alimentos da população total; 
2) transferir capital para a expansão do setor não-agrícola; 
3) liberar mão-de-obra para ser utilizada em outros setores produtivos; 
4) ampliar o volume de divisas (moeda estrangeira), a partir da exportação do 
excedente de produção agropecuária, para aumentar a importação de insumos e bens 
de capitais necessários ao desenvolvimento de outras atividades econômicas; 
5) constituir-se em mercado consumidor dos setores secundário e terciário. 
A primeira função é bem clara, dispensando maiores considerações. No 
entanto, as demais merecem esclarecimentos. 
A capacidade de transferir capital para outros setores pode ocorrer de forma 
direta ou indireta. Nesse caso, a agropecuária pode transferir recursos investindo 
diretamente em outros segmentos ou utilizando a intermediação bancária para 
emprestar recursos a outros setores. De forma indireta, o governo atua transferindo 
capital da agropecuária para atividades não-agrícolasa partir de políticas fiscais, ao 
cobrar tributos da agropecuária e garantir reduções de impostos ou até mesmo 
isenções fiscais para outros setores. 
Já a liberação de mão-de-obra decorrente do processo de mecanização do 
campo permite garantir o aumento do número de trabalhadores nos setores 
industriais e de serviços. 
Com relação à geração de divisas, estas são fundamentais para a importação 
de insumos e bens de capitais (máquinas, equipamentos) necessários ao 
desenvolvimento de outras atividades econômicas. 
 
QUESTÃO 3: (3,0 pontos) 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA: 
Notórias são as transformações ocorridas no meio rural nas duas últimas décadas. 
Verificamos que população residente no espaço rural, apesar de atualmente ter acesso 
a muitas outras formas de ocupação além das atividades agrícolas, vem diminuindo 
em todas as regiões do Brasil. Esse fato pode ser explicado pela mecanização e 
principalmente pela forte relação existente entre os setores de atividades econômicas, 
que muitas vezes empurra os complexos agroindustriais para áreas urbanas, com 
maior infraestrutura. 
Um dos aspectos mais importantes do desenvolvimento rural diz respeito ao mercado 
de trabalho. O rural, por sua vez, já não é mais o espaço exclusivo do agrícola, e a 
população que aí reside pode ter acesso a muitas outras formas de ocupação, 
caracterizando um desenvolvimento baseado na pluriatividade e na 
multifuncionalidade do meio rural. 
 
QUESTÃO: descreva e analise as principais mudanças no mercado de trabalho rural. 
 
RESPOSTA QUESTÃO 3: 
Nas duas últimas décadas a População Economicamente Ativa (PEA) com 
residência rural diminuiu em todas as regiões do Brasil. Apesar do otimismo que 
permeou as análises sobre o “novo rural” brasileiro até meados da década de 1990, 
em que se constatava uma estabilidade da PEA rural, graças ao aumento das 
atividades não-agrícolas no meio rural, e se previa um caminho possível para a 
redução do deslocamento rural-urbano da população, os dados recentes parecem 
reverter a situação. 
A redução da população economicamente ativa na agricultura foi mais forte do 
que a redução da PEA rural e da população rural. Tanto nas regiões Sul e Centro-
Oeste, bem como no estado de São Paulo, ocorrendo o inverso nas regiões Nordeste 
e Sudeste (sem São Paulo). 
Nas duas primeiras regiões, o decréscimo da PEA rural é atenuado pelo menor 
decréscimo da PEA agrícola, enquanto nas demais regiões a PEA agrícola é que sofre 
a maior redução, contribuindo, portanto, para reforçar a queda na PEA rural, que só 
não foi maior graças ao crescimento das atividades não-agrícolas. O estado de São 
Paulo é a única região que não apresenta queda da população rural, apesar da enorme 
redução da PEA agrícola (mais de 50%) e da redução de 14% na PEA rural. 
As variações ocorridas nos diferentes setores de atividades da PEA modificaram 
a sua distribuição nas regiões. Com exceção do Nordeste, a PEA agrícola diminuiu 
sua participação em todas as regiões, destacando-se São Paulo, onde passou de 64,4% 
para apenas 36,8% da PEA rural total. Com isso, as atividades não-agrícolas tiveram 
aumentos expressivos em sua participação nesse estado. As duas únicas atividades 
não-agrícolas que mostraram crescimento de participação em todas as regiões, sem 
exceção, foram, em primeiro lugar, o emprego doméstico e, em segundo, o ramo de 
comércio.

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