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Neurociência Cognitiva e Aprendizagem

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Neurociência cognitiva
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Neurociência cognitiva • 2/13
Objetivos de Aprendizagem
• Entender o que é neurociência e sua divisão;
• Compreender o que é neurociência cognitiva;
• Estudar a neurociência a partir do aspecto da aprendizagem humana.
Neurociência cognitiva
Conteúdo organizado por Deborah Costa do livro Future Minds: How the Digital 
Age is Changing Our Minds, Why this Matters, and What We Can Do About It, 
publicado em 2010 por Nicholas Brealey. Atualizado em 2022.
https://player.vimeo.com/video/683942375
Neurociência cognitiva • 3/13
Introdução 
Você já pensou em como o cérebro funciona e processa as informações que recebe ou 
como arquiva as informações na memória? Já imaginou como essa ação se reflete no 
comportamento, no aprendizado e na vida? A Neurociência responde essas e outras 
perguntas, uma vez que seus estudos voltam-se para o sistema nervoso e, dessa forma, 
compreendem a maneira pela qual um indivíduo processa as informações adquiridas 
pelo ambiente, reage e as transforma em aprendizado, realizando as mais diversas 
tarefas sensoriais e motoras. Com base nisso, “é possível definir estratégias assertivas 
de ensino, o que garante à pessoa, uma melhor absorção do conteúdo que transforma 
em novas aprendizagens” (Marques, 2017, [s.p.]).
De acordo com o portal NeuroSaber ([s.d.], [s.p.]), “A neurociência abrange muitas 
áreas do conhecimento, a partir do momento em que o cérebro se torna o foco em 
comum de todas as neurociências; e como tudo em nossa vida se relaciona ao cérebro, 
essa multidisciplinaridade é plenamente justificável”.
É possível dividir a Neurociência em cinco grandes grupos, descritos a seguir com 
base no que diz Moreira (2012, [s.p.]):
1. Neurociência molecular, neuroquímica ou neurobiologia molecular: ramo da 
neurociência responsável pelo estudo de moléculas que têm importância 
funcional e suas possíveis interações no sistema nervoso;
2. Neurociência celular, neurocitologia ou neurobiologia celular: esta área estuda 
as células que compõem o sistema nervoso, suas estruturas e funções;
3. Neurociência sistêmica, neurofisiologia, neuro-histologia ou neuroanatomia: 
estuda as possíveis ligações entre os nervos do cérebro (chamadas de vias) e 
diferentes regiões periféricas. São também considerados os grupos celulares 
situados nessas vias;
4. Neurociência comportamental, psicobiologia ou psicofisiologia: estuda as 
estruturas que estão relacionadas ao comportamento ou a fenômenos como 
ansiedade, depressão, sono entre outros comportamentos;
Neurociência cognitiva • 4/13
5. Neurociência cognitiva ou neuropsicologia: trata de todas as capacidades 
mentais relacionadas à inteligência como a linguagem, memória, autoconsciência, 
percepção, atenção, aprendizado entre outras (adaptado de Lent, 2010, p. 6).
Nosso foco de discussão neste tema é a Neurociência cognitiva, uma das subdivisões 
da Neurociência cujo objetivo é “o estudo a respeito das capacidades mentais do 
ser humano, como por exemplo, [o] pensamento, aprendizado, inteligência, 
memória, linguagem e percepção” (Marques, 2017, [s.p.]).
Com base nisso, as sensações e a percepção do indivíduo são o que norteia 
os estudos da Neurociência Cognitiva [e mostram como uma pessoa adquire] 
conhecimento a partir das experiências sensoriais a que é submetida; uma música, 
um aroma, o gosto de uma comida, uma imagem ou uma sensação corporal, tudo 
isso engloba as experiências sensoriais e são elas as responsáveis por captar os 
dados do ambiente e levá-las ao cérebro.
Verifica-se então, que a neurociência cognitiva não diz respeito apenas ao sistema 
nervoso, mas às experiências sensoriais adquiridas ao longo da vida que são 
processadas pelo e no cérebro.
A atividade cerebral em crianças, adolescentes e adultos, durante a realização de 
tarefas cognitivas, ativa circuitos neuronais durante seu funcionamento, os quais 
são apropriados para gerar as capacidades intelectuais humanas, como linguagem, 
criatividade, raciocínio (Rocha & Rocha, 2000).
Neurociência cognitiva • 5/13
A CIÊNCIA DA APRENDIZAGEM E DA EDUCAÇÃO
Vivemos a era do conhecimento, na qual os recursos tecnológicos têm mudado 
a forma de ensinar e aprender. Em contrapartida, a Neurociência mostra que o 
cérebro é uma “máquina” fantástica capaz de fazer qualquer coisa se for bem 
utilizado e estimulado.
É importante notar que o processo cognitivo evolui. Segundo Eliot (1999) 
com o passar do tempo, amadurecemos e aperfeiçoamos a interpretação do 
ambiente o que nos permite melhorar sa tomadas de decisões, baseadas em 
informações.
Esse fato justifica a necessidade de compreensão e conhecimento acerca de como o 
cérebro funciona. Qual é a melhor forma de estimulá-lo e despertar seu potencial? 
Quais estratégias possibilitam maior desenvolvimento cognitivo? O que de fato é 
melhor e mais favorável para a aprendizagem?
https://player.vimeo.com/video/683942082
Neurociência cognitiva • 6/13
Estudos apontam que, quanto maiores forem a quantidade e a qualidade de estímulos 
oferecidos ao aluno, mais eficiente será seu cérebro. Portanto, é preciso apostar em 
recursos variados, atividades diversificadas e prazerosas, metodologias dinâmicas, 
conteúdos bem trabalhados e adequados ao perfil do aluno e às diferentes maneiras 
que o aluno prefere aprender. É importante também haver estímulo de propostas 
desafiantes e estratégias que garantam o desenvolvimento do seu potencial cognitivo.
Isso é necessário porque oferecer situações de aprendizagem, experiências ricas e 
atividades intelectuais promove a plasticidade cerebral e, como consequência disso, 
a inteligência. Observe como é possível adotar a neurociência em práticas junto aos 
estudantes:
Quadro 1 - Princípios da Neurociência x Práticas com estudantes
Fonte: Adaptado de Rushton & Larkin, 2001; Rushton et al., 2003.
Neurociência cognitiva • 7/13
Saiba Mais
Conceitos fundamentais
Neurociência cognitiva: é o estudo científico do sistema nervoso. 
Tradicionalmente, a neurociência tem sido vista como um ramo da 
biologia. Entretanto, atualmente ela é uma ciência interdisciplinar 
que colabora com outros campos, como educação, química, ciência 
da computação, engenharia, antropologia, linguística, matemática, 
medicina e disciplinas afins, filosofia, física, comunicação e psicologia.
Plasticidade cerebral: neuroplasticidade, ou plasticidade neural, permite 
que os neurônios se regenerem tanto anatômica quanto funcionalmente, 
que formem novas conexões sinápticas. A plasticidade cerebral, ou 
neuroplasticidade, é a habilidade do cérebro para se recuperar e 
reestruturar.
Materiais complementares
Quer saber mais sobre o que estudamos? Então, acesse o conteúdo dos 
links a seguir:
1. “Neurociência e os processos educativos um saber necessário 
na formação de professores”. Disponível em: <https://www.
researchgate.net/publication/277132829_NEUROCIENCIA_E_
OS_PROCESSOS_EDUCATIVOS_UM_SABER_NECESSARIO_NA_
FORMACAO_DE_PROFESSORES>. 
2. “Neurociências e educação: Realidade ou ficção?”. Disponível 
em: <https://www.researchgate.net/publication/277132829_
NEUROCIENCIA_E_OS_PROCESSOS_EDUCATIVOS_UM_SABER_
NECESSARIO_NA_FORMACAO_DE_PROFESSORES>. 
3. “O diálogo entre a neurociência e a educação: da euforia aos 
desafios e possibilidades”. Disponível em: <https://www2.icb.ufmg.
br/neuroeduca/arquivo/texto_teste.pdf>
https://www.researchgate.net/publication/277132829_NEUROCIENCIA_E_OS_PROCESSOS_EDUCATIVOS_UM_SABER_NECESSARIO_NA_FORMACAO_DE_PROFESSORES
https://www.researchgate.net/publication/277132829_NEUROCIENCIA_E_OS_PROCESSOS_EDUCATIVOS_UM_SABER_NECESSARIO_NA_FORMACAO_DE_PROFESSORES
https://www.researchgate.net/publication/277132829_NEUROCIENCIA_E_OS_PROCESSOS_EDUCATIVOS_UM_SABER_NECESSARIO_NA_FORMACAO_DE_PROFESSORES
https://www.researchgate.net/publication/277132829_NEUROCIENCIA_E_OS_PROCESSOS_EDUCATIVOS_UM_SABER_NECESSARIO_NA_FORMACAO_DE_PROFESSORES
https://www.researchgate.net/publication/277132829_NEUROCIENCIA_E_OS_PROCESSOS_EDUCATIVOS_UM_SABER_Nhttps://www.researchgate.net/publication/277132829_NEUROCIENCIA_E_OS_PROCESSOS_EDUCATIVOS_UM_SABER_N
https://www.researchgate.net/publication/277132829_NEUROCIENCIA_E_OS_PROCESSOS_EDUCATIVOS_UM_SABER_N
https://www2.icb.ufmg.br/neuroeduca/arquivo/texto_teste.pdf
https://www2.icb.ufmg.br/neuroeduca/arquivo/texto_teste.pdf
Neurociência cognitiva • 8/13
EM RESUMO
Com base nos estudos da Neurociência cognitiva sobre a memória, os pensamentos 
e as formas de aprendizado, é possível entender que a aprendizagem e a educação 
estão intimamente ligados ao desenvolvimento do cérebro que se configura segundo 
os estímulos do ambiente (Fischer & Rose, 1998).
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/683942290
Neurociência cognitiva • 9/13
Referências Bibliográficas
Eliot, L. (1999). What’s going on in there?-How the brain and mind develop in the first 
five years of life. New York, NY: Bantan Books.
Fischer, K. W., Rose, S. P. (1998). Growth cycles of the brain and mind. Educational 
Leadership, 56(3):56-60
Lent, R. (2010) Cem bilhões de neurônios? Conceitos fundamentais de neurociência. 
São Paulo: Atheneu.
Marques, J.R. (2017). Neurociência Cognitiva: a Ciência do Aprendizado e da Educação. 
Instituto Brasileiro de Coaching. Disponível em: <https://bit.ly/9lk1asd>. Acesso em 30 
jan. 2022
Moreira, D. M. (2012). Neurociência. InfoEscola. Disponível em: <https://bit.ly/82fg7h>. 
Acesso em: 09 fev. 2022.
NEUROSABER. O que é Neurociência? S.d. Disponível em: <https://bit.ly/17q5hr>. 
Acesso em: 09 fev. 2022.
Rocha, A. F., Rocha, M. T. (2000). O cérebro na Escola. Jundiaí, SP: EINA.
Rushton, S. P., Eitelgeorge, J., Zickafoose, R. (2003). Connecting Brian Cambourne’s 
conditions of learning theory to brain/mind principles: implications for early childhood 
educators. Early Childhood Education Journal, 31(1):11-21.
Rushton, S., Larkin, E. (2001). Shaping the learning environment: connecting 
developmentally appropriate practices to brain research. Early Childhood Education 
Journal, 29(1):25-33.
Watson, R. (2010). Future minds: how the digital age is changing our minds, why this 
matters, and what we can do about it. London/Boston: Nicholas Brealey Publishing.
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Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Future Minds: How the Digital Age is Changing Our Minds, 
Why this Matters, and What We Can Do About It
Richard Watson
Nicholas Brealey Publishing © 2010
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Objetivos de Aprendizagem
• Apresentar os princípios da teoria da aprendizagem cognitiva;
• Conhecer os níveis de processamento da informação;
• Compreender como as tecnologias podem apoiar os processos de 
codificação e recuperação.
Teoria da aprendizagem cognitiva
Conteúdo organizado por Deborah Costa do livro Future Minds: How the Digital 
Age is Changing Our Minds, Why this Matters, and What We Can Do About It, 
publicado em 2010 por Nicholas Brealey. Atualizado em 2022.
https://player.vimeo.com/video/683941768
Teoria da aprendizagem cognitiva • 3/15
Introdução 
Quando estudamos as teorias da aprendizagem, deparamo-nos com pelo menos três 
abordagens:
• Comportamentalista - também conhecido como Behaviorismo, desconsidera o 
estudo da mente pois foca no comportamento que se pode observar.
• Humanista - considera a autorrealização do sujeito como fonte de aprendizagem.
• Cognitivista - valoriza a cognição, a formação de ideias, focando no estudo da 
mente.
Todas as teorias reconhecem a dinâmica do ensinar e do aprender a fim de melhor 
compreender formas diferentes de absorção de conhecimentos e composição da 
inteligência. Esses estudos nos ajudam a melhor encaminhar práticas pedagógicas 
assertivas. Neste tema, vamos abordar os princípios da teoria da aprendizagem 
cognitivista que investiga como os métodos de processamento da informação ocorrem.
De acordo com Faísca (2010. [s.p.], grifos no original), em uma perspectiva evolucionista:
Os processos mentais desenvolveram-se nos organismos para permitir uma 
interação eficaz com o meio ambiente complexo em que vivem (eficácia em 
termos de sobrevivência). A interação entre o organismo e o ambiente exterior 
se dá através do tecido sensorial (órgãos dos sentidos).
Os processos de sensação e percepção correspondem a mecanismos básicos da 
Psicologia, pois é através deles que a informação externa chega à nossa mente.
Sob o contexto de estudo (ensino x aprendizagem), o desenvolvimento cognitivo é 
produzido por estudantes que interagem com seu meio sob a mediação do professor.
Teoria da aprendizagem cognitiva • 4/15
NÍVEIS DE PROCESSAMENTO PSICOLÓGICO
Todo indivíduo é dotado de capacidades de processamento da informação e da 
experiência.
A sensação e a percepção, atreladas às característica scognitivas próprias do 
indivíduo, são processos pelos quais as pessoas selecionam, organizam e interpretam 
as informações recebidas para dar sentido ao que veem, escutam e sentem. De forma 
simplificada, podemos afirmar que existem três níveis de processamento psicológico:
• Sensação: processo primário de recolha de informação ambiental. Podemos 
dizer que é o nível neurofisiológico que se refere às sensações que percebemos 
através dos nossos órgãos sensoriais, ou seja, o que vemos, ouvimos, cheiramos e 
saboreamos. Por exemplo: a energia do ambiente é codificada em sinais elétricos 
(transdução) e vai ativar as áreas sensoriais do córtex, gerando sensações.
• Percepção: processo pelo qual o cérebro dá sentido à informação recebida pelos 
órgãos dos sentidos, selecionando, organizando e interpretando as sensações.
• Cognição pessoal: processo que envolve a articulação das percepções. 
Entendemos que as percepções podem variar consideravelmente entre pessoas 
expostas às mesmas realidades. Isso pode ser ampliado por este terceiro nível, 
que considera que a realidade é fortemente influenciada pelas características 
pessoais.
Teoria da aprendizagem cognitiva • 5/15
Figura 1.1 – Processamento da informação
Fonte: elaborada pela autora.
É importante destacar que, quanto mais conscientes estivermos sobre os três níveis 
citados, melhor será a nossa interpretação do mundo.
MAS, COMO AS PESSOAS EFETIVAMENTE APRENDEM?
Nossos olhos e ouvidos captam imagens, sons e palavras que se armazenam na memória 
sensorial, que se divide, entre outros tipos, em dois principais:
• Memória visual.
• Memória auditiva.
A primeira é responsável por absorver imagens; a segunda, por guardar os sons, entre 
os quais se incluem as narrações. Esse armazenamento é feito por um curto período de 
tempo de um a dois segundos apenas após espaço de tempo muito pequeno. Esses 
elementos vão para a memória de trabalho (executiva), que é o centro da cognição 
onde a informação é temporariamente armazenada e processada e onde todo 
pensamento ativo ocorre. Embora esta memória seja poderosa, ela tem capacidade 
limitada de processamento. Quando a tarefa é finalizada, essa memória cessa.
Teoria da aprendizagem cognitiva • 6/15
Vejamos um exemplo de memória de trabalho: considerando uma situação em que 
você recebe uma ordem de seu chefe, dizendo que você deve, excepcionalmente, 
chegar mais cedo na sexta-feira ao trabalho, sua memória irá registrar esse alerta até a 
data correspondente. Passado esse dia, cumprida e findada a tarefa, essa memória é 
dispensada. Desse modo, a memória de trabalho é efêmera e oposta ao que chamamos 
de memória de longo prazo.
Figura 1.2 – Memória de trabalho
Fonte: elaborada pela autora.
https://player.vimeo.com/video/683941477
Teoria da aprendizagem cognitiva • 7/15
E O QUE ISSO TEM A VER COM A APRENDIZAGEM?
O aprendizado é uma função neural. Para que a aprendizagem seja efetiva, ela 
necessita que os novos conhecimentos e habilidades sejam processados na memória 
de trabalho e se integrem aosconhecimentos armazenados na forma de modelos 
mentais na memória de longo prazo, que é considerada ilimitada. Todo esse processo 
é denominado de codificação.
Apenas manter os conhecimentos armazenados na memória de longo prazo também 
não é suficiente, pois é preciso trazê-los de volta à memória de trabalho a fim de 
transferi-los a novas situações, processo esse conhecido como recuperação, o qual 
corresponde à recordação.
Figura 1.3 – Codificação e recuperação
Fonte: elaborada pela autora.
A codificação é um processo ativo que transforma informações, para que sejam, então, 
armazenadas. É importante ressaltar que, ao construir modelos mentais coerentes, 
temos que nos envolver ativamente no processamento cognitivo. O que requer:
Teoria da aprendizagem cognitiva • 8/15
• prestar atenção na informação que está sendo passada com o máximo de 
concentração;
• organizar a informação: só conseguimos aprender alguma coisa se conseguirmos 
identificá-la e darmos sentido a ela;
• integrar a informação ao conhecimento existente: neste ponto, você já entendeu 
o que está sendo falado, e agora você só precisa efetuar a ligação do que é dito 
com o que já conhece para gerar novas experiências; por exemplo, se você já 
participou de alguma rede social, vai saber participar da próxima que surgir. É 
claro que as telas e ferramentas disponíveis não serão as mesmas, mas o processo 
será basicamente o mesmo.
Podemos codificar na memória vários elementos, dentre os quais, temos:
• Palavras, sons, áudios.
• Imagens: fotos, vídeos, telas, ilustrações.
• Sentidos provenientes do toque.
As tecnologias têm importante papel nesse processo, pois, como vimos, a memória 
que mais usamos é a de trabalho, a qual é limitada, e, como existem várias fontes 
de informações competindo por essa capacidade, precisamos apoiar o aluno nos 
processos de seleção e integração, armazenamento e recuperação da informação. É 
por essa razão que, ao elaborar um material, devemos eliminar informações visuais 
irrelevantes e omitir músicas ou ruídos de fundo que não estão relacionados com o 
conteúdo. Antes, devemos explorar de várias formas o assunto principal, permitindo 
diferentes codificações por parte do estudante.
Uma vez que o volume de informações faz toda a diferença para a memória, é 
importante reduzir o que se chama de carga cognitiva, liberando a memória de 
trabalho para os processos de integração com os modelos mentais. Observe a figura 
a seguir que mostra as dimensões da carga cognitiva:
Teoria da aprendizagem cognitiva • 9/15
Figura 1.4 - Carga Cognitiva
Fonte: https://bit.ly/9j9g56
Assim, a memória de trabalho une informações visuais e auditivas e, posteriormente 
as integra aos conhecimentos já armazenados na memória de longo prazo, razão pela 
qual oferecer palavras (texto), imagens e sons em uma apresentação torna a integração 
entre os canais de processamento sensorial mais fácil.
As atividades práticas do tipo “Hands on” ou mão na massa ativam o processo 
de integração dos novos conhecimentos preexistentes. Quando a informação é 
apresentada em duas modalidades sensoriais – visual e auditiva – em vez de um só, 
são ativados dois sistemas de processamento, e a capacidade da memória de trabalho 
é estendida, ocorrendo maior retenção de informações.
Além da classificação da memória sensorial, portanto, ainda podemos utilizar outra 
classificação:
Sistemas verbais, em que se incluem as palavras escritas ou faladas.
Sistemas não verbais, em que se incluem imagens, vídeos, animações e sons de fundo.
Esses dois sistemas funcionam de forma independente, mas experiências apropriadas 
produzem conexões entre os dois. Desse modo, se um determinado assunto foi 
armazenado nos dois sistemas, ele será mais facilmente recuperado na memória do 
que aqueles armazenados em apenas um deles.
https://www.researchgate.net/publication/323268721_As_dimensoes_da_Carga_Cognitiva_e_o_Esforco_Mental
Teoria da aprendizagem cognitiva • 10/15
EM RESUMO
Como vimos, a aprendizagem é um processo complexo. A interação entre o indivíduo e 
o ambiente exterior dá-se através dos órgãos dos sentidos, e as informações e novas 
aprendizagens acontecem por meio dos processos de sensação e percepção, 
pois é através deles que a informação externa chega à nossa mente. As tecnologias 
têm importante papel nesse processo, pois podemos oferecer aos alunos 
as informações em diferentes modalidades sensoriais (por exemplo, visual e 
auditiva), e assim, são ativados dois sistemas de processamento e a capacidade da 
memória de curto prazo é estendida, o que facilita a memória de longo prazo.
A memória codifica, armazena e recupera informações; nesse sentido, ocorre a 
entrada de informações para um registro inicial; em seguida, tem-se a manutenção 
da informação para que a mesma seja relembrada, isto é, recuperada sempre que 
necessário.
Saiba Mais
Conceitos fundamentais
Teoria da aprendizagem e da memória: a informação que é recebida 
pelos receptores sensoriais e alvo de atenção é codificada, armazenada 
e processada de forma que possa ser recuperada.
Materiais complementares
Quer saber mais sobre o que estudamos? Então, acesse o conteúdo dos 
links a seguir:
1. “Conheça a memória de trabalho”.
Disponível em: <https://youtu.be/rjQk7njrZ3Y>.
2. “A compreensão da memória segundo diferentes perspectivas 
teóricas”. Disponível em: <https://bit.ly/51ntt84a>.
https://www.youtube.com/watch?v=rjQk7njrZ3Y&ab_channel=didatics
https://www.scielo.br/j/estpsi/a/ZBFjP6tdL5xJ8XCffBsqbfJ/?lang=pt
Teoria da aprendizagem cognitiva • 11/15
Referências Bibliográficas
Faísca, L. M. M. (2010). Psicologia Cognitiva. Sistemas sensoriais e Psicologia. Aula, 
Universidade de Algarve, 2010 . Disponível em: <https://bit.ly/9ab9a>. Acesso em: 28 
jun. 2018.
Watson, R. (2010). Future minds: how the digital age is changing our minds, why this 
matters, and what we can do about it. London/Boston: Nicholas Brealey Publishing.
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/683942013
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Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Future Minds: How the Digital Age is Changing Our Minds, 
Why this Matters, and What We Can Do About It
Richard Watson
Nicholas Brealey Publishing © 2010
Ciência Cognitiva
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Objetivos de Aprendizagem
• Estudo da Ciência Cognitiva;
• História da Ciência Cognitiva;
• O que fazer com a Ciência Cognitiva.
Ciência Cognitiva
Conteúdo organizado por Deborah Costa do livro Future Minds: How the Digital 
Age is Changing Our Minds, Why this Matters, and What We Can Do About It, 
publicado em 2010 por Nicholas Brealey. Atualizado em 2022.
https://player.vimeo.com/video/683941214
Ciência Cognitiva • 3/13
Introdução 
A Ciência Cognitiva é o estudo da mente, das ideias e conhecimentos e conceitos, 
Dentro do processo cognitivo é possível identificar diferentes atividades mentais, tais 
como:
• Imaginação
• Pensamento
• Solução de problemas
• Recordação
• Julgamento
• Percepção
• Aprendizagem de linguagem
Segundo Mey (1982), a ciência cognitiva lida com o estudo sobre o que é o 
conhecimento, como ele pode ser representado e manipulado nas suas formas mais 
diversas. Essa ciência inclui uma variedade de áreas de pesquisa:
• Filosofia, o estudo do conhecimento, realidade e existência;
• Inteligência artificial, o estudo de máquinas e sistemas pensantes;
• Psicologia, o estudo do comportamento e da mente;
• Neurociência, o estudo do sistema nervoso;
• Linguística, o estudo da linguagem;
• Antropologia, o estudo geral da sociedade e cultura humanas.
Observe a figura a seguir que demonstra o hexágono cognitivo e seus campos.
Ciência Cognitiva • 4/13
Figura 1 - Hexágono Cognitivo
Fonte: Gardner (1996, p.52)
Os cientistas cognitivos adotam uma abordagem mais geral sobre os meandros da 
mente,e olham para além das preferências e vieses de cada disciplina, vendo a mente 
humana pela estrutura e entidade complexas que ela é. A pedagogia também adotou 
os estudos cognitivos para então levar o entendimento do processo educacional que 
se dá a partir do cérebro humano.
Ciência Cognitiva • 5/13
HISTÓRIA DA CIÊNCIA COGNITIVA
O homem tentou compreender sua própria mente desde o início dos tempos. 
Os primeiros escritores falaram de sabedoria, tolice e maravilha do pensamento. 
Os autores bíblicos discutiram sobre a sabedoria e o sábio, incluindo aspectos da 
educação, psicologia, filosofia, linguística e antropologia. Os primeiros pensadores 
gregos, entre os quais Platão e Aristóteles, tentaram explicar como o conhecimento 
humano funciona, ponderando sobre a mente e suas funções.
Quando a ciência da psicologia começou a se desenvolver nos anos de 1800, 
particularmente na psicologia experimental, os pesquisadores começaram a procurar 
características específicas que eram comuns à mente humana. Em busca de consistência 
e compreensão, a comunidade científica adotou a ideia do behaviorismo, um 
ponto de vista que tratava a mente humana como pouco mais que um conjunto de 
comportamentos programados, ocorrendo inteiramente como reações biológicas a 
estímulos. Em outras palavras, os behavioristas não viam este comportamento de forma 
muito diferente do comportamento de um cachorro ou de uma criatura unicelular. 
Eles viam humanos como apenas versões mais avançadas de “causa e efeito”, estímulo 
e resposta.
https://player.vimeo.com/video/683940972
Ciência Cognitiva • 6/13
Em tempos mais recentes, começando no início dos anos 1900, os cientistas 
começaram a projetar a ideia de que há muito mais para a mente humana do que 
respostas meramente programadas. Com a construção de modelos computacionais 
que simulavam os níveis do pensamento humano, os cientistas começaram a entender 
mais sobre o processo de raciocínio, tomando consciência da complexidade das 
operações que acontecem dentro da mente.
Com o entendimento das redes neurais – os caminhos dos sinais nervosos que 
produzem e suportam as operações de pensamento no cérebro, desenvolvidos nas 
décadas de 1980 e 1990 –, a complexidade da estrutura física do cérebro tornou-se 
mais evidente. Por meio de várias maneiras de tirar fotos do cérebro, os neurocientistas 
foram capazes de ver o sistema mudar, adaptando-se às experiências e tornando-se 
um sistema diferente no dia a dia. Todos os dias, suas experiências modificam a pessoa 
que você é, fazendo o remapeamento do seu cérebro.
Além disso, os cientistas começaram a lutar com a ampla gama de pensamentos 
humanos possíveis versus a faixa estreita de possibilidades ditadas pelas restrições 
de uma abordagem puramente genética (baseada nos componentes químicos que 
compõem o design do corpo humano) para a construção humana. Você é mais do 
que seus blocos de construção e mais do que a herança que seus pais lhe deram. 
Suas escolhas diárias fazem com que sua mente se adapte e evolua continuamente, 
fazendo com que você mude constante e dinamicamente.
O QUE PODEMOS FAZER COM CIÊNCIA COGNITIVA?
A Ciência Cognitiva pode ser usada para analisar, descrever, prever ou até mesmo 
corrigir, aumentar, e, se não, criar mentes. Algumas aplicações específicas são:
• Modelagem cognitiva: os modelos cognitivos podem analisar o comportamento 
intelectual em pequenas escalas de tempo; por exemplo, os efeitos das mensagens 
de texto ao dirigir;
• Interação humano-computador: a Ciência Cognitiva poderia levar a uma 
interação humano-computador mais efetiva e eficiente;
• Inteligência artificial: estudos da Ciência Cognitiva com a inteligência similar à 
humana exibida por mecanismos ou software;
Ciência Cognitiva • 7/13
• Robótica cognitiva: programação baseada em lógica para controle de robôs;
• Engenharia cognitiva para projetar ferramentas com um olho para 
nossas habilidades intelectuais (e, portanto, as restrições impostas a 
essa tecnologia): ferramentas cognitivas ergonomicamente projetadas devem 
“encaixar” nossas habilidades de absorver e processar.
Enfim, como podemos perceber, a Ciência Cognitiva é um largo campo de investigação 
que está em todos os tópicos em que a cognição é foco da discussão.
Saiba Mais
Conceitos Fundamentais
A Ciência Cognitiva ou a ciência da cognição é o estudo científico dos 
processos mentais.
Materiais Complementares
Quer saber mais sobre o que estudamos? Então, acesse o conteúdo 
dos links a seguir:
1. A Ciência Cognitiva: história, base psicológica, assunto, 
objetivos e métodos de investigação”. Disponível em: <https://bit.
ly/3ac9af9>. 
2. Ciência da computação e ciência cognitiva: um paralelo de 
semelhanças. Disponível em: <https://bit.ly/51afs94>
http://pt.nextews.com/502c29d8/
http://pt.nextews.com/502c29d8/
https://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/637
Ciência Cognitiva • 8/13
EM RESUMO
O objetivo da Ciência Cognitiva é compreender a estrutura e o funcionamento da 
mente humana. Para isso, ela recorre a uma variedade de abordagens que vão 
desde o debate filosófico, da inteligência artificial, da robótica cognitiva até a 
criação de modelos computacionais para interação humana. Segundo Saracevic 
(1996), a ciência cognitiva é um dos mais novos estudos interdisciplinares, cujos 
conceitos e modelos vêm sendo utilizados por estudiosos de diversos campos. É 
importante notar que, ao estudar a ciência cognitiva, deparamo-nos com a Ciência da 
Informação em paralelo. Isso ocorre, pois esta última tem por objetivo a informação, 
a qual atenderá os indivíduos interessados.
Ciência Cognitiva • 9/13
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
Gardner, H. (1996). A nova ciência da mente: uma história da revolução cognitiva. São 
Paulo: EDUSP.
Mey, M. (1992). The cognitive paradgigm: an integrated understanding of scientific 
development. Chicago: University of Chicago.
Saracevic, T. (1996). Ciência da informação: origem, evolução, relações. Perspectivas 
em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v.1, n.1, p.41-62, jan./jun.
Watson, R. (2010). Future minds: how the digital age is changing our minds, why this 
matters, and what we can do about it. London/Boston: Nicholas Brealey Publishing.
https://player.vimeo.com/video/683941417
Indústria 4.0 e a Internet das Coisas (IoT) • 13/13
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Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Future Minds: How the Digital Age is Changing Our Minds, 
Why this Matters, and What We Can Do About It
Richard Watson
Nicholas Brealey Publishing © 2010
Neurociência educacional
Neurociência educacional • 2/15
Objetivos de aprendizagem
• Conhecer a neurociência educacional;
• Refletir sobre os avanços da neurociência e da tecnologia educacional.
Neurociência educacional
Conteúdo organizado por Deborah Costa do livro Future Minds: How the Digital 
Age is Changing Our Minds, Why this Matters, and What We Can Do About It, 
publicado em 2010 por Nicholas Brealey. Atualizado em 2022.
https://player.vimeo.com/video/683940671
Neurociência educacional • 3/15
Introdução 
A neurociência educacional, área que estuda mente, cérebro e educação, é um esforço 
multifacetado e interdisciplinar para preencher a lacuna entre a neurociência e o 
setor educacional. Pesquisadores em educação, neurociência, psicologia, genética, 
tecnologia e outras disciplinas de relevância para a educação estão começando a 
trabalhar juntos para que todos os aspectos do ensino e da aprendizagem sejam 
abordados de maneira integrada.
Você já ouviu falar de neuroeducação? A neuroeducação considera processos 
cognitivos e emocionais na busca de melhores métodos de ensino e currículo. Ela 
considera doenças neurológicas que afetam a aprendizagem, tais como:
• Dislexia
• Gagueira
• Depressão
• Retardo mental, etc.
A neuroeducação impacta positivamente a prática educacional, instrumentalizando-a 
para ser possível ensinar melhore também aprender melhor, o que significa maior 
qualidade na instituição escolar. ‘Segundo Atherton (2005), a neuroeducação 
influencia a prática educacional de formas variadas, desde a educação no sentido de 
cima para baixo, em neurociência cognitiva. Essa didática influencia as escolas de pós-
graduação na área da educação. Já no sentido oposto, ou seja, de baixo para cima, a 
neuroeducação será influenciada pela atuação dos professores da educação básica. 
Administrativamente, a esta ciência será afetada pelo esforço de uma Pedagogia 
com base científica e pela busca de políticas eficazes por parte dos administradores. 
E, externamente, a ela será também fomentada pela adesão da neurociência nos 
currículos de ciências da educação básica.
A neurociência educacional enfrenta o desafio significativo de influenciar práticas 
dentro do contexto escolar, uma situação bem diferente daquela que ocorre em 
laboratório. Educadores colaboram com pesquisadores para testar ideias baseadas 
em descobertas cujas pesquisas são realizadas em suas próprias salas de aula e, muitas 
vezes, em um grande ensaio com muitos participantes. Uma parte fundamental do 
processo é comunicar os resultados a um público amplo, compartilhando o que foi 
aprendido com o maior número de professores possível.
Neurociência educacional • 4/15
É uma disciplina relativamente nova, que ainda está em desenvolvimento. Seus 
proponentes defendem o uso das tecnologias mais sofisticadas para descobrir sobre 
o cérebro e o aprendizado e garantir que todos tenham a melhor chance possível 
de aprender. Com o tempo, a neurociência educacional fornecerá ferramentas para 
educadores e alunos por meio de pesquisas cuidadosamente planejadas e bem 
pensadas.
Não há dúvidas de que, com os avanços da neurociência e da tecnologia educacional, 
o aprendizado dos alunos foi elevado a um novo nível.
Em vez de um modelo de aprendizado padrão, agora há uma fluidez na maneira como 
os educadores podem fornecer conteúdo, interagir com os alunos, receber feedback 
e modificar sua abordagem de ensino. Hoje, sabemos que aspectos como os citados 
a seguir são fundamentais nos trâmites educativos:
• Memória
• Atenção
• Emoção
• Motivação
• Estímulo
Além disso, atualmente os alunos têm acesso às experiências de e-learning 
continuamente, já que está mais do que comprovado por pesquisas como o cérebro 
funciona em resposta a essas ferramentas tecnológicas.
Neurociência educacional • 5/15
Com esses avanços na sala de aula, o aprendizado mudou para sempre em muitos 
aspectos, tais como os três citados a seguir:
1. Aprendizagem orientada por dados
Nós todos aprendemos de forma diferente. A tecnologia de aprendizado adaptável usa 
algoritmos para acompanhar o desempenho dos alunos e modificar a apresentação do 
material com base nesse rastreamento. Constrói-se com base no entendimento de que 
todos aprendemos de forma diferente. Analisando as tendências do comportamento 
on-line, adapta-se à maneira como o e-learning é fornecido para melhor atender às 
necessidades individuais. Esta abordagem adaptativa beneficia todo o ecossistema 
educacional, do estudante ao facilitador, ajudando a entregar:
• Aprendizagem personalizada: combinando dados, análises e o que há de 
mais recente em neurociência e pedagogia para personalizar o e-learning e a 
avaliação;
• Ensino automatizado: reduzindo o tempo em aula e tornando o aprendizado 
mais escalável, acessível e transparente;
https://player.vimeo.com/video/683940255
Neurociência educacional • 6/15
• Relações mais próximas aluno-professor: fazendo com que os alunos possam 
dominar o conteúdo em seu próprio tempo, e os educadores possam assumir as 
funções de facilitador e líder.
Hoje, é possível tratar ainda que um grande volume de alunos, um a um, direcionando 
cada demanda de acordo com sua particularidade. Dessa forma, enquanto um 
estudante precisa de maior apoio em uma disciplina, o outro segue em condições de 
ser melhor orientado em outra disciplina.
2. A carga cognitiva externa é reduzida
A carga cognitiva externa é o esforço mental que usamos quando tentamos bloquear 
as distrações externas. Todos nós temos limites quanto à quantidade de informação 
que podemos ter em mente. Qualquer coisa que possamos fazer para minimizar a 
sobrecarga em nosso pensamento – como reduzir distrações – nos ajudará a gerenciar 
essas restrições.
Pode impactar nosso pensamento crítico e recordação de memória – e não para 
melhor. Designers de aprendizado entendem isso intensamente e aplicam uma série 
de técnicas de design para eliminar a carga cognitiva do e-learning, como:
• Integração perfeita: traz todos os recursos de aprendizado para uma experiência 
on-line fluida, sem distrações externas;
• Aprendizagem mista: combina elementos como texto digital, mídia e avaliação 
em experiências coesivas e imersivas;
• Aprendizagem espaçada: entrega conteúdo em segmentos modulares e 
encenados que são simples de absorver e gerenciar;
• Prompts, dicas e destaques incorporados: mantêm os alunos no caminho 
certo, engajados e os alivia do fardo de pensar sobre se estão ou não no caminho 
certo;
• Atividades interativas e desafios: ajudam os alunos a absorver conceitos-
chave e aplicar o pensamento crítico sem quebrar a concentração.
Com a remoção de distrações externas, o aprendizado ocorre mais facilmente, os 
resultados melhoram e os alunos permanecem engajados. Ele também ajuda a suportar 
um modelo de sala de aula invertido, que é fundamental para a abordagem de design.
Neurociência educacional • 7/15
3. Aprender torna-se divertido e social
Sabemos que a motivação, o estímulo, a interação podem ser fontes que aproximam 
o indivíduo mais facilmente da aprendizagem. Quando pertencemos a um grupo, 
o cérebro responde liberando dopamina, o que ajuda na retenção da memória e 
motiva a agir. Diante disso, as tecnologias educacionais que promovem a interação 
social podem aumentar significativamente essa retenção e o desempenho dos alunos. 
Por exemplo, a gamificação ajuda a manter o aprendizado divertido, social e fácil de 
absorver.
Jogos com recursos como recompensas, conselhos e feedback aumentam a motivação. 
Se os alunos estiverem motivados, é provável que eles permaneçam em uma tarefa 
ou pratiquem uma habilidade por mais tempo.
Esse tipo de aprendizado imersivo também alimenta a ciência da plasticidade cerebral. 
Ao oferecer experiências EdTech, education technology ou tecnologias educacionais 
mais ricas e interativas que estimulam todo o sistema nervoso sensorial e permitem 
muitos desafios e oportunidades para a prática, estudantes de qualquer idade podem 
desenvolver sua neuroplasticidade por meio de uma diversidade de experiências 
aprendidas.
Elementos emocionais estão presentes no processo de aprendizagem. O acolhimento 
do grupo, o sentir-se parte importante também de uma comunidade acadêmica 
agregam valores e estimulam o ato de estudar.
A neurociência e a tecnologia educacional não apenas reformularam a forma 
como o aprendizado é fornecido, mas também revolucionaram a maneira como 
pensamos sobre a educação como um todo.
O aprendizado é transformado em um processo altamente personalizado, que é 
profundamente investido não apenas na obtenção de resultados, mas na construção 
de mentes mais fortes e de caminhos neurais mais expansivos.
Os educadores podem adotar uma abordagem dinâmica e orientada por dados que 
desafie os alunos a pensar criticamente, a resolver socialmente e a diversificar como 
ocorre o aprendizado.
Neurociência educacional • 8/15
Saiba Mais
Conceitos fundamentais
Entenda mais sobre o conceito de plasticidade cerebral.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=DcjqJ6GJWGg>. 
Materiais complementares
Quer saber mais sobre o que estudamos? Então, acesse o conteúdo 
dos links a seguir:
1. “Emergência da Neuroeducação: a hora e a vez da 
neurociência para agregar valor à pesquisa educacional”. 
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-58212010000100016>. 
2. “Neurociência na Educação”. Disponível em: <https://nead.ucs.br/
pos_graduacao/Members/419745-30/artigo%20neurociencias%20
e%20educacao.pdf>.
3. “A importância da neurociência na educação”. Disponível em: 
<https://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com/2012/04/
importancia-da-neurociencia-na-educacao.html>. 
https://www.youtube.com/watch?v=DcjqJ6GJWGg
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-58212010000100016
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-58212010000100016
https://nead.ucs.br/pos_graduacao/Members/419745-30/artigo%20neurociencias%20e%20educacao.pdf
https://nead.ucs.br/pos_graduacao/Members/419745-30/artigo%20neurociencias%20e%20educacao.pdf
https://nead.ucs.br/pos_graduacao/Members/419745-30/artigo%20neurociencias%20e%20educacao.pdf
https://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com/2012/04/importancia-da-neurociencia-na-educacao.html
https://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com/2012/04/importancia-da-neurociencia-na-educacao.html
Neurociência educacional • 9/15
EM RESUMO
É importante destacar que os avanços e as descobertas na área da neurociência ligada 
ao processo de aprendizagem alcançaram uma revolução no meio educacional. A 
neurociência da aprendizagem, em termos gerais, é o estudo de como o cérebro 
aprende, é o entendimento de como as redes neurais são estabelecidas no momento 
da aprendizagem. Entender que os indivíduos aprendem de maneiras diferentes 
faz com que educadores modifiquem sua abordagem de ensino e a maneira como 
oferecem os conteúdos e informações aos alunos.
A neuroeducação ganha relevância por agregar o entendimento das limitações de 
aprendizagem impostas por problemas mentais que possam interferir no desempenho 
dos estudantes no contexto de ensino.
Neurociência educacional • 10/15
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/683950004
Neurociência educacional • 11/15
Referências Bibliográficas
Atherton, M. (2005). Applying a neuroscience to educational research: can cognitive 
neuroscience bridges the gap? Part 1.
Watson, R. (2010). Future minds: how the digital age is changing our minds, why this 
matters, and what we can do about it. London/Boston: Nicholas Brealey Publishing.
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Indústria 4.0 e a Internet das Coisas (IoT) • 15/15
Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Future Minds: How the Digital Age is Changing Our Minds, 
Why this Matters, and What We Can Do About It
Richard Watson
Nicholas Brealey Publishing © 2010
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO SOB 
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O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO SOB O IMPACTO TECNOLÓGICO • 2/13
Objetivos de Aprendizagem
• Discutir o impacto da tecnologia no desenvolvimento cognitivo;
• Entender a influência das tecnologias no cérebro.
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO SOB O IMPACTO 
TECNOLÓGICO
Conteúdo organizado por Deborah Costa do livro Future Minds: How the Digital 
Age is Changing Our Minds, Why this Matters, and What We Can Do About It, 
publicado em 2010 por Nicholas Brealey. Atualizado em 2022.
https://player.vimeo.com/video/683939947
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO SOB O IMPACTO TECNOLÓGICO • 3/13
TECNOLOGIA E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
Tratar sobre o desenvolvimento cognitivo a partir do apoio e uso de tecnologias 
em tempos atuais, abre-nos um leque de possibilidades. Podemos tratar do tema, 
subdividindo-o em diferentes faixas etárias, como por exemplo, considerar estudantes 
na fase infantil, alunos em estágio de vida mais avançado como os da terceira idade, 
ou então, tratar sobre adultos em situação de estudo.
GAMES E EDUCAÇÃO
Um dos itens tecnológicos hoje presentes no espaço das instituições escolares é, 
sem dúvidas, os games. Em razão do aumento gradativo e da difusão do uso de 
dispositivos móveis - ligados ou não à internet - pela sociedade atual globalizada e 
conectada, observamos a expansão de diversos softwares ou aplicativos de games 
para fins educativos (Souza, 2017, p. 3). No passado, os games eram aliados da 
aprendizagem, porém sem respaldo de um computador ou dispositivo eletrônico. 
Hoje, sob um contexto on-line os games dos mais variados tipos adentram o cenário 
da vida humana, produzindo ganhos intelectuais quando bem encaminhados sob a 
perspectiva de ensino.
Algumas pesquisas nos campos da educação e da neurociência apontam que o uso 
de jogos é uma boa prática pedagógica, uma vez que estes promovem motivação e 
diversão. Hoje, os jogos passaram a ser muito úteis ao desenvolvimento intelectual 
das pessoas.
Logo, essa prática potencializa o desenvolvimento de estratégias, do raciocínio e 
da resolução de problemas. “Nesse novo cenário educacional [...], em que novas 
metodologias são fundamentais para um ensino significativo e de qualidade, 
encontramos diversos docentes que utilizam games em suas salas de aula como 
ferramenta mediadora de conteúdos escolares” (Souza, 2017, p. 3). Ao permitir que 
os envolvidos ( jogadores) desenvolvam raciocínios diversos, visualizem diferentes 
possibilidades, e a partir disso, ativem competências necessárias às práticas cotidianas 
e profissionais, os games passaram a ocupar um lugar de destaque no campo 
pedagógico.
Bons jogos/games apresentam variados princípios que podemos categorizar em três 
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO SOB O IMPACTO TECNOLÓGICO • 4/13
grandes áreas:
1. Aprendizagem autônoma e pensamento independente;
2. Aprendizagem a partir de resolução de problemas; e
3. Autoconfiança em aprender.
Em geral, a situação dos games impõe desafios e conflitos aos participantes de forma 
de forma que, a partir de suas habilidades, superam barreiras e avançam na plataforma, 
obtendo benefícios baseados em decisões e escolhas. Os games, quando utilizados 
com objetivo pedagógico e como complementação dos conteúdos escolares, 
“podem estimular a criação de estratégias que serão construídas para que se tornem 
habilidades ou competências, na relação ensino-aprendizagem e professor-aluno” 
(Souza, 2017, p. 4).
De forma racional, o aluno depende de sua percepção, sensibilidade e visão ampla 
para criar no game condições favoráveis a si mesmo, em detrimento dos demais que 
podem fazer parte de um espaço colaborativo, porém deverão ser vencidos até o 
final da partida. Dessa forma, com base no entretenimento, estímulos positivos são 
despertados no cérebro a partir das propostas gamificadas. Algumas habilidades a 
serem vivenciadas em jogos são:
• combinações de práticas
• colaboração
• disputa
• permutações
• manobras estratégicas
Dessa forma, cada movimentação e interação sob o contexto de jogos possibilitam 
estudos diversos sobre:
• Posições a serem obtidas
• Planejamento
• Cenários futuros
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO SOB O IMPACTO TECNOLÓGICO • 5/13
Em geral, os jogos estimulam a conquista de vantagens sob regras pré-definidas que 
devem ser conhecidas e respeitadas. A depender do tipo de jogo, as informações 
podem ou não ser compartilhadas entre os envolvidos.
Considerando que os brasileiros consomem e aprovam os jogos eletrônicos, sua 
adesão ao campo educacional não teve resistência. A criatividade, a interatividade 
proporcionada pelos jogos motivam equipes à participação, funcionando muito 
bem a favor da aprendizagem e capacitação. O jogo concede a oportunidade de 
errar e aprender sob um ambiente fictício, condição essa que a vida real nem sempre 
permite. Assim, o jogo é um espaço seguro ainda que tenha a proposta de riscos aos 
jogadores que têm a chance de se preparar para diferentes contextos dinâmicos.
O perfil da equipe de jogadores, as características do jogo dão o tom do desempenho 
sob o olhar dos objetivos do jogo.
Sob o aspecto emocional e comportamental que os games trazem aos estudantes, 
destacam-se:
https://player.vimeo.com/video/683939660
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO SOB O IMPACTO TECNOLÓGICO• 6/13
• Afetividade
• Cordialidade
• Confiabilidade
• Empatia
Assim, salvar o parceiro do jogo, mas ao mesmo tempo elaborar jogadas complexas 
e desafiadoras mediante obstáculos, faz parte do contexto dos games a favor da 
aprendizagem.
IMPACTOS DO USO DE TECNOLOGIAS MODERNAS
É importante lembrar que muitas tecnologias modernas, quando não utilizadas 
segundo objetivos pedagógicos assertivos e empregadas de forma desequilibrada, 
podem trazer prejuízos ao desenvolvimento cognitivo. Uma vez que o impacto da 
tecnologia se dá a nível neural, as estruturas e redes do cérebro mudam fisicamente 
como resultado de sua interação a certos estímulos repetitivos e constantes.
Neurocientistas e psicólogos cognitivos estudam, atualmente como as tecnologias 
que usamos estão realmente nos moldando. Estudos mostram que a interação com 
novas tecnologias digitais, como a internet e os videogames, afeta os padrões de 
processamento de nossos cérebros.
A criança em desenvolvimento, por exemplo, requer a combinação de diversas 
experiências emocionais, sociais, cognitivas e físicas nos momentos certos para 
se desenvolver de forma otimizada. Isso não pode acontecer se a criança estiver 
constantemente exposta passivamente aos sistemas tecnológicos como computadores 
e celulares.
Os impactos negativos na tecnologia que devem ser observados são:
• Distração excessiva
• Dificuldade de foco e atenção
• Capacidade de concentração e raciocínio comprometida
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO SOB O IMPACTO TECNOLÓGICO • 7/13
A multitarefa é um dos maiores efeitos negativos da tecnologia. A necessidade de 
atuar mediante várias telas, mediante uma variedade de propósitos e tarefas, afeta 
a capacidade de aprender, raciocinar e recordar, já que a concentração em variadas 
atividades ao mesmo tempo prejudica o registro da memória e sua recuperação.
Outra grande preocupação do uso intensivo e indiscriminado das tecnologias está 
no fato de as pessoas as utilizarem sem objetivo de aprimoramento ou criação, mas 
apenas para consumo. Somos mais consumidores passivos do que produtores ativos 
de tecnologias. Na escola, podemos incentivar os alunos a produzirem e criarem seus 
games ou aplicativos em vez de apenas utilizarem-nos de forma pronta e casual.
Saiba Mais
Materiais complementares
Quer saber mais sobre o que estudamos? Então acesse o conteúdo 
dos links a seguir:
1. “Educação, neurociências e tecnologias: os games como uma 
metodologia”. Disponível em: <http://www.periodicos.letras.ufmg.
br/index.php/anais_linguagem_tecnologia/article/view/12172>.
2. “The benefits of playing video games”. Disponível em: 
<https://www.apa.org/pubs/journals/releases/amp-a0034857.
pdf>. 
https://www.apa.org/pubs/journals/releases/amp-a0034857.pdf
https://www.apa.org/pubs/journals/releases/amp-a0034857.pdf
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO SOB O IMPACTO TECNOLÓGICO • 8/13
EM RESUMO
É indiscutível o fato de que os recursos digitais são ricas ferramentas para o aprendizado 
humano. Os games interativos são provas dessa constatação já que podem ser utilizados 
como metodologias atrativas aos estudantes e por que não dizer mais, efetivas para 
a mediação de conteúdos escolares. Porém, devemos também lembrar que quando 
utilizados sem objetivos pedagógicos e de maneira descontrolada e excessiva, os 
recursos digitais podem afetar os padrões de processamento e de desenvolvimento 
do cérebro humano, em especial o de crianças e adolescentes.
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO SOB O IMPACTO TECNOLÓGICO • 9/13
Referências Bibliográficas
Souza, W. M. de. (2017). Educação, neurociências e tecnologias: os games como uma 
metodologia. XIV EVIDOSOL/XI CILTEC-on-line, Anais... jun.. Disponível em: <https://
bit.ly/19f4q>. Acesso em: 09 fev. 2022.
Watson, R. (2010) Future minds: how the digital age is changing our minds, why this 
matters, and what we can do about it. London/Boston: Nicholas Brealey Publishing.
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/683940188
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Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Future Minds: How the Digital Age is Changing Our Minds, 
Why this Matters, and What We Can Do About It
Richard Watson
Nicholas Brealey Publishing © 2010
A MENTE HUMANA E A ERA DIGITAL DA 
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
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A MENTE HUMANA E A ERA DIGITAL DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO • 2/12
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer como a era digital têm alterado nossas capacidades cognitivas.
• Entender o impacto tecnológico na vida dos indivíduos que se tornam 
digitais
A MENTE HUMANA E A ERA DIGITAL DA SOCIEDADE DA 
INFORMAÇÃO
Conteúdo organizado por Deborah Costa do livro Future Minds: How the Digital 
Age is Changing Our Minds, Why this Matters, and What We Can Do About It, 
publicado em 2010 por Nicholas Brealey. Atualizado em 2022.
https://player.vimeo.com/video/683939272
A MENTE HUMANA E A ERA DIGITAL DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO • 3/12
Introdução 
Cada vez mais, fazemos uso dos aplicativos móveis, das redes sociais, das mensagens de 
texto e e-mail eletrônicos para a comunicação de todos os tipos, seja ela profissional ou 
pessoal. Temos centenas de “amigos” on-line, admiradores e seguidores que acionam 
os “likes” ou curtem nossas postagens, embora não os conheçamos pessoalmente. 
Hoje, ter informação sobre alguém não depende de um diálogo ou de uma interação 
presencial, antes configura-se a partir de uma simples procura no Google ou em redes 
sociais.
Assim, a onipresença tecnológica na vida dos indivíduos proveniente da 
avalanche eletrônica resulta em mudanças significativas nas atitudes e no 
comportamento humanos. A preferência por relacionamentos via celular, a escolha 
de cursos on-line, por exemplo, são bons exemplos dessa mudança.
Vivemos em meio à sociedade da informação que segundo Takahashi (2000), é 
resultante da convergência da base tecnológica que possibilitou a representação da 
informação em forma digital sob a dinâmica da internet.
Para sua reflexão, propomos a seguinte questão: uma pesquisa aparentemente simples 
e inocente via celular ou uma busca no Google pode realmente mudar a forma como 
as pessoas pensam e agem? Cientistas que estudam a fisiologia do cérebro tentam 
responder tal pergunta, exatamente porque acredita-se que a era digital pode ser 
capaz de mudar nossos cérebros.
A neurociência descobriu por meio de experimentos que o cérebro humano é 
“plástico”, pois responde a qualquer novo estímulo ou experiência. Assim, o 
pensamento se adapta às ferramentas que escolhemos usar no dia a dia. Estamos tão 
intensamente conectados nas redes digitais que nosso cérebro desenvolveu uma 
cultura de resposta rápida. Atualmente, estamos ocupados com as conexões a ponto 
de não nos restar tempo para pensar adequadamente sobre o que fazemos. O impulso 
reativo é imediatista e automático. Desse modo, preocupamo-nos se algo pode ser 
feito, mas não consideramos se devemos ou não fazer. O objetivo é concluir o mais 
breve possível o nosso desejo.
A MENTE HUMANA E A ERA DIGITAL DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO • 4/12
É importante observar os efeitos negativos do abuso do uso dos meios eletrônicos 
em nossas vidas, em especial quando tratamos do público infantil. Quando as crianças 
fazem algo de que gostam, como entreter-se com um jogo eletrônico, o cérebro recebe 
uma explosão de dopamina no córtex pré-frontal. Entretanto, se muita dopamina é 
produzida – se elas brincam com muita frequência – as partes do córtex pré-frontal 
associadas ao raciocínio podem ser comprometidas.
Assim, observamos que os dispositivos digitais têm nos transformado em uma 
sociedade de cérebros dispersos. Alguns podem questionar: se as informações 
podem ser obtidas a partir de poucos cliques de um mouse ou dos toques na 
tela de um smartphone, por que se preocupar em aprender alguma coisa em 
uma instituição escolar?A educação é colocada em xeque sob o contexto dessa 
nova realidade?
Pense, também, na seguinte situação: a leitura da tela de um computador é uma prática 
rápida para busca de informações. A leitura no papel, ainda que possa instigar melhor a 
reflexão, possui menos adeptos. Ainda assim, as múltiplas formas de leitura são capazes 
de conviver lado a lado. Mas, qual seria o perigo de tal prática de leitura digital? 
Como os livros digitais estão se tornando, instantaneamente, disponíveis e baratos, há 
o perigo de começarmos a vê-los como apenas mais um produto descartável, algo a 
ser consumido rapidamente e jogado fora. Se por outro lado, mantivermos as palavras 
digitais e descartarmos os livros físicos, perderemos algo de grande significado, pois 
os livros físicos envolvem nossos sentidos de maneiras que os artefatos digitais não 
fazem. Ler um livro físico é uma experiência tátil que proporciona uma sensação de 
progressão. Em meio a tal contexto, o ideal é motivar as duas práticas: de leitura digital 
e física.
Outra consequência do mundo digital na vida dos indivíduos é a escassez de 
atenção, bem como relacionamentos atomizados. Estamos conectados globalmente, 
mas nossos relacionamentos locais movem-se mais frágeis e efêmeros. Corremos o 
risco de desenvolver uma sociedade globalmente conectada e colaborativa, mas ao 
mesmo tempo impaciente, isolada e desconectada da realidade? Será que estamos 
produzindo uma sociedade de muitas respostas prontas, mas de poucas perguntas 
assertivas? Estamos formando uma sociedade composta por indivíduos incapazes de 
pensar sozinhos no mundo real?
A MENTE HUMANA E A ERA DIGITAL DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO • 5/12
Os nossos pensamentos profundos estão associados à criação de novas ideias, 
movendo o mundo na direção do progresso. Esse é o tipo de pensamento inerente 
ao planejamento estratégico, à descoberta científica e à invenção artística. O pensar 
rigoroso, focado, deliberado, ponderado, independente, original, imaginativo, 
amplo, calmo, relaxado, atencioso, contemplativo e reflexivo produz um fluxo 
de informações importantes que podemos chamar de “fluxo lento”.
Uma reflexão intensa precisa ser avaliada com calma, em um ambiente sem interrupções, 
longe do caos da multitarefa. A qualidade do nosso pensamento em meio a uma 
vida acelerada, sem pausa ou descanso é prejudicada. A vida moderna está, de fato, 
mudando a qualidade do nosso pensamento, mas, talvez, só teremos clareza acerca 
dessa realidade quando tomamos distância dos fatos – e então, conseguimos perceber 
o quanto o silêncio é produtivo para tantas atividades, como por exemplo, a leitura e 
atenção a um livro.
Você pode até acreditar que esses detalhes não impactam na saúde mental dos seres 
humanos, mas a verdade é que impactam diretamente. A revolução do conhecimento 
substituiu a força humana pelo cérebro humano como a principal ferramenta da 
produção econômica. Caso este esteja saturado, exausto por pertencer a um indivíduo 
que não dá atenção ao descanso mental, sua resposta produtiva é comprometida.
O capital intelectual – o produto das mentes humanas é agora o que mais importa. 
Nossas mentes competem com máquinas inteligentes criadas pelo próprio homem. 
As máquinas tornam-se cada vez mais hábeis em mesclar conhecimento armazenado 
com padrões de comportamento humano. Assim, transpomos um mundo onde as 
pessoas são pagas para acumular e distribuir informações fixas e estáticas para uma 
economia de inovação fluida, ou seja, um lugar em que elas são recompensadas por 
serem pensadoras criativas.
A MENTE HUMANA E A ERA DIGITAL DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO • 6/12
Como devemos, como indivíduos e organizações, lidar com nosso modo de pensar em 
mudança? Como podemos valer-nos o potencial da era digital enquanto minimizamos 
suas desvantagens?
Precisamos ir além ao analisarmos sobre tais questões. Como isso é possível? 
Desacelerando o modo automático de nossa rotina de vida para dedicarmos maior 
foco ao que realmente se faz importante. É necessário parar de confundir movimento 
com progresso e fugir da ideia de que toda comunicação e tomada de decisão 
precisam ser feitas instantaneamente.
Muitas vezes, temos o sentimento de que o próprio tempo está sendo comprimido. 
Ter alguns minutos ou horas para pensar ou escrever, sem interrupções, é um luxo 
para muitos, principalmente em meio ao uso ininterrupto da tecnologia.
Atualmente, o consumo diário de informações de uma pessoa é 300% maior do 
que cinco décadas atrás. Podemos ler jornais e sites de todo o mundo, a qualquer 
momento e lugar, podemos nos comunicar com autores, com influenciadores. É uma 
oportunidade de liberar o extraordinário potencial criativo da mente humana.
Capital intelectual é o conjunto de conhecimentos e informações, ou seja, a soma do 
capital humano e o capital estrutural. Pode ser definido como sendo a inteligência, a 
habilidade e os conhecimentos humanos.
https://player.vimeo.com/video/683938900
A MENTE HUMANA E A ERA DIGITAL DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO • 7/12
Saiba Mais
Conceitos Fundamentais: 
Capital intelectual Capital intelectual é o conjunto de conhecimentos 
e informações, ou seja, a soma do capital humano e o capital estrutural. 
Pode ser definido como sendo a inteligência, a habilidade e os 
conhecimentos humanos.
Materiais Complementares: 
1. O corpo, o desenvolvimento humano e as tecnologias. 
Disponível em: <https://www.scielo.br/j/motriz/a/8Z76SJhZLT8Jjvk
ZDVHLvZK/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 06 fev. 2022. 
2. Impactos das mídias digitais e o fazer humano: em foco a 
memória. Disponível em: <https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.
php/biblio/article/view/25588>. Acesso em: 10 jul. 2017. 
EM RESUMO
É fato que a cultura digital e a inundação eletrônica resultam em mudanças 
significativas nas atitudes e no comportamento das pessoas, já que impactam 
a mente humana. Diante desse contexto, precisamos refletir sobre os aspectos 
positivos e negativos dessa realidade, aproveitando o que ela traz de oportunidades 
e minimizando os seus pontos fracos. Assim, não podemos deixar de refletir se 
desenvolvemos uma sociedade conectada, no entanto isolada e fria.
https://www.scielo.br/j/motriz/a/8Z76SJhZLT8JjvkZDVHLvZK/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/motriz/a/8Z76SJhZLT8JjvkZDVHLvZK/?format=pdf&lang=pt
https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/biblio/article/view/25588
https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/biblio/article/view/25588
A MENTE HUMANA E A ERA DIGITAL DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO • 8/12
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
Takahashi, T .org (2000). Sociedade de informação no Brasil: Livro Verde. Brasília: 
MCT.
Watson, R. (2010) Future minds: How the Digital Age is Changing Our Minds, Why 
this Matters, and What We Can Do About It. Nicholas Brealey Publishing.
https://player.vimeo.com/video/683939606
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Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Future Minds: How the Digital Age is Changing Our Minds, 
Why this Matters, and What We Can Do About It
Richard Watson
Nicholas Brealey Publishing © 2010
Screenagers
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Objetivos de Aprendizagem
• Entender sobre a geração screenagers.
• Compreender como os screenagers pensam.
• Refletir sobre como as atividades on-line influenciam a vida dos screenagers.
Screenagers
Conteúdo organizado por Deborah Costa do livro Future Minds: How the Digital 
Age is Changing Our Minds, Why this Matters, and What We Can Do About It, 
publicado em 2010 por Nicholas Brealey. Atualizado em 2022.
https://player.vimeo.com/video/683938512
Screenagers • 3/16
Introdução 
Observe por um minuto adolescentes em seu habitat natural e verá que eles vivem 
em frente a uma tela digital. Há grandes chances de que eles não estejam falando, mas 
tocando ou digitando em um teclado.Eles parecem estar com pressa e, suspeita-se, 
que eles não estão totalmente concentrados, mas sim esperando, como é indubitável, 
que algum novo bit ou byte de informação pisque na tela de seu aparelho celular ou 
computador.
Os adolescentes de hoje são descritos como “screenagers”, um termo popularizado 
para descrever o ato de ler na tela. Eles são acordados por um alarme em um celular 
e checam as últimas mensagens no mesmo aparelho, muitas vezes antes de saírem 
da cama. Eles vão à escola ou trabalham em um veículo que apresenta informações 
baseadas na tela ou em um sistema de entretenimento, e passam a maior parte do 
dia interagindo com um tipo de tela ou outro similar. À noite, eles interagem com 
seus amigos através de telas e podem finalmente sentar para relaxar com a internet, 
geralmente em redes sociais.
Don Tapscott, autor de A Growing Up Digital, afirma que um estudante hoje em dia 
terá sido exposto a 30.000 horas de informação digital quando chegar aos 20 anos. 
Da mesma forma, o Relatório Kaiser que encaminhou uma pesquisa com pessoas de 
8 a 18 anos sobre seus hábitos de consumo de mídia descobriu que a quantidade 
total de tempo de lazer que as crianças americanas dedicam à mídia (a maioria delas 
baseada em tela e quase toda digital) é “quase o equivalente a um período integral”. 
Por outro lado, o consumo de mídia impressa, incluindo livros, está em declínio.
Dada a prevalência da cultura de tela entre adolescentes, temos que refletir sobre 
novos tipos de atitudes e comportamentos de pais, professores e empregadores a 
serem enfrentados.
Para Rushkoff (1999), a geração screenagers que nasceu na década de 80, que interage 
com os controles remotos, joysticks, mouse, Internet, pensam e aprendem de forma 
diferenciada.
Screenagers • 4/16
10 CARACTERÍSTICAS QUE DEMONSTRAM A FORMA DIFERENTE 
DE PENSAR DOS SCREENAGERS
• Os Screenagers preferem multitarefas, sequência em paralelo as experiências 
personalizadas, leem texto de maneira não linear e preferem imagens, vídeos, 
sons em lugar de palavras.
• Se eles precisam de informações, eles vão ao Google.
• A capacidade de criar, personalizar e distribuir informações facilmente está 
criando um foco maior no individualismo.
• Os Screenagers frequentemente usam dispositivos digitais para evitar confrontos 
e comprometimento pessoal.
• A virtualização está eliminando a necessidade de contato humano direto e isso 
tem gerado uma geração que prefere lidar com uma máquina do que com um 
ser humano.
• A geração de “resets” pensa que, se algo der errado, eles sempre poderão 
pressionar um botão e começar de novo.
• A geração digital exige ambientes carregados de sensores, resposta instantânea, 
bem como de elogios e recompensas frequentes.
• Os Screenagers vivem no agora e tudo deve acontecer de maneira instantânea.
• O cérebro de screenager é hiperalerta para múltiplos fluxos de informação, 
embora a atenção e a compreensão possam ser superficiais.
• O cérebro do screenager é ágil, mas, muitas vezes, ignora o contexto e a cultura 
mais amplos.
Screenagers • 5/16
ELES QUEREM E QUEREM AGORA
Os Screenagers têm o desejo de experiências personalizadas e uma preferência pela 
leitura de texto de forma não linear repleta de elementos gráficos e hyperlinks. Eles 
também querem velocidade e esperam que as coisas aconteçam rapidamente e, como 
resultado, não são muito pacientes. O conteúdo digital geralmente está disponível 
quase que imediatamente e essa mentalidade de gratificação digital instantânea é 
traduzida para o mundo não digital. Esse público também aprecia a gamificação.
Os Screenagers reúnem as principais características da modernidade considerada 
para Bauman (2005, 2001, 2000, 1998) como líquida. São elas:
• Desapego
• Provisoriedade
• Individualização
• Necessidade excessiva de tempo de liberdade
• Insegurança
Temos duas gerações consideradas nativas digitais: a geração Y e a Z, e os Screenagers 
compõem a geração Z.
A Geração Y refere-se à descrição dada aos jovens nascidos entre 1980 e 2000. 
Embora os indivíduos da Geração Net (ou Gens Net) sejam a última geração do século 
20, eles são considerados a primeira geração a crescer em uma cultura de Internet e 
um ambiente orientado multimídia.
Já a Geração Z, os nascidos entre 1990 e 2010, são muito familiarizados com a internet, 
compartilhamento de arquivos, telefones móveis, não apenas acessando a rede de 
suas casas, mas principalmente pelo celular, estando, assim, extremamente conectados, 
praticamente 24 horas.
https://www.significados.com.br/internet/
https://support.microsoft.com/pt-br/office/o-que-%C3%A9-compartilhamento-de-arquivos-5f24ac1e-f4e4-4f0a-bebf-f8404e4a13ac
https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialcelb/pagina_1.asp
https://conceitos.com/celular/
Screenagers • 6/16
Pessoas de 35 anos ou mais usam um celular para gerenciar o dia. Para os menores de 35 
anos, e especialmente os screenagers, um celular é um dispositivo de proximidade que 
permite remodelar o tempo e o espaço. Enquanto os telefones celulares substituem 
carteiras, relógios e despertadores (“olá, eu estou do lado de fora, você pode me 
deixar entrar?”), eles também permitem que as pessoas não se comprometam ou 
salvem o compromisso até o último segundo. Na era digital, é impossível chegar 
atrasado porque você simplesmente pode reagendar ou reprogramar. Compromissos 
são igualmente fluidos porque uma oportunidade melhor sempre pode aparecer, e 
isso tudo é feito no último minuto. Tem algum lugar para ir? Não há necessidade de 
um plano ou de um mapa; apenas faça isso em fuga.
https://player.vimeo.com/video/683938055
Screenagers • 7/16
A comunicação pessoal também está mudando. Quer terminar um relacionamento? 
Basta alterar o status do seu perfil no Facebook de “Em um relacionamento” para 
“solteiro”. Afinal, se você quisesse falar com a pessoa pessoalmente, você teria enviado 
um texto para ele (“eLoves me, eLoves me not”). Se você precisa se comunicar com 
alguém, geralmente é desnecessário vê-lo fisicamente. Estas são pessoas que não veem 
qualquer distinção entre amizades da vida real que envolvem falar ou olhar alguém 
nos olhos e virtuais, onde a comunicação é por e-mail ou mensagem de texto. O 
Facebook e o Twitter, assim como comunidades virtuais como o Second Life, também 
alimentam o desejo de ter certeza de que não estão sozinhos, então, os screeners 
usam esse tipo de site para verificar sua própria existência e se unir em um universo 
de amigos em constante mudança. cultura on-line.
Esse fluxo constante de informações nos permite, de fato, ter uma noção da vida de 
outras pessoas. Pequenos fragmentos de informação sobre qualquer coisa, mesmo 
que não faça sentido algum, embora sejam criados por conta própria, acabam por se 
transformar em um tipo de narrativa para eles. Os cientistas chamaram esse fenômeno 
de consciência ambiental ou intimidade ambiental. É semelhante ao fato de como 
você pode captar o humor de outra pessoa estando próximo a eles e decodificando 
os pequenos sinais que eles transmitem.
A vida em um mundo virtual também tem benefícios no mundo real. Na Universidade 
de Stanford, o Laboratório Virtual de Interação Humana (VHIL) existem pesquisas 
sobre como a autopercepção afeta o comportamento humano. Especificamente, o 
laboratório estuda como as atividades on-line influenciam a vida real. Uma de suas 
descobertas é que há uma influência significativa entre experiências virtuais e atitudes 
e comportamentos da vida real, em ambas as direções. Por exemplo, se você se tornar 
cada vez mais confiante em um mundo virtual, essa confiança se espalhará pelo mundo 
real.
No entanto, também podemos estar desenvolvendo uma nova geração que não 
tenha resiliência e que acredite que, quando as coisas dão errado, tudo o que precisa 
fazer é pressionar um botão e as coisas voltarão rapidamente ao início para outra 
tentativa. Em caso afirmativo, o que acontecerá quando aparecer algo difícil que eles 
não possam evitar, encaminharou excluir?
Estes exemplos podem não soar como mudanças gigantescas, mas o que começa como 
uma mudança comportamental tende a fluir para a mudança atitudinal, que, por sua 
Screenagers • 8/16
vez, transforma-se em mudança social. Essa geração administrará o mundo daqui 
a 10 ou 20 anos. Eles são a próxima onda de funcionários e, se você não estiver 
trabalhando com eles, estará em um futuro não muito distante. Você também pode 
querer saber a melhor maneira de lidar com eles como professor ou pai.
Os professores podem enfrentar um conflito de estilos de ensino e aprendizagem. 
Professores mais velhos geralmente ensinam face a face e procedem de forma lógica 
ou passo a passo. Em contraste, os estudantes mais jovens tendem a pular de uma 
ideia ou pensamento para outra e esperam, naturalmente, ambientes carregados de 
elementos sensoriais.
Eles também querem resultados instantâneos e recompensas frequentes, enquanto 
muitos professores consideram o aprendizado mais lento e sério e consideram que os 
alunos devem apenas ficar quietos e ouvir. Estamos com um clima bastante tempestuoso 
nas próximas décadas, à medida que as mentes analógicas dos professores e dos pais 
se colidem com as atitudes e comportamentos das mentes digitais. Como David Levy, 
o autor de Scrolling Forward, segundo comentários, pode haver um “conflito entre 
duas maneiras diferentes de trabalhar e dois entendimentos diferentes de como a 
tecnologia deve ser usada para apoiar esse trabalho”.
No mundo do trabalho, trata-se da mesma história, embora muitas dessas questões 
ainda não tenham aparecido nas organizações, porque só recentemente os screenagers 
começaram a trabalhar em período integral. A mudança demora mais para ser filtrada 
até os níveis mais altos das organizações. Enquanto isso, atrair jovens talentosos e 
conseguir retê-los será muito mais difícil, especialmente se a economia estiver 
saudável. Se aqueles da geração digital sentirem que não estão se desenvolvendo e 
progredindo rapidamente na escala corporativa, eles simplesmente sairão. A ideia de 
participar de um aprendizado no cerne de uma organização é uma questão conceitual 
e econômica. Leva tempo e precisa ser trabalhada, lapidada.
Screenagers • 9/16
Saiba Mais
Conceitos Fundamentais: 
• Screenager (screen: tela; teenager: adolescente): indivíduo que faz 
leituras na tela. Termo criado por Douglas Rushkoff’s, em 1997, no 
livro Playing the Future. Segundo ele, um Screenager é o adolescente 
que passa bastante tempo no computador. As atividades do 
Screenagersão: enviar e-mail e mensagens instantâneas, fazer 
downloads de músicas e vídeos, jogos online e navegar na Internet. 
A expressão é um trocadilho entre a palavra Teenager (adolescente 
em inglês) e Touchscreen (interface interativa de diversos aparelhos 
atuais);
• Geração Net (Y): refere-se à descrição dada aos jovens nascidos 
entre 1980 e 2000. Embora os indivíduos da Geração Net (ou Gens 
Net) sejam a última geração do século 20, eles são considerados 
a primeira geração a crescer em uma cultura de Internet e um 
ambiente orientado multimídia.
• Geração Z: As pessoas da Geração Z, nascidas entre 1990 e 2010, 
são conhecidas por serem nativas digitais, muito familiarizadas 
com a internet, compartilhamento de arquivos, telefones móveis, 
não apenas acessando a rede de suas casas, mas também pelo 
celular, estando assim, extremamente conectadas. Suas principais 
características são: compreensão da tecnologia; capacidade de 
exercer multitarefas; abertura social às tecnologias; velocidade e 
impaciência; interatividade.
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Materiais complementares
1- Don Tapscott on...What makes the ‘Net Generation’ think so 
differently. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_
continue=41&v=HMGBmml3Gyg>.
2- A Ciberconvivência dos Screenagers. Disponível em: <https://
redib.org/Record/oai_articulo1954329-a-ciberconvivencia-dos-
%E2%80%9Cscreenagers%E2%80%9D>.
3- Desafios da construção do conhecimento nas gerações Y e Z. 
Disponível em: <https://www.ce.senac.br/post_artigos/desafios-da-
construcao-do-conhecimento-nas-geracoes-y-e-z/>.
EM RESUMO
A interatividade e a interconectividade, favorecidas pelas tecnologias e cultura 
digitais, vêm contribuindo para a instauração de uma outra lógica que caracteriza 
um pensamento hipertextual o que leva à emergência de novas habilidades 
cognitivas, tais como a rapidez no processamento de informações imagéticas, 
disseminação mais ágil de ideias e dados e a multitarefa. Essas são características da 
geração dos screenagers.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=41&v=HMGBmml3Gyg
https://www.youtube.com/watch?time_continue=41&v=HMGBmml3Gyg
https://redib.org/Record/oai_articulo1954329-a-ciberconvivencia-dos-%E2%80%9Cscreenagers%E2%80%9D
https://redib.org/Record/oai_articulo1954329-a-ciberconvivencia-dos-%E2%80%9Cscreenagers%E2%80%9D
https://redib.org/Record/oai_articulo1954329-a-ciberconvivencia-dos-%E2%80%9Cscreenagers%E2%80%9D
https://www.ce.senac.br/post_artigos/desafios-da-construcao-do-conhecimento-nas-geracoes-y-e-z/
https://www.ce.senac.br/post_artigos/desafios-da-construcao-do-conhecimento-nas-geracoes-y-e-z/
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Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/683938434
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Referências Bibliográficas
Bauman, Z. (1998). O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Zahar.
Bauman, Z.(2000). Em busca da política. Rio de Janeiro: Zahar.
Bauman, Z. (2001). Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar.
Bauman, Z. (2005). Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Zahar.
Rushkoff, Douglas. (1999). Um jogo chamado futuro - Como a cultura dos garotos 
pode nos ensinar a sobreviver na era do caos. Rio de Janeiro: Revan.
Tapscott, D. (1998). Growing Up Digital: The Rise of the Net Generation. McGraw-Hill.
Watson, R. (2010). Future minds: how the digital age is changing our minds, why this 
matters, and what we can do about it. London/Boston: Nicholas Brealey Publishing.
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Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Future Minds: How the Digital Age is Changing Our Minds, 
Why this Matters, and What We Can Do About It
Richard Watson
Nicholas Brealey Publishing © 2010
A GERAÇÃO SCREENAGER SOB A ERA 
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A GERAÇÃO SCREENAGER SOB A ERA ELETRÔNICA • 2/13
Objetivos de Aprendizagem
• Entender a diferença das diferentes gerações.
• Compreender como o cérebro se desempenha mediante a leitura on-line e
off-line.
A GERAÇÃO SCREENAGER SOB A ERA ELETRÔNICA
Conteúdo organizado por Deborah Costa do livro Future Minds: How the Digital 
Age is Changing Our Minds, Why this Matters, and What We Can Do About It, 
publicado em 2010 por Nicholas Brealey. Atualizado em 2022.
https://player.vimeo.com/video/683937714
A GERAÇÃO SCREENAGER SOB A ERA ELETRÔNICA • 3/13
Introdução 
Comparar as diferenças entre gerações é um desafio, mas ainda é uma das melhores 
maneiras de compreender o curso futuro. Muitos comparam pensadores analógicos 
(Geração X e Boomers) a pensadores digitais (Gerações Y, Z e Millennials), ou ainda 
comparam imigrantes digitais a nativos digitais, mas, é importante termos cuidado 
para demonstrar as diferenças entre as gerações. Vejamos essa temática melhor a 
seguir.
AS DIFERENTES GERAÇÕES
Geração analógica
Baby Boomers: A geração da TV (nascidos 1950/1960)
Geração X: Início dos PCs (nascidos 1960/1970)
Segundo Teixeira (2014, p.3), “os membros da geração X são os filhos dos boomers 
mais velhos e nasceram em um período de transição e instabilidade financeira”.
Geração digital
Geração Y: expansão dos PCs e início da internet e ambientes multimídia (nascidos 
1980/2000).
Para McCrindle e Wolfinger (2009) essa geração é também conhecida como Geração 
Millennials ou “Dot.Com Generation” (fazendo alusão à geração da internet).
Geração Z: conexão de rede por aparelhos móveis (nascidos

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