Buscar

Doenças do Parênquima Pulmonar - DPOC e Asma

Prévia do material em texto

DOENÇAS DO PARÊNQUIMA PULMONAR – DPOC E ASMA 
 
 
ESPIROMETRIA 
 VEF1: volume expiratório forçado no 1º segundo 
 CVF: capacidade vital forçada 
 
OBSTRUTIVO – 
Asma, DPOC 
RESTRITIVO – 
Pneumopatias intersticiais difusas 
VEF1 Muito reduzido Reduzido 
CVF Reduzido Reduzido 
VEF1 / CVF (Tiffenau) < 70% Normal ou aumentada 
*Misto: CVF prevista – VEF1 prevista > 12% 
SE VEF1 60-80%: 
Repetir 
 
SE OBSTRUTIVO: 
Prova broncodilatadora – diferencia asma x DPOC 
VEF1 > 200 ml + > 12% = ASMA! 
 
SE CLÍNICA DE ASMA + ESPIROMETRIA INICIAL NORMAL: 
Teste provocativo (metacolina, histamina, carbacol): 
Diminui VEF1 > 20% 
*Parâmetro mais sensível (altera 1º): FEF 25-75% 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC 
Definição 
Obstrução crônica e geralmente irreversível. 
Fisiopatologia 
Inflamação  fibrose  bronquite crônica obstrutiva 
Enzimas proteolíticas  destruição dos septos alveolares  enfisema pulmonar 
 
Fator de risco 
 Tabagismo – bronquite + enfisema centroacinar (lobos superiores). 
 Deficiência da alfa-1-antitripsina – enfisema panacinar (lobos inferiores), p-ANCA positivo. 
 Fogão a lenha. 
Clínica 
Obstrução ao fluxo de ar  Hiperinsuflação – ar entra, mas não sai todo 
Hipoventilação 
 MVF diminuído 
 Dispneia 
 Cianose de extremidades 
 Retenção crônica de CO2 
Cor pulmonale  Hipoxemia crônica  vasoconstrição de artéria pulmonar  IVD 
*No DPOC, o drive respiratório responde à hipoxemia (o normal é responder à retenção de CO2) – a hiperóxia reduz ventilação, 
piorando a retenção de CO2 (encefalopatia hipercápnica) 
Obstrutivo: dificuldade em colocar o ar pra fora – ar tem 
dificuldade de sair no 1º segundo, mas o paciente 
prolonga o tempo de expiração pra compensar 
Restritivo: pulmão fica duro (fibrose) – entra menos ar, 
sai menos ar (proporcional) 
Diagnóstico 
Realiza Espirometria inicial: 
Se: VEF1/CVF < 0,7 = Obstrução 
 
Realiza nova Espirometria pós broncodilatador: 
Se Sem melhora = Irreversibilidade (DPOC) 
 
 Cuidado com pegadinha: 
Repetir se VEF1/CVF entre 0,6 – 0,8 
 
Classificação 
1º Passo: avaliar a classificação GOLD: 
GOLD 
ESTÁGIO VEF1 (% do previsto) 
I ≥ 80% 
II 50-79% 
III 30-49% 
IV < 30% 
 
2º Passo: Classificação ABCD: 
Classificação ‘’Integrada’’ 
Exacerbações por ano 
C: pouco sintoma D: muito sintoma 
≥ 2 exacerbações/ano ou 1 
internação 
A: pouco sintoma B: muito sintoma 0-1 exacerbação/ano 
Gravidade dos 
sintomas 
CAT < 10 
mMRC 0-1 
CAT ≥ 10 
mMRC ≥ 2 
**Quanto maior o CAT, mMRC maior a gravidade dos sintomas!! 
 
Quando suspeitar da deficiência da alfa-1-antitripsina? 
 Não-tabagistas 
 Idade < 45 anos / história familiar 
 Doença hepática inexplicada 
 Enfisema que predomina nas bases 
 
Tratamento 
 EXACERBAÇÃO AGUDA – piora aguda dos sintomas respiratórios com necessidade de mudança no tto. 
A – ATB ATB 5-7 dias se escarro purulento ou aumentado / piora da dispneia / VNI / IOT 
B – BRONCODILATADOR DE 
CURTA DURAÇÃO 
B2 agonista (Fenoterol 10-20 gts) + anticolinérgico (Ipratrópio 20-40 gts) 3x 20/20 min 
C – CORTICOIDE SISTÊMICO Prednisona VO, Metilprenisolona IV por 5-7 dias 
D – DAR O2 
Alvo: 88-92% 
VNI: acidose respiratória / hipoxemia persistente / fadiga 
IOT: redução do nível de consciência / falha VNI 
 
Todos 
 Cessar tabagismo 
 Vacina (pneumococo e influenza) 
 Avaliar O2 domiciliar 
 Broncodilatador de curta duração SOS – B2 agonista (Salbutamol, Fenoterol) 
B + C + D 
+ 
 Broncodilatador de longa duração – B2 agonista (Formoterol) e/ou anticolinérgico (Tiotrópio) 
 Reabilitação 
D 
+ 
 Corticoide inalatório – se > 300 eosinófilos / asma 
 
O2 domiciliar – mínimo 15h por dia. 
 PaO2 ≤ 55 em repouso. 
 satO2 ≤ 88% em repouso. 
 paO2 56-59 + policitemia (Ht > 55%) ou cor pulmonale. 
*Gasometria deve ser coletada após 4-6 semanas da exacerbação! 
 
Compensado: retenção de CO2 + pH normal 
Descompensado: retenção de CO2 + pH alterado

Continue navegando