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Caso Melinda 1. A família de Melinda King tem consciência de todos os aspectos da doença, bem como a própria paciente. Imagine que, ao receber o diagnóstico de fibrose cística, você foi um dos profissionais responsáveis por explicar a doença para essa família. O que você diria? Como a Definia? Explicaríamos que a Fibrose Cística é uma doença genética (gene defeituoso foi herdado do pai ou da mãe), crônica (não pode ser resolvida num curto período de tempo) e progressiva que afeta alguns órgãos, como pulmões, pâncreas, rins, fígado, aparelho digestivo, intestino e parte interna da face. Além disso, ela afeta as células, em especial, a função que deixa as secreções (mucos respiratórios, digestórios, glândulas sudoripas e outros) alteradas. Por exemplo, o suor, que no indivíduo afetado apresenta-se mais espessos, com aumento na concentração de sal, denominada de doença do beijo salgado. A paciente Melinda tem dificuldades em realizar algumas atividades do dia a dia, alguns tipos de exercício que podem ser pedidos e algumas complicações na parte respiratória. O paciente com FC tem produção excessiva de secreções e muco, aumentando a chance de ter infecções pulmonares. Algumas das consequências típicas que essa doença pode apresentar são pneumonia de repetição, sinusite frequente, tosse crônica, dificuldade de ganhar peso e estatura e cansaço para realizar atividades simples. Por isso, a atuação de profissionais da Fisioterapia é essencial para a retirada do acúmulo de secreções e a prevenção de complicações tanto da parte respiratória quanto da parte motora. 2. Quais foram os diagnósticos fisioterapêuticos identificados no caso clínico de Melinda? - Taquipneia; - Hipersecreção brônquica nas regiões apicais e posteriores do lobo superior direito e lobo médio direito; - Diminuição da expansibilidade torácica; - Diminuição da capacidade aeróbica e resistência; - Desconforto respiratório; - Diminuição da força muscular de MMII. 3. Baseado no(s) diagnósticos(s) fisioterapêutico(s), quais seriam os objetivos terapêuticos e a conduta que você proporia para Melinda? a. Observação: Crie uma conduta baseada no Caso Clínico específico Melinda, observe sua idade, suas preferências, como está sua condição física e cognitiva no momento, etc. Evite tratamentos genéricos, pense em Melinda como se fosse sua paciente. Objetivos Terapêuticos: - Ajudar na remoção do acumulo de secreções brônquicas; - Voltar o padrão respiratório normal; - Reduzir o desconforto respiratório; - Recuperar a capacidade aeróbica e de resistência; - Restabelecer a expansibilidade torácica; - Restabelecer a força muscular de MMII. Condutas Terapêuticas: - Eliminação do acúmulo de secreção brônquica: Mobilização e variação de posicionamento, de deitada para sentada e de sentada para em pé, 1ª. linha de intervenção. Terapia de higiene brônquica: PEP/EPAP, expiração lenta total simultaneamente glote aberta, em decúbito infra lateral (ELTGOL). Huffing e drenagem autógena. Para finalizar, Melinda sentada e com os pés apoiados, com tosse ativa. - Volta ao padrão respiratório: Mobilização e deambulação; exercícios respiratórios (diafragmático e freno labial). - Recuperar a capacidade aeróbica e de resistência: Começar com deambulação, de acordo com evolução de Melinda, avançar com o protocolo, de forma lúdica, utilizando brinquedos atrativos e adequados para sua idade A fim de estimular a capacidade aeróbica e resistência e utilização de ciclo ergômetro. - Reduzir o desconforto respiratório: Não havendo reversão do quadro de desconforto respiratório, com as terapias de higiene Brônquica, utilizar a ventilação não invasiva Binível. - Restabelecer a força muscular de MMII: Usar recursos da cinesioterapia, faixas elásticas e bolas; e exercícios ativos contra a gravidade e/ou resistência manual do profissional. De acordo com a evolução, avançar série, repetições e cargas. De maneira lúdica, ajustar as séries e repetições utilizando de brincadeiras, como pular corda. 4. Suponha que Melinda tenha evoluído com bronquiectasia ao longo dos anos. Nesse momento, além da fibrose cística ela apresentaria sinais clínicos e radiológicos de bronquiectasia. Se Melinda fizesse uma espirometria, e tivesse um distúrbio ventilatório, qual seria? Restritivo ou obstrutivo? Justifique a sua resposta. Dê um exemplo hipotético de como seria sua CVF, VEF1 e relação VEF1/CVF. Crônica dos brônquios com catarro mucopurulento O distúrbio ventilatório seria obstrutivo, tendo em vista ser o achado mais frequente. A bronquiectasia, condição em que as vias aéreas dos pulmões são danificadas, dificultando a secreção de muco, causando limitação das vias respiratórias, reduzindo a VEF1 com diminuição da razão VEF1/CVF. A Fibrose progressiva, em casos mais avançados, pode acarretar em diminuição da capacidade vital forçada CVF, além disso, propiciando com que a razão VEF1/CVF se assemelhe a um valor normal, ainda que a doença permaneça.
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