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1. A leishmaniose visceral (LV) é uma doença endêmica em cinco continentes, com casos humanos relatados em cerca de 50 países localizados em regiões tropicais e subtropicais. Mais de 90% dos casos mundiais ocorrem em Bangladesh, Índia, Sudão, Sudão do Sul, Etiópia e Brasil. A incidência anual estimada da doença é de cerca de 200.000 a 400.000 novos casos A) Como o Médico Veterinário deve reconhecer um cão com suspeita da Leishmaniose Visceral? Registre as três manifestações clínicas principais e duas adicionais. RESPOSTA: As manifestações clínicas principais da Leishmaniose Visceral são: descamação cutânea (comum em regiões periocular e bordas da orelha); úlceras de pele (comum nas extremidades); e crescimento excessivo das unhas (onicogrifose). Além destes, existem outros sintomas que um animal com suspeita de Leishmaniose Visceral pode apresentar, como ceratoconjuntivite e paresia de membros posteriores, porém não são manifestações clínicas específicas para a Leishmaniose Visceral. Segundo a norma interministerial que aprova o tratamento da leishmaniose canina, responda: B) Qual a medicação aprovada para o tratamento no Brasil? RESPOSTA: A única medicação aprovada para o tratamento de Leishmaniose Visceral no Brasil é o Milteforan. C) Indique outras medidas que o tutor deve adotar com relação ao animal. RESPOSTA: Como medida de controle e prevenção da Leishmaniose Visceral relacionadas ao animal, o tutor deve: fazer uso de repelentes, tanto nos animais infectados ou não (com coleiras, spot on etc), vacinar todos os animais e eutanasiar os doentes (o tutor não é obrigado a realizar a eutanásia, ele pode obtar pelo tratamento, porém o animal é um reservatório da doença, além de ser caro). D) Existe risco para o Médico Veterinário que realizou o atendimento de um cão infectado sem luvas? Justifique a sua resposta. RESPOSTA: Não, porque a Leishmaniose Visceral não é uma doença contagiosa, e sim infecciosa. 2. Um cão proveniente de área endêmica para leishmaniose, apresenta sinais clínicos oligossintomáticos, com linfadenopatia periférica e lesões dermatológicas discretas. O animal já foi tratado por diferentes profissionais veterinários para o problema de pele, sem alteração do quadro. A) Indique quais exames poderiam ser solicitados para confirmar ou descartar leishmaniose. RESPOSTA: Os exames que poderiam ser solicitados para confirmar ou descartar a suspeita, são tanto de pesquisa de anticorpos quanto de parasitas. Os exames de diagnóstico indireto (pesquisa de anticorpos) são: ELISA, imunocromatografia ou imunofluorescência indireta. Porém, como o animal é uma suspeita, por apresentar sintomas e ser de área endêmica, devemos seguir com o diagnóstico direto (pesquisa do parasita) também, para complementar os exames anteriores. Os exames de diagnóstico direto são: PCR (neste caso, poderia ser feito o swab de conjuntiva), citologia (aspirado de linfonodo), ou histopatológico (biópsia de pele). B) O resultado dos exames foram: sorologia positiva, com baixos níveis de anticorpos; exame citológico de aspirado de linfonodo com a presença de formas amastigotas de Leishmania; PCR qualitativo positivo. Segundo estadiamento do BRASILEISH, cite qual deveria ser o protocolo terapêutico para este cão. RESPOSTA: Neste caso, segundo o BRASILEISH, o animal estaria no estágio 2 (sem doença/doença leve), e o protocolo terapêutico para este cão seria: imunoterapia, imunomodulação, alopurinol e miltefosina.
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